31 maio 2009

"Futebor", esporte "nacionar"

Este semana, após assistir a final da liga entre Barcelona e Manchester, e após assistir hoje a pelada entre Fluminense e Náutico, fica ainda mais claro que o que difere o futebol nos grandes centros da Europa e o praticado aqui nessas bandas é a seriedade, o profissionalismo.

Primeiro, o gramado: o campo no qual a final da Liga foi disputada era um verdadeiro tapete. O campo - se é que podemos chamar assim - da partida entre os times brasileiros era um matagal esburacado onde bola não corria, quicava. Que um estádio daqueles receba partidas oficiais do Campeonato Brasileiro já diz muito sobre a seriedade do mesmo.

Não bastasse um campo horroroso, temos jogadores que são verdadeiros peladeiros de final de semana. Chamá-los de profissionais é como chamar um açougueiro de neurocirurgião. Mesmo aqueles que possuem algum jeito para a coisa, não possuem inteligência ou condição física ou ambos para executar as jogadas com um mínimo de eficácia (nem falo sobre eficiência!) O desenrolar das jogadas, exceto pelo condicionamento fiísico dos jogadores, pouco difere daquelas peladas de fim de semana ou daquelas de casados vs. solteiros. O "jogador profissional" aqui é o peladeiro que tem um melhor condicionamento físico. Não é à toa que muitos jogadores saem do Brasil e ficam menos tempo na Europa do que eu quando vou de férias. Não é que lá os caras sejam tão melhores, tecnicamente. Mas lá, certamente, o profissionalismo é muito maior. Quando chega o brazuca se achando a "bala que matou Kennedy," tentando gols impossíveis (ou improváveis) quando há companheiros em melhor posição, jogando de cabeça abaixada, falhando em fundamentos básicos como passes curtos e chutes frontais, o destino é um só: o banco. E depois de um tempo, algum clube obscuro.

Está aí o Thiago Neves que não me deixa mentir.