07 maio 2006

Pacifismo e pusilanimidade

Depois dessa passada de mão na nossa bunda pelo governo boliviano, a moda por essas bandas é ressaltar o caráter pacifista da diplomacia brasileira. Nosso Guia diz que não vai "fazer com a Bolívia o que os EUA fizeram com o Iraque". Ele pode ser um completo incompetente para administrar um país, um estado, uma cidade ou mesmo um boteco, mas sabe direitinho falar o que a nossa "intelectualha" gosta de ouvir.

Agora fica todo mundo dizendo que diplomacia isso, diplomacia aquilo e que o Brasil tem que negociar duramente. Ora, macacos me mordam! Negociar o quê, se não há mais questões pendentes? A Bolívia não está pensando em invadir as instalações da Petrobras, ela já o fez.

Claro que não é motivo para se invadir a Bolívia ou coisa parecida, mas algum tipo de ação dura deveria ser tomada caso contrário estaremos passando para outros países a mensagem de que o Brasil trata seus agressores "com carinho".

Como disse Napoleão, entre a esperteza e a força esta sempre vence. A diplomacia só funciona quando é interessante para ambos os lados. Quando um lado tem a certeza de que pode usar a força sem sofrer retaliação ele vai mandar a diplomacia para as cucuias e fazer o que lhe der na telha. Se diante de um agressor que se recusa a negociar você insiste em conversar enquanto leva tapas na cara, você não um pacifista, é um pusilânime.