15 novembro 2005

Media: biased and retarded

Impressionante como a mídia moderna não aprendeu que seu domínio sobre a História moderna se encerrou com a popularização da Internet. Não faz pouco tempo, como bem colocou Fred Reed, o que a mídia não noticiava não tinha acontecido. O poder, principalmente político, que isso conferia a certos grupos era imenso. Bastava tomar conta dos meios de informação e eles teriam sua própria Matrix.

Mas hoje é tudo muito diferente: a informação está ao alcance de quase todos praticamente em tempo real. Vários pontos de vista estão disponíveis sobre mesmo fato. Tivemos dezenas de vídeos da Tsunami disponibilizados na Internet poucos dias após a catástrofe. Resultados instantâneos de eleições em países distantes. Enfim, é uma verdadeira revolução.

Quem não perceber essa mudança de paradigma (Arrrgh! Nunca pensei em usar essa palavra seriamente) está condenado a virar motivo de chacota e escárnio quase que instantâneamente e, pior, em escala mundial.

Dan Rather sabe do que estou falando.

Mas parece que ainda assim a mídia não aprende, principalmente aquela de viés esquerdista. Pensando bem, por que estou surpreso em constatar que um esquerdista não enxerga um palmo diante do seu nariz? Anyway, o mais recente mico ficou por conta do New York Times, segundo nos conta Michelle Malkin.

Numa reportagem sobre os número de soldados mortos no Iraque, o tablóide, digo jornal, publicou uma singela carta de um marine que veio a morrer depois em combate. Eis o trecho da reportagem:

"But he died in a firefight in Ramadi on April 30 during his third tour in Iraq. He was 22.

Sifting through Corporal Starr's laptop computer after his death, his father found a letter to be delivered to the marine's girlfriend. 'I kind of predicted this,' Corporal Starr wrote of his own death. 'A third time just seemed like I'm pushing my chances.'"

Qualquer pessoa, inclusive o Buxi, ficaria comovida com uma vida desperdiçada em troca de nada.

Mas esperem: o tio do rapaz enviou o conteúdo completo da carta que foi editada de forma totalmente desinteressada pelo jornalista:

"Obviously if you are reading this then I have died in Iraq. I kind of predicted this, that is why I'm writing this in November. A third time just seemed like I'm pushing my chances. I don't regret going, everybody dies but few get to do it for something as important as freedom. It may seem confusing why we are in Iraq, it's not to me. I'm here helping these people, so that they can live the way we live. Not have to worry about tyrants or vicious dictators. To do what they want with their lives. To me that is why I died. Others have died for my freedom, now this is my mark."

Eles realmente não aprendem.

Vale a pena ler o artigo todo para ver a reação do repórter quando foi interpelado por um leitor.