08 novembro 2005

Cego guiando cego

Domingo, vendo um professor da UFRJ comentando, deslumbrado, a visita do Buxi ao Bananão, comentei com minha esposa sobra a cara-de-pau do tal professor de falar os impropérios que ele estava falando. Coisas tipo “a visita ao Brasil é uma mudança de postura dos EUA, que se isolaram após o 11/9”. Caramba, eu ainda lembro do discurso do Buxi logo após o 11/9 onde ele dizia que o mundo tinha que se unir contra esta verdaderia ameaça que é o terrorismo. Lembro também que muita gente se fez de desententida. Diante da hesitação de uns, covardia de outros e malícia de muitos, claro que ele partiu pra porrada sozinho, afinal o atacado foi ele.

Depois disso eu leio esse artigo do Olavo. Não há como não concordar com ele:

O advento da internet multiplicou de tal maneira as fontes de dados ao alcance do público, que para o estudioso capaz de tirar proveito delas – um tipo raro, admito –, a experiência rotineira de ler os jornais ou ver os noticiários de TV se tornou uma lição de psicopatologia social, a medição diária da distância entre a realidade e o universo subjetivo dos “formadores de opinião”, incluídos nisto não só os jornalistas, é claro, mas o conjunto dos indivíduos e grupos que eles costumam ouvir: políticos, líderes empresariais, professores universitários, gente do show business etc.