23 julho 2006

Politics no more

Raramente vocês verão, de agora em diante, algum comentário político neste cafofo. Algumas zoações, provavelmente, mas nada muito profundo.

Como esperar um ambiente político minimamente sadio onde nada mais o é.

Esperar que um país moralmente podre [Claro que eu generalizei!] como o Brasil tenha bons políticos é até covardia com estes. Num país onde tudo é podre [Oops! I did it again!], porque apenas os políticos deveriam ser exemplos de moralidade?

Faça-se a seguinte pergunta: se viola as mais básicas regras de trânsito por nada, por que um político não violaria uma lei para faturar uma grana altíssima?

Outro dia uma conhecida disse que precisava acreditar que isso aqui tem jeito. Até entendo sua preocupação de mãe, mas isto está menos para esperança que para a psicose.

Alías, leiam esta definição de psicose:

"Quando alguém nos conta uma história realista dependendo da confiança que temos nessa pessoa acreditaremos na história. Na medida em que constatamos indícios de que a história é falsa começamos a pensar que nosso amigo se enganou ou que no fundo não era tão confiável assim. Nesse evento o que se passou? Primeiro, um fato é admitido como verdadeiro, depois novos conhecimentos ligados ao primeiro são adquiridos, por fim a confrontação dos fatos permite a verificação de uma discordância. Do raciocínio lógico surgiu um questionamento. Essa forma de proceder provavelmente é exercida diariamente por todos nós. A forma de conduzir idéias confrontando-as com os fatos é uma maneira de estabelecer o contato com a realidade. O que aconteceria se essa função mental não pudesse mais ser executada? Estaríamos diante de um estado psicótico!

Pois bem, o aspecto central da psicose é a perda do contato com a realidade, dependendo da intensidade da psicose."

Não resta mais nada a fazer a não ser aceitar o fato de que estamos nos tornando um país de psicóticos, incapazes de confrontar as informações que nos são dadas com a realidade que nos rodeia.