02 outubro 2006

Se cobrir é circo..

Não invejo quem ainda tente levar a sério este país.

Eu por exemplo, tomei a decisão de nunca mais participar desse verdadeiro circo que são as eleições "nestepais". Cada vez que vejo um Clodovil sendo eleito, com algo em torno de meio milhão de votos, eu tenho a certeza de que tomei a decisão correta.

Não tenho a menor pretensão de fazer desse país um lugar melhor. Primeiro, porque isso é de uma prepotência sem par, segundo porque vai contra o que eu acredito: para mim um país será tão bom quanto a média dos seus habitantes, independente de quem os governe.

Antes de pensar em ter um bom governo precisamos melhorar como gente. Quando isso acontecer, maus governos não terão moleza porque as próprias instituições encarregar-se-ão de inibi-los naturalmente.


Lamentavelmente no quesito melhoria estamos mal, muito mal.

Este gigante está na fase da estupidez auto-alimentada. A estupidez se propaga geometricamente por essas bandas. Se o país fosse uma pessoa seria um retardado. Um órgão ou outro ainda é funcional mas é incapaz de fazer o corpo parar de sujar as calças e babar.

É uma pena porque é um belo corpo e tem potencial, mas o cérebro é completamente inútil.

Sei que muitos têm filhos e que gostariam de vê-los crescendo num país desenvolvido ou pelo menos em real desenvolvimento, mas sejamos honestos: do jeito que as coisas estão, não vai rolar. O tipo de atitute que tomou conta do brasileiro atualmente é incapaz de gerar algo minimamente positivo. Acho que nunca "nestepais" se valorizou tanto a ignorância, indolência, o desrespeito e a deseducação.

Já disse e repito: o Supremo Apedeuta é a febre e não a infecção.

Estamos num nível tal de barbárie que está praticamente impossível haver uma interação social, por mais básica que seja, sem a presença de um elemento de coerção para vigiar as partes. E quando eu digo básico é básico mesmo. Por exemplo, nenhuma relação social é mais básica que o trânsito: possui um conjunto de regras simples que regem a interação de veículos entre si e destes com pedestres. No Rio, por exemplo, é necessário um guarda em cada esquina para a coisa não descambar para o caos completo.

E vou deixar de fora detalhes sórdidos como sujeira nas ruas, necessidades fisiológicas em locais públicos, etc.

Sinceramente, não sei onde o brasileiro espera chegar... Mas quando chegar, eu só gostaria de estar bem longe daqui.