31 julho 2007

Pergunta do economista curioso

Se houvesse demanda isso aconteceria?

Rio - Aconteceu nesta terça-feira a licitação da Arena Multiuso, que foi construída e utilizada nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. No entanto, o patrimônio não recebeu uma oferta sequer, pois o que se viu no local da audiência foi a ausência de empresas interessadas em arrendar a instalação.

Que lindo

Primeiro alguém da Aeronáutica solta um furo de reportagem para a imprensa golpista (leia-se qualquer publicação que não diga que o governo atual é excelente, muito bom mesmo!) apontando, sem fundamentos ao meu ver, o piloto como responsável pelo acidente.

Passada a onda de "Ahás!" e "Top! Top! Top!" emanada pela legião de militontos, vem um sensível e compreensivo Brigadeiro mostrar que a verdadeira face deste governo é o perdão:

"Não se pode crucificar ninguém, isso é até pecado. O que eu sempre digo é que uma hipótese é os manetes não estarem na posição correta ou o comando eletrônico do avião não ter sido correspondente."

Esse pessoal me comove...

O mais engraçado é que a Veja saiu no final de semana passado, mas "os dados das caixas-pretas do avião teriam começado a ser analisados ontem, no Cenipa."

30 julho 2007

A classe média e os meios de comunicação

Não tem erro: basta uma meia dúzia de gatos pingados da classe média se reunir para protestar, seja pelo fato de ter um filho arrastado até a morte ou por ter familiares e amigos mortos em um acidente aeronáutico, e lá vem a patota esquerda-chique dos jornais desqualificar os manifestantes:

- É uma manifestação da burguesia!

- É uma minoria que não tolera o fato de ter perdido privilégios!

- Isso é coisa de classe média!

Deixando de lado o fato de que 99.99% da galera que escreve essas coisas tem mais grana que a tal burguesia que ela critica (talvez não obtida de forma tão árdua, mas isso é outra conversa), venho mais uma vez esculachar essa classe média idiota que nós temos. Será que é difícil perceber que somos nós, essa famigerada classe média, essa odiada burguesia, que bancamos os salários desses caras quando assinamos seus jornais e revistas?

Faz muito tempo cancelei minha assinatura do Globo. Mais ou menos quando a patota petista se assanhou, passando praticamente a usar o termo "classe média" como sinônimo de "filho da puta". Longe de mim querer negar o direto à livre expressão dos célebres profissionais da imprensa, mas não venham querer que eu banque o meu próprio esculacho, né?

É simples, meus caros: o jornal escreveu que vocês são culpados pela miséria do país? Escreveu que vocês são uns egoístas que não toleram ver os pobres tendo uma chance na vida? Escreveu que a vida de seus filhos ou amigos vale menos que a dos seus companheiros de viagem?

Cancelem a maldita assinatura!

Ser chamado de filho da puta já é desagradável, mas pagar para isso já é otarice demais!

Coraçõezinhos se quebrando

Quando Tony Blair deixou o posto de Primeiro-Ministro do Reino Unido, muitos comemoraram o fato de um puxa-saco dos EUA ter saído do poder. Militantes de todo o mundo encheram seus coraçõezinhos puros da esperança de que o novo Primeiro-Ministro viesse a tirar o apoio ao Grande Imperio. E ei que ele quebra esses coraçõezinhos com uma declaração dessas:


O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Gordon Brown, disse neste domingo que o mundo está em débito com os Estados Unidos por causa do papel de liderança do país no esforço global contra grupos extremistas.

"Nós precisamos reconhecer a dívida que o mundo tem com os Estados Unidos por sua liderança na luta contra o terrorismo internacional", disse Brown, que está viajando a Washington para seu primeiro encontro com o presidente americano, George W. Bush, desde que assumiu o governo britânico, no mês passado.

O premiê disse que a ligação entre a Grã-Bretanha e os Estados Unidos é "a mais importante relação bilateral" do país europeu.

"É firmemente do interesse nacional britânico que nós tenhamos uma forte relação com os Estados Unidos", disse Brown. "E, como primeiro-ministro, eu quero fazer mais para fortalecer ainda mais nossa relação com os Estados Unidos."

As declarações de Brown vão contra a percepção de alguns analistas e de membros do próprio governo britânico, para os quais o ex-ministro das Finanças britânico deveria optar um distanciamento dos Estados Unidos, agora que assumiu o poder.

Quem, em sã consciência, iria imaginar que o Reino Unido iria "optar por um distanciamento dos Estados Unidos"?

No dia em que os EUA retirarem suas bases militares da Europa, os países de lá terão que fazer uma nada agradável escolha no que diz respeito à alocação do seu orçamento: welfare ou defesa?

Claro que sempre existe a alternativa de elevar os impostos...

29 julho 2007

Tá explicado!

Agora está explicado porque Janer comprou, com mais entusiasmo que muitos petistas, a estória da Veja de que o acidente teria sido culpa do Piloto! Achei estranho alguém criticar a pressa em apontar responsáveis e logo depois escrever isso:

Graças ao açodamento dos súbitos especialistas em aeronáutica, poderá posar de vítima das calúnias da oposição. Seu [de Lula] governo continua sendo um desgoverno minado pela corrupção mas, decididamente, NÃO É o responsável pelos 199 cadáveres do acidente.

Na verdade seu alvo era o Reinaldo Azevedo.

Patético. Simplesmente patético, mas bem ilustrativo.

Hein?! - Parte 2

Já havia desistido de ver a cerimônia de encerramento e fui dar uma surfada na Web. Foi quando ouvi o seguinte refrão vindo da TV na sala (citando de cabeça):

"Se me chama de cachorra eu faço au-au!"

Segundo minha esposa, perdi o "melhor" que era a coreografia das - aham! - dançarinas.

Jamais irei me perdoar!

Que venham as Olimpíadas!

RIO - O torcedor, que deveria ser um dos membros mais privilegiados da Família Pan, ficou sem pai nem mãe. Ou na melhor das hipóteses, transformou-se num filho bastardo. Desde o início dos Jogos, enquanto autoridades esportivas, delegações e atletas receberam tratamento vip, o respeitável público, que muitas vezes pagou caro para acompanhar as competições in loco, foi tratado de forma nada respeitosa, com direitos violados pelos organizadores e muitas dores de cabeça.

!

Hein?!

Nota Dez em economia e Nota Zero em todo o resto.

RIO - Ao analisar porque não houve confrontos entre traficantes e entre traficantes e policiais nas favelas do Rio de Janeiro durante o Pan-Americano, o prefeito Cesar Maia disse que nunca em grandes eventos, há conflitos com traficantes. Grandes eventos, disse o prefeito, geram mercado consumidor maior. "Eles querem saber do negócio deles, desde que não gere problemas para eles", disse Cesar Maia.

Diagnosticando o presidente

- E quando o Sr. começou a sentir esses sintomas de agorafobia?
- Acho que foi no dia 13 de julho...
- Entendo, entendo... Algum episódio traumático nesta data?
- Deixe-me pensar...

Agora sim!

Tudo nos eixos!

RIO - Assim como na cerimônia de abertura, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi vaiado pelo público do Maracanã, mas dessa vez ele teve companhia. Durante seu discurso, o presidente da Odepa, Mario Vásquez Rañas, agradeceu aos governos federal, estadual e municipal do Rio pelo apoio ao Pan-Americano, e citou o presidente Lula, que alegou não ter clima devido ao acidente com o avião da Tam para não comparecer à festa, que foi muito vaiado pelo público.

Logo depois, visivelmente constrangido, Rañas citou o governador Sérgio Cabral, que também foi levemente vaiado, e o prefeito Cesar Maia, que para a surpresa geral foi muito vaiado. Na cerimônia de abertura, o prefeito foi fortemente aplaudido pelo público.

28 julho 2007

Excrescência

A manutenção do regime Cubano é uma vergonha para a humanidade.

Incrível como, em pleno Século XXI, um ditador decrépito se julgue dono de pessoas.

Sick people!

Será a carência de lógica, algo presente em 8 entre 10 bananenses, de origem genética ou ambiental?

É sério!

A OMS deveria enviar uma equipe para pesquisar as causas dessa doença que assola o Bananão!

Se isto for uma patologia contagiosa podemos, através dos nossos imigrantes, estar contaminando toda a população do planeta e, em uma geração ou duas, transformá-la em:

DUH!

Mainardi, irretocável

O Brasil é um buraco. Nunca fizemos algo que prestasse. Mas até outro dia ainda tínhamos uma vaga idéia de como nos comportar. E era essa vaga idéia que mantinha o país andando. Andando de lado, mas andando. Uma das regras de comportamento que a gente seguia era manter certa dose de compostura diante da dor pela morte de alguém. Lula violou essa regra. Depois de violá-la, tripudiou mais uma vez, ensinando aos familiares dos mortos do desastre da TAM que "é preciso que a gente tenha momentos de descontração para tornar a vida menos sofrível". Um dia Lula morrerá. Mas nós já teremos morrido antes dele.

Aqui.

Estanho, muito estranho...

Olha, acabo de ler esse trecho da reportagem da Veja que afirma:

Um erro humano está na origem do pior acidente aéreo da história da aviação brasileira. As informações já obtidas por meio da análise das caixas-pretas do Airbus A320 da TAM – que no último dia 17 se chocou contra um prédio da companhia, causando a morte de 199 pessoas – indicam que o avião, ao pousar, não conseguiu desacelerar o suficiente por causa de um erro do comandante do vôo.

Essas informações, ainda mantidas em sigilo pela comissão da Aeronáutica que investiga o acidente, mostram que uma das duas alavancas que regulam o funcionamento das turbinas, chamadas de manetes, estava fora de posição quando o avião tocou a pista principal do Aeroporto de Congonhas. O erro fez com que as turbinas do Airbus funcionassem em sentidos opostos: enquanto a esquerda ajudava o avião a frear, como era desejado, a direita o fazia acelerar.

Tudo é possível, mas algumas coisas são estranhas:

1) Este erro que eles afirmam que o piloto cometeu é extremamente básico, incompatível até mesmo com um piloto inexperiente.

2) Uma situação onde um motor esteja gerando uma força num sentido e o outro motor gerando uma força no sentido contrário deveria fazer o avião girar.

3) Como pode uma investigação que já se anunciou que correrá em sigilo e deverá demorar 10 meses já ter todo o resultado que, coincidentemente, isenta as condições da pista?

Comerciais de cerveja

Comerciais de cerveja deveriam ser proibidos.

Não por causa do alcoolismo, mas por mera questão de bom gosto.

Parece ser uma certeza para as cervejeiras: nossos consumidores, atuais e potenciais, são débeis mentais!




O chato

Lá vou eu novamente dar uma de chato da festa...

O time de futebol feminino cumpriu o seu papel e fez o que qualquer time formado por jogadoras profissionais deveria fazer ao encarar um time de futebol Sub-20: arrasou. Este tipo de disputa é o que chamamos de brigar com bêbado: se você bate, não fez mais que a sua obrigação; se apanha, é uma vergonha só. O time brasileiro fez seu papel: atropelou e ponto final. Se os EUA resolveram mandar sua equipe Sub-20, as meninas do time brasileiro não têm nada a ver com isso. Mas caindo na real, o verdadeiro bicho papão joga hoje contra o Japão de olho na Copa do Mundo em Setembro.

Algumas palavras das arrogantes yankees após a partida:

“Competing in this Pan Am Games has been a privilege for our players. This is a young team and one cannot beat the experience of playing Brazil in Maracanã Stadium in front of a packed house. Brazil had an exceptional level and style of play that contributed to their great success. We will learn from all of it.”

Técnica Jillian Ellis

“Even though we lost, playing in an environment like this was a chance of a lifetime. It is pretty amazing that we got the chance to play against Brazil in Maracana Stadium. It is one of those rare opportunities that I will remember forever.”

Atacante e capitã Lauren Cheney

“This was an honor to play soccer in a country that loves the game like Brazil does, win silver, and be a part of the Pan Am Games. We are a young team and we will take this tournament for the amazing experience that it was. We battled against Brazil and they were one of the best teams I have ever played against, but we will learn from it. After this tournament we can only go up from here. I know this experience will benefit this team tremendously as they prepare for the U-20 World Cup next year.”

Lauren Cheney

Quem essas peruas yankes pensam que são para demonstrar tamanho respeito e admiração pela equipe brasileira?

Vaiemo-las!

27 julho 2007

Isto é... Ridículo

No Blog do Instituto Millenium achei esta entrevista com o Ministro dos Esportes. A autora do post acredita ser algo positivo o fato do ministro querer entregar os complexos esportivos para serem administrados pela iniciativa privada. Eu não compartilho dessa visão otimista. Para mim, na melhor das hipóteses, estes estádios, construídos a peso de ouro com dinheiro público, serão dados de mão beijada para empresas cujos donos têm algum tipo de relação promíscua com membros do alto escalão do governo. Na pior das hipóteses apodrecerão em poucos anos.

Comunistas, comunistas. Negócios à parte.

Mas nem foi isso que chamou minha atenção. Foi esse trecho aqui:

ISTOÉ – O jogador cubano Rafael Capote quer asilo político do Brasil. Deve tê-lo?
Silva – Conheço Cuba, estive lá algumas vezes. É emocionante o esforço do Estado cubano para garantir a segurança alimentar, o acesso à educação, saúde e esporte, para que a juventude construa perspectivas. Esse jovem deve ter uma série de ilusões quanto às possibilidades de viver fora de Cuba. No caso dele, não se trata de asilo político porque ele não é um perseguido. Ao contrário, teve a oportunidade de se desenvolver. Espero que ele tome juízo e volte para os seus.

ISTOÉ – Depois de ter desertado, ele poderá voltar a Cuba sem risco de parar no paredão?
Silva – Essa história de paredão pertence a outro período da história cubana, duro, de enfrentamento na pós-revolução. Hoje a situação é um pouco diferente. Provavelmente há muito mais gente indo para o paredão nos Estados Unidos do que em Cuba.

Impressionante a laia da patota que tomou de assalto este país. Nunca fizemos tanto por merecer as sábias palavras de Lisa Simpson:

Lisa: This is the most disgusting place we've ever gone.
Bart: What about Brazil?
Lisa: After Brazil.

24 julho 2007

Futilidades

Deve ser normal que quando um país saia de uma ditadura seus cidadãos saiam gritando "censura!" ou "repressão!" diante de qualquer contrariedade que a vida lhes imponha.

Uma repórter estava na Ilha de Fernando de Noronha com algumas despesas bancadas pela administração da Ilha. Durante a estadia ela escreveu um (ou uns, sei lá) que a administração não gostou e esta decidiu interromper o financiamento.

O colega dela diz no seu blog:

Alice foi banida para o continente porque ousou exercer a liberdade de expressão assegurada a todos pela Constituição.

Liberdade de expressão não significa que alguém tenha a obrigação de bancar a sua expressão! A mesma liberdade que a jornalista tem de escrever o que bem entende, a administração tem de não bancar opiniões que não lhe agradem.

Eu hein!

23 julho 2007

Babou?

Brigas, desorganização, hostilidade da torcida, furtos, transporte precário...


Bye bye Olimpíadas?


É Nuzman... Será que ainda rola?

É freio, estúpido!

Sabe lá Deus o porquê, não esqueço essa frase que eu ouvi há muito tempo atrás, durante um curso de pilotagem na Varig (não sou piloto, mas minha profissão exigia que eu soubesse operar aeronaves):

"O que pára a aeronave é o freio!"


Isso vinha do nosso instrutor sempre que insistíamos em tentar parar a aeronave usando o reversor.

Como vocês podem ver no texto deste piloto (via De Gustibus...) , minha memória não me traiu:

Sim, o reversor do motor numero 2 estava inoperante, mas como eu já disse dezenas de vezes aqui na lista, quem para avião é FREIO, é o atrito do pneu na pista, e não reversor. Falarei mais sobre isso daqui a pouco. Na noite do dia 16, eu pousei em CGH. Não havia chuva, mas a pista estava bastante molhada. Estava com 90 pax no meu avião. Toquei na marca de 500, o avião aquaplanou e eu tomei susto.

22 julho 2007

Lançamento

Tudo em família!

E agora?

Tirou uma pessoa mundialmente reconhecida como a melhor na posição, para colocar o filho numa posição que confere a este visibilidade e a possibilidade de obter bons contratos.

Na minha terra isso se chama nepotismo.

No Brasil, país onde princípios nada significam, um gesto - no mínimo! - antiético como este é coisa muito natural, elogiada até pela população e pela imprensa.

Um país com o potencial do Brasil não afunda à toa.

21 julho 2007

Alô "otoridadis"!

Não confundam caixa-preta do Airbus com cocada preta e cuscuz!

É assim

No Brasil se tem mais apreço pelo senso comum que pela verdade.

Lula x Bush

Após essas duas tragédias aéreas que atingiram o Brasil, tem se tornado comum a comparação entre o comportamento de Lula e Bush nos momentos de crise. Eu poderia cair nessa armadilha de trazer Bush para o nível, para a categoria de Lula, mas não sou de fazer concessões. A diferença entre um e outro é abissal, tão grande mesmo, que compará-los seria como comparar uva e melancia. A única coisa que os dois compartilham é que ambos fazem parte da espécie humama e são do sexo masculino.

Ponto final.

Escárnio

Parabéns!
Capa do Globo - 21/07/2007


- E lembre-se: mais 400 e você ganha outra medalhinha.
- Pode deixar comigo, senhor!

20 julho 2007

Só no Brasil

O policial pára um motorista que trafegava pelo acostamento:

- Meu senhor, trafegando pelo acostamento?
- Pois é, seu guarda. Tô com um pouco de pressa...
- E ainda por cima, muito acima do limite de velocidade!
- É, eu sei disso. Como eu disse, estava com pressa.
- Sua habilitação por favor!
- Tá na mão.
- Mas esta habilitação está vencida há anos!
- É, tô sabendo. Mas ando meio sem tempo de renovar...
- Lamento mas vou ter que multá-lo e apreender seu veículo.
- Peraí, seu guarda! Vamos conversar...
- Conversar?
- É, conversar. Não tem nada que eu possa fazer para o senhor aliviar minha situação?
- Bem...
- Ó, tenho trintinha aqui...
- Pouco.
- Tá certo, mas não tenho mais que cinqüenta.
- Bem, dessa vez passa.
- Poxa, valeu!
- A propósito, onde é que o senhor estava indo com tanta pressa.
- Eu tava indo para a manifestação contra a corrupção em Copacabana.

ACM

Você sabe que está em um país complicado quando um dos mais relevantes ícones da "direita" brasileira diz coisas como estas:

"Os empresários têm que ser mais compreensivos, não demitir funcionários, não demitir pessoas carentes, olhar quem vai demitir. Isso é o que eles têm que fazer. Por que, na situação social em que o Brasil vive, não é só o governo que deve amparar não. O empresário tem que ter consciência de seus deveres com a sociedade".

"Quem pode ir a um bom restaurante e gastar R$ 800 num jantar, pode pagar R$ 900 para que R$ 100 sejam destinados a um fundo para erradicação da miséria. Se fizermos isso, venceremos a miséria no Brasil em dez anos".

No-brainer

Cientistas franceses estão surpresos com a situação de um homem que leva uma vida normal apesar de ter um cérebro incrivelmente pequeno. O fato é possivelmente ocasionado pelo aparecimento de um espesso fluído em uma câmara craniana. A descoberta foi publicada na revista científica The Lancet, informou hoje o site da NewScientist.

Imagens obtidas por ressonância magnética mostraram que o tecido cerebral ocupa apenas um espaço tão fino quanto uma folha de papel. "É difícil dizer qual a exata porcentagem de redução do cérebro, mas, visualmente, é possivel afirmar que há uma redução de entre 50% e 75% em relação ao tamanho normal, disse Lionel Feuillet, neurologista da Mediterranean University, localizada em Marselha, na França.

Que uma pessoa pode levar uma vida normal sem cérebro nós brazucas já sabíamos. Ela pode até mesmo se tornar presidente.

19 julho 2007

Joe Sharkey

Joe Sharkey criou um blog apenas para tratar dos assuntos relativos ao "rabbit hole", que é como ele se refere ao Bananão.

Hoje ele dispara um editorial no qual mostra que sua compreensão sobre a alma brasileira supera, em muito, a de muitos nativos.

Brazil is, famously, a thin-skinned country where politics are inexorably tied to public emotion, and where political skill is usually a matter of being able to manipulate that emotion. The Brazilian media are, famously, an integral part of that process.

Que conveniente!

Lula evita politizar a tragédia

BRASÍLIA. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer evitar que as discussões sobre o acidente com o vôo 3054 da TAM, que matou mais de 180 pessoas, ganhe dimensões políticas.

Claro que isso nada tem a ver com o fato de o governo estar sendo visto como um dos principais responsáveis pela tragédia.

18 julho 2007

Perplexos

É exatamente esse sentimento que eu percebo nas pessoas com as quais convivo:

A tragédia com o avião da TAM, dez meses depois do acidente da Gol, provocou um estranho misto de incredulidade misturada a frieza até mesmo nos jornalistas que estavam de cara para as chamas. Durante alguns minutos, via-se a cauda de um avião enterrado no depósito — sim, era, inequivocamente, a cauda de um avião —, e os repórteres falavam no "incêndio do prédio". No máximo, mesmo com aquele rabo da tragédia exposto, especulava-se sobre um “possível” acidente. Um avião derretia numa impressionante bola de fogo, e ninguém queria acreditar.

Mas não era daquelas resistências sofridas diante da tragédia. Talvez fosse outra coisa. Talvez fosse a manifestação de uma descrença generalizada na lógica. Ora, dados nove meses de caos, quanto tempo demoraria para que um novo acidente nos assombrasse? A perplexidade fria, creio, tinha a ver justamente com isto: a gente se dava conta de que, vejam só, é mesmo verdade; se fizermos as coisas erradas, colheremos desastres. Na aviação ou em qualquer lugar.

Puta que pariu!

Mais uma tragédia! Mais dor! Mais sofrimento! Mais perdas!



Acho que a Marta não tinha noção disso naquele momento, mas ela resumiu com enorme precisão tudo que podemos esperar deste governo.

Triste.

17 julho 2007

A novilíngua nas empresas

O Sérgio Biasi d'O Indivíduo escreveu um post inspirado num cartaz que ele viu numa loja Starbucks.

Para mostrar que isso não se trata de um mero caso isolado, deixo aqui com vocês mais um exemplo, aviltante na minha opinião:


Delivery Specialist



Não basta ganhar uma merreca? Você ainda precisa ser chamado de "Delivery Specialist"?

Novo logotipo

Acho que este novo logo tem mais a ver com o espírito da montadora:


Rabinho entre pernas, leãozinho
Rabinho entre pernas, leãozinho!

16 julho 2007

A utilidade de Michael Moore

Como um cara otimista que sou, procuro ver o lado bom de todas as coisas. Consigo, com algum esforço, ver coisas positivas até no rolha-de-poço Michael Moore. O cara tem o mérito de ter inspirado a criação do I.M.M.A.C, Índice Michael Moore de Atividade Cerebral, escala utilizada para medir a atividade cerebral de um ser humano.

O nível de IMMAC é medido através do nível de credibilidade que a pessoa deposita no gorducho.

A escala é bem simples:

(IMMAC 1) Acredita totalmente = nivel de atividade cerebral de uma maçaneta enferrujada.

(IMMAC 2) Acredita na maioria das coisas = nivel de atividade cerebral de uma maçaneta.

(IMMAC 3) Acredita em algumas coisas = nivel de atividade cerebral de uma maçaneta nova.

(IMMAC 4) Não acredita em nada = nivel de atividade cerebral de um ser humano normal.

Tava querendo prêmio por não ser otário, rapá? Não fez mais que a obriagação!

Santa capacidade

É incrível a capacidade que tem o Estado - principalmente o nosso estado, independente do partido no poder - de pegar um problema que ele mesmo causou e aumentá-lo ainda mais.


A emissão seria centralizada e a regulação seria feita por um conselho federal, com representantes dos setores de educação, cultura, Justiça, produtores, artistas, exibidores e estudantes.

Isso não tem o menor perigo de dar certo!

Esses argentinos não estão com nada

Primeiro perderam pro time B do Brasil.

Agora a Ministra da Economia renuncia (renuncia!) porque encontraram uma mixaria de US$60.000 no banheiro do seu gabinete.

Perderam pra gente de novo! E de goleada!

Sobre as vaias

Muita gente bem-intencionada acredita que as vaias foram fora de hora e lugar. Convém lembrar que aplausos, mesmo os falsos ou os obtidos via intimidação "podem e serão usados contra você no tribunal".


Ó que povo educadinho
Ó que povo educadinho


Como bem lembrou alguém - lamento, não lembro onde li isso - estamos falando de alguém cuja equipe editou um vídeo a fim de fazer crer que eram para o Apedeuta aplausos que na verdade eram para o Kofi Anan. Prefiro passar por grosso mal-educado do que servir de figurante para o showzinho desses oportunistas.

Humor Matinal

Suporte técnico na antigüidade:

Sempre à espreita

Este lamentável episódio da Peugeot mostra como estão enganados aqueles que acreditam que a mera existência de empresas privadas caracteriza um regime livre. Muitos não verão nesse episódio nada demais. Alguns chamarão de paranóico qualquer um que veja nisso sinais graves de intromissão estatal na liberdade de expressão.

Tem uma galerinha por aí, daquele tipo "não sou de esquerda nem de direita, muito pelo contrário" que tem o comportamento daqueles judeus que, com o nazismo batendo à sua porta, achavam que tal monstruosidade era grande demais, complexa demais para acontecer. Coisa de paranóicos. Uma variante do mais comum tipo que se vê por aí: aquele para o qual o que não se compreende, não existe. O semi-culto.

Os paranóicos fugiram e muitos sobreviveram. Os descolados, bem... Isso é história muito conhecida.

Não importa quantos livros você possa enumerar. Não importa quantos autores você consiga citar de cabeça. Se toda essa leitura, em vez de ter aberto sua mente, apenas serviu como uma válvula de escape da realidade, você não difere muito de um espectador do Zorra Total.

Se, depois de tomar conhecimento de tudo que a humanidade já fez de brutal, você insiste em sequer considerar a possibilidade de isso voltar a ocorrer, mesmo quando se depara com sintomas idênticos, toda sua leitura foi tão útil quanto se você tivesse lido Caras.

A ditadura perfeita

É aquela onde a adesão ao governo é quase que voluntária. Atendendo a um pedido da presidência da República, a montadora Peugeot retirou do ar este comercial que a Internet vai imortalizar (maldita Internet, né PT?):



Bem, a mim como consumidor só resta não comprar mais carros Peugeot (e eu estava de fato namorando um). Sei que é uma atitude isolada que não vai abalar nada as finanças da empresa, mas e daí?

Só falta a presidência mandar tirar o Youtube do ar por causa do vídeo.

15 julho 2007

Baba-ovo

O sinal da NET caiu e tive que assistir alguns minutos do jogo Brasil x Argentina na Band, pois é o canal aberto que tem o melhor sinal aqui em casa. O narrador era Luciano do Vale que, em determinado momento, disse (citando de cabeça):

"O mundo todo está escandalizado com o que aconteceu com o o Sr., presidente. Nós prestamos a nossa solidariedade. Sabemos que o Sr. tem preferência por este canal nas transmissões."

Certamente ele estava se referindo às vaias que tomaram conta do Maraca na abertura do Pan.

A Band defendendo o leite das crianças... Isso a petralhada deve achar que foi manifestação de apoio espontânea.

Felizmente o sinal da NET voltou logo depois e eu pude "sartar" fora daquele canal!

E tome Pan!

Lamentável a cobertura dos canais SporTV. Tá difícil de ver uma transmissão sem uma bobagem dita por um dos narradores ou comentaristas:

1) Maratona aquática masculina: narrador e comentarista passaram a prova toda chamando o nadador americano de venezuleano.

2) Ginástica feminina: narrador e comentarista narraram uma apresentação como se fosse ao vivo quando a imagem que eles tinham havia sido gravada minutos antes. O detalhe é que eles estavam no ginásio!

3) Triatlo masculino: narrador e comentarista fizeram graça da tática do americano Andy Potts que, durante um trecho da prova de ciclismo, não participou do pelotão de revezamento. Disseram que o americano estava cometendo suicídio. Resultado: Andy Potts ganhou a medalha de ouro chegando no final da prova de corrida a nada menos que 22Km/h.

Outra coisa chata é o desinteresse por qualquer coisa que não tenha brasileiros envolvidos. Ontem uma americana obteve altíssima nota na trave e sua apresentação não foi exibida. Narrador e comentarista ficaram comentando as imagens das exibições das brasileiras, mostradas repetidas vezes.

Mostra-se uma premiação e, assim que o brasileiro recebe sua medalha de bronze, nego corta as imagens sem mostrar a premiação dos demais atletas.

Entendo que se priorize a exibição das provas com brasileiros - afinal, estamos no Brasil - mas o SporTV está transmitndo através de três canais. Não é possível que não haja janela para exibir a apresentação dos melhores atletas.

Eu não sou povo

Certamente eu não faço parte do grupo dos "cavalcantes" e nem dos "calvagados" mas não sabia que isso iria me excluir da categorização "povo".


No vôo de volta a Brasília, integrantes do primeiro escalão do governo levantaram duas hipóteses para as vaias. A primeira delas foi o fato de boa parte do público ser de classe média, um segmento tradicionalmente mais hostil ao governo Lula - parte dos ingressos custava até R$ 250. Um graduado assessor chegou a comentar que não havia "povo" na arquibancada.

Bom, eu não estive na abertura do Pan e jamais me perdoarei por ter perdido a chance de vaiar o Apedeuta, mas já que estou excluído da categoria "povo" será que posso me abster também das suas obrigações, tipo pagar impostos?

Claro que a pergunta é meramente retórica.

13 julho 2007

12 julho 2007

Intrigante

Não é engraçado como alguns simpatizantes da esquerda - que em tese prega a igualdade - são os primeiros a usarem o argumento "quem é você para falar do fulano?" quando a gente contesta as palavras de um medalhão?

Eu só faço porque preciso

Não é a primeira vez que eu ouço este tipo de argumento:

- O preço dos ingressos hoje é tão absurdo que eu me vejo obrigado a usar a carteira de estudante. Se eu não fizer isso, meu padrão de vida não vai me permitir ir ao cinema e, muito menos a shows, que hoje custam R$ 150. Para quem tem família, não dá. Eu lembro da época em que o cinema era acessível. Hoje, é proibitivo - diz o advogado E., 31 anos, formado desde 1999 e que admite usar carteiras de estudante fraudulentas desde 2005.

Deveriam mudar o lema da bandeira brasileira para "NÃO É MINHA CULPA".

Na canela!

Dificilmente se encontrará, hoje em dia, nos países livres, uma associação que se pretenda representativa da população universitária e seja tão submissa a um chefe de governo, tão pelega como esta peculiar organização de jovens destituídos de espinha dorsal. Deles se pode dizer que, se são loucos, não rasgam nota de mil. No mais, o furor de suas divergências, quando existem, lembra a arguta observação de que, em qualquer instituição, as disputas tendem a se radicalizar tanto mais quanto menor for a relevância do que, a rigor, está em jogo. O que a UNE apóia ou condena não faz a menor diferença para a imensa maioria dos seus supostos representados, que dirá da sociedade em geral.

Editorial do Estado sobre essa excrescência chamada UNE.

11 julho 2007

House

Vi esse episódio na semana passada e a reprise do Domingo (Canal Universal, Quinta, 23:00 com reprise no Sábado às 19:00 e Domingo às 18:00, creio). Quero compartilhar com vocês...

08 julho 2007

Eu apóio o Kramer

Go Kramer! Go Kramer!


Pronto! Lancei minha campanha!

Sobre o Congo

Bem, sobre o tal incidente internacional, seria engraçado se uma dessas coisas acontecesse:

1) Algum representante do Congo se manifestar exigindo explicações sobre o porquê da comparação feita pelo gringo ser ofensiva. Quero ver nego sair dessa sem ser politicamente incorreto.

2) O Congo exigir retratação dos EUA por ter se sentido ofendido com a comparação.

Bem, talvez o pessoal no Congo tenha algo mais importante para fazer na vida.

Serviço de utilidade pública mundial

No site do Paulo, vi que mais um ataque dos imperialistas contra nossa auto-estima (eles devem estar se pelando de medo do Brasil que vem aí!) resultou num mini-bundalelê internacional.

Muitos estrangeiros - ignorância é um problema mundial, minha gente - não sabem que um dos mais valorizados e protegidos patrimônios nacionais é a nossa auto-estima. Faça um estrangeiro o que quiser por aqui, roube, seqüestre, transe com nossas crianças, use o país como esconderijo, enfim, o diabo!, mas nunca, eu disse NUNCA, fale mal do Brasil e, principalmente, do Rio de Janeiro (na verdade, para muitos cariocas, Brasil e Rio de Janeiro dão no mesmo).

Cidadão consciente dos meus deveres para com os irmãos do planeta, resolvi elaborar um pequeno, mas muito útil, guia do viajante para o Brasil. Este guia tem por objetivo tornar o visitante uma pessoa mais simpática aos olhos dos nativos, o que pode tornar a estada no Bananão menos sofrida, digo, mais prazerosa.

Em breve articularei meus contatos no Ministério do Turismo para que tenhamos o guia impresso e distribuído nas principais línguas do planeta. Vamos a ele:


DA VIAGEM

1. Dependendo do local onde o turista embarca rumo ao Brasil, ele pode se ver diante da espécie mais aterradora que existe sobre o planeta: o brasileiro-mirim. Se o vôo vier de Miami e em época de férias escolares, é batata! Mas não se desespere, já é uma boa chance de ir treinando o principal atributo para suportar a estada no Bananão: a paciência. Se um brasileiro-mirim estiver sentado atrás da sua poltrona, será treinamento intensivo!

Um pouco de compreensão é necessária. O brasileiro-mirim é um animalzinho criado em cativeiro sem adestramento. Quando se vêem em espaços amplos e sem grades, tendem a surtar e sair correndo para tudo que é lado, gritando feito loucos.

Dica: nunca exija dos pais do pimpolho que eles o disciplinem! Isso é uma ofensa inimaginável para um brasileiro. O comportamento recomendado é sorrir para os pais e dizer "criança é assim mesmo..." num tom próximo ao de um pedido de desculpas envergonhado. Se o viajante resolver ignorar esta recomendação e reclamar, certamente se tornará o pária do avião, ouvindo comentários do tipo "estressaaaado..." ou "é coisa de gringo, é tudo arrogante!"

2. Durante a viagem é possível que sente do lado do viajante um brazuca daqueles ferrenhos. Para este, tudo que há no Brasil é melhor do mundo e o brasileiro é o povo mais marvilhoso do mundo que reúne qualidades somente encontradas em divindades gregas e, mesmo assim,,nunca ao mesmo tempo. Este tipo não se cansa de usar estereótipos e clichês para sustentar seu ponto de vista e também não prima pela gentileza. Ele é capaz de esculachar a cidade natal de um gringo ao compará-la com uma do Brasil, mas tudo sem maldade claro!

Dica: nunca questione um estereótipo cuspido por um brasileiro! Não importa quão absurdo ele pareça e nem quantos dados você tenha que o desminta. Aliás, NUNCA conteste estereótipos com dados, isso é visto por aqui como gravíssima demonstração de arrogância. Tudo que o viajante tem que fazer é balançar a cabeça afirmativamente e dizer "humm-humm" como se aprovasse os absurdos que está ouvindo. Se o fizer, certamente o brazuca ira dizer para os amigos depois que viajou com um gringo tão maneiro que até reconhece quão superior o Brasil é ao lugar de onde veio.


DA CHEGADA

Ao chegar no aeorporto o turista terá o primeiro contato com nossa mais cultivada instituição: a otoridadi. É fundamental que o viajante desenvolva o olhar humilde para quando se dirigir a uma otoridadi, principalmente se for uma otoridai federal. Aqui no Brasil, "federal" é adjetivo que designa qualidade, importância, relevância. "- Cara, esse carro é federal!"siginifica que o carro é excelente, muito bom."-Putz, estou com uma dor de cabeça federal!" significa que a dor de cabeça é muito forte.


DA ESTADA

Agumas dicas de comportamento que facilitarão a aquisição de novas amizades no Brasil. Primeiro vamos definir amizade. No Rio de Janeiro, amigo é qualquer pessoa que você saiba o primeiro nome. Se souber o nome todo é amigo mais chegado. Se souber qualquer outro detalhe, é amigo íntimo. O brasileiro mais fraquinho no Orkut tem 986543212345678909876543 amigos.

Dica: cidades como o Rio de Janeiro não são reconhecidas pela qualidade do serviço. Mas não convém reclamar. O lance é embarcar nessa e passar a chamar serviço merda de serviço despojado ou casual. Se um brasileiro te levar no point da cidade e você achar o lugar uma titica, procure encher a cara. Ajuda bastante a mudar os parâmetros de qualidade. Não faça comentários esnobes e deselegantes tipo: "que lugar fedorento!", "tem uma baratona na mesa!", "o frango está cru!", "o copo está sujo!" ou "dá para me atender ou está difícil?" Quando o brazuca te perguntar do que achou do lugar, sorria e fale "Que exótico! Na minha terra não dessas coisas..."

Dica: ao andar pelas ruas do Rio de Janeiro alguns cuidados são necessários: (A) evite exibir objetos de valor tipo qualquer coisa que possa ser arrancado de você, (B) evite sandálias abertas, pois nossas ruas não famosas pela sua limpeza. (C) aprenda a dizer "não tenho trocado" que é a desculpa usada por ricos, remediados e pobres para não dar esmola para os 98765433456789 de pedintes que encontram diariamente nas ruas. Se algum brazuca, sabe-se lá o porquê, se mostrar envergonhado com algum desses detalhes, use a mentira que mais gostamos para confortá-lo: "-Cara, isso acontece em todas as grandes cidades do mundo!"

Dica: no Rio, quando for a uma de nossas praias recomenda-se um cuidado a mais (além de não levar nada de valor, ou seja qualquer coisa que possa ser arrancada de você): tome todas as vacinas que puder! Há uma crença entre os nativos de que na cidade do Rio estão as mais belas praias do mundo, com destaque para Copabacana. Quando você finalmente estiver frente a frente com a "Princezinha do Mar", evite ficar perto das línguas negras (esgoto lançado nas areias em direção ao mar) por motivos óbvios. Quando um carioca perguntar "-É ou não é a coisa mais linda que você já viu?" jamais responda "Tá maluco?!" pois isso fará de você o inimigo público número um! Para sair dessa sem mentir mas sem ofender a alma carioca basta dizer "Nunca vi igual na minha vida!"

Dica: em algum momento da sua estada no Brasil, alguém perguntará o que você está achando do brasileiro. Não importa que você só tenha conhecido uns poucos pontos turísticos da cidade e se relacionado com uma meia dúzia de gatos pingados nativos. Ele não quer uma análise aprofundada da nossa cultura e do nosso jeito de ser, ele apenas quer a sua aprovação. Tudo que você precisa dizer para se transformar no "gringo gente boa bagaray" é "-Que povo maravilhoso!". Certamente você ganhará ainda mais pontos se disser coisas como "-Sinto falta dessa energia, desse calor humano no lugar de onde venho!" ou "Me dá vontade de largar tudo e morar aqui!". Claro que nada disso impedirá que brasileiros enrolem você na intenção de faturar uns trocados. Amigos, amigos. Negócios à parte.

Por enquanto é só. Não posso divulgar mais senão alguém rouba minha idéia e perco a chance de obter patrocínio do Ministério do Turismo.

Update: se, em uma eventualidade, você for vítima de um raro ataque de criminosos e acabar se ferindo, não saia do país esbravejando "-Que selva! Não volto aqui nunca mais!" Além de atrair antipatia das otoridadis e dos nativos, seu país se tornará alvo da nossa zelosa imprensa que usará algum evento recente de tragédia para mostrar que os selvagens são vocês: "Americano, em cujo país trucidam-se crianças nas escolas diariamente, diz que não volta mais ao Brasil. Já vai tarde!" A resposta correta, neste caso, é "-Ora, isso acontece em toda grande cidade do mundo e não mudará minha opinião sobre o país. É claro que nas próximas férias considerarei a alternativa de voltar aqui."

Raised by the tube

Ontem eu e minha esposa estávamos conversando sobre como é comum conversar com pessoas paras as quais a principal fonte de informação é a TV (ainda!!). Raramente vemos alguém afirmando que leu algo num livro ou - afinal estamos no século XXI, diabos! - num web site. As referências são sempre a programas de televisão. Aí eu leio isso hoje no site do Reinaldão (não tenho o texto todo porque não sou assinante):

Os universitários brasileiros, na maioria das áreas, lêem menos de dois livros por ano, informam-se principalmente pela televisão, não falam inglês e consideram que o curso poderia ter exigido mais deles.

E fico realmente bolado... Não sei como é nos demais países da AL mas isso explica a gana dos aspirantes a tirano em tomar o controle das emissoras de TV (RCTV, Globo, etc...).

O mesmo Reinaldão tem uma teoria sobre a seletiva preocupação do governo federal com a integridade física e psicológica das crianças. Ele crê que o governo quer dobrar a maior emissora do país cortando o fluxo de grana. E eu digo: who cares? I don't. Somente sintonizo na Globo por um motivo: futebol. E duvido que isso sofra alguma interferência governamental.

Não há nada de ruim que o governo possa forçar a Globo a fazer que ela já não faça espontaneamente. Bem, há sim, mas foda-se! Um pouquinho de socialismo real pode fazer bem ao homem cordial. Ou pode fazer mal, mas foda-se!

Como diz o ditado, quero mais é que o mar pegue fogo para eu comer peixe frito...

Evoluindo... Ou não!

Faz algum tempo escrevi sobre uma bobagem escrita no portal G1 que atribuía a uma necessidade evolutiva o fatos dos filhotes serem fofos. É duro de crer que alguém escreva uma idiotice desta, né? Veja com seus próprios olhos então...

Mais recentemente, escrevi sobre cientistas-pop.

Nunca parei para encadear a ocorrência de tantas teorias motivadas por fatores evolutivos, mas Fred tem um bom argumento:

Oh god, the endless, thumping, hope-draining, drab, repetitive soul-crushing tiresomeness of it. I find in Psychology Today a piece called “Ten Politically Incorrect Truths about Human Nature,” explaining various aspects of behavior in Darwinian terms.* The smugness of that “politically incorrect” is characteristic of those who want a sense of adventure without risk. Nothing is more PC than an evolutionary explanation, unless it explains obvious racial differences that we aren’t supposed to talk about.

E não é que faz sentido? Nada é mais politicamente correto atualmente que atribuir qualquer característica humana (ou não) à evolução. Por mais idiota que seja a teoria, ninguém irá contestá-lo (publicamente, pelo menos) com medo de receber na testa o rótulo de obscurantista. Quando li a estúpida reportagem sobre os filhotes não imaginei que fosse parte de algo maior. Achei que o autor era original na sua tolice.

05 julho 2007

Flip

Nesta edição da FLIP estão "homenageando" Nelson Rodrigues. Com frases como esta:

"Nelson Rodrigues detonou, destruiu os valores da família brasileira."

"Nelson Rodrigues, de maldito e imoral a homenageado."

Ah, se ele estivesse vivo... Os "idiotas fundamentais" que abundam nestas feiras literárias iriam passar maus momentos.

03 julho 2007

Ele

Uns posts atrás falei que ia tentar escrever sobre como lido com o Cara lá de cima.

Bem, de início vale dizer que não sou praticante de nenhuma religião e nem mesmo, como a maioria dos brazucas, católico por default.

Começando por Ele: tenho a incapacidade de assimilar tal conceito. Sei que, por definição, Ele é incompreensível para nós, mas eu tenho essa necessidade de compreender ou pelo menos captar levemente os conceitos fundamentam alguma coisa. Não consigo simplesmente aceitar a existência de algo onipotente e onisciente. Não espero ter nenhuma resposta consistente nesta vida, então só me restam dois caminhos: a aceitação pela fé ou o velho é bom "se eu não entendo é porque não existe". Ultimamente me situo em algum lugar entre esses dois extremos, pendendo mais para o primeiro.

O surgimento da vida, tal e qual a ciência-pop: trata-se de outro conceito que eu não consigo aceitar. Tenho grande curiosidade pelo funcionamento do corpo humano e sempre que descubro como funciona um pedaço de nós, a compleixadade dos mecanismos que formam nosso corpo, só uma coisa vem à minha cabeça: isso tudo não pode ter surgido após mutações aleatórias.

Alguns biólogos fizeram as contas (é, nem todo cientista é pop) da probalilidade matemática de, um milhar de enzimas se unirem aletoriamente para formar uma única célula viva: 10 elevado a 1000 contra 1.

O tempo necessário para que uma agregação de nucleotídeos reusltasse, aleatoriamente, numa molécula de ARN utilizável seria de 10 elevado a 15 anos, valor 100.000 vezes maior que a idade total do Universo.

Outra explicação que não faz sentido, para mim, do ponto de vista biológico é quando alguém diz que um determinado organismo evoluiu para se adaptar a uma situação externa. Por exemplo, "o peixe xpto desenvolveu a capacidade de emitir luz por viver em águas profundas onde a luz do Sol não chega." Este tipo de explicação é comum em programas de ciência-pop. Ora, procurem analisar o que está por trás disso, desde a consciência do peixe da existência do problema ("opa! preciso de luz!") até a capacidade dele transmitir essa necessidade ao seu próprio organismo e modificar a sua própria estrutura! A explicação dada para este fato é de que, na verdade, o que ocorrem são milhões de mutações que ocorrem aleatoriamente até que uma que gere um peixe que emana luz se estabeleça. Ok, acietável, mas aí precisamos de provas. Caso contrário precisarei de algo para acreditar nisso: fé.

Tão incompreensível para mim quanto um ser capaz de criar isso tudo que está aí é imaginar uma cadeia de acontecimentos aleatórios que obtivesse o mesmo resultado. Tenho plena consciência de que vou morrer sem resolver este dilema e isso nem me aflige tanto assim. Seria fácil adotar o lado daqueles que fazem mais barulho e que estão por cima hoje, a ciência-pop. Isso pouparia um monte de trabalho e ainda daria para tirar uma onda de iluminista em vez de fleratar com o rótulo de obscurantinsta. Mas não tenho a menor vocação para membro de rebanho, seja ele conduzido por pastores, seja por pseudo-cientistas.

Meu conforto é que existe gente ralando, e muito, para descobrir isso tudo sem se preocupar se no final da linha encontrarão o acaso ou Deus.

Dropping the bar

Existe uma expressão em inglês, "raising the bar", que expressa um aumento de qualidade que força os concorrentes a acompanharem para não ficar para trás. Deve ser uma alusão ao salto em altura...

Vivendo no Bananão, tenho a impressão é que fazemos justamente o contrário!

We drop the fucking bar day after day!

É incrível como a cada dia que passa vamos dando status de maravilhoso a coisas que no passado receberiam, com muita boa vontade, o status de medíocres.

Essa cantora, no meu tempo de garoto quando eu curtia o tal BRock, já era considerada fraquinha, fraquinha. Faz pouco tempo, durante uma zapeada, tive o desprazer de ver alguns segundos de um show acústico seu. Coisa terrível, constrangedora.

E vendo os comentários no jornal, leio gente dizendo que ela é uma excelente cantora!

O exemplo é tolo, eu sei, mas repare como essa mentalidade vai se espalhando para outros setores, sendo o mais preocupante a educação.

Será que trocamos a lei do menor esforço pela lei do nenhum esforço?

Será que enterramos de vez o mérito, a qualidade e a excelência?

Claro que estas perguntas são meramente retóricas...

01 julho 2007

Estou pasmo!

Pílula gera comportamento de risco entre os adolescentes

Em um pequeno comprimido, recheado por altas doses de hormônio, meninos e meninas enxergam a chance de remediar o que aprontaram depois das baladas. Mas o mesmo medicamento que afasta a chance de entrar para o grupo de pais adolescentes também pode abrir as portas do comportamento de risco. A pílula tinha sido elaborada apenas para um eventual 'dia seguinte' de falta de proteção sexual. O atual consumo errado da cápsula provoca uma overdose de problemas para 'todo o sempre'.

Quando chegou ao mercado farmacêutico, em 1999, a missão da pílula do dia seguinte era ser o último recurso de quem foi vítima de estupro, de uma camisinha furada ou esqueceu de tomar um comprimido da cartela de anticoncepcional . Oito anos depois do aparecimento, o mau uso desse recurso virou vilão. Uma pesquisa realizada pelo Programa Estadual da Saúde do Adolescente revelou que, de cada 10 meninas que recorrem à pílula, seis não usaram nenhum tipo de prevenção na hora do sexo.

Claro que, por essas bandas, alertar para o risco do surgimento deste tipo de comportamento de risco quando se faz apologia do sexo para adolescentes é motivo suficiente para colocar alguém no grupo maldito dos conservadores.

Ai, ai, ai...

Mais uma manifestação patética, meu Deus!

Quando é que o Rio vai acordar para o fato de que a Paz somente virá quando ganharmos a Guerra?

Quando inventarem uma campanha cujo bordão seja inspirado em algo parecido com "Don't mess with Texas" eu serei o primeiro a apoiar. Até lá, parem de encher meu saco com abraços, flores, shows, etc.

Epa!

Sou da turma do Epa!

"O mundo se divide em dois tipos de pessoas: as que gritam Oba! e as que exclamam Epa!". Quem disse isso? Demócrito? Santo Agostinho? Leibniz? Nietzsche? Nenhum deles: foi Ivan Lessa, no Pasquim. A frase resume tudo o que conseguimos aprender até hoje sobre o ser humano. De acordo com Ivan Lessa, os Oba! são otimistas, alegres, aproveitadores, oportunistas, barulhentos e donos de um caráter flexível. Os Epa!, por outro lado, são censuradores, precavidos, desconfiados, facilmente escandalizáveis, dotados de um caráter rígido e de pouquíssimo senso de humor.

Mórreu

O NoMínimo "mórreu".

Ele já constou aqui da minha lista de sites por um tempo, mas depois resolvi tirá-lo. O fiz porque (A) achava a esmagadora maioria dos escritores de lá medianos e (B) achava uma boa parte dos escritores de lá idiotas mesmo. Um em particular escreveu isso no seu novo site: "A pedofilia faz parte da cultura institucional da Igreja." Apesar de não ser católico, não vou aturar alguém empurrar uma asneira dessas minha goela abaixo porque discorda do catolicismo. Isso é uma ofensa à inteligência dos seus leitores.

Não tenho vocação para rebanho de pastor progressista.

Minhas visitas ao NoMínimo se reduziram a uns cliques eventuais em momentos de tédio para rir um pouco do conteúdo das caixas de comentários. Não sei se o tipo de visitante que eu era seria suficiente para tornar um site viável comercialmente.