31 agosto 2008
Outra vez
Mais uma vez o goleiro Fernando Henrique, por não saber sair do gol, entrega uma vitória tricolor. Quando será que o Flu terá alguém que faça justiça à tradição do clube de ter grandes goleiros?
27 agosto 2008
Tudo acaba em bunda
- Estamos aqui com a Dra. Marylin Almeida que recentemente fez uma das maiores descobertas de toda a história da humanidade. A Dra. Marylin descobriu uma espécie de portal que, distorcendo o continuum espaço-tempo, permite viagens praticamente instantâneas. Vamos ver com a Dra Marylin quais seus planos para o futuro.
- Bem, no momento estou analisando uma proposta da Playboy...
Inspirado por isso aqui.
- Bem, no momento estou analisando uma proposta da Playboy...
Inspirado por isso aqui.
26 agosto 2008
Brasileiro, esse ser estranho
"Político contrata filho para trabalhar em seu gabinete"
- Abaixo o nepotismo!
"Técnico convoca seu filho para substituir jogador afastado"
- Ah, se o cara é competente qual é o problema?
- Abaixo o nepotismo!
"Técnico convoca seu filho para substituir jogador afastado"
- Ah, se o cara é competente qual é o problema?
25 agosto 2008
24 agosto 2008
Assim é mole
Esta (não sei se o quadro é daqueles conteúdos variáves. Portanto, não sei se ele estará ainda lá, no canto direito inferior da página, caso você clique na imagem) é a idéia que os "abeiros" têm de "dar apoio". Ora bolas, depois que o time se torna vencedor é mole sair na foto ou gritar "Eeoooo sô brasileirooo..."
Longe de mim querer que o Brasil se torne uma China como ouvi muitos jornalistas - quem mais? - esportivos sugerirem. Prefiro essas minguadas medalhinhas a ter uma fábrica de atletas praticamente escravos como a China.
Essa você não sabia
Se você não é um admirador de esportes em geral, ao ouvir o nome Jade Barbosa deve vir logo à sua cabeça uma palavra: chorona.
A partir de hoje, porém, você pode adicionar mais algumas: fora de série.
Este é um breve trecho do currículo da fenomenal ginasta americana Shawn Johnson:
Ou seja: a menina é capaz de fazer algo que somente ela e mais duas ginastas fazem em todo o mundo e tudo que nossa imprensa esportiva sabe destacar é o fato dela chorar acima da média.
A partir de hoje, porém, você pode adicionar mais algumas: fora de série.
Este é um breve trecho do currículo da fenomenal ginasta americana Shawn Johnson:
Shawn has completed a 2.5-twisting Yurchenko, does a standing full (back flip with a full twist) on beam, and a tucked double-double (two flips with two twists) on floor. Shawn is probably the only athlete in the world to have three "G" level elements on three events. (In the code of points, skills are arranged in different levels, "A" skills being basic skills, "G" skills being the most difficult elements. No element has been given above a "G" rating in the Code of Points to date.) On bars, her double twisting double layout dismount is her "G" element, on beam, it's her full twisting double tuck dismount, and on floor it's her tucked double twisting double tumbling pass. On vault she is one of only three women in the world, the other two being Jade Barbosa (Brazil) and Cheng Fei (China), to complete a 2 1/2 twisting layout Yurchenko.
Ou seja: a menina é capaz de fazer algo que somente ela e mais duas ginastas fazem em todo o mundo e tudo que nossa imprensa esportiva sabe destacar é o fato dela chorar acima da média.
Eeeeeo sô brasileirooooo
Trecho de uma entrevista do judoca Eduardo Santos:
Sabe qual é o valor que ele teria que pagar?
R$1.500,00
Por extenso: um mil e quinhentos reais.
Repetindo: UM MIL E QUINHENTOS REAIS!
Ou seja, neste país maravilhoso onde todos são "brasileiros com muito orgulho, com muito amor", um atleta de nível olímpico não foi capaz de encontrar uma empresa interessada em patrocinar essa pequena fortuna. Enquanto isso a Carol Castro faz tarde de autógrafos na LIVRARIA Saraiva.
Alguns dos atletas brasileiros podem até ser "amarelões", mas para representar esse bordel está mais do que bom.
“Eu passei para a faixa marrom com 13, 14 anos e fiquei por dez anos. Era muito caro para pagar o teste para faixa preta”
Sabe qual é o valor que ele teria que pagar?
R$1.500,00
Por extenso: um mil e quinhentos reais.
Repetindo: UM MIL E QUINHENTOS REAIS!
Ou seja, neste país maravilhoso onde todos são "brasileiros com muito orgulho, com muito amor", um atleta de nível olímpico não foi capaz de encontrar uma empresa interessada em patrocinar essa pequena fortuna. Enquanto isso a Carol Castro faz tarde de autógrafos na LIVRARIA Saraiva.
Alguns dos atletas brasileiros podem até ser "amarelões", mas para representar esse bordel está mais do que bom.
23 agosto 2008
What the hell?
Isso deve ser o que narradores e comentaristas estrangeiros devem dizer ao ver o Galvão Bueno transmitindo um jogo do Brasil. Aqui, para nosso azar, ele virou referência na "catigoria":
- Hmm, esse narrador é muito bom.
- De fato. Eu diria que ele é 7,83 na escala Galvão Bueno.
- Ah, ele não é tão bom assim...
- Hmm, esse narrador é muito bom.
- De fato. Eu diria que ele é 7,83 na escala Galvão Bueno.
- Ah, ele não é tão bom assim...
Viajar
Concordo com Janer, viajar é comparar.
Eu, particularmente, gosto de viajar para ver civlização, riqueza, progresso. Voltar depois para o Bananão é doloroso, mas a experiência toda, para quem se livrou das imbecilidades que nos foram ensinadas na escola, é gratificante.
Viajar é comparar. Em cada viagem, carregamos nosso passado como uma mochila nas costas. Não adianta tentar fugir disto. Não que eu veja o mundo como brasileiro. Vivi em outros países e tenho outros parâmetros de comparação. Mas sempre fazem parte de meu passado. Por que despir-me do que vivi? Para entender porque os chineses matam suas filhas? Para entender porque os muçulmanos cortam o clitóris e costuram a vagina de suas crianças? Para entender porque os indianos queimam as viúvas? Thubron que me desculpe. São coisas que não entendo e jamais entenderei. Ocidental, não refuto minha herança. Para viajar, não me dispo. Porto minha cultura e dela não me envergonho. Nas declarações de Thubron há um manifesto repúdio ao Ocidente que o abriga, sustenta e publica seus livros. Conheço a raça. Vivem em Paris ou Londres, mas sempre sonham com Benares ou Calcutá. Claro que jamais viverão lá. Mas sempre proclamam que viver lá é melhor.
Eu, particularmente, gosto de viajar para ver civlização, riqueza, progresso. Voltar depois para o Bananão é doloroso, mas a experiência toda, para quem se livrou das imbecilidades que nos foram ensinadas na escola, é gratificante.
Lucky whores!
Pergunta do narrador do SporTV, ao comentarista, durante a transmissão da final do basquete feminino:
- Nos últimos quatorze jogos, os EUA ganharam quatorze vezes da Austrália... Esse time americano é assim tão superior ao time australiano?
Né não. É sortudo bagaray!
- Nos últimos quatorze jogos, os EUA ganharam quatorze vezes da Austrália... Esse time americano é assim tão superior ao time australiano?
Né não. É sortudo bagaray!
20 agosto 2008
Links
Olhando para a barra de links, dá para perceber que, além de sacanear o Brasil, eu sou chegado também à Economia. Pelo menos não conheço nenhum outro demente que tenha comprado um livro didático de introdução à economia (do Mankiw) só porque estava a fim.
Anyway, o ponto é que estou adicionando mais dois "malucos" na minha lista de links:
The Duke of Hazard
A Mão Visível
Time reforçado.
Anyway, o ponto é que estou adicionando mais dois "malucos" na minha lista de links:
The Duke of Hazard
A Mão Visível
Time reforçado.
Come again!
Aí uma jornalista tupiniquim, membro ilustre da esquerda-caviar carioca, é detida num aeroporto dos EUA. Incapaz de soltar o famoso "você sabe com quem está falando" e tendo que obedecer ordens de uma autoridade federal, ela conclui: os EUA são um país totalitário!
HueHueHueHueHueHue!
HueHueHueHueHueHue!
17 agosto 2008
Crushing talents is our business
São fatos como este que me fazem favorável ao home schooling (via FYI):
Eu nem sou contrário a um sistema de financiamento público de educação, mas venhamos e convenhamos: burocratas não sabem lidar com o talento de uma forma construtiva. Agora imaginem se os pais do monstro não tivessem o discernimento para mandar às favas os conselhos dos "especialistas".
O mundo ganharia um balconista frustrado do Walmart.
I said, maybe he’s bored,” Ms. Phelps recalled saying to his teacher. “Her comment to me — ‘Oh, he’s not gifted.’ I told her I didn’t say that, and she didn’t like that much. I was a teacher myself so I didn’t challenge her, I just said, ‘What are you going to do to help him?’ ”
In the elementary grades at their suburban Baltimore school, Ms. Phelps said, Michael excelled in things he loved — gym and hands-on lessons, like science experiments. “He read on time, but didn’t like to read,” she said. “So I gave him the Baltimore Sun sports pages, even if he just read the pictures and captions.”
She will never forget one teacher’s comment: “This woman says to me, ‘Your son will never be able to focus on anything.’”
Eu nem sou contrário a um sistema de financiamento público de educação, mas venhamos e convenhamos: burocratas não sabem lidar com o talento de uma forma construtiva. Agora imaginem se os pais do monstro não tivessem o discernimento para mandar às favas os conselhos dos "especialistas".
O mundo ganharia um balconista frustrado do Walmart.
Precisamos de novas modalidades
Diego Hypólito não aguentou o peso de carregar nas costas a auto-estima de quase duzentos mihões de losers bananenses e caiu sentado.
Pior que perder uma medalha no último exercício será ficar ouvindo os repórteres bananenses cobrando uma explicação do ocorrido.
Nossa chance de obter hegemonia num esporte olímpico é incluir algumas modalidades em que somos bons. Tenho algumas sugestões:
1 - Ciclismo: pedalada na beira da praia de fio dental
Este modalidade terá alguns exercícios obrigatórios: entrada na bicicleta de pernas arreganhadas, pedalada em pé com bumbum arrebitado e peitos enconstando no guidão. O objetivo não pedalar rápido mas atrair o maior número de losers babões desocupados.
2 - Ginástica de solo na praia
Nesta modalidade, em que seremos fortes, as atletas deitarão em suas cangas ou esteiras em poses provocantes. Alguns movimentos são obrigatórios: deitar de pernas arreganhadas, agachamento empinando o bumbum (pernas arreganhadas aumentam a nota de partida) para pegar alguma coisa no solo, agachamento vertical para conversar (igualmente, pernas arreganhadas aumentam a nota de partida).
3 - Luta em boite, categoria individual e grupo.
Esta modalidade também promete. O atleta será avaliado em sua habilidade, individual ou em grupo, de usar garrafa, soco-inglês, taco de baseball, etc. para ferir brutalmente o seu oponente. Nesta categoria grupos podem - e devem - enfrentar atletas individuais e o objetivo é deixar o oponente em coma ou tetraplégico. Um detalhe importante: atletas que forem pegos no antidoping SEM vestígios de consumo de drogas serão banidos do esporte.
Creio que, nessas três novas modalidades, seremos hegemônicos pois, aí sim, estaremos competindo em esportes que os bananenses investem e valorizam no dia-a-dia e não apenas nos meses que antecedem as competições mais badaladas.
Pior que perder uma medalha no último exercício será ficar ouvindo os repórteres bananenses cobrando uma explicação do ocorrido.
Nossa chance de obter hegemonia num esporte olímpico é incluir algumas modalidades em que somos bons. Tenho algumas sugestões:
1 - Ciclismo: pedalada na beira da praia de fio dental
Este modalidade terá alguns exercícios obrigatórios: entrada na bicicleta de pernas arreganhadas, pedalada em pé com bumbum arrebitado e peitos enconstando no guidão. O objetivo não pedalar rápido mas atrair o maior número de losers babões desocupados.
2 - Ginástica de solo na praia
Nesta modalidade, em que seremos fortes, as atletas deitarão em suas cangas ou esteiras em poses provocantes. Alguns movimentos são obrigatórios: deitar de pernas arreganhadas, agachamento empinando o bumbum (pernas arreganhadas aumentam a nota de partida) para pegar alguma coisa no solo, agachamento vertical para conversar (igualmente, pernas arreganhadas aumentam a nota de partida).
3 - Luta em boite, categoria individual e grupo.
Esta modalidade também promete. O atleta será avaliado em sua habilidade, individual ou em grupo, de usar garrafa, soco-inglês, taco de baseball, etc. para ferir brutalmente o seu oponente. Nesta categoria grupos podem - e devem - enfrentar atletas individuais e o objetivo é deixar o oponente em coma ou tetraplégico. Um detalhe importante: atletas que forem pegos no antidoping SEM vestígios de consumo de drogas serão banidos do esporte.
Creio que, nessas três novas modalidades, seremos hegemônicos pois, aí sim, estaremos competindo em esportes que os bananenses investem e valorizam no dia-a-dia e não apenas nos meses que antecedem as competições mais badaladas.
14 agosto 2008
Nós estaremos regulando, senhor
Quer dizer que agora temos um decreto federal para regulamentar a operação dos call centers?
Isso é mesmo muito comum em países como o nosso, onde os problemas mais sérios de educação, saúde e segurança não existem mais. Os governantes, entediados, começam a buscar algo para fazer e passar o tempo. Fica aqui uma sugestão: eu acho que deveria haver uma regulamentação federal que estipulasse o peso e a forma das empadinhas de botequim. É um transtorno dar de cara com empadas de diferentes tamanhos e formatos.
Poderia aproveitar e regulamentar o torresmo também!
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinará na próxima quinta-feira decreto regulamentando o atendimento ao consumidor pelos call centers. Entre as mudanças estão o cancelamento do serviço imediatamente após o pedido do cliente e a opção de falar com o atendente no primeiro menu eletrônico e em todas as subdivisões. Porém, a previsão de que o atendimento ao consumidor seria concluído no máximo em 60 segundos foi retirada do texto final, ficando a regra de que o primeiro atendimento ocorra em até dois minutos.
Qualquer informação requerida pelo consumidor terá que ser dada no mesmo momento e todas as reclamações terão que ser resolvidas em até cinco dias. O número de atendimento terá que ser gratuito e divulgado pelas empresas.
Isso é mesmo muito comum em países como o nosso, onde os problemas mais sérios de educação, saúde e segurança não existem mais. Os governantes, entediados, começam a buscar algo para fazer e passar o tempo. Fica aqui uma sugestão: eu acho que deveria haver uma regulamentação federal que estipulasse o peso e a forma das empadinhas de botequim. É um transtorno dar de cara com empadas de diferentes tamanhos e formatos.
Poderia aproveitar e regulamentar o torresmo também!
13 agosto 2008
12 agosto 2008
Milli Vanilli oriental
Os chineses criaram sua própria versão da dupla Milli Vanilli. Mas por um excelente motivo:
De fato, uma falsificação dessas representa a China com perfeição.
Queríamos passar uma imagem perfeita e pensamos no que seria melhor para a nação - explica Chen Quigang, em entrevista à televisão chinesa. O conteúdo chegou a ser veiculado no portal Sina.Com, mas depois sumiu.
A imprensa chinesa divulgou nesta terça-feira várias fotos de Lin Miaoke, de nove anos, a tratando como uma estrela em ascensão. No entanto, ignoram Yang Peiyi, 7, a dona da voz, que é gordinha, tem os dentes fora do lugar e uma ótima voz.
- Era uma questão de interesse nacional. A criança que apareceria diante da câmeras tinha que ser expressiva - argumenta Chen.
De fato, uma falsificação dessas representa a China com perfeição.
11 agosto 2008
First things first
Hoje, no Bom dia Brasil, corria uma reportagem daquelas sobre atropelamento causado por um motorista que "havia bebido antes de dirigir" (repare que nunca se menciona o quanto). A reportagem que narrava uma verdadeira tragédia (no dia dos pais perder sua filha de 13 anos de forma tâo absurda deve ser algo escroto) é, então, interrompida por aquela apresentadora cujo semblante transborda imbecilidade, que anuncia sorridente:
- Interrompemos esta reportagem para acompanhar a disputa da medalha de bronze no judô feminino...
BRASIL! IL!IL!
- Interrompemos esta reportagem para acompanhar a disputa da medalha de bronze no judô feminino...
BRASIL! IL!IL!
10 agosto 2008
Tortura funciona?
Dizem que não, mas, aparentemente, terrorismo sim:
Eis minha versão para a reunião:
- Bem, então está decidido que não vamos publicar este livro, pois ele pode ser considerado ofensivo para alguns muçulmanos e desencadear uma onda de violência.
- Certo, mas o que vamos lançar no lugar dele?
- Que tal aquele livro sobre Jesus em que ele é um pansexual viciado, Maria é uma viciada que se prostitui e José é seu cafetão pedófilo?
- Perfeito!
Uma editora americana cancelou os planos para lançar um livro de ficção sobre a noiva infante do profeta Maomé devido a temores de que a obra provoque violência.
A novela The Jewel of Medina (A Jóia de Medina) seria o livro de estréia da jornalista Sherry Jones e deveria chegar às livrarias na próxima terça-feira.
A editora Random House disse que o livro "pode ser ofensivo" a alguns muçulmanos e que ele "poderia incitar atos de violência em um segmento pequeno e radical".
"Nós decidimos, depois de muita deliberação, adiar a publicação", afirma uma nota divulgada pela editora americana, assinada por Thomas Perry, um dos diretores.
A decisão foi tomada "pela segurança do autor, dos empregados da Random House, vendedores e qualquer um que possa estar envolvido na distribuição e venda desta novela."
Eis minha versão para a reunião:
- Bem, então está decidido que não vamos publicar este livro, pois ele pode ser considerado ofensivo para alguns muçulmanos e desencadear uma onda de violência.
- Certo, mas o que vamos lançar no lugar dele?
- Que tal aquele livro sobre Jesus em que ele é um pansexual viciado, Maria é uma viciada que se prostitui e José é seu cafetão pedófilo?
- Perfeito!
09 agosto 2008
É mais fácil com o Jorgibuxi, né?
Ei, pacifistas! Acordem!
Onde é que vocês se meteram?
Cadê as camisetas e cartazes com caricaturas do Putin?
Cadê os slogans?
Cadê os escudos humanos?
Cadê as passeatas na capital russa?
Onde é que vocês se meteram?
Cadê as camisetas e cartazes com caricaturas do Putin?
Cadê os slogans?
Cadê os escudos humanos?
Cadê as passeatas na capital russa?
Bananense e estado de direito são como água e óleo
Esta semana o STF determinou que os tais "fichas-sujas" não poderiam ter suas candidaturas impugnadas se os processos contra eles não tivessem sido levados até a última instância que a nossa lei permite.
Gritaria total: é o STF dando cobertura para os corruptos! Pouca vergonha! País de safados!
Não exatamente. É muito tentador, neste cenário de corrupção generalizada que assola o país, que tenhamos simpatias por medidas justiceiras como esta que o STF não acatou. É mais comum ainda que todos se vejam como os últimos dos honestos e que ninguém mais presta.
Vi uma "especialista" (deveriam aproveitar a reforma ortográfica e fazer com que, no Brasil, a palavra especialista fosse sempre escrita entre aspas) na Globonews dizer que o STF optou pela precaução e adotou a presunção de inocência como diretriz (aham... Não foi o STF que optou por isso, foi uma coisinha chamada Constituição), o que ela respeita mais discorda.
Que acadêmicos como ela, jornalistas e formadores de opinião discordam dos vários dispositivos de proteção do indivíduo, característicos do bom e velho estado democrático de direito, não é surpresa nenhuma. Basta ver o oba-oba olímpico e as raras críticas à China que vemos por aqui. Afinal, o que são alguns milhões de mortos, milhares de presos, perseguição e opressão quando o país figura lá no topo do quadro de medalhas?
Se a manutenção destes dispositivos significa também a proteção ao direito dos canalhas "errados", eu pago o preço. Porque quando estes mecanismos forem abolidos e os canalhas "certos" tomarem o poder (hipoteticamente, eh eh eh) a única coisa que ficará entre mim e o governo será a Constituição.
E, afinal de contas, sempre cabe ao eleitor o poder último de não escolher candidatos que não lhe transmitam confiança. E nem precisa esperar decisão do STF.
Mas aí dá trabalho demais, né?
Gritaria total: é o STF dando cobertura para os corruptos! Pouca vergonha! País de safados!
Não exatamente. É muito tentador, neste cenário de corrupção generalizada que assola o país, que tenhamos simpatias por medidas justiceiras como esta que o STF não acatou. É mais comum ainda que todos se vejam como os últimos dos honestos e que ninguém mais presta.
Vi uma "especialista" (deveriam aproveitar a reforma ortográfica e fazer com que, no Brasil, a palavra especialista fosse sempre escrita entre aspas) na Globonews dizer que o STF optou pela precaução e adotou a presunção de inocência como diretriz (aham... Não foi o STF que optou por isso, foi uma coisinha chamada Constituição), o que ela respeita mais discorda.
Que acadêmicos como ela, jornalistas e formadores de opinião discordam dos vários dispositivos de proteção do indivíduo, característicos do bom e velho estado democrático de direito, não é surpresa nenhuma. Basta ver o oba-oba olímpico e as raras críticas à China que vemos por aqui. Afinal, o que são alguns milhões de mortos, milhares de presos, perseguição e opressão quando o país figura lá no topo do quadro de medalhas?
Se a manutenção destes dispositivos significa também a proteção ao direito dos canalhas "errados", eu pago o preço. Porque quando estes mecanismos forem abolidos e os canalhas "certos" tomarem o poder (hipoteticamente, eh eh eh) a única coisa que ficará entre mim e o governo será a Constituição.
E, afinal de contas, sempre cabe ao eleitor o poder último de não escolher candidatos que não lhe transmitam confiança. E nem precisa esperar decisão do STF.
Mas aí dá trabalho demais, né?
Trânsito carioca
Dizem que o nosso trânsito é assassino. Discordo. Nosso trânsito é selvagem sim, na medida em que os motoristas ignoram solenemente toda e qualquer norma de condução de veículos (aposto o que quiserem que a maioria dos motoristas desconhece o que vem a ser aquele sinal de trânsito representado por um triângulo de cabeça para baixo). Claro que, em um ambiente de completa informalidade onde veículos trafegam velozmente para lá e para cá, as chances de ocorrerem acidentes aumentam barbaramente (quem conhece o trânsito de Miami, onde há "coincidentemente" uma enorme quantidade de latinos, sabe do que estou falando).
Se nossos motoristas fossem assassinos, em vez de meros selvages, haveria muito mais mortes do que já há atualmente, principalmente causadas por atropleamento. O pedestre carioca anda pela rua seguindo exatamente a mesma conduta dos motoristas: completo descaso pelas normas de trânsito. O simples fato de não haver dezenas de atropelamentos por dia é uma forte evidência de que, se por um lado os motoristas cariocas são selvagens, por outro não há a intenção deliberada de jogar pedestres para o alto. E eu ainda extrapolaria: mesmo desrespeitando inúmeras leis de trânsito, o motorista carioca zela, do seu jeito distorcido, pela integridade dos pedestres idiotas que insistem em esperar o sinal abrir no meio-fio e não na calçada. Ou aquele que, diante de um obstáculo na calçada, desvia para a rua sem olhar se um carro está vindo. Ou do ciclista que transita pelo meio-fio na mesma mão do trânsito e desvia de um buraco indo em direção ao centro da pista sem olhar se vem um carro. Ou do passageiro que acaba de descer do ônibus e corre para atravessar a rua - fora da faixa, claro! - na frente do ônibus (instintivamente, muitos motoristas aumentam o nível de alerta quando passam por um ônibus parado).
Os exemplos são inúmeros.
Trânsito carioca: selvagem sim, assassino não.
Se nossos motoristas fossem assassinos, em vez de meros selvages, haveria muito mais mortes do que já há atualmente, principalmente causadas por atropleamento. O pedestre carioca anda pela rua seguindo exatamente a mesma conduta dos motoristas: completo descaso pelas normas de trânsito. O simples fato de não haver dezenas de atropelamentos por dia é uma forte evidência de que, se por um lado os motoristas cariocas são selvagens, por outro não há a intenção deliberada de jogar pedestres para o alto. E eu ainda extrapolaria: mesmo desrespeitando inúmeras leis de trânsito, o motorista carioca zela, do seu jeito distorcido, pela integridade dos pedestres idiotas que insistem em esperar o sinal abrir no meio-fio e não na calçada. Ou aquele que, diante de um obstáculo na calçada, desvia para a rua sem olhar se um carro está vindo. Ou do ciclista que transita pelo meio-fio na mesma mão do trânsito e desvia de um buraco indo em direção ao centro da pista sem olhar se vem um carro. Ou do passageiro que acaba de descer do ônibus e corre para atravessar a rua - fora da faixa, claro! - na frente do ônibus (instintivamente, muitos motoristas aumentam o nível de alerta quando passam por um ônibus parado).
Os exemplos são inúmeros.
Trânsito carioca: selvagem sim, assassino não.
08 agosto 2008
Começou o circo
Se houvesse uma macabra olimpíada nos campos de concentração nazistas, nossos jornalistas seriam capazes de transmiti-la, todos serelepes, pulando por cima dos inconvenientes cadáveres e entrevistando oficiais nazistas para saber se eles gostam de samba. Seriam capazes, ainda, de levar algumas passistas para rebolar sobre as covas coletivas e emprestar um pouco da ginga brasileira aos prisioneiros que, sabe-se lá por quê, são tão sisudos.
07 agosto 2008
Bravura
Bravura mesmo é criticar o Jorgibuxi. Agora, com a China, todo mundo fica cheio de não me toques. Os motivos são variados e incluem interesses financeiros (Alô, COI!), alinhamento ideológico e, claro!, o antiamericanismo tosco (o inimigo dos EUA é meu amigo).
04 agosto 2008
"Tamo" de olho!
Não é dossiê, é banco de dados!
A pérola vem agora:
RÁ!
Precisa ser muito criativo para imaginar o mercado de extorsão isso vai criar? Brasileiro é mesmo empreededor...
Rio - A partir desta terça-feira, agentes da Operação CopaBacana vai [sic] fotografar pessoas que abordam travestis e prostitutas, na Avenida Atlântica. Segundo o Coordenador da ação, o Subsecretário de Governo, Rodrigo Bethlem, a proposta é evitar que a área pública e de forte apelo turístico mantenha um esquema forte de prostituição.
A pérola vem agora:
Equipe formada por 18 pessoas pretende fotografar as placas dos carros dos motoristas que solicitam os serviços. Eles não terão suas identidades reveladas.
RÁ!
Precisa ser muito criativo para imaginar o mercado de extorsão isso vai criar? Brasileiro é mesmo empreededor...
03 agosto 2008
Momento divã
Não estou muito interessado nesse bafafá envolvendo figurões do governo e as FARC. Já ultrapassamos qualquer limite do razoável no que diz respeito ao relacionamento promíscuo da nossa imprensa com tudo que é relativo a este governo e à esquerda em geral.
Dando uma de psicólogo de boteco, quero dar uma consulta grátis àqueles bem-intencionados que, mesmo diante da mais escandalosa evidência de que um "companheiro" está envolvido com a escória do mundo, sente um forte desconforto, seguido por uma vontade quase irresistível de negar fatos mesmo quando estes se manifestam bem diante do próprio nariz.
O que você sente é conseqüência daquilo que os psicólogos definem como dissonância cognitiva, ou seja, o desconforto de manter duas idéias psicologicamente conflitantes. Quando estamos diante de um cenário de dissonância cognitiva, geralmente lidamos da seguinte forma: (A) Reavaliamos as idéias em conflito, o que é raro ou (B) distorcemos a realidade para eliminar a dissonância.
Exemplo:
A: Pessoas de esquerda são pessoas de bem preocupadas apenas com o bem estar do povo.
B: Políticos de esquerda estão envolvidos com narcotraficantes.
Estes dois eventos, conflitantes entre si, geram uma dissonância cognitiva na cachola do esquerdinha bem-intencionado. Para acabar com tal desconforto, o esquerdinha tem duas alternativas:
1) Reavaliar a sua opinião sobre a esquerda.
2) Distorcer a realidade para que o evento B tenha sua gravidade minimizada ou até mesmo a sua ocorrência seja negada.
Se o esquerdinha dedicou muito tempo de sua vida à política, o processo 1 é muito doloroso, pois gera uma outra dissonância cognitiva, ainda mais intensa e profunda:
A: Eu sou uma pessoa educada e razoavelmente inteligente
B: Eu dediquei anos de minha vida a defender um bando de safados, alguns semi-analfabetos.
Diante deste outro desconforto, ainda mais intenso, é necessário ter muita força para alguém admitir que jogou fora anos de sua vida, defendendo algo torpe. Nesta hora, a mente busca o conforto e a tendência é negar que aqueles a quem apoiou são safados e que, na verdade, são vítimas de alguma conspiração maligna. No nosso exemplo, as notícias sobre o envolvimento de pessoas da esquerda com narcotraficantes são, obviamente, parte dessa conspiração.
Curiosamente, durante esse processo de "ajuste da realidade" para eliminação da dissonância cognitiva, a pessoa tende até mesmo a intensificar a defesa do seu ponto de vista "defeituoso". Com a criação dos espaços nos jornais para que os leitores comentem as notícias podemos notar claramente que, quanto mais denúncias contra os membros do governo, mais intensas são as reações daqueles leitores que os colocaram no poder. É sempre uma conspiração da direita, da mídia golpista, de agentes a serviço do imperialismo americano, etc. Ramente vemos alguém reavaliar a sua opinião.
A dissonância cognitiva é algo a qual todos estamos sujeitos. Apenas usei o caso PT x FARC x jornalistas porque os exemplos estão abundando por aí.
Dando uma de psicólogo de boteco, quero dar uma consulta grátis àqueles bem-intencionados que, mesmo diante da mais escandalosa evidência de que um "companheiro" está envolvido com a escória do mundo, sente um forte desconforto, seguido por uma vontade quase irresistível de negar fatos mesmo quando estes se manifestam bem diante do próprio nariz.
O que você sente é conseqüência daquilo que os psicólogos definem como dissonância cognitiva, ou seja, o desconforto de manter duas idéias psicologicamente conflitantes. Quando estamos diante de um cenário de dissonância cognitiva, geralmente lidamos da seguinte forma: (A) Reavaliamos as idéias em conflito, o que é raro ou (B) distorcemos a realidade para eliminar a dissonância.
Exemplo:
A: Pessoas de esquerda são pessoas de bem preocupadas apenas com o bem estar do povo.
B: Políticos de esquerda estão envolvidos com narcotraficantes.
Estes dois eventos, conflitantes entre si, geram uma dissonância cognitiva na cachola do esquerdinha bem-intencionado. Para acabar com tal desconforto, o esquerdinha tem duas alternativas:
1) Reavaliar a sua opinião sobre a esquerda.
2) Distorcer a realidade para que o evento B tenha sua gravidade minimizada ou até mesmo a sua ocorrência seja negada.
Se o esquerdinha dedicou muito tempo de sua vida à política, o processo 1 é muito doloroso, pois gera uma outra dissonância cognitiva, ainda mais intensa e profunda:
A: Eu sou uma pessoa educada e razoavelmente inteligente
B: Eu dediquei anos de minha vida a defender um bando de safados, alguns semi-analfabetos.
Diante deste outro desconforto, ainda mais intenso, é necessário ter muita força para alguém admitir que jogou fora anos de sua vida, defendendo algo torpe. Nesta hora, a mente busca o conforto e a tendência é negar que aqueles a quem apoiou são safados e que, na verdade, são vítimas de alguma conspiração maligna. No nosso exemplo, as notícias sobre o envolvimento de pessoas da esquerda com narcotraficantes são, obviamente, parte dessa conspiração.
Curiosamente, durante esse processo de "ajuste da realidade" para eliminação da dissonância cognitiva, a pessoa tende até mesmo a intensificar a defesa do seu ponto de vista "defeituoso". Com a criação dos espaços nos jornais para que os leitores comentem as notícias podemos notar claramente que, quanto mais denúncias contra os membros do governo, mais intensas são as reações daqueles leitores que os colocaram no poder. É sempre uma conspiração da direita, da mídia golpista, de agentes a serviço do imperialismo americano, etc. Ramente vemos alguém reavaliar a sua opinião.
A dissonância cognitiva é algo a qual todos estamos sujeitos. Apenas usei o caso PT x FARC x jornalistas porque os exemplos estão abundando por aí.
02 agosto 2008
Um motivo para gostar da ditadura chinesa
China irrita sambistas brasileiros e censura batucada
Hmm... Estou reconsiderando minhas convicções. ;-)
"Batucar também não podia. Nem aqui nem na rua. Quando batucamos em um bar do outro lado do hotel onde ficamos veio polícia e tudo. O que a gente passou aqui não é mole", comentou outro membro da delegação da Vila Isabel.
Segundo o sambista, os policiais consideraram 1h da manhã um horário inapropriado para manifestações culturais barulhentas dentro do bar.
Hmm... Estou reconsiderando minhas convicções. ;-)
Só um
Apenas um reforço já seria suficiente para melhorar muito a situação do Fluminense: Bruno, goleiro do Flamengo. Ao contrário de Fernando Henrique, que parece jogar acorrentado às traves, Bruno sai do gol muito bem e suas defesas raramente são espalhafatosas como a de Fernando Henrique. Os pobres zagueiros do Fluminense, cada vez que uma bola é cruzada ou lançada em direção à área tricolor, têm que se desdobrar para cobrir essa inaceitável deficiência do goleiro tricolor.
Conta outra, vai
COI admite ingenuidade em relação ao acesso à Internet na China
Faça-me o favor de não subestimar minha inteligência, senhor Jacques Rogge.
PEQUIM - O Comitê Olímpico Internacional (COI) admitiu neste sábado que pode ter sido ingenuidade de sua parte esperar que a China permitisse à imprensa acesso livre à Internet durante a Olimpíada de Pequim.
Mas o presidente o COI, Jacques Rogge, afirmou em uma coletiva de imprensa que houve melhorias e que o acesso dado pela China não tem precedentes em países comunistas.
Autoridades chinesas bloquearam portais no início da semana, mas concordaram em desbloquear um certo número quando o COI, que havia dito que o acesso seria irrestrito, chegou ao país, na quinta-feira.
"Eu diria que somos idealistas. Idealismo tem uma certa dose de ingenuidade", afirmou Rogge em resposta a uma pergunta se o COI havia sido ingênuo ao acreditar que a China mudaria sua maneira de lidar com a Internet.
Faça-me o favor de não subestimar minha inteligência, senhor Jacques Rogge.
Quase no ponto...
Obama, Al Gore, Pelosi, Carter, Dawkins, Kerry, NYT, CNN, Globo, Cuba, China, Social-democracia, politicamente correto, multiculturalismo, movimentos sociais, ONGs...
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