Semana passada acabei de ler o livro Deus e a ciência, de autoria de Jean Guitton, com a participação dos físicos (celebridades polêmicas envolvidas em confusões no meio científico) Grichka Bogdanov e Igor Bogdanov. O interessante é que não foi um combate mas um bate-papo sobre um asunto tão intrigante: de onde viemos?
Apesar de os dois físicos serem - aham - polêmicos, três afirmações feitas merecem destaque (não tenho, infelizmente, como checar os números, portanto terei que assumir que eles sabem do que estão falando):
1) Entre as constantes cosmológicas conhecidas, se uma delas, apenas uma, sofresse a mínima alteração a vida não seria possível.
2) Para que a natureza criasse, "no tato", uma agregação de nucleotídeos que conduzisse "por acaso" à elaboração de UMA ÚNICA MOLÉCULA DE ARN utilizável, seriam necessários 10 elevado a 15 anos, ou seja 100 mil vezes mais tempo que a idade estimada do universo.
3) Biólogos foram levados a calcular que a probabilidade de que um milhar de enzimas diferentes se aproximem de um modo ordenado até formar uma célula viva (ao longo de uma evolução de muitos bilhões de anos) é de 10 elevado a 1000 contra 1.