Recentemente vi um programa de TV onde um médico negro reclamava com o colega branco do favorecimento que recebia por parte das pessoas por ser negro.
Ele ficava perdido sem saber se tinha conseguido as coisas por mérito ou por ser negro.
Lamentavelmente este é o tipo de discussão que não veremos por aqui nos meios de comunicação de massa tão cedo. Foi um episódio da série americana Scrubs.
Esse tipo de discussão - sobre os princípios que movem as coisas - é saudável e torço para que chegue aqui na selva. Enquanto não chega continuaremos fingindo que pensamos enquanto nada mais fazemos que reagir, como cães adestrados, a um conjunto de símbolos pré-definidos.
Por exemplo, todos ficamos cá horrorizados - com razão, claro! - com esse grupo de cantores (ver "Ódio branco se alastra pela música americana") que enaltecem o nazismo e pregam o ódio racial. Mas espere um momento: muito, mas muito antes os rappers cantavam músicas pregando o assassinato de policiais e o estupro de vadias brancas e nunca vi nenhuma voz por aqui dizendo que suas - aham - músicas eram algo "bizarro" ou "desprezível".
Se fôssemos usar a "lógica" que a esquerda tanto gosta, poderíamos até dizer que essa manifestação de ódio branco é apenas uma reação a uma manifestação de ódio negro que aconteceu primeiro. Ou apenas os negros podem se rebelar e os brancos têm que aturar tudo candidamente?
Viver num país com liberdade de expressão quase que total tem esses benefícios: a política não dita o rumo da gritaria e todos podem falar suas asneiras. Aqui na selva (Thank you! Thank you!) os negros podem falar o que quiserem sobre os brancos e nada, absolutamente nada acontece. Basta um branquinho "mijar fora do pinico" para governo e opinião pública cairem de pau em cima do racsita, imundo e desgraçado.