Tá cheirando muito mal essa demissão do Renê Simões, acompanhada da rápida contratação do Parreira. Acho que alguém andou mexendo os pauzinhos no clube para arrumar uma boquinha. Conseguimos nos livrar de um pela-saco (Renight Gorducho) e agora trazemos outro que, lembro muito bem, colocava o Flusão na retranca contra timecos da terceira divisão.
Como diz o bordão, "haja coração para tanta emoção!"
07 março 2009
06 março 2009
Sensibilidade à flor da pele
Certas polêmicas são tão idiotas que só mesmo a falta de "seuviço" explica as pessoas gastarem tanto tempo com elas. E discute-se as causas, as motivações ocultas, a raiz do problema, etc. etc. etc.
A Folha usou o termo "ditabranda". Ui, ui, ui... Chega a patrulha dos sensíveis e diz:
-Toda ditadura é horrorosa e não admite-se gradações.
Fala sério! Para deixar a nossa ditabran... - ops! - ditadura de lado, uso um caso hipotético: entre algo que mata 1.000 pessoas e algo que mata 1000.000, aqueles 999.000 que sobreviveriam no primeiro caso diriam o quê?
Pela cabeça dos sensíveis, provavelmente algo como:
- Ei, genocida! Volta aqui! Se vai matar 1.000, então mate também os 999.000 restantes porque não faz diferença nenhuma. Ah, e não poupe mulheres nem crianças, por favor.
Eu sei que é lindo dizer "toda vida é importante" mas cut the crap already! Essa prostituição intelectual vai transformar a humanidade em um bando de débeis mentais.
Incrivelmente sensíveis, claro.
Não bastasse isso, mais sensibilidade: vem a Trolha de São Paulo e diz que a reação de dois intelequituais, dado o silêncio destes em relação a outros casos mais duros (uia), era cínica e mentirosa. Ui, ui, ui... Magoei, porque a Trolha fez uma coisa muito feia, feia, feia, ao dizer que uma atitude cínica e mentirosa é... Cínica e mentirosa.
Haja saco para tanta sensibilidade...
A Folha usou o termo "ditabranda". Ui, ui, ui... Chega a patrulha dos sensíveis e diz:
-Toda ditadura é horrorosa e não admite-se gradações.
Fala sério! Para deixar a nossa ditabran... - ops! - ditadura de lado, uso um caso hipotético: entre algo que mata 1.000 pessoas e algo que mata 1000.000, aqueles 999.000 que sobreviveriam no primeiro caso diriam o quê?
Pela cabeça dos sensíveis, provavelmente algo como:
- Ei, genocida! Volta aqui! Se vai matar 1.000, então mate também os 999.000 restantes porque não faz diferença nenhuma. Ah, e não poupe mulheres nem crianças, por favor.
Eu sei que é lindo dizer "toda vida é importante" mas cut the crap already! Essa prostituição intelectual vai transformar a humanidade em um bando de débeis mentais.
Incrivelmente sensíveis, claro.
Não bastasse isso, mais sensibilidade: vem a Trolha de São Paulo e diz que a reação de dois intelequituais, dado o silêncio destes em relação a outros casos mais duros (uia), era cínica e mentirosa. Ui, ui, ui... Magoei, porque a Trolha fez uma coisa muito feia, feia, feia, ao dizer que uma atitude cínica e mentirosa é... Cínica e mentirosa.
Haja saco para tanta sensibilidade...
02 março 2009
Lost in translation
Não gosto de zoar sem colocar o link de referência - ainda mais num caso peculiar como este que segue - mas não consegui achar nada na Web. Vai de cabeça mesmo: estava eu assistindo um episódio de um desses Law & Orders da vida quando o detetive, zelando pela inocência da criança que ele estava entrevistando, perguntou:
- Did he touch your wee wee?
O tradutor - juro que adoraria ter guardado o nome da figura - não titubeou. Usando da mesma delicadeza do detetive, sapecou na tradução:
- Ele tocou sua xoxota?
Valeu a assinatura.
- Did he touch your wee wee?
O tradutor - juro que adoraria ter guardado o nome da figura - não titubeou. Usando da mesma delicadeza do detetive, sapecou na tradução:
- Ele tocou sua xoxota?
Valeu a assinatura.
01 março 2009
Janela quebrada
Num - aham - debate sobre o Bolsa Família vi um - aham - debatedor falar que a direita deveria ficar feliz com o BF pois isso possibilita aos pobres consumir e movimentar a economia (cito de cabeça).
Suspiro.
É o tipo que comemoraria a quebra de uma janela, não é Bastiat?
A quantidade de argumentos que surgem da premissa de que o Estado, de alguma forma mágica, gera dinheiro, é incrível.
Suspiro.
É o tipo que comemoraria a quebra de uma janela, não é Bastiat?
A quantidade de argumentos que surgem da premissa de que o Estado, de alguma forma mágica, gera dinheiro, é incrível.
28 fevereiro 2009
Lula, o mito
Existe um mito - na minha opinião, claro! - que circula por aí, entre a galera bem pensante, de que a aprovação de Lula se deve à sua genialidade como político, a um certo talento inato para lidar com o povão. Certo, façamos de conta que a opinião pública não depende em nada do que se escreve, do que se publica nos meios de comunicação. Ou, no caso de Lula, do que não se publica. Façamos de conta que não há um suporte - cultural - a Lula que o permite falar qualquer asneira, praticar qualquer ato, sem que sua reputação sofra o menor abalo. Não, não falo de conspiração. As razões para isso podem ser várias, desde o alinhamento ideológico até a boa e velha negação, passando pelo nada singelo fato dele ter a chave do cofre e estar disposto a usá-la generosamente. A Lula se permite dizer que a "Venezuela tem excesso de democracia", a seu governo se permite deportar cubanos e receber terroristas, enfim, a Lula tudo é permitido. Por ora. Um ou outro colunista político escreve aqui e acolá, cheio de dedos às vezes, mas sabemos que uma parcela pequena do povão (e não se iluda, não falo deste povão que você imaginou; falo de gente criada a Danoninho e Farinha Láctea que se educa com Globo e NADA mais) lê colunas ou editoriais. Maior valor tem a charge que sai na capa do jornal, a crônica de algum intelectual, o famoso senso comum. O senso comum hoje, contratado a peso de ouro, é que Lula é um gênio político. Como eu disse aqui mesmo ha algum tempo, quero ver quando (ou SE) ele não tiver mais a chave do cofre para sair gritando, feito um Silvio Santos, "Quem quer dinheirooo?"
27 fevereiro 2009
26 fevereiro 2009
25 fevereiro 2009
ci.vi.li.za.ção
Segundo o pai dos burros:
civilização
ci.vi.li.za.ção
sf (civilizar+ção) 1 Estado de adiantamento e cultura social. 2 Ato de civilizar. 3 Sociol Acumulação e aumento de habilidades manuais e de conhecimentos intelectuais e a aplicação deles. 4 Antrop e Arqueol V cultura, acepção 10.
Dada esta definição, alguém acha que há algum choque de ordem que dê jeito nesta aldeia?
civilização
ci.vi.li.za.ção
sf (civilizar+ção) 1 Estado de adiantamento e cultura social. 2 Ato de civilizar. 3 Sociol Acumulação e aumento de habilidades manuais e de conhecimentos intelectuais e a aplicação deles. 4 Antrop e Arqueol V cultura, acepção 10.
Dada esta definição, alguém acha que há algum choque de ordem que dê jeito nesta aldeia?
23 fevereiro 2009
Ai, eu sou tão moderno
O ser humano normal vê uma notícia dessas:
E pensa: Tá, e daí? Ainda ontem eu tinha checado e aqui era um buraco com um certo nível de liberdade. Pouquim mas tem.
Mas o moderno tem que sentir nojinho da atitude do cara. Ainda mais que ela é motivada por religião.
Ugh!
O moderninho teve um mini-vômito.
Marco Ribeiro, o dublador de Sean Penn no Brasil, se recusou a fazer a voz do ator no filme "Milk- A Voz da Igualdade", informa nesta segunda-feira Silas Martí, da Folha de S.Paulo.
(...)
No filme, que rendeu o segundo Oscar na carreira de Penn, o ator interpreta Harvey Milk (1930-1978), ativista gay e primeiro homossexual a ser eleito para um cargo político nos EUA. Veja trailer do filme.
"Não me sentia à vontade para fazer o filme", afirmou Ribeiro, 38, que é também pastor evangélico, à Folha. "Não tive vontade porque tenho a voz envolvida com outras questões, assim como não faço determinados comerciais."
E pensa: Tá, e daí? Ainda ontem eu tinha checado e aqui era um buraco com um certo nível de liberdade. Pouquim mas tem.
Mas o moderno tem que sentir nojinho da atitude do cara. Ainda mais que ela é motivada por religião.
Ugh!
O moderninho teve um mini-vômito.
Pauta do dia
A pauta de jornalistas e blogueiros dos portais dos grandes jornais (que muitas vezes não passam de jornalistas que não escrevem nos jornais impressos, mas apenas na web) é provar para o Brasil que a Suíça é um país terrível que vive da desgraça dos pobrezinhos vítimas de corrupção e traficante de drogas. A lógica, digamos assim, é brilhante: os bancos de vocês recebem grana de políticos corruptos e traficantes, portanto não podem falar nada quando um brasileiro apronta alguma coisa por aí (e nem me refiro mais à advogada). Vamos fazer de conta que não é responsabilidade dos próprios países combater a corrupção e o trafico de drogas, vamos por a culpa do problema em terceiros. Afinal de contas, isso é o que fazemos melhor.
PS: Vale lembrar que recentes descobertas de dinheiro enviado para fora do Brasil como resultado de corrupção aconteceram porque as autoridades suiças é que alertaram o Bananão.
PS: Vale lembrar que recentes descobertas de dinheiro enviado para fora do Brasil como resultado de corrupção aconteceram porque as autoridades suiças é que alertaram o Bananão.
22 fevereiro 2009
Alguém me explica?
Ok, desisto de tentar entender.
Impossível entrar nos portais brazucas (Terra, mais uma vez, se superando) e não dar de cara com as diversas celebridades (algumas, para mim, anônimas mas isso é culpa da minha ignorância) sentindo "uma emoção muito grande" ou com a cobertura emocionante do carnaval de Salvador (sério: quão loser alguém tem que ser para acompanhar isso pela web?). Já entubei este preju, mas uma coisa ainda me intriga:
Por que toda celebridade modelo-atriz-manequim-neurocirurgiã-astrofísica samba com esse dedinho levantado? Será que foi orientação da professora de samba? Mas não creio que todas tenham a mesma instrutora (será?). Sendo assim, podemos dizer que existe uma corrente acadêmica "dedinho levantado" que as docentes adotam com o intuito de incrementar o charme e a delicadeza de suas alunas?
Impossível entrar nos portais brazucas (Terra, mais uma vez, se superando) e não dar de cara com as diversas celebridades (algumas, para mim, anônimas mas isso é culpa da minha ignorância) sentindo "uma emoção muito grande" ou com a cobertura emocionante do carnaval de Salvador (sério: quão loser alguém tem que ser para acompanhar isso pela web?). Já entubei este preju, mas uma coisa ainda me intriga:
- Olha, levanta o mindim assim que fica um luxo.
Por que toda celebridade modelo-atriz-manequim-neurocirurgiã-astrofísica samba com esse dedinho levantado? Será que foi orientação da professora de samba? Mas não creio que todas tenham a mesma instrutora (será?). Sendo assim, podemos dizer que existe uma corrente acadêmica "dedinho levantado" que as docentes adotam com o intuito de incrementar o charme e a delicadeza de suas alunas?
xe.no.fo.bi.a
Diz o pai dos burros:
xenofobia
xe.no.fo.bi.a
sf (xeno+fobo+ia) Aversão às pessoas e coisas estrangeiras. Antôn: xenofilia
Agora tudo é explicado pela xenofobia.
O proprietário expulsou o inquilino estrangeiro arruaceiro?
Xenófobo!
A polícia acabou com um pagode que já ia pelas 3 das manhã num bairro residencial?
Xenófobo!
O bom e velho protecionismo praticado por todas as entidades de classe?
Xenófobo!
Será que a palavra pa explicar este caso é mesmo xenofobia? O texto da notícia não deixa perfeitamente claro que trata-se do bom e velho protecionismo? Ou no popular, farinha pouca, meu pirão primeiro. Por que usar uma palavra apenas para evocar emoções?
O curioso é que perde-se, a cada dia, a capacidade de descrever fatos e idéias usando os termos adequados. A coisa está tão feia que, hoje em dia, não dá para saber se o autor do headline é um manipulador ou um incapaz.
Após séculos será que estamos voltando ao estágio de selvageria?
xenofobia
xe.no.fo.bi.a
sf (xeno+fobo+ia) Aversão às pessoas e coisas estrangeiras. Antôn: xenofilia
Agora tudo é explicado pela xenofobia.
O proprietário expulsou o inquilino estrangeiro arruaceiro?
Xenófobo!
A polícia acabou com um pagode que já ia pelas 3 das manhã num bairro residencial?
Xenófobo!
O bom e velho protecionismo praticado por todas as entidades de classe?
"No ano passado, 2,5 milhões de americanos perderam o emprego, mas, apesar dos milhões de desempregados, nosso governo continua trazendo 1,5 milhão de trabalhadores estrangeiros por ano para pegar empregos americanos. Será que o seu pode ser o próximo?" Essa propaganda está sendo veiculada nas TVs americanas, bancada pela Coalizão para o Futuro do Trabalhador Americano, entidade que reúne 13 associações de classe com mais de 500 mil membros.
Com o desemprego projetado para ultrapassar os 8% neste ano, organizações protecionistas como a coalizão estão apostando tudo no lobby do "hire American" (contrate americanos) para a aprovação de leis que restrinjam a entrada de trabalhadores estrangeiros legais e apertem o cerco aos ilegais que estão no país.
Na semana passada, esses grupos contra trabalhadores estrangeiros comemoraram uma vitória: o pacote de estímulo aprovado pelo Congresso inclui uma medida que dificulta a contratação de funcionários estrangeiros com visto H-1B (de mão de obra especializada) pelos bancos que estão recebendo recursos do programa de resgate.
Xenófobo!
Será que a palavra pa explicar este caso é mesmo xenofobia? O texto da notícia não deixa perfeitamente claro que trata-se do bom e velho protecionismo? Ou no popular, farinha pouca, meu pirão primeiro. Por que usar uma palavra apenas para evocar emoções?
O curioso é que perde-se, a cada dia, a capacidade de descrever fatos e idéias usando os termos adequados. A coisa está tão feia que, hoje em dia, não dá para saber se o autor do headline é um manipulador ou um incapaz.
Após séculos será que estamos voltando ao estágio de selvageria?
Fairness Doctrine
Uma coisa que passa longe dos nossos noticiários sobre os Isteitis - e que provavelmente será abordada "daquele jeitinho" que já conhecemos quando estourar - é a tentativa dos liberals americanos de reativar a tal Fairness Doctrine, derrubada por Reagan em 1987.
Como já disse aqui - se não disse deveria - esse governo será uma bifurcação para os EUA. Não haverá meio termo: ou eles saem deste governo fortalecidos como uma nação que preza a liberdade e tudo a ela relacionado, ou enveredarão para um poço sem fundo do populismo, da demagogia barata, do socialismo chic e da supressão das vozes dissidentes.
Mas voltando à famigerada...
Várias figurinhas carimbadas Democratas, incluindo o ex-presidente Bill Clinton, estão forçando a barra para resinstaurar a draconiana medida por lá.
Claro que os motivos para isso são os mais nobres:
Exagerando (espero!), chegará o dia em que os serviços de hospedagem de blogs e congêneres, terão que balancear o conteúdo liberal e conservative. Ou, exagerando ainda mais, cada blog terá que balancear o conteúdo para atender, claro, ao "interesse público".
Como já disse aqui - se não disse deveria - esse governo será uma bifurcação para os EUA. Não haverá meio termo: ou eles saem deste governo fortalecidos como uma nação que preza a liberdade e tudo a ela relacionado, ou enveredarão para um poço sem fundo do populismo, da demagogia barata, do socialismo chic e da supressão das vozes dissidentes.
Mas voltando à famigerada...
Várias figurinhas carimbadas Democratas, incluindo o ex-presidente Bill Clinton, estão forçando a barra para resinstaurar a draconiana medida por lá.
Claro que os motivos para isso são os mais nobres:
Companies are given a license to operate public airwaves – free! – in order to make a profit, yes, but also, according to the terms of their FCC license, “to operate in the public interest and to afford reasonable opportunity for the discussion of conflicting views of issues of public importance.” Stations are not operating in the public interest when they offer only conservative talk.
For years, the Fairness Doctrine prevented such abuse by requiring licensed stations to carry a mix of opinion. However, under pressure from conservatives, President Reagan’s FCC cancelled the Fairness Doctrine in 1987, insisting that in a free market stations would automatically offer a balance in programming.
That experiment has failed. There is no free market in talk radio today, only an exclusive, tightly-held, conservative media conspiracy. The few holders of broadcast licenses have made it clear they will not, on their own, serve the general public. Maybe it’s time to bring back the Fairness Doctrine - and bring competition back to talk radio.
Exagerando (espero!), chegará o dia em que os serviços de hospedagem de blogs e congêneres, terão que balancear o conteúdo liberal e conservative. Ou, exagerando ainda mais, cada blog terá que balancear o conteúdo para atender, claro, ao "interesse público".
Certo, errado, racional e irracional
Faz um tempo, o Paulo se surpreendeu com este comentário feito por Tyler Cowen:
Razão em estado bruto: evitar a nomeação de pessoas competentes, mas desonestas, não tornará todos os poiticos honestos e privará a cadeira de ter alguém competente à sua frente.
Interessante a época em que vivemos: aparentemente algumas pessoas nutrem, no dia de hoje, a esperança de que boas coisas surjam naturalmente de decisões puramente racionais. Como disse um ícone do movimento liberal brasileiro, “será que eles não percebem que ser bom é bom?”
Não.
Coisas boas resultam de boas ações (em mesmo assim, nem sempre) e não necessariamente da aplicação da razão pura e simples. Sabem aquele herói do filme que, arriscando a sua missão de salvar o mundo, volta para resgatar a donzela em perigo?
Pois é, por isso ele é o herói do filme.
O racional, aquele que não acredita em certo ou errado, mas apenas na eficiência, deixaria a infeliz se explodir e cumpriria sua missão burocraticamente. E que depois ninguém venha cobrar-lhe alguma coisa, afinal ele fez o que qualquer pessoa racional faria.
Nelson Rodrigues disse uma vez algo como “se a existência da humanidade depender da morte de um único indivíduo, então que a humanidade pereça”.
Racionalmente falando, é uma estupidez a frase acima. Como dixar bilhões morrerem apenas para não matar uma pessoa? O sentido, porém, é claro: não importa quão nobres sejam suas intenções, um assassinato jamais será justificado por elas. Explicado sim, justificado nunca.
A razão nos serve para avaliar os caminhos que temos disponíveis e avaliar as conseqüências de segui-los, mas na hora de agir, o que nos move (ou deveria nos mover) é a distinção entre o certo e o errado, o Bem e o Mal, palavrinhas tão fora de moda nos dias de hoje.
Portanto, a não ser que você seja um psicopata, não saia por aí dizendo que, se fosse salvar a vida de milhões, você mataria uma criança, sem problemas. Na hora H você pode não os cojones necessários para fazê-lo.
Mesmo seja a coisa mais racional a ser feita.
But I'm also worried about the incentives we are producing by applying tougher standards. Knocking out the caught cheaters won't make all the DC people honest or virtuous.
Razão em estado bruto: evitar a nomeação de pessoas competentes, mas desonestas, não tornará todos os poiticos honestos e privará a cadeira de ter alguém competente à sua frente.
Interessante a época em que vivemos: aparentemente algumas pessoas nutrem, no dia de hoje, a esperança de que boas coisas surjam naturalmente de decisões puramente racionais. Como disse um ícone do movimento liberal brasileiro, “será que eles não percebem que ser bom é bom?”
Não.
Coisas boas resultam de boas ações (em mesmo assim, nem sempre) e não necessariamente da aplicação da razão pura e simples. Sabem aquele herói do filme que, arriscando a sua missão de salvar o mundo, volta para resgatar a donzela em perigo?
Pois é, por isso ele é o herói do filme.
O racional, aquele que não acredita em certo ou errado, mas apenas na eficiência, deixaria a infeliz se explodir e cumpriria sua missão burocraticamente. E que depois ninguém venha cobrar-lhe alguma coisa, afinal ele fez o que qualquer pessoa racional faria.
Nelson Rodrigues disse uma vez algo como “se a existência da humanidade depender da morte de um único indivíduo, então que a humanidade pereça”.
Racionalmente falando, é uma estupidez a frase acima. Como dixar bilhões morrerem apenas para não matar uma pessoa? O sentido, porém, é claro: não importa quão nobres sejam suas intenções, um assassinato jamais será justificado por elas. Explicado sim, justificado nunca.
A razão nos serve para avaliar os caminhos que temos disponíveis e avaliar as conseqüências de segui-los, mas na hora de agir, o que nos move (ou deveria nos mover) é a distinção entre o certo e o errado, o Bem e o Mal, palavrinhas tão fora de moda nos dias de hoje.
Portanto, a não ser que você seja um psicopata, não saia por aí dizendo que, se fosse salvar a vida de milhões, você mataria uma criança, sem problemas. Na hora H você pode não os cojones necessários para fazê-lo.
Mesmo seja a coisa mais racional a ser feita.
Rapidinhas de carnaval
1) Dizer que a Suíça é xenófoba porque seu mercado de trabalho não é aberto a cidadãos de outros países é o mesmo que dizer que todo o planeta é xenófobo. Aponte-me um país onde qualquer um pode entrar e trabalhar sem a necessidade de vistos ou acordos e eu te direi "esse é um lugar para onde nunca irei!"
2) A maior prova de que algo a mais existe por trás dessa teoria da evolução é todo o bafafá em torno dela. Afinal, ninguém festeja efusivamente a descoberta da lei da gravidade ou coisa parecida.
3) O melhor lugar para pular o Carnaval (no sentido de passar por cima mesmo) é longe do Brasil mas, na falta disso, onde moro [Maracanã] está muito bom. Havia mais batucada nas redondezas ANTES do carnaval do que ontem, quando o silêncio e a tranqüilidade imperaram quase absolutos.
4) Os EUA sobrevierão a Obama?
2) A maior prova de que algo a mais existe por trás dessa teoria da evolução é todo o bafafá em torno dela. Afinal, ninguém festeja efusivamente a descoberta da lei da gravidade ou coisa parecida.
3) O melhor lugar para pular o Carnaval (no sentido de passar por cima mesmo) é longe do Brasil mas, na falta disso, onde moro [Maracanã] está muito bom. Havia mais batucada nas redondezas ANTES do carnaval do que ontem, quando o silêncio e a tranqüilidade imperaram quase absolutos.
4) Os EUA sobrevierão a Obama?
21 fevereiro 2009
¿Por qué no te callas?
Pára de falar nisso e volta pro Lula que é o melhor que você faz, rapaz!
Este aqui daria um caso de estudo psiquiátrico. O povão é linchador, é fascista, é o diabo.
Só que ele e seus coleguinhas é que julgaram "sumariamente, pela internet, pela TV ou a milhares de quilômetros de distância do fato " todo um povo, tachando-os de nazistas, xenófobos (o que, no caso da Suíça em particular é uma estupidez fora do comum) e tudo mais. Se o fascismo não admite "nem por um segundo a falta de um veredito" e exige que "lhes dê um cupado", então meu caro, pode vestir a crapuça que ela é toda sua.
Sim, é fácil agora culpar a turba que, segundo o evoluído, "não suporta as nuances da vida." Mas foi ele e sua patota que, diante de uma agressão cometida por três marginais, jogou quase sete milhões de pessoas no bucket nazista ou, como ele gosta de dizer, totalitário. Fale-me de nuances da vida agora.
É, meu caro. Se alguém "urrou certezas precoces" - e você ainda continua urrando! - foram vocês, despejando seus lixos editoriais, cheios de ressentimento e ignorância, nos seus cada vez mais irrelevantes meios de comunicação.
¿Por qué no te callas?
Este aqui daria um caso de estudo psiquiátrico. O povão é linchador, é fascista, é o diabo.
Só que ele e seus coleguinhas é que julgaram "sumariamente, pela internet, pela TV ou a milhares de quilômetros de distância do fato " todo um povo, tachando-os de nazistas, xenófobos (o que, no caso da Suíça em particular é uma estupidez fora do comum) e tudo mais. Se o fascismo não admite "nem por um segundo a falta de um veredito" e exige que "lhes dê um cupado", então meu caro, pode vestir a crapuça que ela é toda sua.
Sim, é fácil agora culpar a turba que, segundo o evoluído, "não suporta as nuances da vida." Mas foi ele e sua patota que, diante de uma agressão cometida por três marginais, jogou quase sete milhões de pessoas no bucket nazista ou, como ele gosta de dizer, totalitário. Fale-me de nuances da vida agora.
É, meu caro. Se alguém "urrou certezas precoces" - e você ainda continua urrando! - foram vocês, despejando seus lixos editoriais, cheios de ressentimento e ignorância, nos seus cada vez mais irrelevantes meios de comunicação.
¿Por qué no te callas?
18 fevereiro 2009
Saideira
Eu tinha considerado o assunto encerrado, mas um fiel leitor me mandou o link de um livro do Noblat cuja sinopse é quase uma piada involuntária, levando-se em conta os últimos acontecimentos:
Então tá bom...
Este livro é uma tribuna na qual Ricardo Noblat faz uma defesa empenhada do jornalismo responsável e realmente informativo. A leitura de 'A arte de fazer um jornal diário' é tão importante quanto a dos cadernos de política ou de atualidades, e tão prazerosa quanto a da seção de quadrinhos dos jornais. O livro é uma verdadeira aula para jornalistas, aspirantes a jornalistas e para o público em geral que tem interesse em saber como é um jornal, ou como deveria ser feito.
Então tá bom...
17 fevereiro 2009
Reprise
Os acontecimentos recentes exigem a reprise de uma velha piada que eu adaptei neste post:
Primeiro dia de aula, a fessora chama os alunos para que cada um se apresente e diga o que papai e mamãe fazem:
- Meu nome é Maricota, papai é médico e mamãe e enfermeira.
- Meu nome é Pedro, meu pai é advogado e minha mãe é dona de casa.
- Meu nome é João, minha mãe é prostituta e meu pai transformista.
Diante do constrangimento generalizado a professora resolve encerrar as apresentações imediatamente.
Quando termina a aula, a professora se aproxima preocupada e pergunta a Joãozinho:
- Joãozinho, seus pais fazem mesmo aquelas coisas?
- Não fessora. É que eu fiquei com vergonha de dizer que eles são jornalistas...
A jumentice continua
O homem tá danado...
Hmm... Quer dizer que as autoridades da Espanha têm uma certa razão em não permitir a entrada de jovens mulheres brasileiras naquele país? Ora, se é grande a quantidade de brasileiras na Espanha se prostituindo, a autoridade só está agindo de acordo com o senso comum.
Essa aqui é ignorância mesmo:
Uma das coisas que mais chamam a atenção na Suíça é a quantidade de suíços fazendo trabalhos chamados pouco qualificados. Você até encontra um ou outro ilegal mas, em geral, eles preferem países com um sistema de welfare mais generoso. Para contratação legal, a legislação exige que o salário oferecido esteja dentro da faixa de mercado (não sei como eles apuram isso). Ou seja, se tem um lugar onde o trabalhador estrangeiro não vai ser explorado é lá.
Mas o cara acha que não tinha que checar uma agressão seguida de aborto, vai checar dados sobre a Suíça?
Terceiro e no mínimo tão importante quanto, a versão era plausível por terem chegado onde chegaram a xenofobia e o neofascismo na Europa de hoje. Dizem os italianos – em cujo país, por sinal, o ódio aos imigrantes o governo de direita de Silvio Berlusconi transformou em leis racistas – que “si non è vero è ben trovato”.
Hmm... Quer dizer que as autoridades da Espanha têm uma certa razão em não permitir a entrada de jovens mulheres brasileiras naquele país? Ora, se é grande a quantidade de brasileiras na Espanha se prostituindo, a autoridade só está agindo de acordo com o senso comum.
Essa aqui é ignorância mesmo:
E a Suiça, com os seus chocolates e os seus queijos, as suas montanhas e as suas vaquinhas malhadas, não é nenhum cartão postal em matéria de preconceito contra os estrangeiros que fazem os “trabalhos de negro” que os nativos acham aquém demais deles.
Uma das coisas que mais chamam a atenção na Suíça é a quantidade de suíços fazendo trabalhos chamados pouco qualificados. Você até encontra um ou outro ilegal mas, em geral, eles preferem países com um sistema de welfare mais generoso. Para contratação legal, a legislação exige que o salário oferecido esteja dentro da faixa de mercado (não sei como eles apuram isso). Ou seja, se tem um lugar onde o trabalhador estrangeiro não vai ser explorado é lá.
Mas o cara acha que não tinha que checar uma agressão seguida de aborto, vai checar dados sobre a Suíça?
16 fevereiro 2009
Veja como são as coisas
Ainda sobre este episódio na Suíça (que calhou de ser no cantão de Zurich que eu tenho visitado regularmente por motivos pessoais e este mulato que vos fala nunca se sentiu tão em casa!), confirmado o problema psicológico da advogada, o pai fez a única coisa que não poderia ter feito: entrou em contato com seu assessor de imprensa, digo Noblat, e mandou ele jogar a merda no ventilador, coisa que o dedicado funcionário fez prontamente, sem nem mesmo dar um tempo para apurar melhor o caso. Resultado: um episódio que era para ter sido resolvido na maciota, preservando a integridade psicológica da menina, toma essa proporção, coisa que certamente não lhe fará muito bem.
Ajudem esta alma
Você que é amigo ou parente do Noblat e se importa com ele, um colega de redação ou sei lá o quê, faça alguma coisa! Avise que ele já ultrapassou os limites do ridículo há uns três dias atrás. Esse papel de porta-voz da família da advogada que está desempenhando já tá ficando constrangedor.
15 fevereiro 2009
A verdade é detalhe
Eu e meus colegas de trabalho brincamos dizendo que, na hora de zoar alguém, a verdade é um mero detalhe a ser ignorado e - por que não? - distorcido.
Parece que parte da nossa classe pensante concorda com isso.
Mesmo os fatos indicando o contrário, nada importa. A Suíça tem que ser, de alguma forma, a culpada. Portanto, é dever de todo formador de opinião alçá-la à categoria de lar de nazistas e país com inclinações totalitárias. Olha, dizer que a Suíça é um país de "inclinações totalitárias" nem pode ser considerado estupidez ou ignorância. É má-fe de quem conta com a ignorância dos seus leitores.
Se algum dia eu não conseguir mais ganhar dinheiro honestamente vou me tornar jornalista.
Parece que parte da nossa classe pensante concorda com isso.
Mesmo os fatos indicando o contrário, nada importa. A Suíça tem que ser, de alguma forma, a culpada. Portanto, é dever de todo formador de opinião alçá-la à categoria de lar de nazistas e país com inclinações totalitárias. Olha, dizer que a Suíça é um país de "inclinações totalitárias" nem pode ser considerado estupidez ou ignorância. É má-fe de quem conta com a ignorância dos seus leitores.
Se algum dia eu não conseguir mais ganhar dinheiro honestamente vou me tornar jornalista.
14 fevereiro 2009
Essa eu tinha que colocar
Depois de escrever o post onde eu exponho alguns motivos pelos quais o Brasil nunca será liberal, leio esse trecho num artigo do Olavão:
Que descreve exatamente o liberal bebê chorão. :-)
E tem esse tipo de liberal que muitos conhecemos:
Quantos entendem a diferença entre defender a liberdade de mercado e beneficiar-se dela deixando a outros menos beneficiados, ou não beneficiados de maneira alguma, o encargo de defendê-la?
Que descreve exatamente o liberal bebê chorão. :-)
E tem esse tipo de liberal que muitos conhecemos:
Mas em geral o que vi foi uma horda de oportunistas esfomeados, que na atmosfera mais respirável que se abria não viam um horizonte de luta, mas um mercado, uma promessa de lucros fáceis, uma oportunidade de subir na vida sem fazer força. As palavras conservadorismo, liberalismo, democracia, não atingiam os seus corações como um chamamento ao dever: afagavam seus ouvidos como um sussurro sedutor, rebrilhavam em seus olhos como cifrões esculpidos em ouro.
Método de leitura
Quando me deparo com um artigo, uso o seguinte método de leitura: primeiro dou uma passada rápida pelo conteúdo, à caça de clichês e fazendo uma contagem de citações. Artigos com muitas citações me irritam porque me passam a idéia de que o autor não sabe expressar o que pensa com suas próprias palavras. Artigo não é produto acedêmico, portanto citações devem ser usadas com moderação. O pior mesmo são os clichês. Se eu passo os olhos pelo texto e a contagem de clichês é muito grande eu logo largo o texto de lado. Tão grave quanto, é quando o conteúdo todo do artigo gira em torno de um clichê, facilmente refutado pela realidade que o cerca. E isso foi o que aconteceu com esta reportagem da Veja:
Rá! Basta conviver com jovens por um mês e você verá que isso não passa do mais falso clichê. Certamente o autor desta matéria nunca conversou com um típico jovem "antenado".
O bom é que, com a qualidade das publicações por aqui, a gente economiza uma grana ao não fazer assinaturas.
O fato de [os adolescentes] estarem sempre conectados os leva a ter interesse por mais assuntos e a ser mais bem informados de maneira geral.
Rá! Basta conviver com jovens por um mês e você verá que isso não passa do mais falso clichê. Certamente o autor desta matéria nunca conversou com um típico jovem "antenado".
O bom é que, com a qualidade das publicações por aqui, a gente economiza uma grana ao não fazer assinaturas.
Por que o Brasil nunca será liberal
Pelo mesmo motivo que um anão nunca será jogador de baquetebol profissional na NBA.
Deve haver outros motivos mas eu cito dois aqui:
1) Falta base.
Ao contrário dos liberais que seguem a linha economicista, penso que a liberdade econômica é consqüência de uma sociedade que evoluiu até se tornar liberal. A liberdade demanda um conjunto de pré-requisitos para que possa existir plenamente nas várias esferas da nossa vida. Olhando um pouco para a história do mundo, me parece que o liberalismo coincidiu com o ápice das sociedades onde ele aflorou. À medida que as bases morais dessas mesmas sociedades foram ruindo, estas foram se tornando menos liberais. Hoje chegamos ao ponto do governo dos EUA aprovar pacotes que fazem nossos programas governamentais parecerem coisa de amador. Por isso, penso que a tendência dos países que experimentaram um dia o liberalismo é se tornarem cada vez menos liberais. E os países que nunca foram, nunca serão.
Mas ei! Eu sou um pessimista. Espero estar errado.
2) Faltam bons evangelizadores.
Não encontrei outra expressão, então peguei essa emprestada do meu nicho de mercado. Evangelizador é aquela pessoa que vai ao mercado mostrar para os potenciais clientes por que eles deveriam adquirir um determinado produto. Neste aspecto, os evangelizadores do liberalismo - salvo raras excecões - são uma catástrofe. Na verdade, ao ler artigos de alguns deles, sinto uma compulsão de me filiar ao PSTU.
Alguns, por falta de base filosófica, se atêm ao mero aspecto da eficiência econômica. Outros, decoram uma meia de dúzia de citações de autores austríacos, e acreditam que recitá-las constitui argumentação. Mal comparando, é como um muçulmano recitando trechos do Alcorão. Não querem adaptar idéias ao mundo, mas o mundo às idéias. Finalmente temos um outro tipo de liberal que parece mais um bebê chorão. Tem problemas com autoridade e prega o liberalismo apenas porque quer pagar menos impostos e porque não quer ninguém dizendo-lhe o que fazer; nunca. Se acha um ser auto-suficiente embora produza quase nada de útil e usufrua de tudo que a sociedade opressora lhe dá. Não aceita "trocar liberdade por segurança" mas também não quer nem saber como obter os dois ao mesmo tempo.
Deve haver outros motivos mas eu cito dois aqui:
1) Falta base.
Ao contrário dos liberais que seguem a linha economicista, penso que a liberdade econômica é consqüência de uma sociedade que evoluiu até se tornar liberal. A liberdade demanda um conjunto de pré-requisitos para que possa existir plenamente nas várias esferas da nossa vida. Olhando um pouco para a história do mundo, me parece que o liberalismo coincidiu com o ápice das sociedades onde ele aflorou. À medida que as bases morais dessas mesmas sociedades foram ruindo, estas foram se tornando menos liberais. Hoje chegamos ao ponto do governo dos EUA aprovar pacotes que fazem nossos programas governamentais parecerem coisa de amador. Por isso, penso que a tendência dos países que experimentaram um dia o liberalismo é se tornarem cada vez menos liberais. E os países que nunca foram, nunca serão.
Mas ei! Eu sou um pessimista. Espero estar errado.
2) Faltam bons evangelizadores.
Não encontrei outra expressão, então peguei essa emprestada do meu nicho de mercado. Evangelizador é aquela pessoa que vai ao mercado mostrar para os potenciais clientes por que eles deveriam adquirir um determinado produto. Neste aspecto, os evangelizadores do liberalismo - salvo raras excecões - são uma catástrofe. Na verdade, ao ler artigos de alguns deles, sinto uma compulsão de me filiar ao PSTU.
Alguns, por falta de base filosófica, se atêm ao mero aspecto da eficiência econômica. Outros, decoram uma meia de dúzia de citações de autores austríacos, e acreditam que recitá-las constitui argumentação. Mal comparando, é como um muçulmano recitando trechos do Alcorão. Não querem adaptar idéias ao mundo, mas o mundo às idéias. Finalmente temos um outro tipo de liberal que parece mais um bebê chorão. Tem problemas com autoridade e prega o liberalismo apenas porque quer pagar menos impostos e porque não quer ninguém dizendo-lhe o que fazer; nunca. Se acha um ser auto-suficiente embora produza quase nada de útil e usufrua de tudo que a sociedade opressora lhe dá. Não aceita "trocar liberdade por segurança" mas também não quer nem saber como obter os dois ao mesmo tempo.
Nóis pobrinhu pudemo fazê tudio
Essa mania de brasileiro achar que o fato de ser "pobrinho" lhe confere algum privilégio no convívio com os "ricos" nos torna um dos povos mais escrotos que há, às vezes até mesmo mais escrotos que os argentinos. Celebridades internacionais vêm ao Bananão e, mesmo diante daquelas poças de merda que são a Lagoa Rodrigo de Freitas e muitas praias da Zona Sul do Rio de Janeiro; mesmo diante da imundice que impera nas nossas ruas; mesmo diante da violência e da pobreza, eles ainda mantêm a cortesia de agir amistosamente na "casa dos outros." Quando questionados sobre o que acharam do país, abrem um sorriso e mentem "É um lugar maravilhoso! Que pena que não pude vir antes. Pretendo voltar muitas vezes!"
Mas o brasileiro? Nãao... O brasileiro se acha no direito de entrar na casa dos outros, abrir a geladeira, beber a última cerveja, passar a mão na bunda da dona da casa e ainda dar um pescotapa no dono. E ai do dono se ele esboçar a mínima contrariedade, exigindo um pouco de modos do visitante mal educado. Será logo chamado de arrogante, de estar humilhando o brazuca só porque ele é pobre e besteiras do tipo.
Quantas vezes vi brasileiros respondendo à pergunta - quase procolar - "o que você está achando daqui?" com críticas - muitas vezes severas, principalmente quando nos EUA - e comparações que visavam a mostrar ao pobre gringo que ele vivia num lugar merda e que o paraíso mesmo se encontrava lá abaixo do Equador.
Acho que todo guia de turismo destinado a brasileiros deveria vir também com um manual de etiqueta.
Mas o brasileiro? Nãao... O brasileiro se acha no direito de entrar na casa dos outros, abrir a geladeira, beber a última cerveja, passar a mão na bunda da dona da casa e ainda dar um pescotapa no dono. E ai do dono se ele esboçar a mínima contrariedade, exigindo um pouco de modos do visitante mal educado. Será logo chamado de arrogante, de estar humilhando o brazuca só porque ele é pobre e besteiras do tipo.
Quantas vezes vi brasileiros respondendo à pergunta - quase procolar - "o que você está achando daqui?" com críticas - muitas vezes severas, principalmente quando nos EUA - e comparações que visavam a mostrar ao pobre gringo que ele vivia num lugar merda e que o paraíso mesmo se encontrava lá abaixo do Equador.
Acho que todo guia de turismo destinado a brasileiros deveria vir também com um manual de etiqueta.
11 fevereiro 2009
Partindo corações
Este trecho da "bíblia" dos libertários, A Ação Humana, é de partir os seus corações:
In order to establish and to preserve social cooperation and civilization, measures are needed to prevent asocial individuals from committing acts that are bound to undo all that man has accomplished in his progress from the Neanderthal level. In order to preserve the state of affairs in which there is protection of the individual against the unlimited tyranny of stronger and smarter fellows, an institution is needed that curbs all antisocial elements. Peace--the absence of perpetual fighting by everyone against everyone--can be attained only by the establishment of a system in which the power to resort to violent action is monopolized by a social apparatus of compulsion and coercion and the application of this power in any individual case is regulated by a set of rules--the man-made laws as distinguished both from the laws of nature and those of praxeology. The essential implement of a social system is the operation of such an apparatus commonly called government. [p. 281]
The concepts of freedom and bondage make sense only when referring to the way in which government operates. It would be highly inexpedient and misleading to say that a man is not free because, if he wants to stay alive, his power to choose between a drink of water and one of potassium cyanide is restricted by nature. It would be no less inconvenient to call a man unfree because the law imposes sanctions upon his desire to kill another man and because the police and the penal courts enforce them. As far as the government--the social apparatus of compulsion and oppression--confines the exercise of its violence and the threat of such violence to the suppression and prevention of antisocial action, there prevails what reasonably and meaningfully can be called liberty. What is restrained is merely conduct that is bound to disintegrate social cooperation and civilization, thus throwing all people back to conditions that existed at the time homo sapiens emerged from the purely animal existence of its nonhuman ancestors. Such coercion does not substantially restrict man's power to choose. Even if there were no government enforcing man-made laws, the individual could not have both the advantages derived from the existence of social cooperation on the one hand, and, on the other, the pleasures of freely indulging in the rapacious animal instincts of aggression.
In the market economy, the laissez-faire type of social organization, there is a sphere within which the individual is free to choose between various modes of acting without being restrained by the threat of being punished. If, however, the government does more than protect people against violent or fraudulent aggression on the part of antisocial individuals, it reduces the sphere of the individual's freedom to act beyond the degree to which it is restricted by praxeological law. Thus we may define freedom as that state of affairs in which the individual's discretion to choose is not constrained by governmental violence beyond the margin within which the praxeological law restricts it anyway.
This is what is meant if one defines freedom as the condition of an individual within the frame of the market economy. He is free in the sense that the laws and the government do not force him to renounce his autonomy and self-determination to a greater extent than the inevitable praxeological law does. What he foregoes is only the animal freedom of living without any regard to the existence of other specimens of his species. What the social apparatus of compulsion and coercion achieves is that individuals whom malice, shortsightedness or mental inferiority prevent from realizing that by indulging in acts that are destroying society they are hurting themselves and all other human beings are compelled to avoid such acts. [p. 282]
From this point of view one has to deal with the often-raised problem of whether conscription and the levy of taxes mean a restriction of freedom. If the principles of the market economy were acknowledged by all people all over the world, there would not be any reason to wage war and the individual states could live in undisturbed peace. But as conditions are in our age, a free nation is continually threatened by the aggressive schemes of totalitarian autocracies. If it wants to preserve its freedom, it must be prepared to defend its independence. If the government of a free country forces every citizen to cooperate fully in its designs to repel the aggressors and every able-bodied man to join the armed forces, it does not impose upon the individual a duty that would step beyond the tasks the praxeological law dictates. In a world full of unswerving aggressors and enslavers, integral unconditional pacifism is tantamount to unconditional surrender to the most ruthless oppressors. He who wants to remain free, must fight unto death those who are intent upon depriving him of his freedom. As isolated attempts on the part of each individual to resist are doomed to failure, the only workable way is to organize resistance by the government. The essential task of government is defense of the social system not only against domestic gangsters but also against external foes. He who in our age opposes armaments and conscription is, perhaps unbeknown to himself, an abettor of those aiming at the enslavement of all.
08 fevereiro 2009
Buy american
Eu sei que as pessoas são estúpidas e não conseguem usar a cabeça para outra coisa que não separar as orelhas. Sei que é inútil tentar mudar a natureza de um idiota com fatos. Mas vamos lá assim mesmo: o mundo deveria aprender que, quando o assunto é comércio, é melhor - ou menos pior, pode escolher - ter Republicanos no comando dos EUA. Como ficarão as coisas internamente nos EUA não é problema meu. O que interessa é a posição de Republicanos e Democratas em relação ao comércio com o resto do mundo e esta lista de votação - surrupiada do blog do Mankiw - não poderia ser um exemplo melhor:
Statement of Purpose: To prohibit the applicability of Buy American requirements in the Act to the utilization of funds provided by the Act.
Grouped By Vote Position
YEAs --- 31
Alexander (R-TN)
Barrasso (R-WY)
Bennett (R-UT)
Bond (R-MO)
Bunning (R-KY)
Chambliss (R-GA)
Coburn (R-OK)
Cochran (R-MS)
Corker (R-TN)
Cornyn (R-TX)
Crapo (R-ID)
DeMint (R-SC)
Ensign (R-NV)
Enzi (R-WY)
Hatch (R-UT)
Inhofe (R-OK)
Isakson (R-GA)
Johanns (R-NE)
Kyl (R-AZ)
Lieberman (ID-CT)
Lugar (R-IN)
Martinez (R-FL)
McCain (R-AZ)
McConnell (R-KY)
Murkowski (R-AK)
Risch (R-ID)
Roberts (R-KS)
Sessions (R-AL)
Shelby (R-AL)
Thune (R-SD)
Wicker (R-MS)
NAYs ---65
Akaka (D-HI)
Baucus (D-MT)
Bayh (D-IN)
Begich (D-AK)
Bennet (D-CO)
Bingaman (D-NM)
Boxer (D-CA)
Brown (D-OH)
Brownback (R-KS)
Burr (R-NC)
Burris (D-IL)
Byrd (D-WV)
Cantwell (D-WA)
Cardin (D-MD)
Carper (D-DE)
Casey (D-PA)
Collins (R-ME)
Conrad (D-ND)
Dodd (D-CT)
Dorgan (D-ND)
Durbin (D-IL)
Feingold (D-WI)
Feinstein (D-CA)
Gillibrand (D-NY)
Graham (R-SC)
Grassley (R-IA)
Hagan (D-NC)
Harkin (D-IA)
Hutchison (R-TX)
Inouye (D-HI)
Johnson (D-SD)
Kaufman (D-DE)
Kerry (D-MA)
Klobuchar (D-MN)
Kohl (D-WI)
Landrieu (D-LA)
Lautenberg (D-NJ)
Leahy (D-VT)
Levin (D-MI)
Lincoln (D-AR)
McCaskill (D-MO)
Menendez (D-NJ)
Merkley (D-OR)
Mikulski (D-MD)
Murray (D-WA)
Nelson (D-FL)
Nelson (D-NE)
Pryor (D-AR)
Reed (D-RI)
Reid (D-NV)
Rockefeller (D-WV)
Sanders (I-VT)
Schumer (D-NY)
Shaheen (D-NH)
Snowe (R-ME)
Specter (R-PA)
Stabenow (D-MI)
Tester (D-MT)
Udall (D-CO)
Udall (D-NM)
Vitter (R-LA)
Warner (D-VA)
Webb (D-VA)
Whitehouse (D-RI)
Wyden (D-OR)
Not Voting - 3
Gregg (R-NH)
Kennedy (D-MA)
Voinovich (R-OH)
Brasil olímpico
Ontem tava dando uma zapeada pelos canais de TV quando tropecei num programa da ESPN Brasil cujo nome, se não me engano, era "Brasil Olímpico." Em todo caso, o programa reunia várias matérias sobre as obras que foram feitas no Rio de Janeiro para que a cidade sediasse o Pan 2007. Acho que teve de tudo: irregularidades em licitação, superfaturamento, desapropriação que ainda não foi paga, instalações abandonadas, enfim, um apanhado do que é o Brasil.
No último bloco, o apresentador, com ar muito sério, perguntou "Será que estamos preparados para sediar uma Olimpíada?" Foram ouvidas pessoas partidárias do sim e do não, mas a resposta que mais me agradou foi a do técnico Bernardinho, esse exemplo de ética - melhor dizendo, esse exemplo de pai - ao ser perguntado por que ele era a favor da candidatura do Brasil se o caso do Pan 2007 foi um exemplo de má utlilização do dinheiro público. Cito de cabeça, mas ele disse algo como:
- Não podemos nos prender ao erros do passado. Temos que ver se aprendemos algo com eles e tentar não repeti-los.
É preciso muito talento para dizer isso com uma cara séria.
No último bloco, o apresentador, com ar muito sério, perguntou "Será que estamos preparados para sediar uma Olimpíada?" Foram ouvidas pessoas partidárias do sim e do não, mas a resposta que mais me agradou foi a do técnico Bernardinho, esse exemplo de ética - melhor dizendo, esse exemplo de pai - ao ser perguntado por que ele era a favor da candidatura do Brasil se o caso do Pan 2007 foi um exemplo de má utlilização do dinheiro público. Cito de cabeça, mas ele disse algo como:
- Não podemos nos prender ao erros do passado. Temos que ver se aprendemos algo com eles e tentar não repeti-los.
É preciso muito talento para dizer isso com uma cara séria.
Barreiras
Gostaria de ver uma demonstração, seja através de modelos, seja de exemplos da vida real, da veracidade da afirmação “abrir barreiras, ainda que unilateralmente, é bom para a população.” Claro, levando-se em consideração as realidades sócio-econômicas dos países envolvidos e não modelos abstratos, porque, usando modelos abstratos, até socialistas conseguem sustentar seus pontos de vista.
06 fevereiro 2009
Barney Stinson sabe tudo
No episódio "The Possimpible" de How I met your mother:
That’s what corporate American wants: people who seem like bold risk takers, but never actually do anything.
Até que durou
Após escapar de vários que circularam por aí, desta vez não teve jeito.
O Igor do Mosca Azul (tem troco, tem troco) "meme" manda este Meme: devo escancarar seis segredos. Parece mole, mas né não:
1) Fui um adolescente, jovem e adulto alienado até uns bons 20 e muitos anos. Enquanto meus amigos de segundo grau liam "A Ilha" e se emocionavam com a revolução cubana eu queria mais era saber de zoar. Passei imaculado pela Universidade também. Engajamento não era comigo.
2) Detesto ir no banheiro fora de casa (no. 2, claro!). Mas se precisar muito eu vou.
3) Quando fui para a Indonésia fiz um certo sucesso com as mulheres naquele clube que foi alvo de atentado... Dançando lambada. Sabem como é: terra de cego...
4) Tenho uma certa queda por Axé Music. Não é algo que eu compre CD, mas é impossível, para mim, ouvir um axé e não bater o pé.
5) Tenho um possante Uno 95 do qual me recuso teimosamente a me desfazer, apesar dos apelos daqueles que me conhecem.
6) Detesto trabalhar. Mas gosto do que faço e sou bom nisso.
Passo à frente para o Flamarion, Xará De Gustibus, Mr. X e Refém do Estado.
O Igor do Mosca Azul (tem troco, tem troco) "meme" manda este Meme: devo escancarar seis segredos. Parece mole, mas né não:
1) Fui um adolescente, jovem e adulto alienado até uns bons 20 e muitos anos. Enquanto meus amigos de segundo grau liam "A Ilha" e se emocionavam com a revolução cubana eu queria mais era saber de zoar. Passei imaculado pela Universidade também. Engajamento não era comigo.
2) Detesto ir no banheiro fora de casa (no. 2, claro!). Mas se precisar muito eu vou.
3) Quando fui para a Indonésia fiz um certo sucesso com as mulheres naquele clube que foi alvo de atentado... Dançando lambada. Sabem como é: terra de cego...
4) Tenho uma certa queda por Axé Music. Não é algo que eu compre CD, mas é impossível, para mim, ouvir um axé e não bater o pé.
5) Tenho um possante Uno 95 do qual me recuso teimosamente a me desfazer, apesar dos apelos daqueles que me conhecem.
6) Detesto trabalhar. Mas gosto do que faço e sou bom nisso.
Passo à frente para o Flamarion, Xará De Gustibus, Mr. X e Refém do Estado.
01 fevereiro 2009
A lua de mel está acabando
E, o mundo pelo menos, começa a sentir saudades de George W. Bush.
Claro que ainda é cedo demais para admitir isso.
Horas antes desse discurso, o diretor-geral da OMC havia informado, num encontro com jornalistas, não ter tido ainda nenhum contato com o governo Obama. Diplomaticamente, procurou amaciar essa informação: afinal, ponderou, o governo é novo e o nome indicado para ser o negociador comercial dos Estados Unidos ainda nem foi aprovado pelo Congresso. Mas o indicado, Ron Kirk, ex-prefeito de Dallas, não tem experiência no setor e é vagamente descrito como favorável ao livre comércio.
De Washington, a única notícia concreta sobre política comercial, nesta semana, foi negativa. O pacote de estímulo fiscal de US$ 819 bilhões aprovado pela Câmara tem uma cláusula restritiva: ficará sem acesso ao dinheiro quem realizar obras de infraestrutura com ferro ou aço importado. O mundo terá de engolir "pelo menos provisoriamente" essa decisão, disse em Davos o senador Brian Baird, do partido de Obama.
Talvez não se possa, a partir desses fatos, formular conclusões seguras sobre como será a diplomacia econômica do novo governo americano. Com o país atolando na recessão e o sistema financeiro ainda sem mostrar o fundo do seu poço, é compreensível a prioridade atribuída pelo presidente à agenda interna. Mas essa agenda não envolve todo o governo. Além disso, ele teve tempo suficiente, desde a campanha, para definir uma orientação econômica internacional. Não se poderia esperar menos que isso de um aspirante ao governo da economia mais importante do mundo.
Claro que ainda é cedo demais para admitir isso.
31 janeiro 2009
O homem tem um problema com o superlativo
Olavão descobriu um texto do Obaminha onde há erros incríveis de concordância e mau uso do comparitvo no lugar do superlativo.
De fato, há outros erros de concordância no estilo "se o sujeito se afasta demais do verbo, danou-se". Não precisam crer em mim. Eu não cri no filósofo e fui catar.
Mas, bem, isso era em 1983, pensei. Talvez ele tenha melhorado. Hmm...
Tava lendo hoje um outro artigo sobre Obaminha e como ele vai contra tudo que os Founding Fathers pensavam quando da declaração da independência dos EUA e me deparei com esse trecho de seu discurso na Filadélfia:
Bem, o inglês não é minha língua nativa, mas eu poderia jurar que, na parte grifada, deveria vir o superlativo "best" (melhor) e não o comparativo "better".
Em “Breaking the War Mentality”, publicado na revista da Universidade Columbia, Sundial, em março de 1983, Obama escreve: “The belief that moribund institutions, rather than individuals are at the root of the problem, keep SAM's energies alive.” O sujeito singular belief não concorda com o verbo keep no plural, e a virgulação não faz o menor sentido. Mais adiante, ele confunde o superlativo com o comparativo: “Our better instincts can at least match the bad ones” – better em vez de best. E ainda: “SAM casts a wider net than ARA, though for the purposes of effectiveness, they have tried to lock in on one issue at a time” – o sujeito singular da oração principal torna-se plural na oração subordinada. Há vários outros erros pueris nesse em outros artigos, só igualados, em matéria de inépcia gramatical, pela tese da Sra. Obama em Harvard.
De fato, há outros erros de concordância no estilo "se o sujeito se afasta demais do verbo, danou-se". Não precisam crer em mim. Eu não cri no filósofo e fui catar.
Mas, bem, isso era em 1983, pensei. Talvez ele tenha melhorado. Hmm...
Tava lendo hoje um outro artigo sobre Obaminha e como ele vai contra tudo que os Founding Fathers pensavam quando da declaração da independência dos EUA e me deparei com esse trecho de seu discurso na Filadélfia:
What is required is the same perseverance and idealism that our founders displayed. What is required is a new declaration of independence, not just in our nation, but in our own lives -- from ideology and small thinking, prejudice and bigotry -- an appeal not to our easy instincts but to our better angels.
Bem, o inglês não é minha língua nativa, mas eu poderia jurar que, na parte grifada, deveria vir o superlativo "best" (melhor) e não o comparativo "better".
Tirar onda de primeiro mundo
É o que dez entre dez líderes de republiquetas gostam de fazer quando seus buracos, geograficamente definidos como países, sediam eventos esportivos.
Tal e qual aquele pessoal que, no dia da visita, da uma "guaribada" na casa para ela ficar jeitosinha. Depois que a visita vai embora, business as usual, e a casa volta a ser o chiqueiro de sempre.
Sim, claro que também estou falando dos complexos esportivos construídos no Rio de Janeiro para o Pan 2007. Mas o Brasil não é a única republiqueta que há por aí (essa vai na íntegra, com grifos meus):
É esse o buraco que os especialistas dizem que será a grande potência em breve?
Tal e qual aquele pessoal que, no dia da visita, da uma "guaribada" na casa para ela ficar jeitosinha. Depois que a visita vai embora, business as usual, e a casa volta a ser o chiqueiro de sempre.
Sim, claro que também estou falando dos complexos esportivos construídos no Rio de Janeiro para o Pan 2007. Mas o Brasil não é a única republiqueta que há por aí (essa vai na íntegra, com grifos meus):
BEIJING (AP)—The area around Beijing’s massive Bird’s Nest stadium will be turned into a shopping and entertainment complex in three to five years, a state news agency said Friday.
Officially known as Beijing National Stadium, the showpiece of the Beijing Olympics has fallen into disuse since the end of the games. Paint is already peeling in some areas, and the only visitors these days are tourists who pay about $7 to walk on the stadium floor and browse a pricey souvenir shop.
Plans call for the $450 million stadium to anchor a complex of shops and entertainment outlets in three to five years, Xinhua News Agency reported, citing operator Citic Group. The company will continue to develop tourism as a major draw for the Bird’s Nest, while seeking sports and entertainment events.
The only confirmed event at the 91,000-seat stadium this year is Puccini’s opera “Turandot,” set for Aug. 8—the one-year anniversary of the Olympics’ opening ceremony. The stadium has no permanent tenant after Beijing’s top soccer club, Guo’an, backed out of a deal to play there.
Details about the development plans were not available. A person who answered the phone at Citic Group on Friday said offices were closed for the Chinese New Year holiday.
A symbol of China’s rising power and confidence, the stadium, whose nickname described its lattice of exterior steel beams, may never recoup its hefty construction cost, particularly amid a global economic slump. Maintenance of the structure alone costs about $8.8 million annually, making it difficult to turn a profit, Xinhua said.
É esse o buraco que os especialistas dizem que será a grande potência em breve?
Santo remédio
Como Obaminha pretende resolver a crise financeira causada pelas hipotecas dadas a quem não podia pagar?
Com mais hipotecas dadas a quem não pode pagar?
É isso mesmo?
Com mais hipotecas dadas a quem não pode pagar?
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou nesse sábado (31), em seu pronunciamento semanal, que o governo deverá anunciar em breve um plano para ajudar a baratear os custos das hipotecas, "reviver" o sistema financeiro e restaurar o crédito. A nova estratégia, segundo o presidente, será anunciada "em breve" pelo secretário do Tesouro, Tim Geithner. "Nós ajudaremos a reduzir os custos das hipotecas e estender empréstimos a pequenos negócios, para que eles possam criar empregos", afirmou Obama.
É isso mesmo?
Elas vs eles
A lei assinada pelo recém-empossado presidente estadunidense (calma, só que queria saber qual a sensação de escrever esta palavra ridícula) que iguala - sabe-se lá Deus como! - salários de homens e mulheres levanta discussões interessantes.
De posse de algumas estatísticas é quase impossível não chegar à conclusão de que o mercado de trabalho, por alguma razão irracional, adora discriminar mulheres sem nenhum motivo aparente.
Mas será que o que ocorre é isso mesmo? Veja bem, HÁ uma discriminação na maioria dos setores sim, mas num setor específico, por exemplo, isso não é verdade. Aliás, é exatamente o contrário. Se não há uma sistemática discriminação contra as mulheres em todos os setores é possível que haja motivos racionais para uma empresa atribuir menor valor ao trabalho de uma mulher. Mas este tipo de discussão está proibida atualmente. Sabemos que a única comparação aceitável entre homens e mulheres é aquela que atesta a superiodade delas sobre nós, pobres portadores de pênis. Mas isso é papo para outro post.
Voltando ao assunto, não sei onde li isso - acho que uma googleada resolve, mas tô com preguiça - mas atrizes pornôs ganham muito mais que seus parceiros de filme. Ora, discriminação contra os homens? Claro que sim e faz muito sentido: quem consome este tipo de produto não está interessado nos dotes masculinos. A estrela, se assim podemos dizer, é a mulher. O homem não passa de mero acessório.
Creio que este não dever ser o único nicho onde mulheres são mais valorizadas que homens. O mercado de modelos talvez seja a mesma coisa.
Em relação mercado de trabalho normal, quem trabalha em atividades onde a força física não é necessária sabe que há mulheres que ganham mais que homens desempenhando a mesma função. E isso acontece porque aquelas mulheres especificamente são mais produtivas naquele determinado setor e não porque seus gerentes sejam mais conscientes da igualdade entre os gêneros. As mulheres estúpidas continuam ganhando menos que homens e mulheres competentes.
Sei que é difícil para burocratas e acadêmicos que nunca saem de seus gabinetes imaginarem isso, mas há todo um mundo voltado para produção de bens e serviços onde a eficiência é recompensada e a ineficência é punida severamente.
Nesses meus mais de vinte anos de trabalho nunca vi nenhum gerente disposto a botar o seu fiofó na reta para se manter fiel a seus preconceitos (o que não quer dizer que não haja empresas que permitam que cada gerente faça do seu setor o seu feudo). Há quem reclame que "empresas só vêem números." Isso pode ser uma boa coisa já que números não têm raça, gênero, orientação sexual, religião...
Em todo caso, é irônico que alguns dos maiores beneficiados pelo Ato Lilly Ledbetter - se ele puder ser aplicado na prática - sejam os atores pornôs ou modelos masculinos. Peculiaridades de uma lei cujo objetivo único é a demagogia barata.
De posse de algumas estatísticas é quase impossível não chegar à conclusão de que o mercado de trabalho, por alguma razão irracional, adora discriminar mulheres sem nenhum motivo aparente.
Mas será que o que ocorre é isso mesmo? Veja bem, HÁ uma discriminação na maioria dos setores sim, mas num setor específico, por exemplo, isso não é verdade. Aliás, é exatamente o contrário. Se não há uma sistemática discriminação contra as mulheres em todos os setores é possível que haja motivos racionais para uma empresa atribuir menor valor ao trabalho de uma mulher. Mas este tipo de discussão está proibida atualmente. Sabemos que a única comparação aceitável entre homens e mulheres é aquela que atesta a superiodade delas sobre nós, pobres portadores de pênis. Mas isso é papo para outro post.
Voltando ao assunto, não sei onde li isso - acho que uma googleada resolve, mas tô com preguiça - mas atrizes pornôs ganham muito mais que seus parceiros de filme. Ora, discriminação contra os homens? Claro que sim e faz muito sentido: quem consome este tipo de produto não está interessado nos dotes masculinos. A estrela, se assim podemos dizer, é a mulher. O homem não passa de mero acessório.
Creio que este não dever ser o único nicho onde mulheres são mais valorizadas que homens. O mercado de modelos talvez seja a mesma coisa.
Em relação mercado de trabalho normal, quem trabalha em atividades onde a força física não é necessária sabe que há mulheres que ganham mais que homens desempenhando a mesma função. E isso acontece porque aquelas mulheres especificamente são mais produtivas naquele determinado setor e não porque seus gerentes sejam mais conscientes da igualdade entre os gêneros. As mulheres estúpidas continuam ganhando menos que homens e mulheres competentes.
Sei que é difícil para burocratas e acadêmicos que nunca saem de seus gabinetes imaginarem isso, mas há todo um mundo voltado para produção de bens e serviços onde a eficiência é recompensada e a ineficência é punida severamente.
Nesses meus mais de vinte anos de trabalho nunca vi nenhum gerente disposto a botar o seu fiofó na reta para se manter fiel a seus preconceitos (o que não quer dizer que não haja empresas que permitam que cada gerente faça do seu setor o seu feudo). Há quem reclame que "empresas só vêem números." Isso pode ser uma boa coisa já que números não têm raça, gênero, orientação sexual, religião...
Em todo caso, é irônico que alguns dos maiores beneficiados pelo Ato Lilly Ledbetter - se ele puder ser aplicado na prática - sejam os atores pornôs ou modelos masculinos. Peculiaridades de uma lei cujo objetivo único é a demagogia barata.
Chute
O cargo de "Presidente do Mundo", que Obaminha tanto deseja, é um mandato de apenas 4 anos.
Se ele enveredar pelo caminho que está indicando seguir acho que não emplaca um segundo termo.
Se ele enveredar pelo caminho que está indicando seguir acho que não emplaca um segundo termo.
Colou?
Não? Então desfaz a merda e pensa em outra.
Aquilo a que todos brazucas estamos acostumados desde sempre (intensificou-se no governo atual, é verdade, mas sempre foi um traço nosso) os americanos - e, por tabela, o mundo - vão experimentar, aparentemente em doses maciças, neste governo Obama: decisões impensadas revertidas pela gritaria geral de um ou outro grupo.
Agora foi o aço. Obaminha baixou uma determinação, condicionando o recebimento de recursos do pacote anticrise à não importação de aço. Sindicatos aplaudiram, mas o mundo chiou e chiou feio.
Aí, depois de baixada a determinação, é que a Casa Branca me vem com essa:
Como é? O governo vai examinar, depois de baixada a determinação, se há alguma violação das obrigações comerciais dos EUA? Não é o tipo de coisa que os departamento jurídicos fazem ANTES?
Aquilo a que todos brazucas estamos acostumados desde sempre (intensificou-se no governo atual, é verdade, mas sempre foi um traço nosso) os americanos - e, por tabela, o mundo - vão experimentar, aparentemente em doses maciças, neste governo Obama: decisões impensadas revertidas pela gritaria geral de um ou outro grupo.
Agora foi o aço. Obaminha baixou uma determinação, condicionando o recebimento de recursos do pacote anticrise à não importação de aço. Sindicatos aplaudiram, mas o mundo chiou e chiou feio.
Aí, depois de baixada a determinação, é que a Casa Branca me vem com essa:
O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse, nesta sexta-feira, que o governo de Barack Obama estava examinando se a cláusula viola as obrigações comerciais dos Estados Unidos.
- O governo está revendo esta cláusula em especial e vai tomar uma decisão sobre o assunto. (...) Entendemos todas as preocupações - disse Gibbs.
Como é? O governo vai examinar, depois de baixada a determinação, se há alguma violação das obrigações comerciais dos EUA? Não é o tipo de coisa que os departamento jurídicos fazem ANTES?
30 janeiro 2009
29 janeiro 2009
Obama é Lula
Os EUA podem não ser o Brasil (ainda) mas Obama tem alguns traços de Lula: a demagogia fácil, a facilidade de canetar leis estúpidas.
"Ela sabe que a história não é só dela, mas de todas mulheres que ganham US$ 0,75 quando um homem ganha US$ 1 e ainda menos do caso das mulheres negras. [...] Igualdade de pagamento não é um tema de mulheres e sim de família. A família que [pela desigualdade de pagamento] não tem dinheiro para educação, famílias que dependem disso para pagar a hipoteca ou não, pagar as contas médicas ou não", disse Obama, acrescentando que, em tempos de crise econômica, os trabalhadores americanos não podem arcar com salários menores por discriminação.
O democrata lembrou da história de sua avó, que trabalhava em um banco no Havaí e sustentava ele e sua meia-irmã. "Assino esta lei em honra a ela e mulheres como ela, como minha avó, que trabalhou no banco a vida inteira e mesmo quando atingiu o teto de vidro continuou indo para dar o melhor para mim e minha irmã", disse o presidente. "Para minhas filhas, para que elas tenham oportunidades que sua mãe e avós não imaginavam ter."
26 janeiro 2009
Calma cidadão...
... Que nesse Brasil tudo tem solução!
Lembram dos atletas que estavam mendigando patrocíniono no Flamengo?
Não, não pintou nenhuma empresa no pedaço. Mas quem precisa de empresa quando temos o bom e velho paizão Estado para tomar conta da gente?
Leiam e emocionem-se (grifos meus):
Isso é lindo! Eu adoro essa terra!
Preciso mudar o nome daquele post. Em vez de "Lugar errado" acho que os atletas estão é no "Lugar certo."
Lembram dos atletas que estavam mendigando patrocíniono no Flamengo?
Não, não pintou nenhuma empresa no pedaço. Mas quem precisa de empresa quando temos o bom e velho paizão Estado para tomar conta da gente?
Leiam e emocionem-se (grifos meus):
Durou pouco a incursão de Diego Hypolito, Daniele e Jade Barbosa no mundo dos desempregados. Depois de ver as portas do Flamengo fechadas por falta de dinheiro, o trio de ginastas recebeu nesta segunda-feira a notícia da permanência na Gávea, graças a um novo patrocínio. Diante dos três atletas e do presidente Marcio Braga, a Prefeitura de Niterói se comprometeu a investir os R$ 80 mil que a modalidade consome mensalmente no clube.
- Quando vi o problema do meu amigo Marcio, achei que estava na hora de entrar. Foi a forma que encontramos para manter essa geração de atletas. Além disso, Niterói vai ajudar, de alguma forma, o esporte nacional - contou o prefeito da cidade, Jorge Roberto da Silveira.
Isso é lindo! Eu adoro essa terra!
Preciso mudar o nome daquele post. Em vez de "Lugar errado" acho que os atletas estão é no "Lugar certo."
Resumindo
A foto abaixo fala por si.
Fico imaginando o que seria preciso para um típico carioca falar "Chega! Pára, que tá tudo errado!"
Fico imaginando o que seria preciso para um típico carioca falar "Chega! Pára, que tá tudo errado!"
Nadando no esgoto. Literalmente.
25 janeiro 2009
BBB
Eu entendo que seja uma legítima forma de entretenimento. Não assisto, não gosto, mas também ninguém é obrigado a compartilhar meus gostos por sitcoms e enlatados americanos.
Gosto é gosto. Na hora de dar um descanso ao cérebro, cada um com sua válvula de escape.
O que realmente me impressiona é a dimensão da coisa. Todos os grandes jornais on-line e sites do país têm seções exclusivas para cobrir o programa e noticiam eventos da casa com destaque em suas home pages que, sinceramente, me parece meio over, ainda mais para um programa que já está em sua nona versão e está longe de ser uma novidade.
O Globo (este compreende-se, pois o programa é da casa)
Estadão
Folha
Terra
UOL
Meio freak, sei lá.
Gosto é gosto. Na hora de dar um descanso ao cérebro, cada um com sua válvula de escape.
O que realmente me impressiona é a dimensão da coisa. Todos os grandes jornais on-line e sites do país têm seções exclusivas para cobrir o programa e noticiam eventos da casa com destaque em suas home pages que, sinceramente, me parece meio over, ainda mais para um programa que já está em sua nona versão e está longe de ser uma novidade.
O Globo (este compreende-se, pois o programa é da casa)
Estadão
Folha
Terra
UOL
Meio freak, sei lá.
Falha de mercado não existe
É isso mesmo. Não existe esse negócio de falha de mercado.
Repito: não existe falha de mercado.
Por quê?
Simples: para existir uma falha é preciso existir um objetivo não alcançado. Ninguém falha simplesmente. Falha-se em alcançar um determinado objetivo.
Geralmente ouvimos esta expressão quando alguém quer sugerir a intervenção estatal em algum setor.
Por exemplo, o fato de muitas pessoas não terem acesso à medicina particular é vista como uma falha de mercado.
Errado.
Seria falha se o livre mercado tivesse como objetivo proporcionar acesso à medicina particular para todos.
E não tem.
E aí? Bem, aí é que eu acho uma vergonha que, em pleno século XXI, haja gente morrendo por falta de remédios ou atendimento relativamente simples. Sob o ponto de vista civilizacional é uma catástrofe uma sociedade que não consegue cuidar dos seus desamparados.
Aí entraria o Estado, que falha - aí sim! - miseravelmente nesta tarefa.
Portanto, no sentido estrito, só existe falha de governo.
Repito: não existe falha de mercado.
Por quê?
Simples: para existir uma falha é preciso existir um objetivo não alcançado. Ninguém falha simplesmente. Falha-se em alcançar um determinado objetivo.
Geralmente ouvimos esta expressão quando alguém quer sugerir a intervenção estatal em algum setor.
Por exemplo, o fato de muitas pessoas não terem acesso à medicina particular é vista como uma falha de mercado.
Errado.
Seria falha se o livre mercado tivesse como objetivo proporcionar acesso à medicina particular para todos.
E não tem.
E aí? Bem, aí é que eu acho uma vergonha que, em pleno século XXI, haja gente morrendo por falta de remédios ou atendimento relativamente simples. Sob o ponto de vista civilizacional é uma catástrofe uma sociedade que não consegue cuidar dos seus desamparados.
Aí entraria o Estado, que falha - aí sim! - miseravelmente nesta tarefa.
Portanto, no sentido estrito, só existe falha de governo.
E por falar nisso
E por falar em reality check, muita gente critica a Igreja Católica por não se adaptar à modernidade do mundo, mas vejo poucos dispostos a adaptarem suas ideologias a um mundo que ficou menor, mais perigoso e muito mais complexo que as ideologias pensadas em 1900 e lá vai vovô. O princípio da não agressão, por exemplo, é lindo mas quem tem uma saída (eu não tenho) para o dilema de se manter fiel a ele, agindo apenas em caso de ataques, quando o primeiro ataque é nuclear e pode dizimar cidades inteiras?
Sim, porque dizer
"Nós não podemos iniciar uma agressão, mas apenas nos defender no caso de sermos atacados."
Pode ser reescrito como:
"Somente depois que eles jogarem sua bomba nuclear em nós e matarem milhões de pessoas e que podemos contra-atacar ."
Sim, porque dizer
"Nós não podemos iniciar uma agressão, mas apenas nos defender no caso de sermos atacados."
Pode ser reescrito como:
"Somente depois que eles jogarem sua bomba nuclear em nós e matarem milhões de pessoas e que podemos contra-atacar ."
E agora, meu caro libertário?
O mundo real é um belo laboratório para testar teorias e ideologias, do mais radical comunismo ao mais escancarado liberiarianismo. Vejamos este caso:
Horror! Horror!
O Estado malvado, esta entidade maligna, forçando dois indivíduos a se associarem a um terceiro!
E a sagrada liberdade de associação?
Que absurdo!
Afinal, qual norma diz que o Estado tem o direito de forçar os pais a tomarem conta dos seus rebentos ou mesmo punir aqueles que não desejam fazê-lo?
E algumas destas demandas chegam a ser triviais. Recentemente, em audiência sobre a guarda de uma criança de 10 anos no interior do estado, nenhum dos pais queria ficar com ele, pela incapacidade de educar o menino travesso e inquieto. Diante da insistência da juíza de Família, o pai recuou.
Horror! Horror!
O Estado malvado, esta entidade maligna, forçando dois indivíduos a se associarem a um terceiro!
E a sagrada liberdade de associação?
Que absurdo!
Afinal, qual norma diz que o Estado tem o direito de forçar os pais a tomarem conta dos seus rebentos ou mesmo punir aqueles que não desejam fazê-lo?
Mas já vão embora?
Casal de turistas esfaqueado deixa o Rio no domingo
Só porque foram esfaqueados numa das ruas mais movimentadas da Zona Sul do Rio de Janeiro, em plena luz do dia?
Não sejamos radicais!
Isso acontece em todas as grandes cidades do mundo.
Bem, de qualquer forma acredito que vocês adoraram o Rio de Janeiro e a simpatia do povo carioca e farão propaganda positiva da cidade para seus amigos e familiares.
Nos vemos no ano que vem!
Só porque foram esfaqueados numa das ruas mais movimentadas da Zona Sul do Rio de Janeiro, em plena luz do dia?
Não sejamos radicais!
Isso acontece em todas as grandes cidades do mundo.
Bem, de qualquer forma acredito que vocês adoraram o Rio de Janeiro e a simpatia do povo carioca e farão propaganda positiva da cidade para seus amigos e familiares.
Nos vemos no ano que vem!
24 janeiro 2009
Lugar errado
Isso vai soar meio como um trecho de um daqueles livros de administração ("Seja um vencedor mesmo sendo um merda!") mas a manutenção do sucesso depende de (A) talento, (B) dedicação e (C) fatores externos (sorte, oportunidades, infra, etc.). Até dá para se manter em pé um tempinho sem um deles e, em alguns casos, com um só!, mas uma hora a casa cai.
Enquanto isso, na terra malvada do neoliberalismo excludente, a capetinha Shawn Johnson não precisa ficar mendigando para viver e, com essa lista de patrocinadores, deve ficar muito bem quando pendurar as chuteiras.
Talento e dedicação ela tem, assim como Diego e Daiane. Para estes, porém, faltou o resto: eles tinham o talento certo mas no lugar errado.
Enquanto isso, na terra malvada do neoliberalismo excludente, a capetinha Shawn Johnson não precisa ficar mendigando para viver e, com essa lista de patrocinadores, deve ficar muito bem quando pendurar as chuteiras.
Talento e dedicação ela tem, assim como Diego e Daiane. Para estes, porém, faltou o resto: eles tinham o talento certo mas no lugar errado.
23 janeiro 2009
Veja o lado bom
Vejo no Not Tupy que:
C'mon, people! É a Holanda! Em compensação vocês podem consumir drogas, escolher putas em vitrines e fazer sexo em público. É o estado da arte em progressismo.
“The Freedom Party (PVV),” read yesterday’s press release, “is shocked by the Amsterdam Court of Appeal’s decision to prosecute Geert Wilders for his statements and opinions. Geert Wilders considers this ruling an all-out assault on freedom of speech.”
The appalling decision to try Wilders, the Freedom Party’s head and the Dutch Parliament’s only internationally famous member, for “incitement to hatred and discrimination” against Islam is indeed an assault on free speech. But no one who has followed events in the Netherlands over the last decade can have been terribly surprised by it. Far from coming out of the blue, this is the predictable next step in a long, shameful process of accommodating Islam—and of increasingly aggressive attempts to silence Islam’s critics—on the part of the Dutch establishment.
C'mon, people! É a Holanda! Em compensação vocês podem consumir drogas, escolher putas em vitrines e fazer sexo em público. É o estado da arte em progressismo.
Era uma vez
Era uma vez um condomínio que tinha uma belíssima vista para o mar. Todos seus moradores eram muito orgulhosos da vista que desfrutavam e a exibiam a visitantes e moradores de outros condomínios. Era algo tão belo que praticamente havia se tornado marca registrada daquele condomínio. Infelizmente nem tudo eram flores. Usando o mesmo acesso que proporcionava a vista maravilhosa aos condôminos, ladrões entravam no condomínio para efetuar roubos e pequenos delitos. Num certo dia, o pior aconteceu: um grupo de criminosos violentos invadiu o condomínio, estuprou, assassinou e cometeu vários atos bárbaros. Os moradores ficaram chocados. Nunca se imaginaram naquela situação. O síndico, pressionado pelos moradores que exigiam mais segurança para si, propôs a construção de um grande muro para impedir a entrada de criminosos. Porém, este muro também bloqueava a maravilhosa vista que era motivo de orgulho para os condôminos. Traumatizados pelos recentes acontecimentos, os membros do conselho aprovaram a idéia do muro, que foi finalmente construído. E nunca mais houve um incidente sequer no condomínio envolvendo invasores. O tempo foi passando e o trauma dos ataques foi cedendo lugar a uma nostalgia pela vista perdida. Muitos passaram a questionar o síndico, argumentando que o muro não era mais necessário. Entretanto ataques a outros condomínios continuavam a acontecer e nada dava a entender que uma mudança de cenário estava próxima. O síndico, apoiado pelo conselho, decidiu manter o muro. Pouco a pouco, com os moradores se sentindo mais seguros, as reclamações em relação ao bloqueio da vista foram aumentando. Chegada a época de escolher o novo síndico, um candidato passou a prometer que, se eleito, iria trazer de volta a maravilhosa vista que tornou famoso o condomínio. Todos os moradores ficaram entusiasmados com a perspectiva de terem sua vista maravilhosa de volta. Não se falava em outra coisa. Tanto tempo sem ataques fez com que a segurança do condomínio fosse considerada um fato garantido, que não requeria manutenção. Na verdade, o síndico atual passou a ser lembrado apenas como aquele que “tirou de nós a maravilhosa vista que costumávamos ter.” Nada mais se falava sobre o fato de nunca mais ter havido um ataque sequer ao condomínio após a construção do muro. E então o novo síndico foi escolhido. No dia seguinte à sua posse, todos foram lhe perguntar quando o muro seria demolido. Aos moradores ele disse que isso não era algo para ser feito de um dia para o outro, que algumas coisas precisavam ser consideradas e que a segurança do condomínio era mais importante. Um morador mais exaltado retrucou que “isso era o que o síndico anterior dizia, ora bolas!” Dez administrações após, o muro continua lá, não houve nenhum ataque e todos que conhecem o síndico que construiu o muro juram que ele mantém um risinho irônico permanente em sua cara.
22 janeiro 2009
Há esperança!
Sim, há esperança para a América. Talvez eu esteja enganado e a histeria (não a eleição em si, que é parte do jogo, apenas a histeria) envolvendo a eleição de Obama tenha sido apenas um surto e não parte de um processo. Estava preocupado com o comportamento dos meios de comunicação em relação às ações de Obama, mas este vídeo (muito, muito, muito obrigado FYI) mostra que, aparentemente, não farão com ele a blindagem total que fizeram com um certo Apedeuta por aqui. Claro que ainda haverá os biased de sempre, mas pelo menos não será generalizado.
21 janeiro 2009
Reinaldo e Obama
Achei perfeita a análise do Reinaldão sobre o fenômeno "Obama." Quem algum dia procurou entender um pouco o que está por trás dos movimentos revolucionários mão se surpreende com isso:
Já faz algum tempo que li um pequeno livro chamado The True Believer: Thoughts on the Nature of Mass Movements, onde Eric Hoffman faz uma brilhante análise dos movimentos revolucionários da nossa história. Um aspecto estava presente em praticamente todos: o único jeito de fazer as massas mergulharem de cabeça numa proposta desconhecida é fazendo-as crer que a situação atual é desesperadora.
Ou seja, para apostar em Obama, um político inexperiente e de passado obscuro, seria necessário que a população acreditasse que os EUA estivessem caindo aos pedaços, num estado deplorável.
Como ouvi muito por aí, de "especialistas", "pior do que com o Bush não pode ficar".
Obama, claro, cumpre o seu papel. Escrevi, certa feita, que há nele muitos quês de terceiro-mundismo. As parcas e os porcos logo entenderam que me referia à sua origem e à cor de sua pele. Não! Incomoda-me nele essa vocação para inaugurar auroras, para gáudio de seus mistificadores midiáticos, numa espécie de demonização retórica do passado, sem alvo definido. E também não dá para negar os apelos messiânicos de seus discursos. Ontem, falou em "reconstruir a América". Ela foi destruída?
Já faz algum tempo que li um pequeno livro chamado The True Believer: Thoughts on the Nature of Mass Movements, onde Eric Hoffman faz uma brilhante análise dos movimentos revolucionários da nossa história. Um aspecto estava presente em praticamente todos: o único jeito de fazer as massas mergulharem de cabeça numa proposta desconhecida é fazendo-as crer que a situação atual é desesperadora.
Ou seja, para apostar em Obama, um político inexperiente e de passado obscuro, seria necessário que a população acreditasse que os EUA estivessem caindo aos pedaços, num estado deplorável.
Como ouvi muito por aí, de "especialistas", "pior do que com o Bush não pode ficar".
20 janeiro 2009
Hmmm
Trecho do discurso de Obama:
Daria pra começar este trecho dizendo "Como bem dizia meu caro George W. Bush..."
Nós não vamos pedir desculpas por nosso estilo de vida nem vamos hesitar em defendê-lo. E, para aqueles que buscam aumentar seus alvos induzindo terror e assassinando inocentes, dizemos a vocês, agora, que nosso espírito é mais forte e não pode ser quebrado. Vocês não irão nos ultrapassar, e nós os derrotaremos.
Daria pra começar este trecho dizendo "Como bem dizia meu caro George W. Bush..."
First day in the job
Honeymoon is over, baby.

Manifestantes queimam a foto de Obama em um protesto contra os Estados Unidos no Irã.

Manifestantes queimam a foto de Obama em um protesto contra os Estados Unidos no Irã.
O mais poderoso do Planeta?
Enquanto preparava o molho a bolonhesa para meu almoço de hoje estava pensando numa expressão que normalmente ouvimos por aqui, associada ao presidente dos Estados Unidos: "o homem mais poderoso do Planeta."
Esta expressão nunca esteve tão longe da verdade.
Eu até chegaria a dizer que, individualmente falando, Chavez, Mugabe e Lula - este com suas Medidas Provisórias - têm muito mais poder para impor suas vontades e caprichos aos cidadãos dos seus países do que George Bush ao povo americano.
Enquanto a atuação do presidente americano é estritamente limitada pelo Congresso e seu poder limitado pela Constituição, por aqui as medidas provisórias abundam, inclusive criando canais de TV e todo tipo de coisa "urgente". Basta uma canetada e pimba! TV Brasil criada. Outra canetada e pimba! Centenas de milhões liberados para empresas em dificuldades.
Esta expressão nunca esteve tão longe da verdade.
Eu até chegaria a dizer que, individualmente falando, Chavez, Mugabe e Lula - este com suas Medidas Provisórias - têm muito mais poder para impor suas vontades e caprichos aos cidadãos dos seus países do que George Bush ao povo americano.
Enquanto a atuação do presidente americano é estritamente limitada pelo Congresso e seu poder limitado pela Constituição, por aqui as medidas provisórias abundam, inclusive criando canais de TV e todo tipo de coisa "urgente". Basta uma canetada e pimba! TV Brasil criada. Outra canetada e pimba! Centenas de milhões liberados para empresas em dificuldades.
Taca pedra na Geni
Agora é fácil culpar o Jorgibuxi pela crise, mas veja o que o NYT (que jamais poderíamos acusar de pró-Buxi) noticiou em setembro de 1999:
In a move that could help increase home ownership rates among minorities and low-income consumers, the Fannie Mae Corporation is easing the credit requirements on loans that it will purchase from banks and other lenders.
The action, which will begin as a pilot program involving 24 banks in 15 markets -- including the New York metropolitan region -- will encourage those banks to extend home mortgages to individuals whose credit is generally not good enough to qualify for conventional loans. Fannie Mae officials say they hope to make it a nationwide program by next spring.
Fannie Mae, the nation's biggest underwriter of home mortgages, has been under increasing pressure from the Clinton Administration to expand mortgage loans among low and moderate income people and felt pressure from stock holders to maintain its phenomenal growth in profits.
In addition, banks, thrift institutions and mortgage companies have been pressing Fannie Mae to help them make more loans to so-called subprime borrowers. These borrowers whose incomes, credit ratings and savings are not good enough to qualify for conventional loans, can only get loans from finance companies that charge much higher interest rates -- anywhere from three to four percentage points higher than conventional loans.
19 janeiro 2009
18 janeiro 2009
Receita de felicidade
Difícil conviver com obamaníacos?
Difícil aturar aquele colega de trabalho que insiste em puxar papo sobre a mais nova versão do BBB?
Difícil aturar os especialistas de botequim que têm uma solução para o conflito em Gaza?
Calma, que isso tem um remédio. Faça como Homer Simpson:
Difícil aturar aquele colega de trabalho que insiste em puxar papo sobre a mais nova versão do BBB?
Difícil aturar os especialistas de botequim que têm uma solução para o conflito em Gaza?
Calma, que isso tem um remédio. Faça como Homer Simpson:
Esporte é vida
Pela Copa-2014, cidades iniciam festival de gastos sem licitação
Fico revoltado com a insinuação de que alguma irregularidade possa vir a ser cometida. Se nós tivéssemos em nosso passado casos de corrupção que justificassem quaisquer dúvidas, tudo bem.
Mas não é o caso.
E vejam que isso tudo é investimento! Não sejamos bitolados e estreitos: o investimento mínimo que essas prefeituras estão fazendo agora será revertido em ganhos de infra-estrutura para a população. Assim como no Pan 2007.
O problema do Brasil é esse pessoal cri-cri que fica vendo problema em tudo.
Fico revoltado com a insinuação de que alguma irregularidade possa vir a ser cometida. Se nós tivéssemos em nosso passado casos de corrupção que justificassem quaisquer dúvidas, tudo bem.
Mas não é o caso.
E vejam que isso tudo é investimento! Não sejamos bitolados e estreitos: o investimento mínimo que essas prefeituras estão fazendo agora será revertido em ganhos de infra-estrutura para a população. Assim como no Pan 2007.
O problema do Brasil é esse pessoal cri-cri que fica vendo problema em tudo.
17 janeiro 2009
Teoria da conspiração
Definição: qualquer afirmação, não importando quantas evidências a suportem, que seja aterrorizante o bastante para nos fazer pensar que muitas das coisas as quais julgamos sob nosso controle não estão, nunca estiveram e, provavelmente, nunca estarão.
14 janeiro 2009
So what?
"So what?" (e suas variantes)
ou
"This is not the first time we see something like this." (e suas variantes)
ou
"I was not aware of it." (e suas variantes)
Estas serão expressões comuns a partir de 20 de janeiro la nos isteitis.
Foi assim aqui na era do Lula Salvador.
Provavelmente será assim por lá também.
ou
"This is not the first time we see something like this." (e suas variantes)
ou
"I was not aware of it." (e suas variantes)
Estas serão expressões comuns a partir de 20 de janeiro la nos isteitis.
Foi assim aqui na era do Lula Salvador.
Provavelmente será assim por lá também.
Está chegando
Está chegando o dia em que nada - de grande relevância para nós, não americanos - mudará mas tudo será diferente.
12 janeiro 2009
Eis que me pego defendendo barreiras protecionistas
- Mas Cláudio, isso é totalmente contra os princípios do liberalismo!
Eu sei, seu sei. Shame on me...
Por exemplo, na Suíça, em teoria, uma empresa só pode recrutar um profissional estrangeiro após efetuar uma busca localmente. E o salário pago não pode ser muito abaixo - não sei como eles medem isso - dos salários praticados localmente.
Por isso, talvez, não é raro ver suíços realizando trabalhos braçais. Um dia, enquanto esperava o trem, estava observando um grupo de trabalhadores efetuando reparos na estação. Que me desculpem os politicamente corretos, mas o capricho que eles empregavam no trabalho eu jamais vi nas minhas andanças pela Flórida e California onde imigrantes baratinhos abundam.
Eu sei, seu sei. Shame on me...
Por exemplo, na Suíça, em teoria, uma empresa só pode recrutar um profissional estrangeiro após efetuar uma busca localmente. E o salário pago não pode ser muito abaixo - não sei como eles medem isso - dos salários praticados localmente.
Por isso, talvez, não é raro ver suíços realizando trabalhos braçais. Um dia, enquanto esperava o trem, estava observando um grupo de trabalhadores efetuando reparos na estação. Que me desculpem os politicamente corretos, mas o capricho que eles empregavam no trabalho eu jamais vi nas minhas andanças pela Flórida e California onde imigrantes baratinhos abundam.
10 janeiro 2009
Enquanto isso na Globonews...
- E daqui a pouco teremos conosco a cientista política Baranga Mocréia da Silva que dirá como Israel é malvado e só faz merda.
Apostando o dos outros
Num post anterior, expus "minha teoria" que tenta explicar o fato de tanta gente "da paz" apoiar terroristas, ditadores e tudo mais. Sei que parece insano mas é perfeitamente racional e facilmente explicável. Apesar de muita gente ser de fato idiota nem todo mundo é tão idiota a ponto de apoiar terroristas em seu próprio quintal. Eles o fazem quando os terroristas estão explodindo pessoas a milhas e milhas de distância. Quer um exemplo? Basta fazer duas perguntinhas ao típico exemplar da classe média carioca:
1) Entre e Israel e Hamas quem você apóia?
2) Qual a solução para a criminalidade crescente nas favelas?
Asseguro que já ouvi, daqueles instruídos que freqüentaram faculdade e tudo o mais, respostas como:
1) Hamas
2) Napalm nas favelas, entrar com tanque botando tudo a baixo, passar o cerol, etc.
É óbvio que a pessoa não é estúpida a ponto de não reconhecer ameaças à sua integridade física e às suas propriedades. O que acontece é que, no primeiro caso, a bunda que está diante da seringa não é a dele. Neste caso é muito mais fácil e tentador posar de defensor das minorias, dos mais fracos e oprimidos. Quando é sua bunda que está na reta, o mesmo ser humano evoluído que chora pelas crianças palestinas não vê nada de errado em um policial espancar um menino de rua aqui no Rio de Janeiro, não importa quão desproporcional isto possa parecer. Alguns - pasmem! - até incentivam e urram diante do fato como bestas enlouquecidas.
A estupidez e o angelismo acabarão com a civilização.
1) Entre e Israel e Hamas quem você apóia?
2) Qual a solução para a criminalidade crescente nas favelas?
Asseguro que já ouvi, daqueles instruídos que freqüentaram faculdade e tudo o mais, respostas como:
1) Hamas
2) Napalm nas favelas, entrar com tanque botando tudo a baixo, passar o cerol, etc.
É óbvio que a pessoa não é estúpida a ponto de não reconhecer ameaças à sua integridade física e às suas propriedades. O que acontece é que, no primeiro caso, a bunda que está diante da seringa não é a dele. Neste caso é muito mais fácil e tentador posar de defensor das minorias, dos mais fracos e oprimidos. Quando é sua bunda que está na reta, o mesmo ser humano evoluído que chora pelas crianças palestinas não vê nada de errado em um policial espancar um menino de rua aqui no Rio de Janeiro, não importa quão desproporcional isto possa parecer. Alguns - pasmem! - até incentivam e urram diante do fato como bestas enlouquecidas.
A estupidez e o angelismo acabarão com a civilização.
05 janeiro 2009
Lei seca segue fazendo estragos
Fim de ano violento nas estradas. Mortes nas rodovias federais aumentam 13,3%
BRASÍLIA - O período de festas foi marcado por mortes e imprudência nas estradas. De acordo com o balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgado nesta segunda-feira, de 20 de dezembro a 4 de janeiro, foram registrados 7.140 acidentes, com 4.795 feridos e 435 mortos em 61 mil quilômetros de rodovias federais. Os acidentes superaram em 7,8% o total de 2007/2008 e o número de mortes saltou 13,3% em comparação a igual período anterior.
Por quê?
Mr. X faz uma pergunta que também já andou pela minha cabeça. Resumindo: por que os militantes - quase sempre de esquerda ou simpatizante - apóiam pessoas ou entidades visivelmente violentas, sanguinárias ou totalitárias?
Comentei lá a conclusão única a qual pude chegar, considerando que não estão todos loucos:
Comentei lá a conclusão única a qual pude chegar, considerando que não estão todos loucos:
Como tudo hoje em dia se tornou disputa política (até mesmo teorias científicas!) eles se aproveitam do angelismo dos nossos dias para fazer proselitismo. Todo mundo hoje é tolerante, é multicultural, é sofisticado. Só que há um pingo de hipocrisia aí (boa leitura é o livro "Do As I say"). É fácil defender o Hamas quando se está protegido pelo "imperialista" sistema americano, por exemplo. É lindo fazer elogios a Cuba e depois voltar para sua mansão multimilionária em Los Angeles. É comovente bradar contra a pobreza em Paris quando seu Maserati está bem protegido. Resumindo: para obter simpatia e serem vistos como pessoas elevadas, muitos apóiam atrocidades das quais sabem que dificilmente serão vítimas (e que se fossem reagiriam brutalmente). É o efeito "benefício concentrado, custos diluídos". Ou num linguajar mais chulo, "apostar o cu dos outros é mole".
04 janeiro 2009
03 janeiro 2009
Aí não!
- Saúde pública uma merda? Tudo bem...
- Educação pública uma merda? Tudo bem...
- Segurança uma piada? Vá lá...
- Política um circo? Tudo certo...
- Cultura um lixo? Beleza...
- Democracia indo pro ralo? Fazer o quê, né?
Agora dificultar minhas escapadas deste buraco, não!!!
Neste ano - e nos próximos - ninguém nos segura na nossa arrancada rumo ao atraso!
- Educação pública uma merda? Tudo bem...
- Segurança uma piada? Vá lá...
- Política um circo? Tudo certo...
- Cultura um lixo? Beleza...
- Democracia indo pro ralo? Fazer o quê, né?
Agora dificultar minhas escapadas deste buraco, não!!!
Neste ano - e nos próximos - ninguém nos segura na nossa arrancada rumo ao atraso!

Crentes
Uma das coisas que me parecem mais poderosas no ser humano é sua necessidade de dar um sentido à vida, de se achar parte de algo maior. Os religiosos suprem essa necessidade através de Deus. Os demais o fazem através de qualquer coisa: duendes, fadas e até mesmo políticos.
Na esfera local, todos nós fomos capazes de observar a fé de muita gente esclarecida e erudita na santidade do metalúrgico de Garanhuns.
Na esfera internacional, temos Obama, o grande. Desta vez, esclarecidos e eruditos de todo o mundo depositam suas esperanças no novo messias. Naquele que irá reconduzir a América ao seu destino grandioso. E levará o mundo a reboque.
Assim como no caso do metalúrgico, cada entrevista de Obama é vista como um exemplo de sobriedade, equilíbrio, sofisticação, inteligência, humildade, prudência, etc. Nunca tive a oportunidade de estar ao lado de um "crente" quando este assiste a um discurso ou entrevista de Obama, mas seria capaz de apostar que a sua expressão é exatamente igual a de um evangélico ouvindo seu pastor, ou de um católico ouvindo o Papa: aquele ar meio abobalhado de quem está diante de algo que não é deste mundo.
Daí minha conclusão de que isso só pode se dar devido a algum mecanismo psicológico muito poderoso. Ora, eu sou incapaz de determinar, com precisão, o caráter de muita gente com quem convivo boa parte da minha vida, o que dirá de um político que só vejo através de entrevistas e discursos cuidadosamente preparados?
Na esfera local, todos nós fomos capazes de observar a fé de muita gente esclarecida e erudita na santidade do metalúrgico de Garanhuns.
Na esfera internacional, temos Obama, o grande. Desta vez, esclarecidos e eruditos de todo o mundo depositam suas esperanças no novo messias. Naquele que irá reconduzir a América ao seu destino grandioso. E levará o mundo a reboque.
Assim como no caso do metalúrgico, cada entrevista de Obama é vista como um exemplo de sobriedade, equilíbrio, sofisticação, inteligência, humildade, prudência, etc. Nunca tive a oportunidade de estar ao lado de um "crente" quando este assiste a um discurso ou entrevista de Obama, mas seria capaz de apostar que a sua expressão é exatamente igual a de um evangélico ouvindo seu pastor, ou de um católico ouvindo o Papa: aquele ar meio abobalhado de quem está diante de algo que não é deste mundo.
Daí minha conclusão de que isso só pode se dar devido a algum mecanismo psicológico muito poderoso. Ora, eu sou incapaz de determinar, com precisão, o caráter de muita gente com quem convivo boa parte da minha vida, o que dirá de um político que só vejo através de entrevistas e discursos cuidadosamente preparados?
01 janeiro 2009
29 dezembro 2008
Minha manchete
Lei Seca aumenta número de acidentes nas estradas federais do estado do Rio de Janeiro
Quem discordar que prove o contrário, né?
Rio - A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou nesta segunda-feira balanço que mostra o aumento de aproximadamente 200% no número de vítimas fatais nas rodovias federais no Estado do Rio de Janeiro, em comparação com 2007.
Quem discordar que prove o contrário, né?
27 dezembro 2008
Ficção mesmo!
Leio o roteiro do filme Push no Omelete:
Antes de mais nada: estadunidense? Estadunidense? Quem, em posse de suas faculdades mentais, usa este termo a sério? Quem? Quem?
É difícil saber qual a parte mais fantasiosa do filme: a existência de agentes com poderes de clarividência e telecinésia ou o fato deles fugirem dos EUA para buscar a liberdade na... China!
No roteiro escrito por David Bourla, também produtor-executivo do filme, alguns agentes estadunidenses com poderes de clarividência e telecinesia se refugiam em Pequim para escapar das garras da inteligência dos EUA. Para se verem livres para sempre, porém, eles precisam aceitar uma última missão.
Antes de mais nada: estadunidense? Estadunidense? Quem, em posse de suas faculdades mentais, usa este termo a sério? Quem? Quem?
É difícil saber qual a parte mais fantasiosa do filme: a existência de agentes com poderes de clarividência e telecinésia ou o fato deles fugirem dos EUA para buscar a liberdade na... China!
26 dezembro 2008
Estagiário
Acho que, neste feriado de Natal, deixaram um estagiário como responsável pela digitação das legendas na Globonews:
A não ser que o rapaz tenha sido levado por um montão de churros.
A não ser que o rapaz tenha sido levado por um montão de churros.
24 dezembro 2008
De olho no bom velhinho!
Acompanhe aqui a trajetória do bom velhinho na sua incansável entrega de presentes!
20 dezembro 2008
Por que gostamos de cachorro?
Por que queimar a mufa tentando esse fenômeno?
A teoria da evolução explica tudo.
Claro (grifos meus).
A teoria da evolução explica tudo.
Claro (grifos meus).
A ligação com os animais já foi explicada de várias maneiras por estudos científicos, mas uma das teorias mais aceitas é que a evolução favorece os homens que gostam de bichos. Registros arqueológicos de 10 a 15 mil anos atrás sugerem que, de lá para cá, homens e animais dividiam espaços semelhantes. Acredita-se que os homens tenham iniciado o processo de domesticação depois de perceber a utilidade do olfato apurado dos cães e de suas habilidades para a caça e para a defesa. As vilas protegidas pelos cachorros acabavam sobrevivendo aos ataques de predadores e rivais. Isso deu mais um motivo para o homem se manter próximo dos cães, traço preservado ao longo dos séculos.
19 dezembro 2008
Sofisticação é
Acreditar que há alguma chance da maior e mais corrupta repartição pública do mundo - a.k.a. ONU - trazer a paz mundial, mas debochar de qualquer um que cite uma passagem da Bíblia.
Pfuii
Ao longo do ano minha empresa manda e-mails felicitando os funcionários por todo tipo de feriado religioso.
Hoje recebo um com uma mensagem de "Happy Holidays".
Hoje recebo um com uma mensagem de "Happy Holidays".
16 dezembro 2008
Blogueiro mainstream
Post banal, embora emblemático.
Antes eu considerava que a mais baixa forma de vida dentro de uma redação de jornal eram os jornalistas esportivos, os colunistas sociais e aqueles que cobriam a TV.
Não mais.
De um tempo pra cá, a mais baixa forma de vida em uma redação de jornal são os blogueiros.
Blogueiros vinculados a grandes veículos não são blogueiros, em minha opinião. São jornalistas que escrevem em formato diferente do usado pelos seus colegas. E como tais, cometem invariavelmente os mesmos erros que afugentam o leitores: erros de grafia, preguiça de pesquisar minimamente sobre os assuntos, visão de mundo rasteira e estereotipada, padronização de opiniões, correção política, etc.
Tenho aqui algo que eu julgo ser um exemplo (banal, como eu disse):
Como não sou profundo conhecedor do universo dos quadrinhos, creio que posso estar enganado, mas este post me deixou intrigado: que motivos teriam levado o seu autor a usar o nome Wolferine, quando o próprio vídeo postado indicava a grafia que eu penso (ou pensava) ser a correta, Wolverine? Algum conhecedor de quadrinhos saberia explicar? Talvez seja uma grafia aceitável, sei lá...
Antes eu considerava que a mais baixa forma de vida dentro de uma redação de jornal eram os jornalistas esportivos, os colunistas sociais e aqueles que cobriam a TV.
Não mais.
De um tempo pra cá, a mais baixa forma de vida em uma redação de jornal são os blogueiros.
Blogueiros vinculados a grandes veículos não são blogueiros, em minha opinião. São jornalistas que escrevem em formato diferente do usado pelos seus colegas. E como tais, cometem invariavelmente os mesmos erros que afugentam o leitores: erros de grafia, preguiça de pesquisar minimamente sobre os assuntos, visão de mundo rasteira e estereotipada, padronização de opiniões, correção política, etc.
Tenho aqui algo que eu julgo ser um exemplo (banal, como eu disse):
Como não sou profundo conhecedor do universo dos quadrinhos, creio que posso estar enganado, mas este post me deixou intrigado: que motivos teriam levado o seu autor a usar o nome Wolferine, quando o próprio vídeo postado indicava a grafia que eu penso (ou pensava) ser a correta, Wolverine? Algum conhecedor de quadrinhos saberia explicar? Talvez seja uma grafia aceitável, sei lá...

Nova aquisição
Como fui um bom menino este ano, Papai Noel me trouxe este presentinho antecipadamente: lente Sigma Macro 105mm.
O cachorro não gostou muito de ser cobaia.
Estados não tiranizam pessoas...
... Pessoas tiranizam pessoas.
A minha principal discordância em relação ao ponto de vista de alguns libertários é a idéa de que o Estado, por ser um poderoso mecanismo de coerção, gera fatalmente a tirania. Para mim, esta afirmativa se compara à afirmação de que as armas matam por si só. Entendo que o Estado é uma ferramenta e, portanto, será tão tirânico quanto a sociedade que o maneja.
Tem também aquela teoria, mais praticada pelos libertários economicistas, de que a liberdade econômica resulta nas demais liberdades, mas isso é assunto para outra hora.
A minha principal discordância em relação ao ponto de vista de alguns libertários é a idéa de que o Estado, por ser um poderoso mecanismo de coerção, gera fatalmente a tirania. Para mim, esta afirmativa se compara à afirmação de que as armas matam por si só. Entendo que o Estado é uma ferramenta e, portanto, será tão tirânico quanto a sociedade que o maneja.
Tem também aquela teoria, mais praticada pelos libertários economicistas, de que a liberdade econômica resulta nas demais liberdades, mas isso é assunto para outra hora.
Grandes momentos
Sobre o tumulto grego, JP:
Sobre a tentativa de acertar Jorgibuxi:
O problema está numa geração que nasceu e cresceu à sombra do Estado de Bem Estar Social, essa herança da Grande Depressão que o fim da Segunda Guerra tornou praticamente universal. Um Estado que vela pelos seus cidadãos do berço até à cova e que, precisamente por isso, os infantiliza durante uma vida inteira.
Quando vejo os pequenos selvagens da Grécia, é impossível não perceber o drama central desses meninos: habituados ao conforto e à segurança de um Estado que os trata como menores, eles continuam a esperar da entidade paternal o manto protetor das suas existências: no ensino, na saúde, no trabalho, na habitação, no consumo, na educação dos filhos e até, quem sabe, no fabrico deles. Inevitável: educados na dependência, eles não se distinguem dos mais básicos dependentes.
Infelizmente para eles, para a Grécia e para a Europa, o pai dá sinais de falência e os filhos terão que procurar a sopa noutras panelas. A violência de Atenas, que a prazo se espalhará pelas restantes cidades do continente, faz parte do processo. Crescer dói.
Sobre a tentativa de acertar Jorgibuxi:
(...) graças à ocupação promovida por Bush, o jornalista iraquiano não irá para a forca. A segunda, e bem mais pragmática, é que esta sapatada não não vai impedir a redemocratização do Iraque. Porque, a despeito de toda a inegável tragédia da guerra, esta sapatada carece de uma unanimidade que possa lhe conferir alguma força. Ao contrário daquele discurso de 14 de setembro de 2001, esta sapatada não tem o poder de aglutinar uma nação - seja ela os EUA ou o Iraque - em torno de uma causa.
07 dezembro 2008
Progressismo legal
Viver de acordo com as normas ditadas pelos "pogreçistas" requer, no mínimo, que a pessoa desative sua capacidade de raciocinar logicamente. Como as decisões raramente se baseiam numa escala de valores, é possivel vermos leis entrando em conflitanto com o comportamento do Estado.
Vejamos a pedofilia.
É de comum acordo que a pedofilia é algo abominável. Por quê?
O princípio que fundamenta a lei que pune a pedofilia - com o qual concordo plenamente - é que uma criança não tem maturidade para escapar da sedução de um adulto. Em alguns estados americanos o sexo entre um adulto e um menor é considerado estupro.
Mas como conciliar essa premissa com a política de educação sexual adotada pelas escolas onde as mesmas crianças que não têm maturidade para decidir em relação ao ato sexual aprendem a colocar camisinha, a tomar pílula, etc.?
Ora, a mensagem passada pelas leis é confiltante: por um lado abomina-se a prática de sexo envolvendo crianças mas por outro, prepara-se as crianças para a prática do sexo.
Isso é o que acontece quando o sistema legal é tomado pelo progressismo. Perde-se a perspectiva e as leis não seguem uma escala hierárquica de valores. Ficamos com um conjunto de retalhos ridículo que parece com um sistema legal, mas não passa de palhaçada.
Vejamos a pedofilia.
É de comum acordo que a pedofilia é algo abominável. Por quê?
O princípio que fundamenta a lei que pune a pedofilia - com o qual concordo plenamente - é que uma criança não tem maturidade para escapar da sedução de um adulto. Em alguns estados americanos o sexo entre um adulto e um menor é considerado estupro.
Mas como conciliar essa premissa com a política de educação sexual adotada pelas escolas onde as mesmas crianças que não têm maturidade para decidir em relação ao ato sexual aprendem a colocar camisinha, a tomar pílula, etc.?
Ora, a mensagem passada pelas leis é confiltante: por um lado abomina-se a prática de sexo envolvendo crianças mas por outro, prepara-se as crianças para a prática do sexo.
Isso é o que acontece quando o sistema legal é tomado pelo progressismo. Perde-se a perspectiva e as leis não seguem uma escala hierárquica de valores. Ficamos com um conjunto de retalhos ridículo que parece com um sistema legal, mas não passa de palhaçada.
06 dezembro 2008
Vicky Christina Barcelona
Woody Allen é uma vaca sagrada. Logo, ao dizer isso serei acusado de ignorantão que só gosta de filme porcaria de Roliúdi, mas vá lá: ô filmezinho chato para dedéu. Um clichê após o outro. Não aguento mais esse tema "mulher comprometida com homem certinho viaja para a Europa (ou um lugar exótico) e conhece um artista com o qual vive uma intensa paixão que a fará questionar sua vida."
Boooring!
Boooring!
04 dezembro 2008
Cadê eles?
Ontem tive em minhas mãos um DVD com aquele filme onde os mexicanos misteriosamente desaparecem nos EUA e tudo vira um caos porque ninguém sabe o que fazer.
Não consegui alugar. Achei a proposta idiota demais em todos os sentidos.
Além de tudo a premissa é falsa. Quem conhece minimamente os EUA e outros países desenvolvidos onde a mão de obra não é barata, sabe que lá as famílias de classe média não podem bancar servicos de porteiro, empregadas e babás tão facilmente como a classe média de países de terceiro mundo. Se por aqui é comum ver uma casa onde vivem um casal e duas crianças com um time de serviçais à disposição quase que diariamente, nos EUA, por exemplo, ter uma faxineira que vai na sua casa uma vez por semana é considerado um pequeno luxo. Mesmo que ela seja mexicana. Ou Brasileira.
Curiosamente o filme faz sucesso por aqui justamente na classe média, cujos pimpolhos hoje se orgulham de não saber nem mesmo trocar uma lâmpada ou fritar um ovo: "Ah, eu chamo logo alguém para fazer."
Não é à toa que o filme é de um mexicano. Somente alguém da classe média de terceiro mundo pode considerar um caos ficar alguns dias sem serviçais.
Não consegui alugar. Achei a proposta idiota demais em todos os sentidos.
Além de tudo a premissa é falsa. Quem conhece minimamente os EUA e outros países desenvolvidos onde a mão de obra não é barata, sabe que lá as famílias de classe média não podem bancar servicos de porteiro, empregadas e babás tão facilmente como a classe média de países de terceiro mundo. Se por aqui é comum ver uma casa onde vivem um casal e duas crianças com um time de serviçais à disposição quase que diariamente, nos EUA, por exemplo, ter uma faxineira que vai na sua casa uma vez por semana é considerado um pequeno luxo. Mesmo que ela seja mexicana. Ou Brasileira.
Curiosamente o filme faz sucesso por aqui justamente na classe média, cujos pimpolhos hoje se orgulham de não saber nem mesmo trocar uma lâmpada ou fritar um ovo: "Ah, eu chamo logo alguém para fazer."
Não é à toa que o filme é de um mexicano. Somente alguém da classe média de terceiro mundo pode considerar um caos ficar alguns dias sem serviçais.
03 dezembro 2008
02 dezembro 2008
He is back
Alceu Garcia dando as caras de novo na - com o perdão da palavra - blogosfera.
E chega chutando uma vaca sagrada:
E chega chutando uma vaca sagrada:
É difícil escolher o pior entre eles, mas é fácil escolher o mais influente. Não pode ser outro senão o grande, o primeiro e único, Paul Krugman. Esse homem me vem à mente quando lembro daquele poema do Yeats, que fala da falta de convicção dos melhores e da apaixonada intensidade dos piores. Ele é o pior intenso e apaixonado por excelência, chefe de uma legião de piores como ele.
Krugman se acha um economista. Ele é graduado e pós-graduado nas melhores universidades dos Estados Unidos. É professor em Princeton, publicou livros de sucesso e tem uma coluna no New York Times, o jornal mais importante do mundo. Ganhou o prêmio Nobel de economia. É o guru econômico do Barack Obama. Enfim, Krugman “se acha”. Reconheço que ele tem todos os motivos para “se achar”. Está no topo do mundo. É um sucesso absoluto. Mas de economia Krugman não entende nada. Na verdade, entende tanto do assunto quanto Lula domina a física das partículas. Só que ninguém levaria Lula a sério se ele desse palestras sobre física das partículas. Mas todo mundo leva Krugman a sério em economia, inclusive o novo presidente dos Estados Unidos.
01 dezembro 2008
Complementando...
Um reforço na idéia por trás do post anterior: a questão não é se religiosos estão certos ou não em relação à formação do seu sistema moral. A questão principal do post é como formar um sistema moral a partir da premissa de que a existência de um indivíduo se resume ao indeterminado - que pode ser curtíssimo - período de sua existência física. Como racionalizar qualquer obrigação moral - qualquer! - com outro ser humano usando essa premissa?
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