Caríssimos, este plebeu sai de férias e só retorna no princípio de novembro, com mais quatro anos de Lula e sua turma. Infelizmente não verei o debate da "Grobo" - assim como não vi nenhum dos outros - e também não participarei da Festa da Democracia.
Sugiro que maneirem na empolgação e não façam como nosso presidente: beber e dirigir.
Fui!
24 outubro 2006
23 outubro 2006
Festa da democracia
E a agonia da liberdade de expressão.
Nós podemos fazer conta que temos uma das maiores democracias do mundo e tudo mais, mas são fatos como esse que demonstram que ainda temos uma longa jornada pela frente até alcançarmos um status de sociedade verdadeiramente democrática e livre.
BRASÍLIA - O ministro Marcelo Ribeiro, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), considerou ofensivos os adesivos que estampam uma foto da mão esquerda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem apenas quatro dedos, e proibiu a distribuição do material. No adesivo, a mão está inserida em um círculo vermelho cortado por um traço diagonal, numa alusão aos sinais de trânsito de proibição.
A decisão foi tomada em caráter liminar, no julgamento de uma ação ajuizada pela líder do PT no Senado, Ideli Salvati (SC). Marcelo Ribeiro também recomendou à Polícia Federal a abertura de inquérito para identificar a autoria do material.
Nós podemos fazer conta que temos uma das maiores democracias do mundo e tudo mais, mas são fatos como esse que demonstram que ainda temos uma longa jornada pela frente até alcançarmos um status de sociedade verdadeiramente democrática e livre.
Liberdade de expressão
Apesar de não ser católico, não me empolgam muito as coisas que Janer Cristaldo escreve sobre religião. Mas concordo plenamente com ele no que diz respeito aos pedidos para que seus textos sejam suprimidos do MSM.
Anti-americanismo
Meu xará indicou este link com um texto muito interessante sobre anti-americanismo onde o autor faz uma análise das diversas facetas do anti-americanismo no mundo.
Tenho apenas um pequeno comentário:
Não sei se estava fora do escopo do texto ou se escapou mesmo, mas o autor não levanta a questão do anti-americanismo ser alimentado por um - ou mais - dos grupos que ele descreve ou ainda a associação de anti-americanos de grupos distintos visando a um objetivo comum: desmoralizar os Estados Unidos.
Ele faz uma boa introdução diferenciando opinião de bias (viés) mas não aborda o fato de este último poder ser cultivado por um ou mais dos grupos anti-americanos.
Cabem algumas considerações:
Não dá para analisar opinião pública, principalmente em países de terceiro mundo, onde as notícias e editoriais praticamente repetem o que é escrito pela mídia pró-Democrata (New York Times e Washington Post, principalmente). Para piorar as coisas, exatamente nestes países que os grupos definidos como anti-americanos radicais - de ideologia marxista - mais abundam.
O texto está bom para identificar os diversos grupos anti-americanos. Entretando ele deixa de lado dois fatores relevantes:
1 - A manipulação da opinião pública. Um belo exemplo dessa manipulação é o fato de Bill Clinton ser visto como um hábil negociador pacifista e George W. Bush ser visto como o senhor da guerra, quando ambos atacaram o Iraque usando exatamente os mesmos pretextos. Outro exemplo é o fato de qualquer cascudo dado num terrorista ser denunciado aos quatro cantos do mundo enquanto as barbaridades cometidas por Putin são noticiadas de modo burocrático. Façam um exercício de imaginação sobre o que aconteceria na mídia mundial se Michael Moore aparecesse assassinado como apareceu a jornalista opositora do governos russo.
2 - A cooperação entre os diversos grupos anti-americanos que, ora colaboram uns com os outros nos ataques aos Estados Unidos, ora se omitem diante de atos condenáveis de seus "colegas" e também se calam quando atitudes americanas deveriam ser apoiadas. Creio que um claro exemplo dessa cooperação é a cumplicidade entre os liberals americanos e os radicais islâmicos que, se deixados trancados numa sala, atacariam aos outros.
Tenho apenas um pequeno comentário:
Não sei se estava fora do escopo do texto ou se escapou mesmo, mas o autor não levanta a questão do anti-americanismo ser alimentado por um - ou mais - dos grupos que ele descreve ou ainda a associação de anti-americanos de grupos distintos visando a um objetivo comum: desmoralizar os Estados Unidos.
Ele faz uma boa introdução diferenciando opinião de bias (viés) mas não aborda o fato de este último poder ser cultivado por um ou mais dos grupos anti-americanos.
Cabem algumas considerações:
Não dá para analisar opinião pública, principalmente em países de terceiro mundo, onde as notícias e editoriais praticamente repetem o que é escrito pela mídia pró-Democrata (New York Times e Washington Post, principalmente). Para piorar as coisas, exatamente nestes países que os grupos definidos como anti-americanos radicais - de ideologia marxista - mais abundam.
O texto está bom para identificar os diversos grupos anti-americanos. Entretando ele deixa de lado dois fatores relevantes:
1 - A manipulação da opinião pública. Um belo exemplo dessa manipulação é o fato de Bill Clinton ser visto como um hábil negociador pacifista e George W. Bush ser visto como o senhor da guerra, quando ambos atacaram o Iraque usando exatamente os mesmos pretextos. Outro exemplo é o fato de qualquer cascudo dado num terrorista ser denunciado aos quatro cantos do mundo enquanto as barbaridades cometidas por Putin são noticiadas de modo burocrático. Façam um exercício de imaginação sobre o que aconteceria na mídia mundial se Michael Moore aparecesse assassinado como apareceu a jornalista opositora do governos russo.
2 - A cooperação entre os diversos grupos anti-americanos que, ora colaboram uns com os outros nos ataques aos Estados Unidos, ora se omitem diante de atos condenáveis de seus "colegas" e também se calam quando atitudes americanas deveriam ser apoiadas. Creio que um claro exemplo dessa cooperação é a cumplicidade entre os liberals americanos e os radicais islâmicos que, se deixados trancados numa sala, atacariam aos outros.
22 outubro 2006
Jogo democrático
Vamos deixar de lado o fato de que, a rigor, deputado não é para fazer trabalho social e analisar esta notícia:
Deputados que não se reelegeram fecham centros sociais
Pelo que percebi da notícia, a idéia é mostrar indignação pelo fato de os deputados interromperem a prestação de serviços por não terem sido reeleitos, mas um deles tem um bom argumento:
Pela cronologia da coisa, o tal deputado "atendia a mais de 16 mil pessoas na Baixada Fluminense e na Zona Oeste do Rio" DEPOIS de eleito, ou seja, mesmo após o objetivo alcançado - a eleição - ele continuou prestando atendimento à população (ou começou a fazer). Dentro do panorama atual, pelo menos algum retorno as pessoas daquela comunidade estavam tendo, pelo menos.
E o que elas fazem? Não reelegem o tal deputado!
Nunca achei que fosse falar isso em minha vida mas estou de pleno acordo com tal deputado. Se a população não consegue defender seus interesses mais imediatos não será ele que terá que manter o centro com seu próprio dinheiro.
O brasileiro precisa aprender a jogar o jogo da democracia. Democracia não é o meio de alcançar a felicidade eterna. Democracia é um meio de disputa do poder político que é jogado por diversos grupos de interesses distintos e muitas vezes conflitantes.
Já está na hora do brasileiro, seja carente ou não, aprender a defender seus interesses.
Deputados que não se reelegeram fecham centros sociais
Pelo que percebi da notícia, a idéia é mostrar indignação pelo fato de os deputados interromperem a prestação de serviços por não terem sido reeleitos, mas um deles tem um bom argumento:
- Vou fechar tudo, porque bancava com o que ganhava como deputado. Eu fiz um trabalho social bacana, mas o povo escolheu assim. Da próxima vez, eu vou fazer campanha dando festas.
Pela cronologia da coisa, o tal deputado "atendia a mais de 16 mil pessoas na Baixada Fluminense e na Zona Oeste do Rio" DEPOIS de eleito, ou seja, mesmo após o objetivo alcançado - a eleição - ele continuou prestando atendimento à população (ou começou a fazer). Dentro do panorama atual, pelo menos algum retorno as pessoas daquela comunidade estavam tendo, pelo menos.
E o que elas fazem? Não reelegem o tal deputado!
Nunca achei que fosse falar isso em minha vida mas estou de pleno acordo com tal deputado. Se a população não consegue defender seus interesses mais imediatos não será ele que terá que manter o centro com seu próprio dinheiro.
O brasileiro precisa aprender a jogar o jogo da democracia. Democracia não é o meio de alcançar a felicidade eterna. Democracia é um meio de disputa do poder político que é jogado por diversos grupos de interesses distintos e muitas vezes conflitantes.
Já está na hora do brasileiro, seja carente ou não, aprender a defender seus interesses.
Ganhar dinheiro não é pecado!
Ainda ontem estávamos eu e minha esposa comentando como, para nós brasileiros, ganhar dinheiro - principalmente muito dinheiro - tem uma conotação pejorativa.
O comentário se deu devido a um programa de TV americano onde uma família é escolhida para ter sua casa completamente reformada.
Neste programa, várias empresas de produtos para o lar (principalmente a Sears) fornecem móveis, eletrodomésticos, computadores, etc. obviamente com suas logomarcas aparecendo sempre que possível.
Minha esposa, ao comentar sobre o programa com uma colega de academia, ouviu algo do tipo:
"Ah, mas eles ganham muito dinheiro com isso!"
Como se o fato de a Sears, os demais fornecedores e os produtores do programa ganharem muito dinheiro com o programa anulasse o bem que eles fazem para as famílias escolhidas.
Lembrei dessa conversa depois de ler este texto do Stphen Kanitz indicado pelo blog Resistência.
Concordo plenamente com a idéia central desse texto: temos, como condição para crescermos, que abandonar essa idéia ridícula de que o lucro e a riqueza são coisas ruins.
O comentário se deu devido a um programa de TV americano onde uma família é escolhida para ter sua casa completamente reformada.
Neste programa, várias empresas de produtos para o lar (principalmente a Sears) fornecem móveis, eletrodomésticos, computadores, etc. obviamente com suas logomarcas aparecendo sempre que possível.
Minha esposa, ao comentar sobre o programa com uma colega de academia, ouviu algo do tipo:
"Ah, mas eles ganham muito dinheiro com isso!"
Como se o fato de a Sears, os demais fornecedores e os produtores do programa ganharem muito dinheiro com o programa anulasse o bem que eles fazem para as famílias escolhidas.
Lembrei dessa conversa depois de ler este texto do Stphen Kanitz indicado pelo blog Resistência.
Somos essa sociedade atrasada porque, entre nós, cobrar caro, ganhar mais do que os outros é malvisto pelos nossos intelectuais, políticos, líderes religiosos e professores de sociologia. O paradigma de sucesso deles é cobrar pouco. Melhor ainda seria não cobrar, oferecendo de graça ensino, saúde, segurança, cultura, aposentadorias, remédios, comida, dinheiro, enfim. De graça, o povo não tem como reclamar dos péssimos serviços, os alunos desses professores não têm como criticar as péssimas aulas. “De cavalo dado não se olham os dentes.” Se alguma coisa a história nos ensina é que o “tudo grátis” traz consigo a queda da qualidade dos serviços públicos, a desvalorização do serviço, o desprezo pelo povo nas filas, a exclusão social, a corrupção e a desmoralização de todos os envolvidos.
Concordo plenamente com a idéia central desse texto: temos, como condição para crescermos, que abandonar essa idéia ridícula de que o lucro e a riqueza são coisas ruins.
Os bem-intencionados
É, eu sei que parece incoerente mas política não se discute. Isso se você quiser manter suas amizades. O bom e velho "concordar em discordar" ficou para trás há tempos e, dependendo do engajamento do seu amigo, é melhor limitar as conversas às futilidades do dia a dia.
Perdi a conta de quantas vezes em mesas de bares e festas eu tive que me calar diante de argumentos sem o menor fundamento (a não ser o velho "eu sou de esquerda, logo quero o bem dos pobres") seja econômico, político ou filosófico. Mantinha aquele sorriso amarelo suficiente para deixar claro que não concordava muito com o que era afirmado. E só.
Confesso que, por um período, fiquei estimulado pelo debate. Mas, pouco a pouco, fui notando que a coisa estava saindo do foro político, econômico, etc. e entrando no pessoal. Quando você afirma que o socialismo é economicamente inviável para um socialista a coisa soa praticamente como um ataque pessoal.
Acontece que muitos adeptos - ou simpatizantes - do socialismo que eu conheço são realmente boas pessoas que, movidos por um desejo intenso de ver as coisas mudarem, mas sem saberem exatamente como fazer isso, acabam se entregando de corpo e alma à única "solução" que nos foi ensinada na escola e nas universidades: o socialismo.
Curiosamente, quanto mais cedo o sujeito se tornou um engajado, mais submerso nas águas socialistas ele está, porque começou a ouvir essas bobagens quando ainda não tinha maturidade suficiente para, pelo menos, refutar os absurdos maiores. Alguns pontos requerem mesmo um conhecimento maior de economia, história (para saber que adotou e falhou e quem não adotou e se deu bem), etc. Mas muito da base do socialismo você descarta apenas pela lógica simples e por observação.
Quando você é jovem, buscando sua identidade, sem responsabilidade por nada, vendo bens de consumo aparecerem na sua frente como que por encanto, você, quando é uma pessoa minimamente decente, tende a ser perguntar: por que os outros também não podem ter isso?
Neste momento é que seu professorzinho, a mídia e tudo ao seu redor oferecem a resposta mais fácil: porque os outros são explorados e você é um privilegiado. O sentimento de indignação é natural diante de tamanha injustiça. Neste momento você é presa fácil para o socialismo.
Curiosamente, os amigos que foram - junto comigo - "alienadaos" quando jovens são justamente aqueles que possuem hoje aquele bom senso, aquele ceticismo saudável, para escapar dessa armadilha tosca. Por mero "acidente" nos livramos dela: durante a fase de doutrinação estávamos mais interessados em garotas, festas, praia, enfim, qualquer coisa menos política!
Infelizmente, boas intenções não bastam. Por mais bem-intencionadas que estas pessoas sejam elas são também responsáveis pela perpetuação de um modelo que, em pleno século XXI, mantém milhões de pessoas flertando com a miséria. Votar cegamente em políticos como Lula, Cristóvam Buarque ou Heloísa Helena pelo simples fato deles serem de esquerda não torna esses bem-intencionados superiores a um eleitor do Paulo Maluf ou do Antônio Carlos Magalhães. O máximo que isso faz é com que durmam com a consciência tranquila.
No passado, desconher os modelos que fizeram vários países emergirem da pobreza e desconhecer o resultado do socialismo onde ele foi implantado era até compreensível devido ao bloqueio de informações que havia. Hoje, com acesso à informação proporcionado pela Internet, isso é inadmissível.
Perdi a conta de quantas vezes em mesas de bares e festas eu tive que me calar diante de argumentos sem o menor fundamento (a não ser o velho "eu sou de esquerda, logo quero o bem dos pobres") seja econômico, político ou filosófico. Mantinha aquele sorriso amarelo suficiente para deixar claro que não concordava muito com o que era afirmado. E só.
Confesso que, por um período, fiquei estimulado pelo debate. Mas, pouco a pouco, fui notando que a coisa estava saindo do foro político, econômico, etc. e entrando no pessoal. Quando você afirma que o socialismo é economicamente inviável para um socialista a coisa soa praticamente como um ataque pessoal.
Acontece que muitos adeptos - ou simpatizantes - do socialismo que eu conheço são realmente boas pessoas que, movidos por um desejo intenso de ver as coisas mudarem, mas sem saberem exatamente como fazer isso, acabam se entregando de corpo e alma à única "solução" que nos foi ensinada na escola e nas universidades: o socialismo.
Curiosamente, quanto mais cedo o sujeito se tornou um engajado, mais submerso nas águas socialistas ele está, porque começou a ouvir essas bobagens quando ainda não tinha maturidade suficiente para, pelo menos, refutar os absurdos maiores. Alguns pontos requerem mesmo um conhecimento maior de economia, história (para saber que adotou e falhou e quem não adotou e se deu bem), etc. Mas muito da base do socialismo você descarta apenas pela lógica simples e por observação.
Quando você é jovem, buscando sua identidade, sem responsabilidade por nada, vendo bens de consumo aparecerem na sua frente como que por encanto, você, quando é uma pessoa minimamente decente, tende a ser perguntar: por que os outros também não podem ter isso?
Neste momento é que seu professorzinho, a mídia e tudo ao seu redor oferecem a resposta mais fácil: porque os outros são explorados e você é um privilegiado. O sentimento de indignação é natural diante de tamanha injustiça. Neste momento você é presa fácil para o socialismo.
Curiosamente, os amigos que foram - junto comigo - "alienadaos" quando jovens são justamente aqueles que possuem hoje aquele bom senso, aquele ceticismo saudável, para escapar dessa armadilha tosca. Por mero "acidente" nos livramos dela: durante a fase de doutrinação estávamos mais interessados em garotas, festas, praia, enfim, qualquer coisa menos política!
Infelizmente, boas intenções não bastam. Por mais bem-intencionadas que estas pessoas sejam elas são também responsáveis pela perpetuação de um modelo que, em pleno século XXI, mantém milhões de pessoas flertando com a miséria. Votar cegamente em políticos como Lula, Cristóvam Buarque ou Heloísa Helena pelo simples fato deles serem de esquerda não torna esses bem-intencionados superiores a um eleitor do Paulo Maluf ou do Antônio Carlos Magalhães. O máximo que isso faz é com que durmam com a consciência tranquila.
No passado, desconher os modelos que fizeram vários países emergirem da pobreza e desconhecer o resultado do socialismo onde ele foi implantado era até compreensível devido ao bloqueio de informações que havia. Hoje, com acesso à informação proporcionado pela Internet, isso é inadmissível.
Vale uma lida
É tão raro ler alguma coisa nos jornais de hoje que fuja do template politicamente correto que vale dar uma no artigo do João Luiz Mauad publicado hoje no Globo na seção de opinião.
Brincando com fogo
Incra apóia líder do MST em briga com Judiciário
RECIFE - A superintendente do Incra no Recife, Maria de Oliveira, pregou na quinta-feira uma reforma do Judiciário e uma ação radical do governo federal e do Estado com objetivo de fazer reforma agrária na zona da mata pernambucana, área tomada pela plantação da cana-de-açúcar.
As afirmações foram feitas em entrevista que Maria de Oliveira concedeu para comemorar a revogação da prisão preventiva do coordenador nacional do MST Jaime Amorim, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na sede do Incra, ao lado de Amorim e dirigentes estaduais do MST, ela compartilhou a avaliação do movimento de que a Justiça persegue os movimentos sociais de luta pela terra.
´Não há lucro para o governo nem para a sociedade com a prisão de pessoas que estão trabalhando e resgatando o País´, afirmou. ´Esse processo de perseguição é visivelmente contra os trabalhadores rurais organizados no País.´
21 outubro 2006
A caminho do Pan
Torcida e equipe sofrem arrastões em Interlagos
De acordo com a rádio Jovem Pan, torcedores e até mesmo integrantes das equipes de Fórmula 1 não escaparam dos bandidos que se aproveitam da morosidade do trânsito para realizar assaltos.
Os principais alvos são os torcedores estrangeiros e os carros oficiais das escuderias, que possuem logo e propaganda oficial do GP, facilitando a identificação pelos ladrões.
Ainda segundo a rádio, na sexta-feira, as principais vítimas foram integrantes da equipe de apoio da Toyota, que foram assaltados quando deixavam o autódromo de Interlagos.
Futilidades II
Qual o pré-requisito que você exigiria de um profissional que escreve em um caderno de cultura? Pelo menos uma cultura geral acima da média, certo? Errado!
Estava eu "folheando" o Segundo Caderno do Globo hoje - coisa que faço com uma raridade espantosa e agora me lembro o porquê - e me chamou a atenção uma reportagem sobre um musical infantil que está sendo exibido pelo canal Disney Channel.
Na matéria, a jornalista usa - ainda! - a qualificação "tipicamente americano" em valores que, até onde eu sabia, são universais: perseverança, amor, perdão, confiança, etc. Talvez, sim, exaltar tais valores seja tipicamente americano e desprezá-los seja tipicamente brasileiro, o que explicaria muito da atual situação de cada país.
Todos esses elementos aparecem no filme, mas a jornalista é incapaz de descobrir porque o filme faz tanto sucesso entre as crianças, justamente aqueles que ainda não foram contaminados pela podridão cultural que gerou jornalistas de cadernos de cultura. Para ela, uma das causas possíveis do sucesso do filme seria - claro! - a colonização.
Alguém pode dar corda no nosso relógio cultural, por favor? O mundo está andando e nós estamos parados em algum lugar do passado.
Mas se para a jornalista a causa do sucesso é insodável, isso não ocorre para todos:
Claro, temos também o elemento lúdico: danças bem coreografadas, figurinos bem elaborados e músicas bem aranjadas:
Quem diria que as crianças, essas colonizadinhas, iriam gostar de filmes bem feitos e que passam mensagens positivas? Temos que fazer algo a respeito!
Estava eu "folheando" o Segundo Caderno do Globo hoje - coisa que faço com uma raridade espantosa e agora me lembro o porquê - e me chamou a atenção uma reportagem sobre um musical infantil que está sendo exibido pelo canal Disney Channel.
Na matéria, a jornalista usa - ainda! - a qualificação "tipicamente americano" em valores que, até onde eu sabia, são universais: perseverança, amor, perdão, confiança, etc. Talvez, sim, exaltar tais valores seja tipicamente americano e desprezá-los seja tipicamente brasileiro, o que explicaria muito da atual situação de cada país.
Todos esses elementos aparecem no filme, mas a jornalista é incapaz de descobrir porque o filme faz tanto sucesso entre as crianças, justamente aqueles que ainda não foram contaminados pela podridão cultural que gerou jornalistas de cadernos de cultura. Para ela, uma das causas possíveis do sucesso do filme seria - claro! - a colonização.
Alguém pode dar corda no nosso relógio cultural, por favor? O mundo está andando e nós estamos parados em algum lugar do passado.
Mas se para a jornalista a causa do sucesso é insodável, isso não ocorre para todos:
- Já vi o filme um monte de vezes! Ele tem uma dica legal no final: a de que cada um tem que proteger e confiar no outro.
Claro, temos também o elemento lúdico: danças bem coreografadas, figurinos bem elaborados e músicas bem aranjadas:
- As músicas são muito legais. Eu também gosto da Sharpay porque ela é bonita e da Gabriella porque ela canta bem.
Quem diria que as crianças, essas colonizadinhas, iriam gostar de filmes bem feitos e que passam mensagens positivas? Temos que fazer algo a respeito!
20 outubro 2006
Free speech
A gente fica aqui preso nesse mundinho xexelento de tucanos versus petralhas e perde toda a diversão.
Esquisito
Terei que pagar se ficar comprovado crime eleitoral
Quando somos acusados de algum crime que não cometemos, geralmente alegamos inocência. Nesta intrigante frase, porém, não parece haver uma alegação de inocência mas sim um desafio a quem acusa para que se encontre alguma prova. Ora bolas, é impossível haver comprovação de culpa se o acusado é inocente.
A frase soou mais como uma torcida para que não se encontre algo que de fato existe.
Estranho...
Quando somos acusados de algum crime que não cometemos, geralmente alegamos inocência. Nesta intrigante frase, porém, não parece haver uma alegação de inocência mas sim um desafio a quem acusa para que se encontre alguma prova. Ora bolas, é impossível haver comprovação de culpa se o acusado é inocente.
A frase soou mais como uma torcida para que não se encontre algo que de fato existe.
Estranho...
A convicção da ignorância
Por mais acostumado que eu esteja a opiniões como esta, não consigo deixar de ficar um pouco surpreso com o modo seguro e determinado com que as pessoas falam as mais espetaculares asneiras.
O mais incrível é que ele provavelmente seria incapaz de citar um exemplo sequer de país desenvolvido que tenha adotado a política econômica que ele acredita ser tão moderna.
Impressionante! É memso uma questão de fé, que faz o indivíduo crer nas coisas mais absurdas a despeito da realidade que o cerca.
O mais incrível é que ele provavelmente seria incapaz de citar um exemplo sequer de país desenvolvido que tenha adotado a política econômica que ele acredita ser tão moderna.
Impressionante! É memso uma questão de fé, que faz o indivíduo crer nas coisas mais absurdas a despeito da realidade que o cerca.
Home of the brave, land of the free
My ass!
Fatos como este mancham a reputação de qualquer civilização (via FYI).
Nelson Rodrigues já tinha falado que os EUA seriam vítimas de sua própria liberdade. Parece que, a cada dia que passa, a previsão do ilustre tricolor se confirma.
Fatos como este mancham a reputação de qualquer civilização (via FYI).
Oct. 19, 2006 — A Virginia judge has dismissed charges today against a young woman who shot herself in order to kill her unborn child in a case that has angered anti-abortion activists.
Nelson Rodrigues já tinha falado que os EUA seriam vítimas de sua própria liberdade. Parece que, a cada dia que passa, a previsão do ilustre tricolor se confirma.
19 outubro 2006
Futilidades
Fico imaginando o que pensam de nós os estrangeiros que, por um motivo ou outro, vêm fixar residência por essas bandas. Se for um psicólogo terá material para escrever verdadeiros tratados. Certamente um desses tratados há de mencionar essa relação de amor e ódio com o grande irmão do norte.
Ao mesmo tempo que comemoramos cada enrascada em que os yankees se metem (a mais recente é o Iraque) também celebramos exultantes quando alguma celebridade americana faz uma média do tipo "adorei seu país, as pessoas são muito simpáticas", quando atletas brasileiros conseguem defender equipes americanas ou quando atores brasileiros conseguem papéis em produções americanas (tão espinafradas por serem ferramentas de dominação imperialista). É motivo de orgulho nacional, noticiado lado a lado com fatos de grande relevância:
- Um asteróide segue rumo à Terra e irá causar a extinção da raça humana. E a seguir, nosso destaque: Rodrigo Santoro estréia no seriado Lost.
Acho que o problema "destepaís" não requer reforma política nem econômica, mas sim um belo e confortável divã.
Ao mesmo tempo que comemoramos cada enrascada em que os yankees se metem (a mais recente é o Iraque) também celebramos exultantes quando alguma celebridade americana faz uma média do tipo "adorei seu país, as pessoas são muito simpáticas", quando atletas brasileiros conseguem defender equipes americanas ou quando atores brasileiros conseguem papéis em produções americanas (tão espinafradas por serem ferramentas de dominação imperialista). É motivo de orgulho nacional, noticiado lado a lado com fatos de grande relevância:
- Um asteróide segue rumo à Terra e irá causar a extinção da raça humana. E a seguir, nosso destaque: Rodrigo Santoro estréia no seriado Lost.
Acho que o problema "destepaís" não requer reforma política nem econômica, mas sim um belo e confortável divã.
Microcrédito
Texto by xará.
De fato, se a proposta for realmente boa do ponto de vista de negócio, a iniciativa privada vai comprar a idéia. Ma se trouxer a ideologia (já ouvi que o microcrédito é prova de que os pobres são melhores credores que os ricos) ou a política para campo a coisa vai virar bagunça nas mãos de políticos e "altruístas" safados.
Há ainda um terceiro problema: e se a política de microcrédito é feita através de instituições públicas? Será que os incentivos para o monitoramento de empréstimos serão os mesmos que teríamos no setor privado? Microcrédito, como diz Sardenberg, não é favor governamental. É dinheiro para gente que deseja correr riscos ou, quase tautologicamente, para empreendedores. Ocorre que se um governo concentra em suas mãos boa parte do microcrédito, poderá estar criando o mesmo problema da dependência que um programa de renda mínima pode criar. Se você deseja que o microcrédito dê resultados sustentáveis, então deve incentivar o setor privado a embarcar nesta proposta. Claro, este incentivo deve deixar claro que falência privada não é sinônimo de socialização de perdas.
De fato, se a proposta for realmente boa do ponto de vista de negócio, a iniciativa privada vai comprar a idéia. Ma se trouxer a ideologia (já ouvi que o microcrédito é prova de que os pobres são melhores credores que os ricos) ou a política para campo a coisa vai virar bagunça nas mãos de políticos e "altruístas" safados.
Duh!
Concorrência cresce e preço dos PCs cai 17%
Será que os fabricantes estão ficando bonzinhos? Um surto de altruísmo? Jesus está voltando?
Nada disso, apenas os bons e velhos conceitos de economia operando sossegados. Imagine agora eles operando sobre os demais bens de consumo.
Imagine... (essa estrofe o John Lennon não fez!)
RIO - Os principais fabricantes de computadores cada vez mais voltam seu foco para os consumidores da classe D, o que tem levado as principais empresas do setor a buscar, além de linhas de financiamento com juros baixos, tecnologias que permitam reduzir ainda mais o preço das máquinas sem afetar as funcionalidades básicas. Segundo reportagem do jornal "Valor Econômico", nos últimos 12 meses, os preços dos PCs registraram queda de 17%, o que contribui para reduzir a ilegalidade e permite que o micro entre definitivamente na lista de compras dos consumidores de renda mais baixa.
Por conta disso, o mercado brasileiro de PCs movimentou 3,6 milhões de unidades só no primeiro semestre, volume 43% superior ao registrado em igual período do ano passado, de acordo com dados da consultoria IT Data citada pelo jornal.
Será que os fabricantes estão ficando bonzinhos? Um surto de altruísmo? Jesus está voltando?
Nada disso, apenas os bons e velhos conceitos de economia operando sossegados. Imagine agora eles operando sobre os demais bens de consumo.
Imagine... (essa estrofe o John Lennon não fez!)
E tome martelada
Justiça-social, igualdade-social, inclusão, neoliberal, distribuição-de-renda, desenvolvimento-sustentável, republicano, democrático, extrema-direita-religiosa, capitalismo-excludente, refém-do-capital, etc. Pensando um pouco mais talvez ainda lembre de mais uma dúzia de palavas.
Nenhum país chega a lugar algum quando todas as questões relevantes são discutidas usando-se apenas um pequeno punhado de expressões ocas e sem nenhum significado real. Palavras são ferramentas para expressar idéias e, por isso, vale lembrar esta célebre frase de Abraham Maslow:
Nenhum país chega a lugar algum quando todas as questões relevantes são discutidas usando-se apenas um pequeno punhado de expressões ocas e sem nenhum significado real. Palavras são ferramentas para expressar idéias e, por isso, vale lembrar esta célebre frase de Abraham Maslow:
If the only tool you have is a hammer, you tend to see every problem as a nail.
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