O juiz Antonin Scalia, da Suprema Corte Americana, é um conservador escancarado, um juiz ideólogo, embora proteste contra a militância judiciária. “Get over it!” (“Superem isto!”), ele exclamou, impaciente, quando a repórter do 60 Minutes lhe perguntou recentemente se a decisão de dar a vitória a George Bush em 2000 foi política e não jurídica. O filme Recount, da HBO, que tem sido reprisado nas últimas semanas, reabriu para muitos a ferida da decisão histórica do caso Bush versus Gore que instalou George W. na Casa Banca. O filme inspirou uma recontagem das múltiplas conseqüências do voto da Suprema Corte por 5 a 4.
O trecho acima é - pasmem! - o início de um texto sobre "Sex and the City"! A baranga deve falar sobre Buxi até na hora de escrever uma receita de bolo ou fazer sua declaração de imposto de renda.
Acho que o juiz tem razão: Get over it!
Esta baranga esquerdista quase me fez ter simpatia por uma série que eu achava muy tola.
Mas quem são estas mulheres de Sex and the City? Certamente não as mulheres que conheci e conheço. Para começo de conversa, comprar sapatos de US$ 1 mil era coisa de perua alienada. Falávamos dos homens com desejo, insegurança, ressentimento e encanto, mas mulheres bem-educadas não confundiam liberação com a crassa descrição cirúrgica de cada encontro sexual. E tínhamos interesses demais para falar de homens sem parar. Conversávamos sobre o mundo ao largo e nos mobilizavam tanto o Oriente Médio quanto a próxima gravação do Caetano Veloso.
"Nos mobilizavam tanto o Oriente Médio quanto a próxima gravação do Caetano Veloso"?
Pfui! Sai pra lá, baranga!
Já que estou aqui: Manhatan Connection is sooooooooooo overrated!
