30 junho 2008

PM

Não serei eu aqui a sugerir que a nossa PM é uma instituição modelo.

Longe disso.

Mas sejamos sinceros: você defenderia, pondo em risco sua vida, uma sociedade como a nossa que trata os agentes da lei com tanto desprezo?

Vejamos este artigo no Globo:

Em primeiro lugar, um policial, estando ou não em missão direta de preservação da ordem pública, só pode fazer uso de sua arma na legítima defesa de sua vida e da dos concidadãos, devidamente caracterizada a situação de perigo real e risco iminente. Em situação de agressão física (luta corporal) entre partes, deve procurar intervir de forma seletiva, com técnica e equilíbrio, no emprego progressivo da força, única e exclusivamente para por fim ou neutralizar a ação dos oponentes e conduzi-los ou providenciar que sejam conduzidas as partes à Delegacia Policial.

Ora, quem sai na noite do Rio ou acompanha de longe as notícias - cada vez menos os jornais publicam os casos de pancadaria - sabe que esses "meninos" só param de espancar suas vítimas quando se entediam de tanto chutá-la. Não sei quais as circunstâncias do caso, mas dizer que um policial deve, sozinho, resolver um conflito com cerca de dez trogloditas de "forma seletiva" é praticamente condená-lo à morte ou invalidez.

Outra figura - esse patético governador viajandão - com toda sua demagogia oportunista mandou logo:

RIO - O governador Sérgio Cabral afirmou na manhã desta segunda-feira que o policial militar Marcos Parreira do Carmo, acusado de atirar contra o estudante Daniel Duque, de 18 anos, durante um briga na Baronetti, é descontrolado e mal preparado . Durante uma solenidade na Baixada Fluminense, Cabral disse que ficou muito chocado com o caso, e considerou que foi uma falta de bom senso do PM ter sacado uma arma durante uma briga de jovens.

Não me surpreende que um demagogo como ele faça este tipo de afirmação leviana na expectativa de angariar a simpatia do povinho classe média.