03 maio 2009

Família, família

Se isso fosse um fato isolado seria até engraçado. Mas terceirizar a educação dos filhos parece ter se tornado hábito da classe média brasileira, que abandonou de vez o mais básico núclo social: a família.

Se o recheio do bolo da festa de aniversário do coleguinha tiver um gosto ruim ou não agradar, não é de bom tom fazer careta ou cuspir no prato, muito menos no chão. Mesmo que os docinhos estejam deliciosos, os pequenos convidados não podem e não devem retirar mais de um da bandeja. Comer mais, só quando o garçom retornar para a segunda rodada.

A orientação acima não foi feita por uma mãe ou um pai ao filho, mas pela orientadora pedagógica Cinira Estevam aos quase 50 alunos do turno integral do Colégio Renovação, na Zona Sul de São Paulo. Boas maneiras virou, desde o início do ano letivo, disciplina do currículo escolar dessas crianças, que têm entre 6 e 10 anos e estudam em período integral.

(...)

Pontualidade e como cumprimentar os coleguinhas e os mais velhos, é um dos assuntos da aula sobre como se comportar fora de casa. Como se vestir e o que se deve ou não fazer no elevador, no shopping, na fila, no cinema, no teatro e na igreja são outros assuntos abordados.

Depois vão vocês chorar na cama que é lugar quente.