26 janeiro 2007

A massa

Ando completamente sem saco. Deixo vocês com um texto do Rodrigo Constantino.

Como já vimos acima, essa massa não pensa, mas age por instinto. Não existe pensamento coletivo, apenas individual. Essas pessoas se tornam massa de manobra para grupos oportunistas, e acabam defendendo como solução para os problemas do mundo uma receita que justamente agrava tais problemas, como o maior controle governamental. São tão dominados por desejos cegos e irracionais que nem sequer percebem as contradições intrínsecas às suas ideologias dogmáticas. Acusam os Estados Unidos de explorador comercial ao mesmo tempo que tal país tem déficit com quase todos os demais países, importando mais bens que exportando. Acusam a globalização mas esquecem que o socialismo sempre foi globalizante, através do Comintern, só que não era uma globalização via livre mercado, e sim imposta a base de violência e terror. Acusam o comércio internacional ao mesmo tempo que culpam o embargo a Cuba como causa da miséria da ilha presídio. Defendem a democracia ao lado de ditadores socialistas. Condendam os ricos durante uma manifestação com orçamento milionário. Criticam os subsídios agrícolas enquanto estendem tapete vermelho a Bovè, maior símbolo desses subsídios. Clamam por liberdade de expressão ao lado de tiranos que suprimem tal liberdade em seus quintais. Se intitulam pacifistas enquanto jogam coquetéis Molotov em policiais. Chamam Bush de terrorista enquanto apóiam o ex-ditador genocida do Iraque.

Não há bom senso, não há lógica. Apenas um bando de marionetes sendo usado para propósitos obscuros de poucos e poderosos grupos. A ignorância é um excelente ingrediente para o populismo demagógico, e criando-se poucos e bem definidos bodes expiatórios, assim como depositando fé messiânica nos chavões nobres do altruísmo estatal e na retórica, governos de esquerda vão vencendo eleições mundo afora, e tomando o poder. Não precisam convencer ninguém através da capacidade administrativa, do currículo, histórico ou programas concretos e lógicos. Basta inflar o discurso com as expressões decoradas através de um processo pavloviano, encher de emoção as falas e cuspir mensagens supostamente nobres, bem intencionadas. O resto, a psicologia de massas se incumbe, num mundo onde a estupidez é infinita e o raciocínio independente é mais raro que diamante.