Há, no Brasil, uma regra difundida mas que é (i) ineficiente economicamente e (ii) bastante sofrível, moralmente. Trata-se da regra da “mão na cabeça do coitadinho”, uma extensão da famosa regra de Gérson para uma classe de pessoas que se auto-denominam “injustiçados” (”alguém tem que dar um jeitinho…na minha situação). Fingem desconhecer o fato de que pessoas reagem a incentivos e se apresentam como vítimas das mais diversas conspirações: dos judeus, dos capitalistas, dos japoneses, dos chineses, dos empregadores, dos professores, dos coronéis, etc.
(...)
Em um país caracterizado pelo gosto à cultura do “coitadinho”, a última que veremos é uma classe empresarial realmente empreendedora. O resultado mais provável é uma população de pedintes, de mão estendida, requisitando ajuda para si, claro, todos orgulhosos de estarem em posição quadrúpede sem perceberem o perigo que correm…
06 janeiro 2007
Irretocável II
É também este outro texto do meu xará que complementa o texto anterior do Paulo Guedes.