30 agosto 2009

Awkward moment by Vanusa

Se você não suporta momentos constrangedores, não assista a este vídeo da Vanusa cantando o - digamos assim - Hino Nacional. Depois de 2 minutos a coisa degringola de vez.

28 agosto 2009

A essência da bananice

Enquanto uma juíza ataca implacavelmente a liberdade de expressão, proibindo um guia da cidade do Rio destinado aos festeiros, o governo do Estado entra de corpo e alma numa campanha para fazer da cidade a campeã do seguinte concurso (grifos meus):

Which are the greatest gay places on earth? The best hotels? The sexiest getaways? We need you to vote and let us know! The first-ever TripOut Gay Travel Awards are celebrating the people, parties and places that make our big gay world spin.

Essa é a mais pura essência da bananice: a falta total de princípos que regulam a vida pública combinada com o casuísmo levado às últimas conseqüências. Como apoiar as duas medidas de forma coerente? Um observador malicioso ficaria com uma - falsa, talvez - impressão de que o poder público somente proíbe a promoção de "eventos" relacionados ao heterossexuais.

27 agosto 2009

É Latrina mesmo

Vi no monitor do elevador to prédio onde trabalho que estava para ser aprovado (ou já tinha sido, não lembro) um referendo para saber se a população quer um terceiro mandato para o Uribe. na Colômbia.

Como vemos, não importa se o cara é de esquerda, centro, direita ou sei lá o quê. O que impera na América Latina é a tosca e velha bananice.

Diplomados

Vejo no G1:

"Senadores recorrem a arquivamentos de ações contra Sarney"

Minha primeira reação foi: Hein?

Clicando no link podemos ver o que o cara diz dizer:

"Adversários de Sarney recorrem ao STF contra arquivamentos"

Aaah, tá.

Bom o cara já gastou um "tempão" pra tirar um diploma, Cláudio.

E você ainda quer que o cara aprenda regência verbal?

26 agosto 2009

Presente e passado

Quando eu soube das palavras carinhosas que o "Noço" Guia dedicou aos críticos do bolsa-família eu busquei opiniões dele sobre programas similares, no passado, e que eu jurava que eram contrárias. Na época eu pilotei mal o Google, não achei nada e acabei esquecendo. Mas graças ao Reinaldão, eis a delícia das delícias:



Só mesmo numa aldeia onde a população tem memória (e talvez intelecto) de porquinho da índia é que um cara-de-pau desses se cria. Lá em riba, onde só tem gringo limitado, sem o jogo de cintura do brasileiro, o São Obama já despenca nas pesquisas e periga nem emplacar um segundo termo.

Mas fazer o quê? Não se chega ao Brasil por acaso.

25 agosto 2009

Creeps me out

Este tipo de anúncio me dá até calafrios.

Overthinking

Este artigo me fez lembrar do famoso aperto de mão entre Lula e Bush onde Olavão enxergou um código secreto da maçonaria.

Num dado momendo do filme "Tropa de Elite", o Capitão Nascimento faz o seguinte elogio ao desempenho de um de seus comandados:

"Padrão, padrão"

Destas palavras, o autor concluiu, entre outras coisas que:

Quem tem o domínio da realidade é o Capitão Nascimento. Tem o domínio das ações e é o único personagem que questiona os próprios atos. Os outros vivem segundo padrões; já ele domina o padrão e ensina o padrão: ou você o domina, ou vive dominado e cai na indiferenciação. Quem não passa no treinamento do BOPE volta para o mundo idiota da polícia comum. O filme repete assim a mesma estrutura de quase todas as conversas: quando nos reunimos para falar dos outros, eles são escravos de algum padrão, enquanto nós dominamos esse padrão. Até o debatemos, veja só!

Não quero entrar no mérito da argumentação, mas o exemplo usado para fundamentar o texto foi de uma infelicidade só! "Padrão" é uma velha gíria muitíssimo comum no subúrbio carioca (bem, pelo menos era no meu tempo) que quer dizer "muito bom", "excelente."

Expressões como "Fulana é padrão" ou "Aquele barzinho é padrão" são (ou eram) comuns no subúrbio.

Quando o Capitão Nascimento falou aquilo para seu comandado, não havia ali nenhuma insinuação de conformidade ou adequação. Era um puro e simples elogio.

23 agosto 2009

Curiosidades do Bananão

Se você olhar qualquer pesquisa de opinião sobre ética e assuntos relacionados, perceberá que o Bananão é um dos azarados lugares do planeta onde todo mundo faz tudo certo e ainda assim é uma merda, onde só há vítimas, mas nenhum algoz e onde há corruptos sem corruptor. Como bem disse Giannetti em recente palestra, "o brasileiro é o outro."

Longuíssimo caminho pela frente

É, eu sei que eu sou extremamente pessimista em relação ao Bananão e que tudo que eu digo tem que passar antes por um filtro antipessimismo. Mas ainda assim eu acho que o Bananão tem um longuíssimo caminho a trilhar para se tornar algo parecido com um verdadeiro Estado de Direito. Impressiona-me, por exemplo, como é frágil nestas bandas o direito à livre expressão. Qualquer um, munido de um advogado de porta de cadeia, consegue calar a boca daqueles que emitem opiniões que lhe são desagradáveis. E pior: a opinião pública geralmente fica a favor ou naquela neutralidade do tipo "não pisou no meu calo, tô nem aí."

Este impulso de calar as vozes discordantes já vi até mesmo de gente que se considerava liberal ou libertária: vi gente defender que o Estado deveria intervir nas famílias para impedir que os país passassem seus valores religiosos aos filhos. Nem preciso dizer o perigo que é abrir uma porta dessas para o Leviatã.

Já falei em outras ocasiões por aqui (ou por aí, na tal blogosfera): defender a liberdade de quem concorda com voce é fácil como empurrar bêbado ladeira abaixo. O grande desafio para qualquer um que se diga liberal é conviver com a discordância, principalmente com as que lhe são mais repugnantes. Enquanto isso não acontecer, sempre haverá pessoas subjugadas pela tirania de quem tiver mais força política no momento.

Hoje o "poderoso" pode ser você, mas amanhã...

22 agosto 2009

Coisas do Bananão

O Rio de Janeiro faz jus ao título de Capital Cultural do Bananão. Acho que esta cidade é uma síntese de tudo de ruim que tem aqui nessa mega-aldeia. Agora uma desembargadora proibiu a distribuição de um tal guia para festeiros, que dava dicas de como descolar umas cariocas, alegando que o dito cujo expõe o povo brasileiro à situação vexatória.

Bem, este é um caso de sentença que argumenta contra si mesma, pois não deixa de me expor a uma situação vexatória o fato de viver em um buraco onde qualquer juiz local tem poder para cometer atos de censura.

18 agosto 2009

Lei é pra você, ô Mané!

Além dos nossos representantes públicos (e falo isso sem nenhum pingo de sarcasmo) outro grupo se sente acima de nós, reles cidadãos de segunda classe: as celebridades.

Duivido é algum deles falar, ao vivo e a cores, que acha a lei do Serra um absurdo, uma excrescência.

17 agosto 2009

Como é?

Virou moda aqui na Homerlândia: o cara é preso e não diz "sou inocente." Não, ele diz algo como "confio na minha inocência."

Eu hein!

Leis duras? Claro!

Não as cumpriremos mesmo.

É lindo posar de país com "uma das mais rigorosas leis" e babaquices do tipo quando a aplicação da lei está restrita aos cidadãos de segunda classe, ou seja, nós. O mesmo vale para estatutos de criança, de idoso, de negros, de homossexuais e o diabo a quatro.

Coisas da Homerlândia.

Piada irresistível

No sábado: Isinbayeva diz que se inspira na dedicação de Fabiana Murer

Hoje: Isinbayeva erra todos os saltos e fica em último

12 agosto 2009

Libertarianismo causa desemprego (dá série "Libertária como nunca!")

É uma das hipóteses para explicar que:

Desemprego no Reino Unido bate recorde; nº é o maior em 14 anos

Afinal, se o Reino Unido está libertário como nunca, conforme me disseram, então podemos concluir que esta é uma das causas prováveis. Eh! Eh! Eh!

11 agosto 2009

É um fato

Lamento a constatação, mas, a despeito de qualquer trabalho relevante no passado, o Paul Krugman de hoje só não é um perfeito imbecil porque ninguém é perfeito (link vi FYI).

07 agosto 2009

Em outras palavras...

¿Que pasó, compadre Obama?

Depois das promessas iniciais do presidente Barack Obama de que ele moderaria a postura dura do governo Bush no que tange à repressão de imigrantes ilegais, sua administração adotou uma estratégia agressiva de combate à imigração ilegal que em larga medida aproveita programas iniciados sob o seu predecessor.

Uma recente campanha de medidas repressivas despertou hostilidade entre as organizações de defesa dos imigrantes e muitos partidários hispânicos de Obama, e uma campanha nacional contra elas foi iniciada por meio de pequenos protestos de rua em Los Angeles e Nova York, na semana passada.

O governo recentemente empreendeu auditorias dos registros de emprego em centenas de empresas, expandiu um programa para verificar o status de imigração de trabalhadores que tinha recebido críticas por suas falhas no passado, reforçou os esforços de cooperação entre agências policiais federais e locais, e rejeitou propostas para implementar regras definidas para os centros de detenção de imigrantes ilegais.

"Estamos expandindo as medidas de repressão, mas creio que da maneira certa", disse Janet Napolitano, secretária da Segurança Interna, em entrevista.

04 agosto 2009

A linguagem dos portais

Não sei quanto ao leitor, mas eu não me conformo com o linguajar, muitas vezes extremamente coloquial, dos nossos principais portais de Internet.

Ma não é que isso tudo tem uma razão de ser?

De acordo com pesquisas do Nielsen Norman Group, uma entidade cuja proposta é tornar os sites mais amigáveis (*):

To attract lower-literacy users, sites should key their language to specific literacy levels, a sixth-grade reading level on the home page and an eight grade level for other pages. If diction and syntax rise above middle-school competence, sites automatically exclude visitors/customers/members solely on grounds of readability. A fair portion of visitors will come and never return, a risk businesses can't run in such a competitive market.

(*) Trecho tirado do livro The dumbest generation.

Como nunca!

Mais um episódio pra minha - interminável - série "Libertária como nunca!" (*)

Agora com a ajuda do Mosca Azul:

The Children’s Secretary set out £400million plans to put 20,000 problem families under 24-hour CCTV super-vision in their own homes.

They will be monitored to ensure that children attend school, go to bed on time and eat proper meals.

(*) Esta série teve início quando, em resposta a um comentário meu de que o Reino Unido estava flertando com o totalitarismo, me escreveram que o Reino Unido estava libertário como nunca.

02 agosto 2009

Libertária como nunca!

Por lei, a partir de outubro, no Reino Unido caberá a qualquer profissional que tenha contato direto com crianças provar que ele não possui registro criminal. O custo, óbvio, corre por conta do próprio profissional e está hoje em 64 libras.

O mais interessante nessa estória é que "The new procedure is part of the government's response to the 2002 murder of two 10-year-olds by their school's caretaker."

2002? Isso que eu chamo de quick response. E demoraram 7 anos pra fazer essa merda?

Em outras palavras (II)...

Brasil reforça seu papel de republiqueta

- Nós estamos vendo os nossos jovens saírem daqui com 17 anos de idade e voltarem com 32 para jogarem no Brasil, ou seja, no auge da carreira eles estão jogando no exterior. Do ponto de vista da realização individual, profissional, é correto. A meninada precisa ganhar dinheiro mesmo, a profissão é muito curta. Mas o que nós não podemos é que, além de a gente perder os nossos craques, no meio do campeonato abre a janela dos países europeus e os times que estão disputando vendam seus jogadores. O Cruzeiro perdeu o Ramires no auge da disputa da Libertadores. O Corinthians foi campeão paulista invicto, campeão da Copa do Brasil, está pensando na Libertadores... (Mas) desmonta o time e perde quatro jogadores em um final de semana - observou Lula.

Lula admitiu, inclusive, que o Governo pode intervir de alguma forma nessa questão.

- Ou tem uma lei proibindo a venda de jogadores no meio do campeonato, ou você muda o calendário brasileiro para que (ele) seja compatível com a abertura de janelas do mercado externo. Alguma coisa nós vamos fazer - frisou Lula.

Em outras palavras...

Se as pessoas certas gritarem a gente abre a carteira, mas não venha você, Zé-Ninguém ferrado no exterior, esperar o mesmo tratamento!

Segundo sua mãe, Maria de Fátima, a ajuda do governo brasileiro, que ela considera válida, foi conseguida graças à atuação de uma “força-tarefa” de amigos de Buchmann, que pressionaram o MRE e divulgaram o desaparecimento na imprensa para reforçar as buscas.

(...)

A decisão de fazer este tipo de busca, segundo o embaixador Gradilone, depende de cada caso. “Se fizéssemos o que estamos fazendo no caso do Gabriel em todas as situações no exterior, seria complicado”, disse, lembrando que a comunidade brasileira no exterior pode ter, segundo estimativas, até 3,7 milhões de pessoas.

Como eu digo, na nossa bandeira deveria estar escrito "Conhecimento é Progresso"

Eu quero a Telebrás

Peso dos itens de tecnologia no orçamento subiu de 9% para 15%

De acordo com levantamento feito pelo GLOBO e pela Acomp Consultoria e Treinamento, uma família com dois filhos em idade escolar gasta, em média, R$ 1.300 com tecnologia. Para isso, foi calculado um pacote de quatro linhas móveis de 300 minutos por mês e com tráfego de dados, uma internet banda larga de 1 mega, uma conta de telefone fixo com outros 200 minutos mensais e uma TV por assinatura HD com ponto extra. Mas, se os mesmos serviços contarem com um plano mensal móvel de 200 minutos, o custo cai para R$ 920 ao mês.

Por essas e outras que "estou convencido" de que o melhor para o Brasil é o retorno da Telebrás. Assim teremos serviços de qualidade e a preços razoáveis, acessíveis para toda a população.

Como no tempo de Telerj.