30 agosto 2009

Awkward moment by Vanusa

Se você não suporta momentos constrangedores, não assista a este vídeo da Vanusa cantando o - digamos assim - Hino Nacional. Depois de 2 minutos a coisa degringola de vez.

28 agosto 2009

A essência da bananice

Enquanto uma juíza ataca implacavelmente a liberdade de expressão, proibindo um guia da cidade do Rio destinado aos festeiros, o governo do Estado entra de corpo e alma numa campanha para fazer da cidade a campeã do seguinte concurso (grifos meus):

Which are the greatest gay places on earth? The best hotels? The sexiest getaways? We need you to vote and let us know! The first-ever TripOut Gay Travel Awards are celebrating the people, parties and places that make our big gay world spin.

Essa é a mais pura essência da bananice: a falta total de princípos que regulam a vida pública combinada com o casuísmo levado às últimas conseqüências. Como apoiar as duas medidas de forma coerente? Um observador malicioso ficaria com uma - falsa, talvez - impressão de que o poder público somente proíbe a promoção de "eventos" relacionados ao heterossexuais.

27 agosto 2009

É Latrina mesmo

Vi no monitor do elevador to prédio onde trabalho que estava para ser aprovado (ou já tinha sido, não lembro) um referendo para saber se a população quer um terceiro mandato para o Uribe. na Colômbia.

Como vemos, não importa se o cara é de esquerda, centro, direita ou sei lá o quê. O que impera na América Latina é a tosca e velha bananice.

Diplomados

Vejo no G1:

"Senadores recorrem a arquivamentos de ações contra Sarney"

Minha primeira reação foi: Hein?

Clicando no link podemos ver o que o cara diz dizer:

"Adversários de Sarney recorrem ao STF contra arquivamentos"

Aaah, tá.

Bom o cara já gastou um "tempão" pra tirar um diploma, Cláudio.

E você ainda quer que o cara aprenda regência verbal?

26 agosto 2009

Presente e passado

Quando eu soube das palavras carinhosas que o "Noço" Guia dedicou aos críticos do bolsa-família eu busquei opiniões dele sobre programas similares, no passado, e que eu jurava que eram contrárias. Na época eu pilotei mal o Google, não achei nada e acabei esquecendo. Mas graças ao Reinaldão, eis a delícia das delícias:



Só mesmo numa aldeia onde a população tem memória (e talvez intelecto) de porquinho da índia é que um cara-de-pau desses se cria. Lá em riba, onde só tem gringo limitado, sem o jogo de cintura do brasileiro, o São Obama já despenca nas pesquisas e periga nem emplacar um segundo termo.

Mas fazer o quê? Não se chega ao Brasil por acaso.

25 agosto 2009

Creeps me out

Este tipo de anúncio me dá até calafrios.

Overthinking

Este artigo me fez lembrar do famoso aperto de mão entre Lula e Bush onde Olavão enxergou um código secreto da maçonaria.

Num dado momendo do filme "Tropa de Elite", o Capitão Nascimento faz o seguinte elogio ao desempenho de um de seus comandados:

"Padrão, padrão"

Destas palavras, o autor concluiu, entre outras coisas que:

Quem tem o domínio da realidade é o Capitão Nascimento. Tem o domínio das ações e é o único personagem que questiona os próprios atos. Os outros vivem segundo padrões; já ele domina o padrão e ensina o padrão: ou você o domina, ou vive dominado e cai na indiferenciação. Quem não passa no treinamento do BOPE volta para o mundo idiota da polícia comum. O filme repete assim a mesma estrutura de quase todas as conversas: quando nos reunimos para falar dos outros, eles são escravos de algum padrão, enquanto nós dominamos esse padrão. Até o debatemos, veja só!

Não quero entrar no mérito da argumentação, mas o exemplo usado para fundamentar o texto foi de uma infelicidade só! "Padrão" é uma velha gíria muitíssimo comum no subúrbio carioca (bem, pelo menos era no meu tempo) que quer dizer "muito bom", "excelente."

Expressões como "Fulana é padrão" ou "Aquele barzinho é padrão" são (ou eram) comuns no subúrbio.

Quando o Capitão Nascimento falou aquilo para seu comandado, não havia ali nenhuma insinuação de conformidade ou adequação. Era um puro e simples elogio.

23 agosto 2009

Curiosidades do Bananão

Se você olhar qualquer pesquisa de opinião sobre ética e assuntos relacionados, perceberá que o Bananão é um dos azarados lugares do planeta onde todo mundo faz tudo certo e ainda assim é uma merda, onde só há vítimas, mas nenhum algoz e onde há corruptos sem corruptor. Como bem disse Giannetti em recente palestra, "o brasileiro é o outro."

Longuíssimo caminho pela frente

É, eu sei que eu sou extremamente pessimista em relação ao Bananão e que tudo que eu digo tem que passar antes por um filtro antipessimismo. Mas ainda assim eu acho que o Bananão tem um longuíssimo caminho a trilhar para se tornar algo parecido com um verdadeiro Estado de Direito. Impressiona-me, por exemplo, como é frágil nestas bandas o direito à livre expressão. Qualquer um, munido de um advogado de porta de cadeia, consegue calar a boca daqueles que emitem opiniões que lhe são desagradáveis. E pior: a opinião pública geralmente fica a favor ou naquela neutralidade do tipo "não pisou no meu calo, tô nem aí."

Este impulso de calar as vozes discordantes já vi até mesmo de gente que se considerava liberal ou libertária: vi gente defender que o Estado deveria intervir nas famílias para impedir que os país passassem seus valores religiosos aos filhos. Nem preciso dizer o perigo que é abrir uma porta dessas para o Leviatã.

Já falei em outras ocasiões por aqui (ou por aí, na tal blogosfera): defender a liberdade de quem concorda com voce é fácil como empurrar bêbado ladeira abaixo. O grande desafio para qualquer um que se diga liberal é conviver com a discordância, principalmente com as que lhe são mais repugnantes. Enquanto isso não acontecer, sempre haverá pessoas subjugadas pela tirania de quem tiver mais força política no momento.

Hoje o "poderoso" pode ser você, mas amanhã...

22 agosto 2009

Coisas do Bananão

O Rio de Janeiro faz jus ao título de Capital Cultural do Bananão. Acho que esta cidade é uma síntese de tudo de ruim que tem aqui nessa mega-aldeia. Agora uma desembargadora proibiu a distribuição de um tal guia para festeiros, que dava dicas de como descolar umas cariocas, alegando que o dito cujo expõe o povo brasileiro à situação vexatória.

Bem, este é um caso de sentença que argumenta contra si mesma, pois não deixa de me expor a uma situação vexatória o fato de viver em um buraco onde qualquer juiz local tem poder para cometer atos de censura.

18 agosto 2009

Lei é pra você, ô Mané!

Além dos nossos representantes públicos (e falo isso sem nenhum pingo de sarcasmo) outro grupo se sente acima de nós, reles cidadãos de segunda classe: as celebridades.

Duivido é algum deles falar, ao vivo e a cores, que acha a lei do Serra um absurdo, uma excrescência.

17 agosto 2009

Como é?

Virou moda aqui na Homerlândia: o cara é preso e não diz "sou inocente." Não, ele diz algo como "confio na minha inocência."

Eu hein!

Leis duras? Claro!

Não as cumpriremos mesmo.

É lindo posar de país com "uma das mais rigorosas leis" e babaquices do tipo quando a aplicação da lei está restrita aos cidadãos de segunda classe, ou seja, nós. O mesmo vale para estatutos de criança, de idoso, de negros, de homossexuais e o diabo a quatro.

Coisas da Homerlândia.

Piada irresistível

No sábado: Isinbayeva diz que se inspira na dedicação de Fabiana Murer

Hoje: Isinbayeva erra todos os saltos e fica em último

12 agosto 2009

Libertarianismo causa desemprego (dá série "Libertária como nunca!")

É uma das hipóteses para explicar que:

Desemprego no Reino Unido bate recorde; nº é o maior em 14 anos

Afinal, se o Reino Unido está libertário como nunca, conforme me disseram, então podemos concluir que esta é uma das causas prováveis. Eh! Eh! Eh!

11 agosto 2009

É um fato

Lamento a constatação, mas, a despeito de qualquer trabalho relevante no passado, o Paul Krugman de hoje só não é um perfeito imbecil porque ninguém é perfeito (link vi FYI).

07 agosto 2009

Em outras palavras...

¿Que pasó, compadre Obama?

Depois das promessas iniciais do presidente Barack Obama de que ele moderaria a postura dura do governo Bush no que tange à repressão de imigrantes ilegais, sua administração adotou uma estratégia agressiva de combate à imigração ilegal que em larga medida aproveita programas iniciados sob o seu predecessor.

Uma recente campanha de medidas repressivas despertou hostilidade entre as organizações de defesa dos imigrantes e muitos partidários hispânicos de Obama, e uma campanha nacional contra elas foi iniciada por meio de pequenos protestos de rua em Los Angeles e Nova York, na semana passada.

O governo recentemente empreendeu auditorias dos registros de emprego em centenas de empresas, expandiu um programa para verificar o status de imigração de trabalhadores que tinha recebido críticas por suas falhas no passado, reforçou os esforços de cooperação entre agências policiais federais e locais, e rejeitou propostas para implementar regras definidas para os centros de detenção de imigrantes ilegais.

"Estamos expandindo as medidas de repressão, mas creio que da maneira certa", disse Janet Napolitano, secretária da Segurança Interna, em entrevista.

04 agosto 2009

A linguagem dos portais

Não sei quanto ao leitor, mas eu não me conformo com o linguajar, muitas vezes extremamente coloquial, dos nossos principais portais de Internet.

Ma não é que isso tudo tem uma razão de ser?

De acordo com pesquisas do Nielsen Norman Group, uma entidade cuja proposta é tornar os sites mais amigáveis (*):

To attract lower-literacy users, sites should key their language to specific literacy levels, a sixth-grade reading level on the home page and an eight grade level for other pages. If diction and syntax rise above middle-school competence, sites automatically exclude visitors/customers/members solely on grounds of readability. A fair portion of visitors will come and never return, a risk businesses can't run in such a competitive market.

(*) Trecho tirado do livro The dumbest generation.

Como nunca!

Mais um episódio pra minha - interminável - série "Libertária como nunca!" (*)

Agora com a ajuda do Mosca Azul:

The Children’s Secretary set out £400million plans to put 20,000 problem families under 24-hour CCTV super-vision in their own homes.

They will be monitored to ensure that children attend school, go to bed on time and eat proper meals.

(*) Esta série teve início quando, em resposta a um comentário meu de que o Reino Unido estava flertando com o totalitarismo, me escreveram que o Reino Unido estava libertário como nunca.

02 agosto 2009

Libertária como nunca!

Por lei, a partir de outubro, no Reino Unido caberá a qualquer profissional que tenha contato direto com crianças provar que ele não possui registro criminal. O custo, óbvio, corre por conta do próprio profissional e está hoje em 64 libras.

O mais interessante nessa estória é que "The new procedure is part of the government's response to the 2002 murder of two 10-year-olds by their school's caretaker."

2002? Isso que eu chamo de quick response. E demoraram 7 anos pra fazer essa merda?

Em outras palavras (II)...

Brasil reforça seu papel de republiqueta

- Nós estamos vendo os nossos jovens saírem daqui com 17 anos de idade e voltarem com 32 para jogarem no Brasil, ou seja, no auge da carreira eles estão jogando no exterior. Do ponto de vista da realização individual, profissional, é correto. A meninada precisa ganhar dinheiro mesmo, a profissão é muito curta. Mas o que nós não podemos é que, além de a gente perder os nossos craques, no meio do campeonato abre a janela dos países europeus e os times que estão disputando vendam seus jogadores. O Cruzeiro perdeu o Ramires no auge da disputa da Libertadores. O Corinthians foi campeão paulista invicto, campeão da Copa do Brasil, está pensando na Libertadores... (Mas) desmonta o time e perde quatro jogadores em um final de semana - observou Lula.

Lula admitiu, inclusive, que o Governo pode intervir de alguma forma nessa questão.

- Ou tem uma lei proibindo a venda de jogadores no meio do campeonato, ou você muda o calendário brasileiro para que (ele) seja compatível com a abertura de janelas do mercado externo. Alguma coisa nós vamos fazer - frisou Lula.

Em outras palavras...

Se as pessoas certas gritarem a gente abre a carteira, mas não venha você, Zé-Ninguém ferrado no exterior, esperar o mesmo tratamento!

Segundo sua mãe, Maria de Fátima, a ajuda do governo brasileiro, que ela considera válida, foi conseguida graças à atuação de uma “força-tarefa” de amigos de Buchmann, que pressionaram o MRE e divulgaram o desaparecimento na imprensa para reforçar as buscas.

(...)

A decisão de fazer este tipo de busca, segundo o embaixador Gradilone, depende de cada caso. “Se fizéssemos o que estamos fazendo no caso do Gabriel em todas as situações no exterior, seria complicado”, disse, lembrando que a comunidade brasileira no exterior pode ter, segundo estimativas, até 3,7 milhões de pessoas.

Como eu digo, na nossa bandeira deveria estar escrito "Conhecimento é Progresso"

Eu quero a Telebrás

Peso dos itens de tecnologia no orçamento subiu de 9% para 15%

De acordo com levantamento feito pelo GLOBO e pela Acomp Consultoria e Treinamento, uma família com dois filhos em idade escolar gasta, em média, R$ 1.300 com tecnologia. Para isso, foi calculado um pacote de quatro linhas móveis de 300 minutos por mês e com tráfego de dados, uma internet banda larga de 1 mega, uma conta de telefone fixo com outros 200 minutos mensais e uma TV por assinatura HD com ponto extra. Mas, se os mesmos serviços contarem com um plano mensal móvel de 200 minutos, o custo cai para R$ 920 ao mês.

Por essas e outras que "estou convencido" de que o melhor para o Brasil é o retorno da Telebrás. Assim teremos serviços de qualidade e a preços razoáveis, acessíveis para toda a população.

Como no tempo de Telerj.

29 julho 2009

ficasarney

Estava eu, de bobeira, pensando em abrir uma conta no Twitter de sacanagem com o nome "forasarney."

Mas nego criou antes de mim... A sério, parece.

25 julho 2009

Isso é que é agilidade

Agora, o Terra noticia que há suspeitas de que Obama não tenha nascido nos Estados Unidos. E o faz com o ares de quem está dizendo algo muito novo (grifos meus):

Uma onda de boatos crescente nos Estados Unidos alega que o presidente, Barack Obama, está escondendo seu verdadeiro local de nascimento. Para muitos, o presidente teria nascido no Quênia e não nos Estados Unidos, o que o tornaria inelegível para o cargo de presidente. As informações são do jornal Telegraph.

Novo blog

IMAO (In My Arrogant Opinion).

Assim como o Mosca, o autor deste também acha que Obama será uma nova versão do Jimmy Carter.

There is some debate on whether Obama is evil and trying to replace America’s government with a fascist, socialist regime or whether he’s just an idiot who doesn’t know what he’s doing. For the record, I believe in the latter. If Obama’s horrible policies aren’t because he wants to take away our freedoms, they’re just because he’s an idiot who has no idea what he’s doing. Sure, he has desires to implement a ton of fascist laws, but they’re the same impotent fantasies every liberal has absent political reality. While the public thought the idea of Obama was neato, it’s become quite obvious they never really liked any of his actual policy ideas. Thus Obama’s political capital to try brand new idiotic ideas is pretty much already used up as even he might become cognizant to soon.

If Obama were a dictator, I’m quite certain he’d be a horrible tyrant who would strike down many freedoms, but as president at worst he’s Carter.

21 julho 2009

Obama perde para Bush

Sério.

WASHIGNTON - A popularidade do presidente dos EUA, Barack Obama, está abaixo da de seu antecessor, George W. Bush, na mesma época de seu mandato, de acordo com uma pesquisa publicada hoje pelo jornal "USA Today".

Abre teu olho, neg... Afro-americano!

19 julho 2009

Menos, Reinaldo. Menos...

Reinaldão, após tanto tempo cobrindo o "Çábio", acabou pegando a mania:

Fui o primeiro jornalista no mundo — sim, no mundo — a recorrer à Constituição do país antes de sair gritando feito um Bâmbi desarvorado: “Fogo, fogo na floresta!”.

Sugiro que ele use o bordão: Nunca antes na história da imprensa mundial!

Gajo e o aquecimento global

JP é um dos melhores cronistas da atualidade:

Opinião pessoal? Sabemos pouco sobre os humores do clima. E é precisamente essa ignorância que permite decretar certezas com a arrogância própria dos fanáticos. Para Plimer, essas "certezas" não são mais do que expressões de fé num mundo sem religião. Ou, dito de outra forma, com o declínio do Cristianismo no Ocidente, os homens canalizaram os seus sentimentos fideístas para um "panteísmo" alarmante, vislumbrando no clima, e nas naturais variações dele, uma secularização das pragas bíblicas, prontas para punir os pecados da Humanidade.

Os pecados "capitalistas" da Humanidade, acrescento eu. Faz sentido. Se o marxismo não cumpriu a sua promessa "científica", os órfãos da ideologia esperam agora por um deus verde e vingativo para nos destruir e salvar.

Ford conFusion

Bons tempos quando tínhamos uma propaganda de qualidade. Havia humor, sem comprometer a mensagem e o apelo do produto anunciado.

Hoje, dado o nível geral do que se vê por aí (acho que nada supera, em retardamento, os comerciais de cerveja), um comercial é capaz até de ofender os potenciais compradores. O comercial abaixo é nacional. Talvez isso explique por que algumas marcas fazem campanhas mundiais, deixando nas mãos das agências locais apenas alguns pequenos detalhes como localization.

"Que dirige fez por merecer"



O comercial quis ser engraçadinho, jogando com as expectativas de cada um, mas ficou totalmente fora de sintonia com o slogan (*).

A mensagem, como eu a vejo: a única pessoa que demonstrou prazer em dirigir o veículo "fez por merecer" ser o motorista.

Eu hein.

(*) Nem vou entrar no mérito do feminismo bocó...

17 julho 2009

Life is funny

Primeiro a indignação:

A procuradora da República em Rio Grande, Anelise Becker, enviou ofício ao Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, pedindo que a instituição cobre explicações da Inglaterra sobre sobre o envio de 1.098 toneladas de lixo tóxico aos portos de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, e de Santos, em São Paulo, entre fevereiro e maio. As autoridades gaúchas querem que a Inglaterra ajude a desvendar o que classificam de crime ambiental.

Depois...

Duas empresas britânicas citadas pelo Ibama como exportadoras dos contêineres de lixo que foram encontrados em portos do Brasil pertencem a um cidadão brasileiro.

13 julho 2009

Fluminense troca de técnico

Depois de finalmente dispensar aquele poço de incompetência e presunção, cogitar nomes como Muricy e Luxemburgo, o Flu vai de Eutrópio. É mais ou menos como aquele cara que chega na padaria e pergunta:

- Tem presunto parma importado?
- Tem sim, senhor.
- Então me dá 100 gramas de mortadela...

12 julho 2009

Spengler afiadíssimo

Na íntegra:

Writing in Newsweek July 9 Kathleen Kennedy Townsend argues that “Barack Obama represents American Catholic better than the pope does.” Of course, the pope is only the Bishop of Rome, whereas Obama is God.

A regra é clara ou não é?

Aparentemente há algum artigo escondido nas regras do futebol, determinando a partir quantos minutos se pode dar um cartão vermelho. Sim, porque aquele árbitro, cujo jargão é "a regra é clara," acabou de dizer que o juiz exagerou ao expulsar um jogador do Cruzeiro, aos 15 segundos de jogo, após este agredir escandalosamente o adversário.

11 julho 2009

Piada do dia

Obama diz ao Papa Bento XVI que quer reduzir abortos nos EUA

CIDADE DO VATICANO - O presidente dos EUA, Barack Obama, prometeu ao Papa Bento XVI, nesta sexta-feira, que fará o possível para reduzir o número de abortos no país, informou o Vaticano.

Só pode ser piada:

But Obama's record on abortion is extreme. He opposed the ban on partial-birth abortion -- a practice a fellow Democrat, the late Daniel Patrick Moynihan, once called "too close to infanticide." Obama strongly criticized the Supreme Court decision upholding the partial-birth ban. In the Illinois state Senate, he opposed a bill similar to the Born-Alive Infants Protection Act, which prevents the killing of infants mistakenly left alive by abortion. And now Obama has oddly claimed that he would not want his daughters to be "punished with a baby" because of a crisis pregnancy -- hardly a welcoming attitude toward new life.

10 julho 2009

Vídeo

Este vídeo da cena promete inocentar Obama (não é lindo uma imprensa tão comprometida com os fatos?)

Certo...

Sarkozy, malandro, pescou a manjada obâmica no ato.

Que tal acabar com essa palhaçada de pedofilia?

Ou reduz-se a idade mínima.

Sério! Veja esta reportagem e me diga se no Brasil as pessoas acham de fato condenável um adulto babar por uma adolescente de 17 anos.

Na verdade, a repotagem expressa até uma pontinha de orgulho ("Jovem brasileira de 17 anos 'virou a cabeça' de Obama durante cúpula do G-8 na Itália"). Não lembro quem foi que escreveu isso (acho que foi o Mainardi), mas somos mesmoa aquela tribo que oferece orgulhosamente as meninas da aldeia para os visitantes ilustres.

09 julho 2009

Vai encarar?

UBS não pode entregar dados de clientes

Berna reitera à Justiça dos EUA que a legislação suíça e uma decisão governamental proíbem o UBS de entregar dados confidenciais de 52 mil clientes norte-americanos.


Clique na imagem para ler a matéria
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08 julho 2009

Perguntinha

Por que o ateu que afirma que é possível a construção de um sistema moral sem base religiosa chamaria alguém que é contra o aborto de carola?

07 julho 2009

Momento George

Quem não conhece pelo menos uma figura assim no trabalho?

Propriedade intelectual: moral hazard

Aqueles que defendem a propriedade intelectual geralmente apontam um perigo quase sempre desdenhado por aqueles que são contrário a ela: o fim da propriedade intelectual reduziria os investimentos em pesquisa.

Eu meio que concordo com este argumento (estou refletindo sobre o assunto e talvez venha a mudar de idéia). Ele não é tão evidente quando olhamos para uma música (embora uma boa música exija muito investimento de seu compositor) mas se olharmos para um chip de computador, por exemplo, a coisa muda de figura. Um chip, para ser desenvolvido requer milhões e mihões de dólares em pesquisa. Ora, aqueles que investem em pesquisa não são filantropos. Eles o fazem esperando um retorno alto caso o chip venha a ser comercializado. Mas qual seria este retorno se, assim que o chip estivesse pronto, qualquer um pudesse fabricá-lo e vendê-lo? Ora, sem o custo da pesquisa sobre suas costas, o copiador tem uma baita vantagem na hora de determinar o preço do chip. O único jeito do inventor poder vender o chip é cobrando o mesmo preço que a cópia, o que provavelmente reduziria a margem de lucro, isso se não causasse prejuízos. Com o tempo, poderíamos ter um moral hazard curioso: ninguém estaria disposto a investir em inovações, esperando apenas um pato qualquer criar algo para se apoderar da invenção e vender cópias dela. A pesquisa tecnológica perderia seu atrativo para os investidores e... Bem, dá para imaginar o resto.

05 julho 2009

Cilindro no buraco quadrado

Engraçado como boa parte das pessoas são reacionárias no sentido de tentar encaixar os acontecimentos naquilo em que elas já acreditam em vez de expadir seu repertório de idéias. Por exemplo, agora qualquer intenção de vender um bem é vista como resultado da crise econômica. Fulano botou a mansão à venda? Não importa se é porque não a quer mais ou se é para comprar uma outra ainda maior. É a crise!

04 julho 2009

Ficou esquisito

Muito esquisito mesmo colocar a publicidade de uma instituição de MBA justamente ao lado de uma matéria relatando a crescente procura, por parte dos estrangeiros, dos MBAs dados no Brasil. Dos casos que eu conheço, alguns até envolvendo instituições de renome, MBA não passa de um clube para a realização eventos sociais (churrasco, chopinho, etc.). Isso se deve, em boa parte, porque algumas empresas bancam, se não todo, boa parte do valor do curso.

Mais um canudo, a possibilidade de fazer novos amigos e estender seu (argh!) network e tudo isso de graça ou quase?

Demorô!

Sei que é chato generalizar mas é quase impossível não concordar com alguns comentários pouco elogiosos da notícia.

Surreal

Ou quase.

- Senhor Presidente, não é uma arbitrariedade, genocídio até!, fuzilar todos os gordos do país?
- De forma alguma! Tudo está sendo feito seguindo os preceitos da Democracia.
- Como assim?
- Fizemos uma consulta popular perguntando se deveríamos acabar com a obesidade no país. O "sim" ganhou com ampla maioria.

02 julho 2009

Reaça

Sou um reacionário internético: não tuíto, não feicibuco e não orcuto.

E tenho dito.

30 junho 2009

Abaixo o golpe!

Abaixo o golpe em Honduras!
Nada justifica uma intervenção militar!
Que volte ao governo o presidente deposto!

Viram?

Também sei tirar uma onda de equilibrado, centrado, às custas do fiofó alheio...

29 junho 2009

Latrinidade

Confesso que não tenho tido saco para prestar atenção ao novo episódio pitoresco deste continente perdido. A latrinidade me cansa quando não está associada a danças calientes ou drinques exóticos. Quando o assunto me causa tédio, uso meu método infalível para análise rápida de questões envolvendo política, local e internacional: o que Chavez e Lula disserem, eu sou contra.

26 junho 2009

R.I.P.

Nesta era de parasitas e gente cuja vida se baseia em chafurdar no lixo, físico ou não, de celebridades, somente a morte poderia trazer a redenção de Jacko.

No more Moonwalks for us...



Update: para acha maneiro o Moonwalk, este cara manda muito bem.

24 junho 2009

20 junho 2009

Guantánamo: a solução

Tá feia a coisa!

Achei este livro na Borders de um aeroporto nos EUA:

The Dumbest Generation: How the Digital Age Stupefies Young Americans and Jeopardizes Our Future

Discordo um pouco do subtítulo ("How the Digital Age Stupefies Young Americans and Jeopardizes Our Future") porque apesar de os estúpidos encontrarem, nas ferramentas de hoje em dia, farto material para potencializarem sua estupidez, a tal "Era Digital" também abre inúmeras portas para quem está a fim de expandir seus horizontes.

Segue um trecho:

History. Students reaching their senior year in high school have passed through several semesters of social studies and history, but few of them remember the significant events, figures, and texts. On the 2001 NAEP history exam, the majority of high school seniors, 57 percent, scored “below basic,” “basic” being defined as partial mastery of prerequisite knowledge and skills that allow for proficient work at a selected grade level. Only 1 percent reached “advanced.” (The NAEP has four scores: Advanced, Proficient, Basic, and Below Basic.) Incredibly, 52 percent of them chose Germany, Japan, or Italy over the Soviet Union as a U.S. ally in World War II. The previous time the history exam was administered—in 1994—the exact same numbers came up for seniors, 57 percent at “below basic” and 1 percent at ‘advanced.” Younger test takers performed better, and showed some progress from test to test. In 1994, fourth-graders stood at only 36 percent below basic, and in 2001 they lowered the number to 33 percent. In 2006, NAEP administered the History exam to 29,000 fourth-, eighth-, and twelfth-graders, and a mild improvement emerged. For twelfth-graders, the “below basic” tally dropped four points to 53 percent, and for eighth- graders it dropped from 38 to 35 percent, although both groups remain at 1 percent in “advanced,” and only 12 percent of the older students fall into “proficient.” More than one-third (37 percent) of twelfth-graders did not know that the 1962 Soviet-U.S dispute arose over missiles in Cuba. Two-thirds of high school seniors couldn’t explain a photo of a theater whose portal reads COLORED ENTRANCE.”

Diane Ravitch, education professor at and former member of the NAEP governing board, called the 2001 results “truly abysmal” and worried about a voting bloc coming of age with so little awareness of American history. Many believe that college can remedy the deficit, but the findings of another study belie their hope. Commissioned by the American Council of Trustees and Alumni, Losing America’s Memory: Historical Illiteracy in the 21st Century (2000) reported the findings of a commissioned survey aimed at measuring the factual historical knowledge of seniors at the top 55 colleges in the country. Many of the questions were drawn from the NAEP high school exam, and the results were astonishing. Only 19 percent of the subjects scored a grade of C or higher. A mere 29 percent knew what “Reconstruction” refers to, only one-third recognized the American general at Yorktown, and less than one- fourth identified James Madison as the “father of the Constitution.”

The feeble scores on these tests emerge despite the fact that young people receive more exposure to history in popular culture than ever before, for instance, best-selling books such as Laura Hillenbrand’s Seabiscuit: An American Legend and John Adams by David McCullough, movies such as Braveheart and Troy and Marie Antoinette, the History Channel and Who Wants to Be a Millionaire? and Wikipedia. Many mass entertainments have historical content, however much the facts get skewed. And yet, if teens and young adults consume them, they don’t retain them as history. In spite of ubiquitous injunctions to know the past by George Will, Alex Trebek, Black History Month, Holocaust survivors, Smithsonian magazine, and so on, the historical imagination of most young people extends not much further than the episodes in their own lives.

Civics. In 1999, according to the U.S. Department of Education, more than two-thirds of ninth-graders studied the Constitution, while fully 88 percent of twelfth-graders took a course that “required them to pay attention to government issues” (see What Democracy Means to Ninth-Graders). As they pass through high school and college, too, they volunteer in strong numbers. Despite the schooling and the activism, however, civic learning doesn’t stick. In a 1998 survey of teenagers by the National Constitution Center, only 41 percent could name the three branches of government (in the same survey, 59 percent identified the Three Stooges by name). In a 2003 survey on the First Amendment commissioned by the Foundation for Individual Rights in Education, only one in 50 college students named the first right guaranteed in the amendment, and one out of four did not know any freedom protected by it. In a 2003 study sponsored by the National Conference of State Legislatures entitled Citizenship: A Challenge for All Generations, barely half of the 15- to 26-year-olds queried agreed that “paying attention to government and politics” is important to good citizenship, and only two-thirds considered voting a meaningful act. While 64 percent knew the name of the latest “American Idol,” only 10 percent could identify the speaker of the U.S. House of Representatives. Only one-third knew which party controlled the state legislature, and only 40 percent knew which party controlled Congress.

In the 2004 National Election Study, a mere 28 percent of 18- to 24-year-olds correctly identified William H. Rehnquist as the chief justice of the United States, and one-quarter of them could not identify Dick Cheney as vice president. A July 2006 Pew Research Center report on newspaper readership found that only 26 percent of 18- to 29-year-olds could name Condoleezza Rice as Secretary of State, and only 5 percent knew that Vladimir Putin was the president of Russia. On the 2006 NAEP Civics exam, only 27 percent of twelfth-graders reached proficiency, and 34 percent of them scored “below basic.” Since 2004, the Knight Foundation has funded “Future of the First Amendment” surveys of high school students, and in the last round nearly three-fourths of them “don’t know how they feel about the First Amendment, or take it for granted.”

In civics, too, higher education doesn’t guarantee any improvement. In September 2006, the Intercollegiate Studies Institute presented a report entitled The Coming Crisis in Citizenship: Higher Education’s Failure to Teach America’s History and Institutions. The project tested more than 14,000 freshmen and seniors at 50 colleges across the country in American history, government, foreign relations, and the market economy, with questions on topics such as separation of church and state, federalism, women’s suffrage, the Bill of Rights, and Martin Luther King. Once again, the numbers were discouraging. The respondents came from Harvard, Johns Hopkins, and Stanford as well as lesser-known institutions such as West Georgia College, Eastern Kentucky, and Appalachian State. The average score for a freshman was an F—51.7 percent. And how much did seniors add to the score? A measly 1.5 percentage points—still an F. With both class levels measured, the lSI study also allowed for assessments of how much progress students made at each institution. At Harvard, freshmen scored 67.8 percent, seniors 69.7 percent, a minuscule gain after $200,000 in tuition fees. At Berkeley, the students actually regressed, going from 60.4 percent in their first year to 54.8 in their last year.

Given the dilution of college curricula and the attitudes expressed in the Citizenship study, we shouldn’t be surprised that college students score so feebly and tread water during their time on campus. A statistic from the American Freshman Survey, an annual project of the Higher Education Research Institute at UCLA (sample size, approximately 250,000), echoes the civic apathy. In 1966, the survey tabulated 60 percent of first-year students who considered it “very important” to keep up with political affairs. In 2005, that figure plummeted to 36 percent, notwithstanding 9/11, the Iraq war and the upcoming election. No wonder the Executive Summary of the State Legislatures report opened with a blunt indictment: “This public opinion survey shows that young people do not understand the ideals of citizenship, they are disengaged from the political process, they lack the knowledge necessary for effective self-government, and their appreciation and support of American democracy is limited.”

08 junho 2009

Mitsubishi Grandis

Mas por que um carro com este nome?

Mussum responde:

- Porque não é pequenis, Cacildis!

07 junho 2009

Safadeza ou covardia?

Sobre o post anterior, não creio que o brasileiro seja intrinsecamente um feladaputa. Situações de calamidade e tragédias já mostraram que diante da dor e do sofrimento alheios, o brasileiro, em geral, é capaz de demonstrar solidariedade e compaixão. O grande problema é que, quando colocado diante das muitas escolhas morais que surgem no nosso dia-a-dia, o brasileiro parece não ter a coragem de fazer o que é certo, temendo passar por otário. Ele aparentemente não vê o ato de agir corretamente como um compromisso consigo, mas algo que deve vir de fora. Não é raro ver pessoas agindo corretamente e diante de uma bandalha, reagirem com indignação: "- Olha só: ninguém faz nada!"

A impressão é a de que o único motivo que alguém pode ter para não agir errado é o medo da punição da autoridade competente. Só que nenhuma autoridade é onipresente, sendo ela eficiente apenas punindo os comportamentos "fora da curva." Daí, sempre que "não tem ninguém olhando," ou um agente de coerção, o brasileiro joga papel no chão e pinta e borda como de costume.

Falando em papel no chão, é curioso o exemplo do Metro carioca: ele é (ou era, faz muito tempo que não o utilizo) um oásis de limpeza nesta lixeira que é a Cidade Maravilhosa. Talvez pela imposição dos agentes nas estações (que são monitoradas por câmeras) ou sei lá o quê, o fato é que o mesmo porcalhão que mantém limpíssimas as estações de metrô, emporcalha as ruas sem dó nem piedade.

Essa característica peculiar molda o comportamento do brasileiro quando ele viaja para o tal "primeiro mundo." Como ele vê ao seu redor as pessoas se comportando como seres civilizados, a sua conclusão lógica (com base nas suas premissas) é: "-Aqui as autoridades vigiam todos como têm que ser feito. Viu como tudo funciona?" A grande maioria volta achando que é isso mesmo e constata aos amigos "Lá não pode 'mijar fora do penico' não, malandro! Não é como aqui..."

Se o brasileiro fosse um personagem de filme, seria aquele molecote bobão e meio crédulo que, na ânsia de entrar pro time dos descolados, acaba metendo os pés pelas mãos e fazendo uma merda atrás da outra.

Respondendo à pergunta título do post, eu diria que a merda que se tornou o Brasil é menos culpa de uma safadeza intrínseca dos brasileiros que do medo destes de passar por otários.

Pior que é assim mesmo

Boa

Essa do Jorge Nobre vai na íntegra:

Para dar conta dos esquerdistas, os neocons bastam. Para dar conta dos neocons, os libertários bastam.

E para dar conta os libertários, é só deixá-los falar. Desses, a natureza cuida, como dizem no futebol.

01 junho 2009

No jargão do futebol

Usando o jargão do futebol, o técnico diz:

- No lance do gol de empate do Náutico faltou experiência ao Maicon.

Traduzindo para o português, na verdade isso quer dizer:

- No lance do gol de empate do Náutico faltou inteligência ao Maicon.

31 maio 2009

"Futebor", esporte "nacionar"

Este semana, após assistir a final da liga entre Barcelona e Manchester, e após assistir hoje a pelada entre Fluminense e Náutico, fica ainda mais claro que o que difere o futebol nos grandes centros da Europa e o praticado aqui nessas bandas é a seriedade, o profissionalismo.

Primeiro, o gramado: o campo no qual a final da Liga foi disputada era um verdadeiro tapete. O campo - se é que podemos chamar assim - da partida entre os times brasileiros era um matagal esburacado onde bola não corria, quicava. Que um estádio daqueles receba partidas oficiais do Campeonato Brasileiro já diz muito sobre a seriedade do mesmo.

Não bastasse um campo horroroso, temos jogadores que são verdadeiros peladeiros de final de semana. Chamá-los de profissionais é como chamar um açougueiro de neurocirurgião. Mesmo aqueles que possuem algum jeito para a coisa, não possuem inteligência ou condição física ou ambos para executar as jogadas com um mínimo de eficácia (nem falo sobre eficiência!) O desenrolar das jogadas, exceto pelo condicionamento fiísico dos jogadores, pouco difere daquelas peladas de fim de semana ou daquelas de casados vs. solteiros. O "jogador profissional" aqui é o peladeiro que tem um melhor condicionamento físico. Não é à toa que muitos jogadores saem do Brasil e ficam menos tempo na Europa do que eu quando vou de férias. Não é que lá os caras sejam tão melhores, tecnicamente. Mas lá, certamente, o profissionalismo é muito maior. Quando chega o brazuca se achando a "bala que matou Kennedy," tentando gols impossíveis (ou improváveis) quando há companheiros em melhor posição, jogando de cabeça abaixada, falhando em fundamentos básicos como passes curtos e chutes frontais, o destino é um só: o banco. E depois de um tempo, algum clube obscuro.

Está aí o Thiago Neves que não me deixa mentir.

30 maio 2009

Nova raça

O überblogueiro.

Serenamente, ele paira sobre todos os blogueiros chatos do ciberespaço.

Nem tudo são flores

Todo paraíso tem seu lado Bananão.

Cursos obrigatórios para donos de cães, parceria obrigatória para porquinhos-da-índia e anestesia de peixes de aquário antes de jogá-los na latrina.

Essas e outras regras polêmicas fazem parte da nova Lei de proteção aos animais, que entrou em vigor na Suíça no início de setembro

(...)

O que muitas pessoas não sabem é que, desde 1° de setembro, podem estar tendo problemas com a justiça helvética se não mudarem o tratamento que dão para os animais domésticos com quem compartilham o mesmo teto. Nesse dia entrou em vigor a nova e polêmica Lei de proteção aos animais, após anos de discussão e aprovação nas urnas em plebiscito popular. Graças a ela, a Suíça passa a ter um dos mais rigorosos aparatos legais de defesa dos animais,como na Áustria e nos países escandinavos.

E não é pouca coisa. O corpo da lei está em mais de cem páginas: 226 artigos no total. Da sua elaboração, além dos partidos e do governo suíços, participaram também universidades e associações de criadores e defesa dos animais. Além de modernizar a legislação já existente, ela traz instruções detalhadas sobre como centenas espécies de animais devem ser criados e tratados para atender suas necessidades "naturais".

Não me entendam mal. Eu tenho vontade de quebrar a cara de alguém que maltrata animais, mas acho que isso é um desperdício de dinheiro público. O pior que é que, daqui a pouco, nego quer imitar por aqui.

Eis que me vejo concordando com ele

Tinha que acontecer um dia. Reinaldo Azevedo mais uma vez baixa o sarrafo em Lula, mas dessa vez eu fico com presidente:

“Uma das razões pelas quais a escola pública foi se deteriorando é porque grande parte da classe média se afastou dela. Para não brigar [por qualidade], decidiu colocar os filhos na escola particular. E pagar na mensalidade de 3º ano primário o mesmo preço de uma universidade particular”.

A classe média, em todos os países de mundo, tem uma grande importância na sociedade. Primeiro porque é ela que financia majoritariamente o Estado (pobres e ricos, por motivos distintos, escapam da tunga) e segundo porque é ela que serve de espelho para as classes mais pobres. Quando a classe média passou a prestigiar (para parecer cool e progressista. Maldito homem-massa!) políticos ditos de esquerda, rechaçar (também para parecer cool e progressista. Maldito homem-massa) qualquer imposição de limites e valores morais e, ao mesmo tempo, abandonar o conceito de meritocracia, as coisas começaram a ruir numa velocidade espantosa. Hoje, pelos hábitos, é muito difícil distinguir um adolescente de classe média de um de classe baixa.

Voltando ao post do Reinaldão, é óbvio que nenhum pai em sã consciência hoje colocará seu filho numa escola pública se puder pagar (ainda que com algum sacrifício) uma escola particular. A crítica de Reinaldo ao fato de Lula se ter colocado seu filho numa escola particular, neste caso não procede, ao meu ver.

Dado o caráter classista dos discursos de Lula parece claro que seu objetivo é jogar classes contra classes. Mas a classe média é tão imbecil que, mesmo sendo atacada, ainda assim vota em políticos que não escondem o desprezo que sentem por ela. Qualquer um que proclame que universidade é lugar para os melhores, que o acesso à universidade não deve ser motivado por questões raciais ou econômicas, que os professores de todos os níveis devem ser avaliados, que priorize a meritocracia, que evoque a igualdade perante o Estado, enfim, essas coisas reacionárias, é logo demonizado, pois o eleitor de classe média (vide a maciça votação de Jandira Feghali na Zona Sul carioca) que ser progressista e moderno, custe o que custar.

Este verdadeiro tiro no próprio pé ocorre porque, abraçando o jeito proletário de ser, mas ainda almejando ser uma elite, só restou à classe média consumir opinião da intelectualha nacional. É incrivelmente raro ouvir de alguém da classe média algo que não tenha vindo diretamente das bocas de alguma celebridade formadora de opinião. Quantas conversas (inúmeras comigo) não começam com "Não sei se vocês viram ontem no Jornal..." ou "Não sei se vocês leram esta semana na revista..."?

Resumindo, esta classe média que temos aí hoje (diria até que uma vítima de classes médias de décadas passadas), abriu mão há tempos de ser uma elite. Ela quer parecer elite e faz isso do único jeito que lhe parece possível: comprando coisas, ostentando. Vota, por absoluta ignorância, em políticos cujo objetivo declarado é tungá-la, demonstrando não apenas ignorância mas também burrice. Acostumada a não se envolver em nada (nem mesmo na criação dos filhos! "Pago para não me aporrinhar!") não acompanham os eventos que influenciam a sua vida. Acham que basta pagar seus impostos e sua parte na tal democracia está feita.

Pode ser que culpa seja uma palavra forte, mas eu acho que a classe média tem sim responsabilidade - dado o seu importante papel na sociedade - em muitos dos problemas que temos relacionados à administração pública. Não pensem, porém, que isso é só aqui. Essa proletarização da classe média não é privilégio nosso. Aqui o processo me parece só mais intenso.

27 maio 2009

Viciei

Estou totalmente viciado nos textos do Spengler!

Mediocrity breeds corruption. The business world is crawling with affable, industrious, intelligent people with nothing to distinguish them from ten thousand other affable, industrious and intelligent people, but who very much would like to be rich. Except by winning the equivalent of a lottery or marrying up, their chances of becoming rich are quite poor. They joint a fraternity at college to make contacts, and went to business school to network. They have no friends, only contacts, as their entire social life from freshman year onward has been a struggle to get to know people who might help them. They live in silent terror that they will fall off the corporate gravy train and never have the chance to clamber back on.

These are the people most inclined to cheat, for they know that they have nothing unique to offer the world, and their ascent depends either on luck or unfair advantage. They cheat in every way possible, whenever they have a chance. One way they cheat is to steal from the stockholders by front-loading profits and back-loading risks. That is what destroyed the banking system. At the top of the market in 2006-2007 when risk compensation was stupidly low, bank managers made their return-on-equity numbers by adding leverage on top of leverage. Every one of them knew that it was a dumb and dishonest thing to do, but they all hoped that they would be promoted by the time the problem blew up in someone else's lap.

Sonegador!

Não esotu por dentro 100%, mas parece que que algum burocrata em Sampa impôs a cobrança antecipada de ICMS, arbitrando os preços no varejo. Isso teria (tô ficando quinem jornalista quando tem preguiça de checar os fatos) feito com que os varejistas passassem a comprar no(s) estado(s) vizinho(s). A Folha, fazendo jus à sua fama e história, sapecou um editorial classificando essa fuga de "burla" num editorial de título "O drible do Sonegador."

Quando eu vejo um esquerdinha defendendo aumento de impostos e esculachando quem tenta, ainda que legalmente, diminuir o fardo tributário sobre suas costas, fico duplamente emputecido: primeiro, porque eu não gosto de pagar mais e mais impostos, principalmente num país onde ele vai pro ralo. Segundo, porque (sem o menor medo de ser leviano) eu sei que uma boa parte desses esquerdinhas chiques usam estratagemas até mesmo ilegais para fugir da tunga (*).

Lembremos dos Democratas indicados por Obama para algumas pastas. Nem sei se o cabra já achou algum Democrata que não sonegasse para preencher as vagas.




(*) O livro Do As I Say mostra com "requintes de crueldade", como o esquerdinha, ao tratar do seu próprio dindim, torna-se mais voraz que muitos porcos capitalistas que andam por aí.

O sábio

Há um filme, cujo título não me recordo, onde um agente secreto morre e um Zé Mané, seu sósia, é colocado para completar a missão (agora nem lembro mesmo se é um agente ou um rei ou político, sei lá. Mas vale o exemplo assim mesmo...). Ciente da incapacidade do Zé Mané de exercer tal papel com a competência do falecido espião, a agência de espionagem coloca uma baita equipe de agentes para dar cobertura ao Zé Mané. Assim, todas as cagadas que este vai fazendo são corrigidas pelos agentes de apoio e, no final das contas, as coisas saem como esperado. Após sucessivos êxitos, porém, o Zé Mané começa a acredtiar que ele é realmente "o cara."

Esta conversinha fiada é para mostrar porque discordo redondamente da afirmação de que Lula é ignorante mas inteligente. Em primeiro lugar, como bem diz minha esposa, um ignorante inteligente deixa de ser ignorante assim que tem uma chance. Segundo, com ficou provado neste escandaloso episódio da candidatura da Ellen Gracie para o Órgão de Apelação da OMC, quando Lula não tem o suporte do seu time de apoio (imprensa, ONGs, sindicatos, etc.) o que acontece é fracasso retumbante atrás de fracasso retumbante. Veja que o ponto não é fracassar, o que seria completamente normal mas, como bem disse o editorial, como isso acontece:

A candidata Ellen Gracie não foi derrotada numa disputa normal entre dois ou mais pretendentes com qualificações mais ou menos iguais. Seu despreparo para o posto foi evidenciado numa arguição realizada por uma banca presidida pelo diretor-geral da OMC, Pascal Lamy.

Como não tenho nenhum compromisso com o rigor científico, posso conjecturar à vontade. Então vejamos este trecho do mesmo editorial:

O Itamaraty não se limitou a fazer campanha a favor de uma candidatura inadequada. Tentou defendê-la com argumentos patéticos. Essa candidatura, segundo o Ministério das Relações Exteriores, refletia a importância atribuída pelo governo brasileiro ao Órgão de Apelação e a seu trabalho em defesa do sistema multilateral de comércio. Além disso, o despreparo técnico da candidata foi apontado como uma vantagem, porque isso lhe permitiria - segundo a alegação - examinar os temas sem preconceitos.


Garanto que, se esse argumento da falta de preparo fosse usado numa sabatina aqui no Bananão por um candidato indicado por Lula, teríamos manifestações fervorosas de apoio. Teríamos editoriais e colunas exaltando a coragem e humildade do canditado ao reconhecer que não é preparado mas que está disposto a aprender. Aquelas baboserias de sempre.

Sem o back-up team, contudo, o resultado é sempre esse: trolha! E ainda há quem queira me fazer crer que este homem é inteligente.

25 maio 2009

Google sucks big time!

Hoje, nos Estados Unidos, celebra-se o Memorial Day. A Google, que cria logos especiais para qualquer data de merda, não criou um para esta data tão importante para os EUA (e para o mundo). É aquela pirraça típica de adolescente que acabou de sair das fraldas e agora quer provar que é maior que os próprios pais.

Parabéns ao Yahoo!

24 maio 2009

TV shows that suck: Flashpoint

Show que cobre o dia a dia da Unidade de Resposta Estratégica. Uma SWAT canadense. Preciso dizer mais?


Imagine uma SWAT onde onde os policiais fizeram curso de sensibilidade e aulas de porcelana ou artesanato. Não se deixe enganar - como eu - pelo visual intimidador. Eles usam aquilo para convencer gatinhos a descerem de árvores.

21 maio 2009

Essa vai doer mais

A piada é irresistível:

Acho que a Romena vai sentir mais a segunda cravada...

As autoridades fiscais da Alemanha pretendem reivindicar cerca de 50% do dinheiro que a romena Alina Percea, de 18 anos, recebeu após leiloar sua virgindade em um site na internet, segundo reportagem do jornal inglês "Daily Mail"

20 maio 2009

Hã?!

É sério.

É ou não é para matar de raiva aquele esquerdinha engajadinho que chorou na posse do homi?

WASHINGTON - Numa reviravolta inesperada, líderes democratas no Senado americano afirmaram na terça-feira que não vão aprovar os US$ 80 milhões pedidos pelo presidente Barack Obama para fechar a prisão de Guantánamo, em Cuba, informou o jornal "New York Times".


Obama tem sofrido forte pressão dos parlamentares, especialmente republicanos, para encontrar uma solução que não envolva a transferência dos presos para os Estados Unidos.

Embora os democratas, em geral, apoiem os planos de Obama de fechar a prisão por volta de janeiro do próximo ano, legisladores não têm se mostrado favoráveis a receber os detidos em seus estados ou distritos.


Confesso que ainda sou um ser que tem muito a evoluir. Se eu fosse o Buxi a essa hora estaria fazendo a dancinha da vitória:

19 maio 2009

Nossos benfeitores

É comovente a preocupação dos nossos benfeitores com a saúde e o bem-estar de nossas criancinhas.

Não, não é com esta criança.



Não, tampouco com esta. Afinal, todas parecem muito bem, piscológica e fisicamente.

A comovente preocupação e louvável firmeza dos defensores da criança é com esta criança sofrida:



Veja como, ao contrário das outras, perfeitamente sadias, limpinhas e cheirosas, esta pobre criança expõe claros sinais de sofrimento e maus tratos, justificando as reações dessas pessoas tão caridosas e dedicadas no cumprimento de suas funções:


— Vou acionar o Conselho Estadual para que denuncie a exposição dessa menina. Isso é um absurdo, é um crime. O MP já deveria ter se manifestado — afirma João Carlos: — O programa tem que ser tirado do ar de imediato, essa criança tem que ser protegida da violência psicológica a que está sendo submetida.

Bravo, meu caro João Carlos! Bravo!


— Ela aparece em situação de sofrimento, denotando ameaça a seus direitos fundamentais, especialmente a integridade psíquica — disse Carlos Nicodemos, membro da OAB/RJ: — Gostaria de saber que fundamentação o juiz usou para autorizar uma criança de 6 anos a trabalhar.

Bravíssimo, Nicodemo! Bravíssimo!

De certo, a existência de um problema não justifica fechar os olhos para o outro, mas um pouco de senso de proporções cairia bem. Isso, claro, se nossos benfeitores dessem a mínima para o bem-estar dos seus "protegidos."

Quando um benfeitor dessa estirpe se levanta eu tremo...

Founding Fathers

É um equívoco tentar enquadrar ações do passado nos cenários completamente distintos dos dias de hoje. Fala-se que os EUA de hoje envergonhariam os Founding Fathers e provavelmente é verdade, mas não pelo mesmo motivo imaginado pelos saudosistas de plantão. Não sei que tipo de fantasia paira na cabeça deles sobre os Founding Fathers, mas é bom que saibam que estes não foram anjinhos. Pelo contário, não se eximiam de usar a violência extrema quando a situação requeria.

Seguem alguns trechos do livro 1776 cuja leitura, interrompida há algum tempo, foi retomada ontem, relatando algumas passagens com George Washington:

From his new command post on the crest of Harlem Heights, four miles to the north, Washington had heard the roar of a cannon at KipsBay and seen smoke rising in the distance. In a instant he was on his horse and racing south at a galop, down the post road. Reining up at a cornfield about a mile inland from Kips Bay, he found men "flying in every direction." It was everything he had feared and worse, his army in pellmell panic, Americans turned cowards before the enemy.

In a fury, he plunged his horse in among them, trying to stop them. Cursing violently, he lost control of himself. By some accounts, he brandished a cocked pistol. In other accounts, he drew his sword, threatening to run men through. "Take the walls!" he shouted. "Take the corn field!" When no one obeyed, he threw his hat on the ground, exclaiming in disgust, "Are these the men with which I am to defend America?"

(...)

He (George Washington) wanted rules and regulations adopted, punishments (para sua tropa) made more severe. As it was, for the most "atrocious offenses", the maximum was thirty-nine lashes, and these, he had found, were seldom layed on as they should be, but more as "sport." It was punishment of a kind that, for a bottle of rum, many "hardened fellows" were quite willing to undergo.

18 maio 2009

Obrigado Suécia

Este buraco escandinavo me faz sentir uma pontinha de orgulho por ser brasileiro.

O admirável mundo novo parece já ter chegado...

17 maio 2009

Nada a ver, pô!

Miss Califórnia:

I think in my country, in my family, I think that I believe that a marriage should be between a man and a woman.

Boooh! Fanática religiosa! Intolerante! Baranga! Extremista!


Barack Obama:

I believe that marriage is the union between a man and a woman.

Ah, mas é completamente diferente!

Lebertária como nunca

Ou não?

I HAVE LIVED under a Latin American military dictatorship where daily life was freer than in Britain today. Of course, you couldn’t go out into the street and shout “Down with Señor Presidente”, at least not without dire consequences; on the other hand, you were considerably less surveyed, supervised and harried as you went about your business than you are in contemporary Britain.

JP

Concordo em gênero, número e grau com o gajo:

TOURADAS? Lamento. Não sou cliente. Os meus amigos conservadores nunca me perdoaram a traição. E dizem, inteiramente a sério, que eu me deixei levar pelos ‘direitos dos animais’. Absurdo. Os animais não têm direitos; a capacidade de formular e articular direitos é uma prerrogativa humana e apenas humana. Mas isso não significa que, precisamente pelo facto de sermos humanos, não tenhamos alguns deveres para com os animais. O mais básico de todos é não os torturar para gáudio das massas. A tourada pode ser uma tradição; mas nem todas as tradições são úteis, muito menos benignas. Isto faz de mim um proibicionista militante? Não faz. Proibições culturais deste tipo nunca devem vir de cima. Devem começar por baixo: pela capacidade da maioria em olhar para as touradas como os espectáculos primitivos que, na verdade, são.

Thor

E por falar em quadrinhos, como sou implicante com a nossa imprensa, fiquei com a impressão de que o autor deste post desconhece a origem mitológica do filho de Odin.

O filme estrelado por Thor - filho de Odin e deus asgardiano criado por Stan Lee e Jack Kirby para a Marvel - será dirigido por Kenneth Branagh e está previsto para 2011, mesmo ano de "The First Avenger: Captain America".

Não dá para ter certeza, por isso vou dar-lhe o benefício da dúvida. :-)

Quadrinhos

Não tenho maiores restrições aos quadrinhos (para crianças e pré-adolescentes), mas confesso sentir um certo constrangimento ao ler os verbetes da Wikipedia tratando de personagens e eventos relacionados às suas vidas como se estivessem falando de pessoas e fatos reais.

Spengler

Novíssimo blog na lista: Spengler.

16 maio 2009

Ditado

É um ditado velho, mas, com a chegada dos blogs, orkut, twitter, etc., se tornou o lema de toda uma geração:

Pimenta no fiofó dos outros é refresco.

House

Enquanto não tiram o vídeo do ar, coloco aqui de novo o trecho do episódio de House onde ele talvez tenha mudado de idéia sobre certas coisas:

15 maio 2009

Pra corno todo castigo é pouco

Achou o texto que eu linkei do Olavão exagerado?

Olha isso:

Wealthy Wall Street financiers and other business figures provided crucial support for Mr Obama during the election, backing him over the Republican candidate John McCain as the right leader to rescue the collapsing US economy.

But it is now dawning on many among them that Mr Obama was serious about his campaign trail promises to bring root and branch reform to corporate America - and that they were more than just election rhetoric.

A top Obama fundraiser and hedge fund manager said: "I'm appalled at the anti-Wall Street rhetoric. It was OK on the campaign but now it's the real world. I'm surprised that Obama is turning out to be so left-wing. He's a real class warrior."

Chris Edwards of the Cato Institute, a free enterprise think tank, said Democrats in Congress were unnerved by the president's latest plan to raise $210 billion over 10 years from multinational corporations.

The money is needed to pay for a national debt that will double over the next five years; and triple over the next 10 years to $17.3 trillion. But the crackdown already faces fierce Democratic resistance.

"These big companies are based in New York Boston, Seattle and Silicon Valley, where Democrats dominate," Mr Edwards said. "Obama's tax plan is already cleaving him from his big corporate supporters," he said.

Dissonância cognitiva

Eis um belo exemplo de como a mente humana lida com ela:

EUA retomarão julgamentos em Guantánamo
Mas reforma que deve ser apresentada nesta sexta-feira vai garantir mais direitos aos presos do que tinham durante o governo Bush

Se alguém não entender o que é dissonância cognitiva no governo Barack Obama, não aprende mais.

Bloody hell!

Libertarian indeed.

O britânico Ronald West, de 62 anos de idade, foi considerado culpado sob o Ato de Bem Estar dos Animais por deixar seu cachorro - um cão pastor - engordar.

Taz estava pesando 40kg, 15 a mais do que seu peso ideal, quando foi encontrado por funcionárias do departamento de bem estar dos animais do governo local de Brighton e Hove.

West ainda foi acusado de manter o cão Taz, de cinco anos de idade, em um apartamento imundo, com fezes em vários quartos, e por não exercitá-lo o suficiente.

A corte de Brighton e Hove ainda não determinou a sentença de West, que pode chegar a uma multa de 5 mil libras (cerca de R$ 16 mil) ou seis meses de prisão. Ele ainda pode ser proibido de manter outro animal.

Não me entendam mal: eu partiria a cara do sujeito em dois. Mas eu não sou libertário e nem acredito que os seres vivos não passam de uma mera combinação de moléculas.

Você sabe que vive numa republiqueta quando...

Quando assuntos banais são tratados como questões de Estado:

O deputado disse ainda que pretende propor que a comissão peça uma explicação à embaixada britânica no Brasil:

- Acho que cabe pedir um esclarecimento melhor sobre a campanha. É importante também que isso seja feito em conjunto com o município do Rio e a Riotur.

Era de embustes históricos

Nunca concordei tanto com Mainardi:

Os interrogadores da CIA foram comparados aos torturadores de Pol Pot. Do mesmo modo que a guerra no Iraque foi comparada às Cruzadas, Gaza foi comparada ao gueto de Varsóvia e a crise financeira do ano passado foi comparada à de 1929. Nós estamos numa era de embustes históricos, usados para camuflar a propaganda eleitoreira. É perturbador admitir que a tortura, aplicada de maneira limitada - contra Khalid Shaikh Mohammed e outros dois terroristas -, num período igualmente limitado - nos meses posteriores aos atentados de 11 de setembro de 2001 -, possa ter contribuído para salvar centenas de pessoas. Mas os fatos perturbadores precisam ser questionados sem medo, mesmo que a resposta contrarie tudo aquilo em que sempre acreditamos. O erro é "esperar para ver". Ninguém deve esperar para ver.

O que mais me irrita - embora não me surpreenda - é que os mais ferozes embusteiros são justamente aqueles que estão muito bem protegidos pelo mesmíssimo sistema no qual adoram cuspir. Que essa gente ainda tenha algum pingo de credibilidade e espaço para falar suas asneiras só vem provar que a América é hoje uma caricatura da nação que foi um dia.

14 maio 2009

Olavão

Olavo de Carvalho num ótimo artigo:

Quando digo que a democracia capitalista dificilmente pode sobreviver sem uma cultura de valores tradicionais, muitos liberais brasileiros, loucos por economia e devotos da onipotência mágica do mercado, fazem expressão de horror, de escândalo, como se estivessem diante de uma heresia, de uma aberração intolerável, de um pensamento iníquo e mórbido que jamais deveria ocorrer a um membro normal da espécie humana.

Enquanto isso na Sala de Justiça...

Obama Considers Detaining Terror Suspects Indefinitely

WASHINGTON -- The Obama administration is weighing plans to detain some terror suspects on U.S. soil -- indefinitely and without trial -- as part of a plan to retool military commission trials that were conducted for prisoners held in Guantanamo Bay, Cuba.

The proposal being floated with members of Congress is another indication of President Barack Obama's struggles to establish his counter-terrorism policies, balancing security concerns against attempts to alter Bush-administration practices he has harshly criticized.

On Wednesday, the president reversed a recent administration decision to release photos showing purported abuse of prisoners at U.S. military facilities in Iraq and Afghanistan. Mr. Obama cited concern that releasing the pictures could endanger U.S. troops. Mr. Obama ordered government lawyers to pull back an earlier court filing promising to release hundreds of photos by month's end as part a lawsuit brought by the American Civil Liberties Union.

12 maio 2009

Dúvida

Aquele que acredita que o Estado, por conferir grande poder aos seus membros, os corrompe e por isso deveria ser abolido, não deveria também ser a favor da proibição do porte de armas?

08 maio 2009

Dois velhos conhecidos

Acabo de descobrir (no Mosca) que um velho conhecido está blogando novamente. E no blog dele descubro que um outro conhecido também já vem blogando há um tempo. Claro, já foram os dois pra minha lista.

07 maio 2009

Falando o óbvio

Falar o óbvio é tão chato quanto necessário atualmente.

(...) A liberdade de expressão não se mede pela forma como agentes privados permitem ou não permitem a venda e difusão de certas obras. A liberdade de expressão pressupõe que não existe nenhum poder político, ou seja, público, ou seja, com capacidade coerciva, que proíbe a venda e difusão de certas obras (...).

A censura do regime salazarista determinava o que os portugueses podiam ver, ler, ouvir. No Portugal de hoje, não existe nenhuma entidade oficial que determine o que é possível ver, ler, ouvir. Essa decisão pertence aos indivíduos: aos indivíduos que compram, sem dúvida; mas também aos indivíduos que vendem. A liberdade não é exclusiva de quem consome.

05 maio 2009

Caso clássico

Eis um caso clássico de progressismo com o fiofó alheio. Curiosamente a única pessoa que aparenta algum interesse, por mínimo que seja, na situação do aluno é justamente aquele que corre o risco de ficar com o rótulo de intolerante: o tal professor. É tão óbvio o fato de que uma criança com necessidades especiais não pode ser educada usando-se os mesmos métodos que as demais que a insistência em fazê-lo demonstra total desinteresse no futuro das crianças portadoras de deficiência. Para variar, entre posar de progressista e desprovido de preconceitos, ainda que com o custo de ter crianças sendo educadas de forma inadequada, e passar por reacionário, intolerante e discriminador, o muderno opta pela última opção.

03 maio 2009

É triste

Acho que finalmente a última coisa que mantinha algum vínculo cultural meu com o Brasil se acabou: o futebol. Hoje já não tenho mais saco para acompanhar por noventa minutos as proezas de obinas, leo mouras, juans, alessandros, carlos albertos, wellington monteiros, leandros, etc. E olha que quem fala isso é um cara que, no passado, assistiria até partida de casados vs. solteiros se fosse transmitida. Não sou daqueles saudosistas que acham que não há mais jogadores como antigamente. Lamentavelmente, porém, eles atuam alhures. Para nós, como diz aquele pagode, sobrou o bagaço da laranja.

Rio 2016

Inventaram de tocar o Hino Nacional antes da partida de hoje entre Botafogo e Flamengo, no Maracanã. Enquanto a banda da polícia militar tocava, as duas torcidas a ignovaram solenemente, cantando suas respectivas musiquinhas toscas.

Família, família

Se isso fosse um fato isolado seria até engraçado. Mas terceirizar a educação dos filhos parece ter se tornado hábito da classe média brasileira, que abandonou de vez o mais básico núclo social: a família.

Se o recheio do bolo da festa de aniversário do coleguinha tiver um gosto ruim ou não agradar, não é de bom tom fazer careta ou cuspir no prato, muito menos no chão. Mesmo que os docinhos estejam deliciosos, os pequenos convidados não podem e não devem retirar mais de um da bandeja. Comer mais, só quando o garçom retornar para a segunda rodada.

A orientação acima não foi feita por uma mãe ou um pai ao filho, mas pela orientadora pedagógica Cinira Estevam aos quase 50 alunos do turno integral do Colégio Renovação, na Zona Sul de São Paulo. Boas maneiras virou, desde o início do ano letivo, disciplina do currículo escolar dessas crianças, que têm entre 6 e 10 anos e estudam em período integral.

(...)

Pontualidade e como cumprimentar os coleguinhas e os mais velhos, é um dos assuntos da aula sobre como se comportar fora de casa. Como se vestir e o que se deve ou não fazer no elevador, no shopping, na fila, no cinema, no teatro e na igreja são outros assuntos abordados.

Depois vão vocês chorar na cama que é lugar quente.

A vingança silenciosa de George W. Bush

Não, não veremos nenhum âncora ou colunista fazendo comentários indignados sobre falta de sensibilidade da "administração Obama". Não, não leremos editorias fazendo referências à falta de tato do "atual governo", como tantas vezes vimos no passado recente. Em todo caso: nice going, Obama! Again!

01 maio 2009

Coisa de louco

Um homossexual, recém-curado de um câncer, após uma caminhada pela cidade de mãos dadas com seu namorado, chega em casa, liga seu computador conectado a uma internet de banda larga via fibra ótica e, enquanto conversa no telefone celular, via satélite, com uma amiga do outro lado do mundo, escreve no seu blog:

Comparar culturas, por si só, é um ato abominável.

Qualquer semelhança com fatos ou pessoas reais é mera coincidência.

Um lembrete

Uma pequena lembrança aos nossos deputados e militantes cotistas:

A soma das partes não pode ultrapassar 100%.

Só um lembrete caso vocês se animem demais distribuição de cotas.