Este post do Jorge Nobre me faz lembrar outra teoria (já perceberam que sou cheio das teorias, né?) sobre como nossas elites econômicas merecem cada escândalo, cada perda de liberdade e cada centavo de imposto de hoje e provavelmente do futuro.
Atenção: a partir daqui você lerá a mais pura teoria de botequim.
Durante muitas discussões com gente "muderna" de cabeça aberta em listas de discussão, todos citavam a "nova" Rússia e a China como exemplos de que o socialismo, o comunismo ou como queiram, se foi definitivamente e que essa preocupação com "comunistas embaixo de cama" era ridícula.
Bem, a "nova" Rússia tratou logo de mostrar quão vivo estava o ideário que fundou a URSS e a veia totalitária de Putin logo botou abaixo qualquer esperança de ver naquele país sequer vestígios de capitalismo.
A China, que vem crescendo a taxas admiráveis, continua um clube fechado onde empresas associadas ao Partido Comunista tudo podem, até mesmo desapropriar residências e fazendas. Aos que não fazem parte do clube, como sempre, a lei.
E nem vou mencionar os países africanos cujas populações sofrem nas mãos de governos totalitários.
Mas para nosso beautiful people, é mais importante posar de cool diante de tudo isso. Fingir um certo desprezo por esses assuntos mundanos. Afinal de contas, se o bancos lucram e na loja da esquina vende iPod, isso é uma evidência incontestável da presença do capitalismo.
Deve haver alguma explicação psicológica, sei lá. Afinal, deve ser um incômodo insuportável para um jovem inteligente, edcucado e viajado saber que seu destino está nas mãos de um bronco como um Lula ou u Chavez.
Então, em vez de dar a devida importância ao fato, o descolado faz de conta que tudo está na mais perfeita ordem; que Lula e o PT não representam nenhum perigo, porque o risco Brasil caiu como nunca ou porque o dólar está beirando R$2,00.
Até o momento em que não dá mais para fingir. E como membro de uma boa família, que fez curso de inglês, francês, sei lá, ele se manda para os EUA ou para algum país da Europa e a vida aqui no Bananão segue seu trágico destino.