Nessas épocas de eventos internacionais é impossível assisitir a qualquer noticiário: aqueles que deveriam ser os formadores de opinião (ah ah ah ah) desandam a falar besteira, mostrando o nível de matutice que impera por essas bandas. Um suiço hoje deve se perguntar se somos moradores de alguma ilha remota sem contato algum com o resto do mundo.
Só isso poderia explicar a surpresa dos jornalistas quando dão de cara com estrangeiros que sorriem e se divertem. Sim, porque brasileiro se acha o único ser na face da Terra capaz de se divertir. Quando dão de cara com estrangeiros se esbaldando, acham que foi a áurea brazuca que os influenciou.
Gentinha, oh gentinha.
31 maio 2006
29 maio 2006
Calhordice... As usual
Quem leu O Globo de hoje se deparou com a seguinte manchete:
"Papa pergunta onde Deus estava durante terror de Auschwitz"
Para quem é anti-cristão foi um gozo: o próprio Papa questionando Deus!
Mas pera lá! Estamos falando de um jornal que ajudou a eleger Lula, logo, nada comprometido com a verdade.
Na hora minha esposa comentou: "certamente foi tirado do contexto".
E eu: "isso nada tem a ver com a postura do Bento XVI" (e olha que não sou católico, mas também não sou imbecil).
Vejamos o discurso na íntegra:
"'¡Cuántas preguntas surgen en este lugar! Constantemente surge la misma interrogante: ¿Dónde estuvo Dios en esos días? ¿Por qué estuvo en silencio? ¿Cómo pudo permitir esta masacre sin fin, este triunfo del mal?', indicó el Papa.
'No podemos ver claramente el plan misterioso de Dios, sólo vemos hechos aislados, y nos equivocaríamos al ponernos como jueces de Dios y la historia. Así no defenderíamos al hombre sino que contribuiríamos a su perdición. No, cuando todo está dicho y hecho, debemos seguir gritando con humildad e insistencia a Dios: ¡Levántate! ¡No te olvides de la humanidad, tu criatura!', explicó.
'Nuestro grito a Dios tiene que ser al mismo tiempo un grito que penetra en nuestro mismo corazón para que despierte en nosotros la presencia escondida de Dios, para que el poder que ha depositado en nuestros corazones no quede cubierto o sofocado en nosotros por el fango del egoísmo, por el miedo de los hombres, por la indiferencia y el oportunismo', agregó."
"Papa pergunta onde Deus estava durante terror de Auschwitz"
Para quem é anti-cristão foi um gozo: o próprio Papa questionando Deus!
Mas pera lá! Estamos falando de um jornal que ajudou a eleger Lula, logo, nada comprometido com a verdade.
Na hora minha esposa comentou: "certamente foi tirado do contexto".
E eu: "isso nada tem a ver com a postura do Bento XVI" (e olha que não sou católico, mas também não sou imbecil).
Vejamos o discurso na íntegra:
"'¡Cuántas preguntas surgen en este lugar! Constantemente surge la misma interrogante: ¿Dónde estuvo Dios en esos días? ¿Por qué estuvo en silencio? ¿Cómo pudo permitir esta masacre sin fin, este triunfo del mal?', indicó el Papa.
'No podemos ver claramente el plan misterioso de Dios, sólo vemos hechos aislados, y nos equivocaríamos al ponernos como jueces de Dios y la historia. Así no defenderíamos al hombre sino que contribuiríamos a su perdición. No, cuando todo está dicho y hecho, debemos seguir gritando con humildad e insistencia a Dios: ¡Levántate! ¡No te olvides de la humanidad, tu criatura!', explicó.
'Nuestro grito a Dios tiene que ser al mismo tiempo un grito que penetra en nuestro mismo corazón para que despierte en nosotros la presencia escondida de Dios, para que el poder que ha depositado en nuestros corazones no quede cubierto o sofocado en nosotros por el fango del egoísmo, por el miedo de los hombres, por la indiferencia y el oportunismo', agregó."
28 maio 2006
Morte ao Wal-mart?
A moda lá pelos isteitis - obviamente copiada aqui na periferia - é demonizar o Wal-mart como o grande causador de desemprego nos EUA e explorador de pobres no terceiro mundo.
A cadeia americana tem como princípio o menor preço, sempre. Isso logicamente faz com que seus fornecedores se virem para chegar a este objetivo, nem sempre de forma muito ética.
Os críticos do Wal-mart, usando e abusando daquele fenomenal malabarismo lógico ao qual já estamos acostumados, dizem que a Wal-mart é culpada por tudo que o dono da fábrica que fica lá onde Judas perdeu as botas faz com seus empregados.
É estranho que a Wal-mart seja crucificada por algo que todos fazemos todos os dias: buscar a melhor relação custo/benefício nos produtos que consumimos. Não sei quanto a vocês mas eu nunca me preocupei em saber como os fabricantes das coisas que eu consumo tratam seus empregados. Da mesma forma, creio que os clientes da minha empresa não querem saber como ela me trata.
Não fosse a Wal-mart esse gigantesco sucesso empresarial, creio que ela não seria vítima de acusações deste tipo.
Algumas pessoas têm a cara de pau de, enquanto santificam um regime que mantém 10 pessoas na mais absoluta e irremediável pobreza, condenar o regime que, entre 10 pessoas, consegue tirar 6 da pobreza e possibilita a chance de os outros quatro almejarem o mesmo.
A cadeia americana tem como princípio o menor preço, sempre. Isso logicamente faz com que seus fornecedores se virem para chegar a este objetivo, nem sempre de forma muito ética.
Os críticos do Wal-mart, usando e abusando daquele fenomenal malabarismo lógico ao qual já estamos acostumados, dizem que a Wal-mart é culpada por tudo que o dono da fábrica que fica lá onde Judas perdeu as botas faz com seus empregados.
É estranho que a Wal-mart seja crucificada por algo que todos fazemos todos os dias: buscar a melhor relação custo/benefício nos produtos que consumimos. Não sei quanto a vocês mas eu nunca me preocupei em saber como os fabricantes das coisas que eu consumo tratam seus empregados. Da mesma forma, creio que os clientes da minha empresa não querem saber como ela me trata.
Não fosse a Wal-mart esse gigantesco sucesso empresarial, creio que ela não seria vítima de acusações deste tipo.
Algumas pessoas têm a cara de pau de, enquanto santificam um regime que mantém 10 pessoas na mais absoluta e irremediável pobreza, condenar o regime que, entre 10 pessoas, consegue tirar 6 da pobreza e possibilita a chance de os outros quatro almejarem o mesmo.
Funny
Já repararam que, na hora de falar sobre o autoritarismo e populismo que domina a América do Sul, nossos comentaristas e jornalistas nunca incluem o Brasil na lista?
Devem achar que autoritarismo só é ruim quando é imposto pela força mas não pela compra da cumplicidade do parlamento.
Devem achar que autoritarismo só é ruim quando é imposto pela força mas não pela compra da cumplicidade do parlamento.
Esta é boa
Lendo a reportagem sobre a reeleição dada como certe de Uribe na Colômbia, me deparei com um trecho que deixa claro o nível de inteligência que impera no Bananão (caramba, eu voltei ainda mais rabugento de Caracas):
"Ele [Uribe] busca e encara objetivos de esquerda, apresentando soluções de direita — segundo dizem analistas locais."
Ora bolas! Se as soluções de direita alcançam os mesmos resultados que os "obejtivos de esquerda" é sinal que:
1) Esquerda e direita compartilham dos mesmos objetivos, mas somente a primeira sabe realmente como alcancá-los.
Ou
2) A direita é que realmente tem os objetivos nobres que, para a esquerda, não passam de retórica vazia para ocultar outros objetivos talvez não tão nobres.
"Ele [Uribe] busca e encara objetivos de esquerda, apresentando soluções de direita — segundo dizem analistas locais."
Ora bolas! Se as soluções de direita alcançam os mesmos resultados que os "obejtivos de esquerda" é sinal que:
1) Esquerda e direita compartilham dos mesmos objetivos, mas somente a primeira sabe realmente como alcancá-los.
Ou
2) A direita é que realmente tem os objetivos nobres que, para a esquerda, não passam de retórica vazia para ocultar outros objetivos talvez não tão nobres.
Ignorância econômica
Se fossem casos isolados esta notícia não seria relevante. Mas eu conheço muita gente - e você também deve conhcer - que pensa exatamente igual a este cara:
"— Em todas as lojas e sites da internet o preço do equipamento é o mesmo. Consultei cerca de sete estabelecimentos e em todos o valor da TV é igual. Além do preço, as condições de pagamento também são as mesmas. Será que isso caracteriza prática nociva ao consumidor?"
"— Em todas as lojas e sites da internet o preço do equipamento é o mesmo. Consultei cerca de sete estabelecimentos e em todos o valor da TV é igual. Além do preço, as condições de pagamento também são as mesmas. Será que isso caracteriza prática nociva ao consumidor?"
27 maio 2006
Impressões de Caracas
Além da gasolina incrivelmente barata (um jornal que eu li dizia que o preço médio do litro era de US$0,05 e um motorista de taxi me disse que custava US$0,10. Em todos os casos, baratíssima) e de um povo simpático, uma coisa impressionou este carioca: não vi crianças ou vagabundos de bobeira na rua. Tudo bem, você pode dizer: "Ah, Cláudio, você deve ter ficado numa região nobre." Possivelmente, mas mesmo nas regiões mais nobres aqui o Rio a gente vê disso tudo. Estão aí Copacabana e Ipanema que não me deixam mentir.
Mesmo numa das muitas favelas não vi crianças de bobeira na rua. As que eu vi na rua estavam voltando da escola.
O que fui fazer na favela?
A estrada que liga o centro ao aeroporto está com problemas e os engarrafamentos são monstruosos. O taxista que eu peguei pegou uma rota alternativa que, para terror de um carioca, passava dentro de uma, digamos, comunidade. Mas valeu: lá do alto dava para ver a estrada principal e o verdadeiro estacionamento no qual ela se transformara.
Uma viagem que seria de umas 2 ou 3 horas ficou em apenas 50 minutos.
Outra coisa belíssima é a geografia: montanhas e vales belíssimos que seriam ainda mais belos se não fosse a impressionante quantidade de barracos.
Se Chávez é inimigo dos EUA, nem quero imaginar o que seria a Venezuela se ele fosse amigo. Vi vários e vários americanos no hotel que eu fiquei destinado principalmente ao segmento de business. E vi várias empresas americanas -Citibank! - operando em Caracas.
Chávez sabe que a retórica é uma coisa mas a realidade não é opcional.
O trânsito de Caracas é uma das coisas mais caóticas que eu já vi (à noite não é tão ruim). Não sei porque o governo se dá o trabalho de pintar as faixas brancas nas ruas. São solenemente ignoradas.
Para finalizar, o único momento em que eu senti um pouco a hostilidade do governo foi no aeroporto na hora de sair. Militares fazem controle de acesso aos balcões de check-in (!) das companhias aéreas. Não entendi o motivo. Além disso, a burocracia federal no aeroporto me pareceu bem hostil e com aquela sensação de superioridade ante as "pessoas comuns", bem típicas de regimes autoritários.
No geral, foi uma experiência agradável.
Mesmo numa das muitas favelas não vi crianças de bobeira na rua. As que eu vi na rua estavam voltando da escola.
O que fui fazer na favela?
A estrada que liga o centro ao aeroporto está com problemas e os engarrafamentos são monstruosos. O taxista que eu peguei pegou uma rota alternativa que, para terror de um carioca, passava dentro de uma, digamos, comunidade. Mas valeu: lá do alto dava para ver a estrada principal e o verdadeiro estacionamento no qual ela se transformara.
Uma viagem que seria de umas 2 ou 3 horas ficou em apenas 50 minutos.
Outra coisa belíssima é a geografia: montanhas e vales belíssimos que seriam ainda mais belos se não fosse a impressionante quantidade de barracos.
Se Chávez é inimigo dos EUA, nem quero imaginar o que seria a Venezuela se ele fosse amigo. Vi vários e vários americanos no hotel que eu fiquei destinado principalmente ao segmento de business. E vi várias empresas americanas -Citibank! - operando em Caracas.
Chávez sabe que a retórica é uma coisa mas a realidade não é opcional.
O trânsito de Caracas é uma das coisas mais caóticas que eu já vi (à noite não é tão ruim). Não sei porque o governo se dá o trabalho de pintar as faixas brancas nas ruas. São solenemente ignoradas.
Para finalizar, o único momento em que eu senti um pouco a hostilidade do governo foi no aeroporto na hora de sair. Militares fazem controle de acesso aos balcões de check-in (!) das companhias aéreas. Não entendi o motivo. Além disso, a burocracia federal no aeroporto me pareceu bem hostil e com aquela sensação de superioridade ante as "pessoas comuns", bem típicas de regimes autoritários.
No geral, foi uma experiência agradável.
I'm back
Depois de passar uma semana em Caracas, curtindo a hospitalidade do povo venezuelano, volto à ativa querendo saber se o pessoal da pacata Weggis também acha que o melhor do Brasil é o brasileiro.
"A delegacia só abre duas vezes por semana. Os policiais são apenas três. A última ocorrência foi há... nem o prefeito Kaspar Widmer se lembra. Mas, ontem, esta pequena cidade aos pés dos Alpes suíços — guardadas as (in)devidas proporções — viveu seu dia de metrópole brasileira. Para o horror dos moradores, não bastasse a prisão de torcedores que invadiram o campo do Brasil, um ladrão levou de um caminhão promocional da Nike, de madrugada, 20 camisas da seleção, um amarrado de bolas e alguns pares de chuteiras. Além disso, dois laptops e uma câmera fotográfica digital foram furtados no centro de imprensa."
"A delegacia só abre duas vezes por semana. Os policiais são apenas três. A última ocorrência foi há... nem o prefeito Kaspar Widmer se lembra. Mas, ontem, esta pequena cidade aos pés dos Alpes suíços — guardadas as (in)devidas proporções — viveu seu dia de metrópole brasileira. Para o horror dos moradores, não bastasse a prisão de torcedores que invadiram o campo do Brasil, um ladrão levou de um caminhão promocional da Nike, de madrugada, 20 camisas da seleção, um amarrado de bolas e alguns pares de chuteiras. Além disso, dois laptops e uma câmera fotográfica digital foram furtados no centro de imprensa."
25 maio 2006
Pausa
Desculpas pela pausa. Estou curtindo umas "férias" forçadas na Venezuela.
Not that bad. Not that bad...
Not that bad. Not that bad...
15 maio 2006
Pobreza e crime
Segundo o presidente eleito, pobre rouba, mata e comete atrocidades. Precisamos urgentemente de um programa governamental que coloque os pobres no rumo correto já que existe uma legião deles excluída dessa vida de bandidagem e, portanto, impedidos de seguir o que determina a sua natureza.
Uma curiosidade: qual será a renda a partir da qual um criminoso frio e covarde se tonará um cidadão de bem e respeitador das leis? Alguém sabe?
Uma curiosidade: qual será a renda a partir da qual um criminoso frio e covarde se tonará um cidadão de bem e respeitador das leis? Alguém sabe?
Update
Esse é um update do Human Rights Watch Watch :-)
Página principal: nada!
Pagina das Américas: nadica!
Página do Brasil: porcaria nenhuma!
Página principal: nada!
Pagina das Américas: nadica!
Página do Brasil: porcaria nenhuma!
14 maio 2006
Monte sua teoria da conspiração
Esses são os atores:
1) Político populista que ocupa o mais alto cargo do executivo e virtual candidato a reeleição;
2) Partido do político populista acima, membro de uma organização formada por partidos políticos socialistas e grupos revolucionários. A sua cúpula ultimamente tem se envolvido em seguidos escândalos de corrupção e até mesmo assassinato;
3) Grupo revolucionário de um país vizinho envolvido com tráfico de drogas;
4) Organização criminosa local envolvida com tráfico de drogas;
5) Entidades envolvidas com presidiários;
6) Um candidato ao mais alto cargo do executivo e ex-governador de um estado onde, repentinamente, ocorreu uma ação coordenada de ataques a policiais e rebeliões em presídios;
7) Uma imprensa servil e tendenciosa.
Isso daria um baita filmaço em Roliúdi!
1) Político populista que ocupa o mais alto cargo do executivo e virtual candidato a reeleição;
2) Partido do político populista acima, membro de uma organização formada por partidos políticos socialistas e grupos revolucionários. A sua cúpula ultimamente tem se envolvido em seguidos escândalos de corrupção e até mesmo assassinato;
3) Grupo revolucionário de um país vizinho envolvido com tráfico de drogas;
4) Organização criminosa local envolvida com tráfico de drogas;
5) Entidades envolvidas com presidiários;
6) Um candidato ao mais alto cargo do executivo e ex-governador de um estado onde, repentinamente, ocorreu uma ação coordenada de ataques a policiais e rebeliões em presídios;
7) Uma imprensa servil e tendenciosa.
Isso daria um baita filmaço em Roliúdi!
Reeleição já! - Parte 2
Porque precisamos de mais 4 anos da sua grandiosa liderança e sabedoria:
"Nós precisamos investir no povo brasileiro. Essa é a chave da questão, investir nas pessoas, dar comida, dar escola, que as pessoas vão se transformar em pessoas sadias, independentes e saudáveis, e não vão precisar roubar, e não vão precisar matar, não vão precisar fazer isso. Eu lamento pelas vítimas, pelos familiares, mas é o resultado de um país que durante a metade do século XX foi governado entendendo que investimento em educação era gasto, que investimento em saúde era gasto, que investimento em política social era gasto, o resultado é gasto em bandido-disse Lula."
"Nós precisamos investir no povo brasileiro. Essa é a chave da questão, investir nas pessoas, dar comida, dar escola, que as pessoas vão se transformar em pessoas sadias, independentes e saudáveis, e não vão precisar roubar, e não vão precisar matar, não vão precisar fazer isso. Eu lamento pelas vítimas, pelos familiares, mas é o resultado de um país que durante a metade do século XX foi governado entendendo que investimento em educação era gasto, que investimento em saúde era gasto, que investimento em política social era gasto, o resultado é gasto em bandido-disse Lula."
13 maio 2006
Reeleição já!
Precisamos de mais 4 anos da humildade e simplicidade de um torneiro mecânico:
"A reportagem é de uma leviandade e grosseria que um ser humano comum não pode admitir, quanto mais um presidente da República."
"Eu não acredito que dentro da Veja haja uma única pessoa que tenha 10% da dignidade e da honestidade que eu tenho."
"A reportagem é de uma leviandade e grosseria que um ser humano comum não pode admitir, quanto mais um presidente da República."
"Eu não acredito que dentro da Veja haja uma única pessoa que tenha 10% da dignidade e da honestidade que eu tenho."
Direitos humanos?
Depois desse massacre que fizeram contra policiais em São Paulo achei que as entidades de direitos humanos, particularmente a HRW, botassem a boca no trombone.
Tolinho eu.
Nada na página principal;
Nada na página dedicada às Américas;
Nada na página dedicada ao Brasil.
Diante disso, só duas alternativas são cabíveis:
1) Policiais não são seres humanos.
2) O que é Human Rights Watch na verdade seria Criminal Rights Watch.
Como os policiais que eu costumo ver por aí me parecem bem humanos, sou forçado a descartar a opção 1.
Tolinho eu.
Nada na página principal;
Nada na página dedicada às Américas;
Nada na página dedicada ao Brasil.
Diante disso, só duas alternativas são cabíveis:
1) Policiais não são seres humanos.
2) O que é Human Rights Watch na verdade seria Criminal Rights Watch.
Como os policiais que eu costumo ver por aí me parecem bem humanos, sou forçado a descartar a opção 1.
12 maio 2006
Blogs, essa novidade
Encontro dos "mais renomados e populares jornalistas-blogueiros" conclui: bloggar faz crescer pelos nas mãos, mas é uma "novidade" que veio para ficar.
Hein?!
Só espero que não passem a considerar o blog uma coisa tão séria, mas tão séria, que venha a se tornar necessária a criação da Agência Nacional de Blogs e Afins (ANABA, ui!). Espero também que o governo federal não pense em coisas como um programa ProBlog, Bolsa-blog ou ainda uma linha de financiamento de hospedagem de blogues para a terceira idade. Isso para não falar em cotas para blogues afros.
Hein?!
Só espero que não passem a considerar o blog uma coisa tão séria, mas tão séria, que venha a se tornar necessária a criação da Agência Nacional de Blogs e Afins (ANABA, ui!). Espero também que o governo federal não pense em coisas como um programa ProBlog, Bolsa-blog ou ainda uma linha de financiamento de hospedagem de blogues para a terceira idade. Isso para não falar em cotas para blogues afros.
11 maio 2006
Solidariedade
O Globo se surpreendeu com a divulgação da lista dos astros mais solidários da revista Forbes. Imagino a reação da jornalista de cabelo curtinho, piercing na sombrancelha e oclinho de armação retangular grossa e escura:
"Ai, que absurdo! Esse ridículo do Jackie Chan aparece na frente do Bono! É muito para minha cabeça!"
Não sei a exatidão dos números levantados pela revista, mas existe uma brutal diferença entre doar seu próprio dinheiro (verdadeira solidariedade) e fazer com que A (governo do país rico) tire dinheiro de B (população do país rico) para enviar para C (governo do país pobre). Nem vou considerar o fato de o dinheiro enviado a C nunca chegar até D (população do país pobre).
"Ai, que absurdo! Esse ridículo do Jackie Chan aparece na frente do Bono! É muito para minha cabeça!"
Não sei a exatidão dos números levantados pela revista, mas existe uma brutal diferença entre doar seu próprio dinheiro (verdadeira solidariedade) e fazer com que A (governo do país rico) tire dinheiro de B (população do país rico) para enviar para C (governo do país pobre). Nem vou considerar o fato de o dinheiro enviado a C nunca chegar até D (população do país pobre).
10 maio 2006
Não demorou nada
Quando o governo brasileiro deu aval à atitude do governo boliviano como um ato de soberania, comentei com minha esposa: "Xiii, não demora muito e o MST vai começar com essa estória por aqui".
Pois é, não demorou mesmo:
Trecho do Jornal O Dia com o texto do lider do MST, Stedile
09 maio 2006
Diversão garantida ou seu dinheiro de volta
Quer se divertir? Faça a seguinte pergunta a um randiano de carteirinha:
"Se o indivíduo é um fim em si mesmo e eu tenho os meios para tirar de você tudo que eu quero e também a certeza de que nada acontecerá comigo, o que me impede de fazê-lo?"
E divirta-se com a tentativa dele de estabelecer o conceito de certo e errado a partir do egoísmo.
Ayn Rand, Mises, Hayek, etc. Quando elevados a um posto mais alto do que a sua competência lhes permitia (e até mesmo do que eles próprios queriam chegar), não dá em boa coisa.
"Se o indivíduo é um fim em si mesmo e eu tenho os meios para tirar de você tudo que eu quero e também a certeza de que nada acontecerá comigo, o que me impede de fazê-lo?"
E divirta-se com a tentativa dele de estabelecer o conceito de certo e errado a partir do egoísmo.
Ayn Rand, Mises, Hayek, etc. Quando elevados a um posto mais alto do que a sua competência lhes permitia (e até mesmo do que eles próprios queriam chegar), não dá em boa coisa.
Nem vale comentar...
Eu ia escrever sobre as sandices que o Arnaldo Jabor escreveu hoje no Globo, mas é tão f'ácil rebater aquelas asneiras ("eles [produtores do MI:3] querem ganhar dinheiro, claro" ou "Arte fala da fragilidade humana") que perdi a motivação.
Correndo o risco da maldição eterna, cito mais uma vez Olavo de Carvalho:
"A capacidade do sr. Jabor como diagnosticador de males nacionais consiste apenas no seu timing oportunista de só dizer as coisas quando todo mundo já sabe delas e posar, então, de profeta do acontecido. O sr. Jabor não é solução: é parte do problema. A frouxidão cômoda da sua consciência moral, no entanto, não é característica individual dele (se fosse, eu nem tocaria no assunto nesta coluna, que não tem nada a ver com a vida pessoal de quem quer que seja): é um vício geral da classe jornalística, empenhada em exigir dos políticos uma correção ética superior à que ela própria é capaz de manter."
Não é de surpreender que uma alma tão pequena se sinta incomodada com qualquer tema que envolva heróis. Para o covarde, o herói, em vez de inspiração, é uma ofensa.
Correndo o risco da maldição eterna, cito mais uma vez Olavo de Carvalho:
"A capacidade do sr. Jabor como diagnosticador de males nacionais consiste apenas no seu timing oportunista de só dizer as coisas quando todo mundo já sabe delas e posar, então, de profeta do acontecido. O sr. Jabor não é solução: é parte do problema. A frouxidão cômoda da sua consciência moral, no entanto, não é característica individual dele (se fosse, eu nem tocaria no assunto nesta coluna, que não tem nada a ver com a vida pessoal de quem quer que seja): é um vício geral da classe jornalística, empenhada em exigir dos políticos uma correção ética superior à que ela própria é capaz de manter."
Não é de surpreender que uma alma tão pequena se sinta incomodada com qualquer tema que envolva heróis. Para o covarde, o herói, em vez de inspiração, é uma ofensa.
07 maio 2006
Pacifismo e pusilanimidade
Depois dessa passada de mão na nossa bunda pelo governo boliviano, a moda por essas bandas é ressaltar o caráter pacifista da diplomacia brasileira. Nosso Guia diz que não vai "fazer com a Bolívia o que os EUA fizeram com o Iraque". Ele pode ser um completo incompetente para administrar um país, um estado, uma cidade ou mesmo um boteco, mas sabe direitinho falar o que a nossa "intelectualha" gosta de ouvir.
Agora fica todo mundo dizendo que diplomacia isso, diplomacia aquilo e que o Brasil tem que negociar duramente. Ora, macacos me mordam! Negociar o quê, se não há mais questões pendentes? A Bolívia não está pensando em invadir as instalações da Petrobras, ela já o fez.
Claro que não é motivo para se invadir a Bolívia ou coisa parecida, mas algum tipo de ação dura deveria ser tomada caso contrário estaremos passando para outros países a mensagem de que o Brasil trata seus agressores "com carinho".
Como disse Napoleão, entre a esperteza e a força esta sempre vence. A diplomacia só funciona quando é interessante para ambos os lados. Quando um lado tem a certeza de que pode usar a força sem sofrer retaliação ele vai mandar a diplomacia para as cucuias e fazer o que lhe der na telha. Se diante de um agressor que se recusa a negociar você insiste em conversar enquanto leva tapas na cara, você não um pacifista, é um pusilânime.
Agora fica todo mundo dizendo que diplomacia isso, diplomacia aquilo e que o Brasil tem que negociar duramente. Ora, macacos me mordam! Negociar o quê, se não há mais questões pendentes? A Bolívia não está pensando em invadir as instalações da Petrobras, ela já o fez.
Claro que não é motivo para se invadir a Bolívia ou coisa parecida, mas algum tipo de ação dura deveria ser tomada caso contrário estaremos passando para outros países a mensagem de que o Brasil trata seus agressores "com carinho".
Como disse Napoleão, entre a esperteza e a força esta sempre vence. A diplomacia só funciona quando é interessante para ambos os lados. Quando um lado tem a certeza de que pode usar a força sem sofrer retaliação ele vai mandar a diplomacia para as cucuias e fazer o que lhe der na telha. Se diante de um agressor que se recusa a negociar você insiste em conversar enquanto leva tapas na cara, você não um pacifista, é um pusilânime.
Inferno na Terra
Deve ser o verdadeiro inferno ter que conviver com uma feminista.
"PARIS. As feministas francesas declaram guerra ao machismo no idioma francês. A última rebelião tem como alvo uma das palavras mais corriqueiras no país: mademoiselle (senhorita, em francês). O tão escutado 'bonjour, mademoiselle' ('bom dia, senhorita') — ato de galanteio e gentileza no passado — virou insulto para algumas francesas."
Céus! Por quê?
"A palavra [mademoiselle], dizem as feministas, define a mulher pelo seu estado civil. Ou seja, as transforma em seres inferiores."
Aaaah...
Às vezes eu me pergunto: que crappy world teremos por volta do ano 2400?
"PARIS. As feministas francesas declaram guerra ao machismo no idioma francês. A última rebelião tem como alvo uma das palavras mais corriqueiras no país: mademoiselle (senhorita, em francês). O tão escutado 'bonjour, mademoiselle' ('bom dia, senhorita') — ato de galanteio e gentileza no passado — virou insulto para algumas francesas."
Céus! Por quê?
"A palavra [mademoiselle], dizem as feministas, define a mulher pelo seu estado civil. Ou seja, as transforma em seres inferiores."
Aaaah...
Às vezes eu me pergunto: que crappy world teremos por volta do ano 2400?
Ideologiaaaaa, eu quero uma pra viver.
Como bem disse Olavo de Carvalho, "ideologia é prostituição da inteligência". Paul Krugman prova isso cada vez que abre a boca.
Não causa espanto que seja tão bem visto pelo Globo.
Não causa espanto que seja tão bem visto pelo Globo.
Plantou, colheu
"El PSOE solicitará al Congreso de los Diputados que se reconozcan los 'derechos humanos' de los simios"
Conseqüencia natural das idéias discutidas pelo texto linkado no post anterior.
Conseqüencia natural das idéias discutidas pelo texto linkado no post anterior.
06 maio 2006
Evolucionismo: O estado atual da questão
Texto bem interessante.
Eis a conclusão:
"Chegados a este ponto, resta formular a pergunta: se a explicação darwinista ou neodarwinista não é correta, então como se explica a evolução? E a resposta é sumamente simples: ainda não sabemos.
Com essa afirmação, não se quer afirmar que não tenhamos nem a mais remota idéia de onde possa vir a explicação. De fato sabemos muitas coisas soltas, não somente de tipo paleontológico, como também a respeito de questões genéticas, de parentescos entre as diversas espécies, de paleometabolismo, etc. Embora não tenhamos ainda uma explicação que reúna tudo isso num corpo coerente, não se pode dizer que não sabemos nada.
Também sabemos com bastante certeza que a explicação darwinista não é verdadeira, quais são as observações que nos permitem refutá-la e quais as dificuldades metodológicas envolvidas nesse assunto. Dizer que não podemos ainda explicar a evolução pode parecer uma afirmação que nos deixa no vazio, mas não é assim; não equivale a não saber nada: equivale a dizer que se sabe, e muito! Mas trata-se de um conhecimento ao qual nem todos os biólogos conseguem chegar, ou por causa dos defeitos de método acima mencionados, ou porque foge em parte do seu campo de atuação, ou ainda por outras razões. Todo esse conhecimento é orientador de futuras pesquisas, e não uma porta fechada diante de nós.
O que está claro é que o medo de ficar sem um marco de idéias em que encaixar os dados que possuímos não nos deve inibir de repudiar o darwinismo, pois a sua aceitação desorienta a pesquisa posterior: em questões de dinâmica das populações, sobre a importância de outros fatores no processo seletivo e em questões de genética. Tudo por causa da mentalidade darwinista de considerar o acaso como causa. O neodarwinismo de fato tende a concentrar o seu trabalho unicamente em desvendar como os genes causam a forma (o que é uma visão parcial), em considerar a pressão ambiental sobre as espécies e em tentar identificar quais condutas que são favoráveis ou prejudiciais à sobrevivência.
Enquanto predominar o darwinismo, uma questão básica permanecerá sem ser investigada: por que aparecem novos padrões morfológicos nos seres vivos? Do ponto de vista científico, tais padrões são a única coisa tangível que pode ser verificada numa nova espécie, e é justamente este ponto-chave que o darwinismo abandona e deixa de estudar, relegando a sua causa ao simples acaso. Trata-se evidentemente de um ponto que sugere muitas pesquisas importantes em embriologia e em outras disciplinas, e é por isso que rejeitar o darwinismo não implica apenas fechar certas portas: também abre muitas outras.
Uma vez explicada a origem das novas formas dos seres vivos, será possível abordar a questão da causa de que umas desapareçam e outras sobrevivam. Mas essa é uma questão sobre o crivo posterior a que são submetidas umas formas que já existem: o próprio crivo não explica de modo algum a existência dessas formas. Ao estudar a evolução – insisto –, o que nos interessa é a origem das formas: sobre isso o darwinismo nada disse neste último século e meio."
Eis a conclusão:
"Chegados a este ponto, resta formular a pergunta: se a explicação darwinista ou neodarwinista não é correta, então como se explica a evolução? E a resposta é sumamente simples: ainda não sabemos.
Com essa afirmação, não se quer afirmar que não tenhamos nem a mais remota idéia de onde possa vir a explicação. De fato sabemos muitas coisas soltas, não somente de tipo paleontológico, como também a respeito de questões genéticas, de parentescos entre as diversas espécies, de paleometabolismo, etc. Embora não tenhamos ainda uma explicação que reúna tudo isso num corpo coerente, não se pode dizer que não sabemos nada.
Também sabemos com bastante certeza que a explicação darwinista não é verdadeira, quais são as observações que nos permitem refutá-la e quais as dificuldades metodológicas envolvidas nesse assunto. Dizer que não podemos ainda explicar a evolução pode parecer uma afirmação que nos deixa no vazio, mas não é assim; não equivale a não saber nada: equivale a dizer que se sabe, e muito! Mas trata-se de um conhecimento ao qual nem todos os biólogos conseguem chegar, ou por causa dos defeitos de método acima mencionados, ou porque foge em parte do seu campo de atuação, ou ainda por outras razões. Todo esse conhecimento é orientador de futuras pesquisas, e não uma porta fechada diante de nós.
O que está claro é que o medo de ficar sem um marco de idéias em que encaixar os dados que possuímos não nos deve inibir de repudiar o darwinismo, pois a sua aceitação desorienta a pesquisa posterior: em questões de dinâmica das populações, sobre a importância de outros fatores no processo seletivo e em questões de genética. Tudo por causa da mentalidade darwinista de considerar o acaso como causa. O neodarwinismo de fato tende a concentrar o seu trabalho unicamente em desvendar como os genes causam a forma (o que é uma visão parcial), em considerar a pressão ambiental sobre as espécies e em tentar identificar quais condutas que são favoráveis ou prejudiciais à sobrevivência.
Enquanto predominar o darwinismo, uma questão básica permanecerá sem ser investigada: por que aparecem novos padrões morfológicos nos seres vivos? Do ponto de vista científico, tais padrões são a única coisa tangível que pode ser verificada numa nova espécie, e é justamente este ponto-chave que o darwinismo abandona e deixa de estudar, relegando a sua causa ao simples acaso. Trata-se evidentemente de um ponto que sugere muitas pesquisas importantes em embriologia e em outras disciplinas, e é por isso que rejeitar o darwinismo não implica apenas fechar certas portas: também abre muitas outras.
Uma vez explicada a origem das novas formas dos seres vivos, será possível abordar a questão da causa de que umas desapareçam e outras sobrevivam. Mas essa é uma questão sobre o crivo posterior a que são submetidas umas formas que já existem: o próprio crivo não explica de modo algum a existência dessas formas. Ao estudar a evolução – insisto –, o que nos interessa é a origem das formas: sobre isso o darwinismo nada disse neste último século e meio."
O mais odiado
"O mensalão não é só para deputados. Há também o mensalão da imprensa. No último número da revista Carta Capital, quase 70% dos anúncios eram do governo federal. Lula sempre soube remunerar direito seus aliados. Carta Capital é o João Paulo Cunha dos semanários. O José Janene. O Valdemar Costa Neto.
Lula, dois anos atrás, elogiou publicamente Carta Capital. Para ele, a revista não praticava 'o denuncismo pelo denuncismo' porque 'não se preocupava com o mercado'. Quem conta com 70% de publicidade do Banco do Brasil, da Petrobras e da Caixa Econômica Federal realmente pode ignorar o mercado e os leitores."
Quem? Quem?
Lula, dois anos atrás, elogiou publicamente Carta Capital. Para ele, a revista não praticava 'o denuncismo pelo denuncismo' porque 'não se preocupava com o mercado'. Quem conta com 70% de publicidade do Banco do Brasil, da Petrobras e da Caixa Econômica Federal realmente pode ignorar o mercado e os leitores."
Quem? Quem?
Já se foi o tempo em que índio era bobo
Morales sabe com quem faz gracinha.
"O ímpeto nacionalista de Evo Morales é sabiamente seletivo. O governo boliviano informou que não planeja nacionalizar os projetos minerais tocados em seu território por duas empresas dos EUA: Apex Silver e Coeur d’Alene. Ambas operam no Estado andino de Potosí."
"O ímpeto nacionalista de Evo Morales é sabiamente seletivo. O governo boliviano informou que não planeja nacionalizar os projetos minerais tocados em seu território por duas empresas dos EUA: Apex Silver e Coeur d’Alene. Ambas operam no Estado andino de Potosí."
Boa leitura para iniciantes
Boa leitura no sentido de saber o que se deve evitar escrever. Por exemplo isso:
"Os países com maior índice de desenvolvimento humano praticam o liberalismo, mas com o Estado atuando como redistribuidor de riqueza e praticando tabelas de imposto de renda de alta progressividade."
E nunca, nunca, nunca, uma barbaridade dessas:
"O problema do liberalismo brasileiro é ..."
Desculpem minha rabugice mas um mestre em economia não pode escrever uma coisa dessas.
Não deve ter estudado com o pessoal do De Gustibus.
"Os países com maior índice de desenvolvimento humano praticam o liberalismo, mas com o Estado atuando como redistribuidor de riqueza e praticando tabelas de imposto de renda de alta progressividade."
E nunca, nunca, nunca, uma barbaridade dessas:
"O problema do liberalismo brasileiro é ..."
Desculpem minha rabugice mas um mestre em economia não pode escrever uma coisa dessas.
Não deve ter estudado com o pessoal do De Gustibus.
Carioca é bicho "ixperto"
É muito difícil escrver isso, pois me passa a impressão de que estou defendendo a dupla Garotinho que nos (des)governa, mas vá lá:
O carioca é um malandro muito peculiar: ele escolhe quem será o alvo de todas as suas desconfianças (vide o peculiar casal Garotinho) e também quem será aquele agraciado com uma bela duma carta branca (vide Lula em 2002 e agora Heloisa Helena).
O mais engraçado é ver o carioca fazendo malabarismos mentais para conseguir conviver com suas limitações cognitivas:
1) Restaurante de R$1,00: assistencialismo.
2) Bolsa-família: programa social progressista.
***
1) Corrupção generalizada nos altos escalões do governo estadual: culpa óbvia da governadora.
2) Corrupção generalizada nos altos escalões do governo federal: Lula não sabia de nada.
Carioca é muito "ixperto": para proteger a carteira dos Garotinho, a entrega para o Lula.
E junto com a senha da conta bancária.
O carioca é um malandro muito peculiar: ele escolhe quem será o alvo de todas as suas desconfianças (vide o peculiar casal Garotinho) e também quem será aquele agraciado com uma bela duma carta branca (vide Lula em 2002 e agora Heloisa Helena).
O mais engraçado é ver o carioca fazendo malabarismos mentais para conseguir conviver com suas limitações cognitivas:
1) Restaurante de R$1,00: assistencialismo.
2) Bolsa-família: programa social progressista.
***
1) Corrupção generalizada nos altos escalões do governo estadual: culpa óbvia da governadora.
2) Corrupção generalizada nos altos escalões do governo federal: Lula não sabia de nada.
Carioca é muito "ixperto": para proteger a carteira dos Garotinho, a entrega para o Lula.
E junto com a senha da conta bancária.
05 maio 2006
Último post sobre a palhaçada
Miriam Leitão mandou bem nessa comparação (o conteúdo do link é atualizado diariamente, logo veja hoje ou um abraço!):
"Se Lula negociasse no ABC com a mesma falta de fibra com que defende os interesses do Brasil, ele teria sido a alegria da Fiesp nos anos 70."
Foi engraçado, mas eu ainda estou muito intrigado com essa coisa toda. Não deixo nem mesmo de considerar as hipóteses mais escandalosas (não por serem impossíveis):
"Ilude-se, ou quer iludir os incautos, quem acusa a diplomacia petista de ingênua e incompetente na defesa do interesse nacional. O PT não reconhece categorias como 'interesse nacional'. Para o PT, como para qualquer agremiação totalitária, só existe o interesse do PT. E o interesse do PT é, internamente, consolidar e estender seu poder sobre o Estado e o poder do Estado sobre a sociedade, e, externamente, consolidar e estender o poder de Fidel Castro e de Hugo Chávez sobre a América Latina. Tudo o que estiver em contradição com esses objetivos é e será sempre descartado. Mesmo os interesses da maior empresa estatal do país, verdadeira vaca sagrada dos coletivistas brasileiros, são tranqüilamente sacrificados em nome do fortalecimento político de Evo Morales via xenofobia demagógica. Ingênuos e incompetentes não são os petistas, são os analistas que se recusam a enxergar o óbvio."
Bem, em todo caso, o Brasil vai retaliar como melhor sabe: dentro das quatro linhas. A Bolívia que nos aguarde nas próximas competições sulamericanas.Vamos vingar a honra nacional e mostrar quem é que manda nessa josta!
"Se Lula negociasse no ABC com a mesma falta de fibra com que defende os interesses do Brasil, ele teria sido a alegria da Fiesp nos anos 70."
Foi engraçado, mas eu ainda estou muito intrigado com essa coisa toda. Não deixo nem mesmo de considerar as hipóteses mais escandalosas (não por serem impossíveis):
"Ilude-se, ou quer iludir os incautos, quem acusa a diplomacia petista de ingênua e incompetente na defesa do interesse nacional. O PT não reconhece categorias como 'interesse nacional'. Para o PT, como para qualquer agremiação totalitária, só existe o interesse do PT. E o interesse do PT é, internamente, consolidar e estender seu poder sobre o Estado e o poder do Estado sobre a sociedade, e, externamente, consolidar e estender o poder de Fidel Castro e de Hugo Chávez sobre a América Latina. Tudo o que estiver em contradição com esses objetivos é e será sempre descartado. Mesmo os interesses da maior empresa estatal do país, verdadeira vaca sagrada dos coletivistas brasileiros, são tranqüilamente sacrificados em nome do fortalecimento político de Evo Morales via xenofobia demagógica. Ingênuos e incompetentes não são os petistas, são os analistas que se recusam a enxergar o óbvio."
Bem, em todo caso, o Brasil vai retaliar como melhor sabe: dentro das quatro linhas. A Bolívia que nos aguarde nas próximas competições sulamericanas.Vamos vingar a honra nacional e mostrar quem é que manda nessa josta!
04 maio 2006
Falou e disse
"No Brasil, a maior prova da imoralidade geral não é o sucesso da máquina de corrupção petista: é a presunção de impecabilidade angélica com que aqueles que ajudaram a construi-la falam contra ela no tom de vítimas inocentes e não no de cúmplices arrependidos."
Dele, claro!
Dele, claro!
Evo Morales, versão feminina
"Não posso deixar de me colocar no lugar do presidente Evo Morales. E em nome do interesse público se podem romper unilateralmente contratos. Isso está assegurado, inclusive, na nossa Constituição. A defesa dos interesses brasileiros não pode se transformar num ato imperialista contra qualquer outro país."
Uma certa Senadora, pasmem, brasileira.
Via ASQ.
Uma certa Senadora, pasmem, brasileira.
Via ASQ.
03 maio 2006
E a esquerda no Chile?
Não está nada feliz.
No final das contas o único que vai achar tudo muito normal será o Brasil, o maior prejudicado.
Na real, desconsiderando os boatos e conspiração que começam a circular pela rede, isso é muita incompetência até mesmo para este governo (mas não desprezo a capacidade humana de se superar).
Vamos ver o que nos aguarda.
Quem sabe no futuro, não estaremos todos ouvindo o Nosso Guia se gabar: "Não contavam com minha astúcia!"
No final das contas o único que vai achar tudo muito normal será o Brasil, o maior prejudicado.
Na real, desconsiderando os boatos e conspiração que começam a circular pela rede, isso é muita incompetência até mesmo para este governo (mas não desprezo a capacidade humana de se superar).
Vamos ver o que nos aguarda.
Quem sabe no futuro, não estaremos todos ouvindo o Nosso Guia se gabar: "Não contavam com minha astúcia!"
02 maio 2006
Pura habilidade
Trecho da nota divulgada pelo governo:
"A decisão do governo boliviano de nacionalizar as riquezas de seu subsolo e controlar sua industrialização, transporte e comercialização, é reconhecida pelo Brasil como ato inerente à sua soberania. O Brasil, como manda a sua constituição, exerce pleno controle sobre as riquezas de seu subsolo."
O governo, numa só nota, assumiu que não fará nada muito contundente em relação à a atitude da Bolívia e ainda deixou arrepiados os investidores ao dizer que se quisesse poderia fazer o mesmo por aqui.
No parágrafo seguinte ainda tenta dar uma de machão que levou tapa na cara:
"O governo brasileiro agirá com firmeza e tranquilidade em todos os foros, no sentido de preservar os interesses da Petrobras e levará adiante as negociações necessárias para garantir o relacionamento equilibrado e mutuamente proveitoso para os dois países."
Mas o parágrafo anterior desmoraliza o governo para tomar qualquer tipo de "ação firme" já que, segundo ele próprio, a Bolívia agiu apenas em nome de sua soberania.
Vai ter habilidade assim na... Deixa pra lá.
"A decisão do governo boliviano de nacionalizar as riquezas de seu subsolo e controlar sua industrialização, transporte e comercialização, é reconhecida pelo Brasil como ato inerente à sua soberania. O Brasil, como manda a sua constituição, exerce pleno controle sobre as riquezas de seu subsolo."
O governo, numa só nota, assumiu que não fará nada muito contundente em relação à a atitude da Bolívia e ainda deixou arrepiados os investidores ao dizer que se quisesse poderia fazer o mesmo por aqui.
No parágrafo seguinte ainda tenta dar uma de machão que levou tapa na cara:
"O governo brasileiro agirá com firmeza e tranquilidade em todos os foros, no sentido de preservar os interesses da Petrobras e levará adiante as negociações necessárias para garantir o relacionamento equilibrado e mutuamente proveitoso para os dois países."
Mas o parágrafo anterior desmoraliza o governo para tomar qualquer tipo de "ação firme" já que, segundo ele próprio, a Bolívia agiu apenas em nome de sua soberania.
Vai ter habilidade assim na... Deixa pra lá.
E na hora de tomar uma decisão...
"BRASÍLIA e RIO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá consultar outros chefes de Estado da América Latina sobre a atitude da Bolívia de ocupar militarmente, sem aviso prévio, as instalações petrolíferas do país e nacionalizar suas reservas de petróleo e gás. Oporta-voz da Presidência da República, André Singer, disse, após a reunião interministerial sobre a crise que teve a participação do presidente, Lula poderá também ligar para o próprio presidente da Bolívia, Evo Morales."
Pra quê, se foram nossas as instalações ocupadas? Será que ele espera que os líderes lhe digam que não tome nenhuma atitude drástica e assim ele poderá não fazer nada sob o pretexto de que respeitou o multilateralismo?
Pra quê, se foram nossas as instalações ocupadas? Será que ele espera que os líderes lhe digam que não tome nenhuma atitude drástica e assim ele poderá não fazer nada sob o pretexto de que respeitou o multilateralismo?
01 maio 2006
Cada um na sua
"Cada um protesta do jeito que quiser. Eu protesto da minha maneira. Acho que a imprensa cumpre papel importante na vida política do país, quando fala bem e quando fala mal. Não conheço ninguém que não reclama da imprensa - analisou o presidente."
O presidente está certo. Cada um faz as coisas da sua maneira: o Garotinho faz greve de fome; o presidente tenta expulsar os jornalistas estrangeiros que falam mal dele e também criar um conselho para regulamentar a prática do jornalismo.
Cada um joga com as armas que tem...
O presidente está certo. Cada um faz as coisas da sua maneira: o Garotinho faz greve de fome; o presidente tenta expulsar os jornalistas estrangeiros que falam mal dele e também criar um conselho para regulamentar a prática do jornalismo.
Cada um joga com as armas que tem...
Rumo ao futuro
A Bolívia dá um grande passo em direção à prosperidade!
"LA PAZ - A petrolífera estatal da Bolívia YPFB e os militares bolivianos tomaram controle nesta segunda-feira de toda a indústria petrolífera boliviana, anunciou o vice-presidente, Álvaro García. Duas refinarias na Petrobras foram ocupadas. A tomada de controle de 53 campos produtores, dutos e refinarias, além de mais cerca de 50 postos, começou imediatamente depois de o presidente Evo Morales assinar decreto de nacionalização da indústria de hidrocarbonetos, disse García a uma multidão reunida na praça central de La Paz."
Dá-lhe cocalero!
"LA PAZ - A petrolífera estatal da Bolívia YPFB e os militares bolivianos tomaram controle nesta segunda-feira de toda a indústria petrolífera boliviana, anunciou o vice-presidente, Álvaro García. Duas refinarias na Petrobras foram ocupadas. A tomada de controle de 53 campos produtores, dutos e refinarias, além de mais cerca de 50 postos, começou imediatamente depois de o presidente Evo Morales assinar decreto de nacionalização da indústria de hidrocarbonetos, disse García a uma multidão reunida na praça central de La Paz."
Dá-lhe cocalero!
Mais liberdade positiva
Encontrei este texto sobre o assunto (bom para você que a-d-o-r-a o Isaiah Berlin):
"Many liberals, including Berlin, have suggested that the positive concept of liberty carries with it a danger of authoritarianism. Consider the fate of a permanent and oppressed minority. Because the members of this minority participate in a democratic process characterized by majority rule, they might be said to be free on the grounds that they are members of a society exercising self-control over its own affairs. But they are oppressed, and so are surely unfree. Moreover, it is not necessary to see a society as democratic in order to see it as self-controlled; one might instead adopt an organic conception of society, according to which the collectivity is to be thought of as a living organism, and one might believe that this organism will only act rationally, will only be in control of itself, when its various parts are brought into line with some rational plan devised by its wise governors (who, to extend the metaphor, might be thought of as the organism's brain). In this case, even the majority might be oppressed in the name of liberty.
Such justifications of oppression in the name of liberty are no mere products of the liberal imagination, for there are notorious historical examples of their endorsement by authoritarian political leaders. Berlin, himself a liberal and writing during the cold war, was clearly moved by the way in which the apparently noble ideal of freedom as self-mastery or self-realization had been twisted and distorted by the totalitarian dictators of the twentieth century - most notably those of the Soviet Union - so as to claim that they, rather than the liberal West, were the true champions of freedom. The slippery slope towards this paradoxical conclusion begins, according to Berlin, with the idea of a divided self. To illustrate: the smoker in our story provides a clear example of a divided self, as there is the self that wants to get to the appointment and there is the self that wants to get to the tobacconists. We now add to this that one of the selves - the keeper of appointments - is a ‘higher’ self, and the other - the smoker - is a ‘lower’ self. The higher self is the rational, reflecting self, the self that is capable of moral action and of taking responsibility for what she does. This is the true self, since it is what marks us off from other animals. The lower self, on the other hand, is the self of the passions, of unreflecting desires and irrational impulses. One is free, then, when one's higher, rational self is in control and one is not a slave to one's passions or to one's merely empirical self. The next step down the slippery slope consists in pointing out that some individuals are more rational than others, and can therefore know best what is in their and others' rational interests. This allows them to say that by forcing people less rational than themselves to do the rational thing and thus to realize their true selves, they are in fact liberating them from their merely empirical desires. Occasionally, Berlin says, the defender of positive freedom will take an additional step that consists in conceiving of the self as wider than the individual and as represented by an organic social whole - 'a tribe, a race, a church, a state, the great society of the living and the dead and the yet unborn'. The true interests of the individual are to be identified with the interests of this whole, and individuals can and should be coerced into fulfilling these interests, for they would not resist coercion if they were as rational and wise as their coercers. 'Once I take this view', Berlin says, 'I am in a position to ignore the actual wishes of men or societies, to bully, oppress, torture in the name, and on behalf, of their ‘real’ selves, in the secure knowledge that whatever is the true goal of man ... must be identical with his freedom' (Berlin 1969, pp. 132-33)."
"Many liberals, including Berlin, have suggested that the positive concept of liberty carries with it a danger of authoritarianism. Consider the fate of a permanent and oppressed minority. Because the members of this minority participate in a democratic process characterized by majority rule, they might be said to be free on the grounds that they are members of a society exercising self-control over its own affairs. But they are oppressed, and so are surely unfree. Moreover, it is not necessary to see a society as democratic in order to see it as self-controlled; one might instead adopt an organic conception of society, according to which the collectivity is to be thought of as a living organism, and one might believe that this organism will only act rationally, will only be in control of itself, when its various parts are brought into line with some rational plan devised by its wise governors (who, to extend the metaphor, might be thought of as the organism's brain). In this case, even the majority might be oppressed in the name of liberty.
Such justifications of oppression in the name of liberty are no mere products of the liberal imagination, for there are notorious historical examples of their endorsement by authoritarian political leaders. Berlin, himself a liberal and writing during the cold war, was clearly moved by the way in which the apparently noble ideal of freedom as self-mastery or self-realization had been twisted and distorted by the totalitarian dictators of the twentieth century - most notably those of the Soviet Union - so as to claim that they, rather than the liberal West, were the true champions of freedom. The slippery slope towards this paradoxical conclusion begins, according to Berlin, with the idea of a divided self. To illustrate: the smoker in our story provides a clear example of a divided self, as there is the self that wants to get to the appointment and there is the self that wants to get to the tobacconists. We now add to this that one of the selves - the keeper of appointments - is a ‘higher’ self, and the other - the smoker - is a ‘lower’ self. The higher self is the rational, reflecting self, the self that is capable of moral action and of taking responsibility for what she does. This is the true self, since it is what marks us off from other animals. The lower self, on the other hand, is the self of the passions, of unreflecting desires and irrational impulses. One is free, then, when one's higher, rational self is in control and one is not a slave to one's passions or to one's merely empirical self. The next step down the slippery slope consists in pointing out that some individuals are more rational than others, and can therefore know best what is in their and others' rational interests. This allows them to say that by forcing people less rational than themselves to do the rational thing and thus to realize their true selves, they are in fact liberating them from their merely empirical desires. Occasionally, Berlin says, the defender of positive freedom will take an additional step that consists in conceiving of the self as wider than the individual and as represented by an organic social whole - 'a tribe, a race, a church, a state, the great society of the living and the dead and the yet unborn'. The true interests of the individual are to be identified with the interests of this whole, and individuals can and should be coerced into fulfilling these interests, for they would not resist coercion if they were as rational and wise as their coercers. 'Once I take this view', Berlin says, 'I am in a position to ignore the actual wishes of men or societies, to bully, oppress, torture in the name, and on behalf, of their ‘real’ selves, in the secure knowledge that whatever is the true goal of man ... must be identical with his freedom' (Berlin 1969, pp. 132-33)."
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