Num de seus surtos contra a religião (não entendo como um ateu pode desprender tanta energia contra algo em que não acredita) Janer Cristaldo escreveu um texto que até tem alguns bons pontos, mas este aqui:
"Só é crime o que a lei define como crime. Se a lei não define aborto como crime, então não é crime. Há quem condene o aborto em nome de um tal de direito natural, como se direito fosse algo escrito em tábuas eternas pendendo em algum desvão da eternidade. Ora, direito é construção feita por homens e cada país a erige como bem entende. As atuais objeções ao aborto são quizílias de fundamentalistas, que até hoje não aceitaram a idéia de um Estado laico. Confundem preceito moral com preceito legal e querem impor, teocraticamente, sua visão de mundo a todos os cidadãos."
Basta ler os textos do próprio Cristaldo para perceber que ele mesmo classificaria este raciocínio como, no mínimo, tosco se este não estivesse relacionado com a religião.
O Jõao Luiz Mauad fez uma boa argumentação aqui.