30 julho 2007

Coraçõezinhos se quebrando

Quando Tony Blair deixou o posto de Primeiro-Ministro do Reino Unido, muitos comemoraram o fato de um puxa-saco dos EUA ter saído do poder. Militantes de todo o mundo encheram seus coraçõezinhos puros da esperança de que o novo Primeiro-Ministro viesse a tirar o apoio ao Grande Imperio. E ei que ele quebra esses coraçõezinhos com uma declaração dessas:


O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Gordon Brown, disse neste domingo que o mundo está em débito com os Estados Unidos por causa do papel de liderança do país no esforço global contra grupos extremistas.

"Nós precisamos reconhecer a dívida que o mundo tem com os Estados Unidos por sua liderança na luta contra o terrorismo internacional", disse Brown, que está viajando a Washington para seu primeiro encontro com o presidente americano, George W. Bush, desde que assumiu o governo britânico, no mês passado.

O premiê disse que a ligação entre a Grã-Bretanha e os Estados Unidos é "a mais importante relação bilateral" do país europeu.

"É firmemente do interesse nacional britânico que nós tenhamos uma forte relação com os Estados Unidos", disse Brown. "E, como primeiro-ministro, eu quero fazer mais para fortalecer ainda mais nossa relação com os Estados Unidos."

As declarações de Brown vão contra a percepção de alguns analistas e de membros do próprio governo britânico, para os quais o ex-ministro das Finanças britânico deveria optar um distanciamento dos Estados Unidos, agora que assumiu o poder.

Quem, em sã consciência, iria imaginar que o Reino Unido iria "optar por um distanciamento dos Estados Unidos"?

No dia em que os EUA retirarem suas bases militares da Europa, os países de lá terão que fazer uma nada agradável escolha no que diz respeito à alocação do seu orçamento: welfare ou defesa?

Claro que sempre existe a alternativa de elevar os impostos...