05 maio 2007

Tolos, doentes e canalhas

Estes são os três grupos nos quais podemos enquadrar aqueles que possuem algum tipo de relação com o socialismo e suas variantes:

1) O tolo realmente acredita na pureza e nos grandes ideais de igualdade do socialismo. A tendência é que ele sofra decepções, uma atrás da outra, por parte daqueles nos quais seu voto de confiança é depositado. Confia plenamente em tudo que seu guru atual diz e, por outro lado, desconfia produndamente daqueles nos quais ele colou o rótulo de direitista. Foi eleitor do Lula e depois, desiludido, votou na Heloísa Helena. Apesar de ser um tipo que poderia despertar uma certa simpatia, o tolo merece um certo desprezo por sua preguiça mental. Muitas das armadilhas nas quais ele cai poderiam ser evitadas com a aplicação de lógica elementar.

O tolo hoje está profundamente decepcionado com Mangabeira Unger.

2) O doente é aquele que, diante de um escândalo sem explicações proporcionado por um companheiro, é capaz de encontrar alguma explicação, geralmente envolvendo uma conspiração da direita, para o fato. No fundo de sua alma já descobriu que o socialismo não passa de um lixo ideológico mas seu consciente se recusa a admitir isso. Por isso é capaz de racionalizar cada uma das atrocidades cometidas pelos seus pares. Talvez porque a alma humana não seja programada para suportar tanta baixeza sem se rebelar, quanto mais o socialismo e seus agentes se mostram podres, mais feroz são as reações do doente contra seus inimigos (direita, conservadores, capitalismo, etc.).

O doente hoje acredita que Mangabeira Unger foi iludido pela imprensa anti-Lula quando escreveu seu artigo esculachando o governo. Quando descobriu quão maravilhoso está sendo o governo, ele retirou do ar o tal artigo e aceitou um cargo no governo.

3) O canalha sabe que o socialismo é uma merda. Ele nem de longe gostaria de viver, se fosse um cidadão comum, num lugar onde o regime fosse socialista. Ele gosta de viver em lugares onde o maldito capitalismo transborda. Mas ele sabe que a quantidade de tolos (1) e doentes (2) é grande e que são grupos facilmente manipuláveis através de discursos ocos e sem muita profundidade intelectual. Ele sabe que basta demonizar o capital, o lucro, a propriedade e principalmente os Estados Unidos, além de falar meia-dúzia de bobagens enaltecendo o pobre, o trabalhador e - atualmente - os negros, para que milhões e milhões de votos sejam depositados em seu nome, ou que milhares ou milhões de reais caiam em seus bolsos. Sempre que um canalha faz de suas canalhices ele conta com a ajuda de outros canalhas e alguns doentes na mídia para manter os tolos iludidos e fornecer, aos demais doentes, teorias estapafúrdias para que estes racionalizem sua insanidade.

Não precisa ser muito perspicaz para encontrar o(s) canalha(s) no episódio da SEALOPRA.