A postura mais contida veio em boa hora. A sensualidade algo exagerada das campanhas afastava clientes mais conservadoras. Para outras, deixava a percepção de que aqueles produtos estavam distantes de sua realidade - e por isso, inacessíveis. Os números mostram que a venda média por loja da rede caiu 1% em 2007 - cada uma das 1.020 unidades fatura cerca de US$ 3,6 milhões por ano. O lucro operacional diminuiu 19%, passando de US$ 958 milhões para R$ 772 milhões. Segundo relatório de Neely Tammings, analista da PiperJaffray, a empresa de lingeries termina 2008 da mesma forma que em 2007, com vendas de US$ 3,6 bilhões. A expansão chega em 2009, com receita prevista de US$ 3,9 bilhões. Para isso, a Victoria's está adotando uma postura menos focada na ditadura da magreza (e do tamanho 36) e mais na consumidora com mais curvas. Na mídia, as mulheres aparecerão mais cobertas. O material de loja vai privilegiar imagens de mulheres de roupas de algodão. Mas os desfiles anuais não acabam. "Muitas consumidoras não querem parecer sempre a mulher mais atraente do mundo. Para essas, a marca precisa vender", diz Eduardo Tomyia, diretor da BrandAnalytics.
13 julho 2008
Capitalismo contra a apelação?
O capitalismo pode agir contra a apelação? Pode, se os consumidores mandarem as mensagens corretas para as empresas: