Se fôssemos anjos ou santos, creio que ambos os sistemas resultariam mais ou menos na mesma coisa: pessoas vivendo bem. Como não somos, prefiro ficar com o Liberalismo que depende menos da honestidade e caráter de quem está no poder para definir a qualidade de vida das pessoas.
No Liberalismo (ou seja, num Estado regido por normas liberais, com respeito à propriedade privada, sem a imposição de monopólios, com regras bem definidas, etc.) o pior caso é alguém não conseguir alcançar um nível de vida decente com seu trabalho ou até mesmo não conseguir trabalho.
No Socialismo, o pior caso... Bem, já tivemos URSS, Coréia do Norte, China, Vietnam e Cuba. Nestes casos, além das pessoas que não conseguiam/conseguem, por infortúnios da vida, lutar para sobreviver temos aqueles que eram/são impedidos de fazê-lo pelo Estado.
Um fenômeno que acontece em países onde o governo tributa muito sob o pretexto de fazer justiça social é a diminuição da caridade. O pensamento faz sentido: "Não dou esmolas nem ajudo instituições porque já tenho 40% da minha renda tirada pelo governo para atender os mais pobres. É obrigação do governo ajudar os mais necessitados."
Embora do ponto de vista humanitário este pensamento seja questionável, dentro do contexto de uma sociedade socialista ele é perfeitamente coerente e logicamente correto.
Como eu disse, se fôssemos todos santos certamente esses 40% iriam mesmo ser convertidos em ajuda aos mais necessitados. Lamentavelmente não é o caso.
Portanto, ser liberal é antes de tudo uma demonstração de desconfiança na natureza humana e não o contrário, como costumam dizer muitos oponentes do Liberalismo. Nunca você verá um liberal decepcionado com um governante ou com um político porque ele sabe que a natureza de um político não é, de forma alguma, superior a dos demais seres humanos.
Ser liberal é ser realista, é ver o mundo como ele é e não como gostaríamos que fosse.