01 maio 2007

No meu não, pô!

Ainda estou me recuperando das boas gargalhadas que dei com a colunista de economia do Globo na edição de hoje (dica do Nemerson). A - com o perdão da má palavra - jornalista, quando descobriu que também era alvo da voracidade tributária do governo federal, subitamente mudou de opinião quanto a tal emenda 3.

Entendo sua revolta. Muitos profissionais atualmente buscam contratos do tipo PJ para fugir da pesada carga tributária que esmaga empregadores e empregados nestepaís. É um trato que, no final das contas, fica bom para todo mundo menos para o governo. Entendo também que a - novamente peço perdão - jornalista acredite, junto com "artistas e intelectuais", pertencer a uma casta superior que não deveria ser penalizada com impostos tão pesados (um cara malvado diria que ela pensa "puxa, logo nós que damos a maior força para o governo!", mas eu não sou malvado).

Assim é a vida no Bananão: o povo tem chance de escapar apenas das investidas do governo que também atingem a elite. Eu digo a verdadeira elite, como a senhora colunista e seus amiguinhos "artistas e intelectuais". Nós, por outro lado, somos a zelite, entidade maligna a ser esmagada pelas forças populares.