Num dado momendo do filme "Tropa de Elite", o Capitão Nascimento faz o seguinte elogio ao desempenho de um de seus comandados:
"Padrão, padrão"
Destas palavras, o autor concluiu, entre outras coisas que:
Quem tem o domínio da realidade é o Capitão Nascimento. Tem o domínio das ações e é o único personagem que questiona os próprios atos. Os outros vivem segundo padrões; já ele domina o padrão e ensina o padrão: ou você o domina, ou vive dominado e cai na indiferenciação. Quem não passa no treinamento do BOPE volta para o mundo idiota da polícia comum. O filme repete assim a mesma estrutura de quase todas as conversas: quando nos reunimos para falar dos outros, eles são escravos de algum padrão, enquanto nós dominamos esse padrão. Até o debatemos, veja só!
Não quero entrar no mérito da argumentação, mas o exemplo usado para fundamentar o texto foi de uma infelicidade só! "Padrão" é uma velha gíria muitíssimo comum no subúrbio carioca (bem, pelo menos era no meu tempo) que quer dizer "muito bom", "excelente."
Expressões como "Fulana é padrão" ou "Aquele barzinho é padrão" são (ou eram) comuns no subúrbio.
Quando o Capitão Nascimento falou aquilo para seu comandado, não havia ali nenhuma insinuação de conformidade ou adequação. Era um puro e simples elogio.