23 outubro 2006

Anti-americanismo

Meu xará indicou este link com um texto muito interessante sobre anti-americanismo onde o autor faz uma análise das diversas facetas do anti-americanismo no mundo.

Tenho apenas um pequeno comentário:

Não sei se estava fora do escopo do texto ou se escapou mesmo, mas o autor não levanta a questão do anti-americanismo ser alimentado por um - ou mais - dos grupos que ele descreve ou ainda a associação de anti-americanos de grupos distintos visando a um objetivo comum: desmoralizar os Estados Unidos.

Ele faz uma boa introdução diferenciando opinião de bias (viés) mas não aborda o fato de este último poder ser cultivado por um ou mais dos grupos anti-americanos.

Cabem algumas considerações:

Não dá para analisar opinião pública, principalmente em países de terceiro mundo, onde as notícias e editoriais praticamente repetem o que é escrito pela mídia pró-Democrata (New York Times e Washington Post, principalmente). Para piorar as coisas, exatamente nestes países que os grupos definidos como anti-americanos radicais - de ideologia marxista - mais abundam.

O texto está bom para identificar os diversos grupos anti-americanos. Entretando ele deixa de lado dois fatores relevantes:

1 - A manipulação da opinião pública. Um belo exemplo dessa manipulação é o fato de Bill Clinton ser visto como um hábil negociador pacifista e George W. Bush ser visto como o senhor da guerra, quando ambos atacaram o Iraque usando exatamente os mesmos pretextos. Outro exemplo é o fato de qualquer cascudo dado num terrorista ser denunciado aos quatro cantos do mundo enquanto as barbaridades cometidas por Putin são noticiadas de modo burocrático. Façam um exercício de imaginação sobre o que aconteceria na mídia mundial se Michael Moore aparecesse assassinado como apareceu a jornalista opositora do governos russo.

2 - A cooperação entre os diversos grupos anti-americanos que, ora colaboram uns com os outros nos ataques aos Estados Unidos, ora se omitem diante de atos condenáveis de seus "colegas" e também se calam quando atitudes americanas deveriam ser apoiadas. Creio que um claro exemplo dessa cooperação é a cumplicidade entre os liberals americanos e os radicais islâmicos que, se deixados trancados numa sala, atacariam aos outros.