“Informalmente, os pilotos já estão adotando outras rotas como meio de tentar fugir de ataques de bandidos, principalmente nos complexos de favelas próximos à Penha (Alemão e Vila Cruzeiro), que estão em guerra. Tem sido cada vez mais comum aeronaves pousarem no Aeroporto de Jacarepaguá com perfurações de tiros. Não podemos esperar que uma desgraça aconteça para tomarmos as providências”, disse o presidente da Associação dos Controladores do Tráfego Aéreo, Jorge Nunes de Oliveira.
Para Gustavo Mello, sócio da Correcta Seguros, se o risco para aeronaves persistir, poderá acontecer no Rio o que já houve no Equador e na Colômbia, onde seguradores internacionais não aceitam garantias em determinados territórios, as chamadas “zonas excluídas”. Essas área são locais de guerras e de conflitos provocados pela disputa no narcotráfico.
Neste sábado, no Rio, há 202 helicópteros, conforme dados da Anac. Normalmente, um contrato de seguro varia entre 2% e 3% do valor total da aeronave. “As seguradores vão começar a recusar clientes. Ou para não terem prejuízos, os valores das apólices ficarão três vezes mais caros. As seguradoras já oferecem ‘cobertura de guerra’, ou seja, se uma aeronave for alvejada enquanto sobrevoa um morro do Rio e não tiver o serviço, a seguradora não vai pagar o prejuízo”, afirmou Gustavo Mello.
09 junho 2007
Votando no Cristo tudo isso se resolve
Pilotos já voam por rotas aéreas alternativas no Rio