24 setembro 2009

Águas

Em post recente Cristaldo fala sobre como o Brasil maltrata cruelmente suas águas:


O Brasil não tem respeito algum por suas águas. Enquanto na Europa os rios são componentes do lazer urbano, para nós constituem depósitos de lixo. Em Paris, o Sena faz a alegria da cidade. Em Londres, este papel é desempenhado pelo Tamisa. Já foram rios poluídas, mas tanto britânicos como franceses tiveram o bom senso de recuperá-los. Há nove anos, passei um sábado delicioso às margens do Limmat, em Zurique. O bar se chamava Panta Rei, o que me evocou Heráclito. Me lembrei muito de São Paulo naquele sábado. O rio, que atravessava a cidade, era cristalino, podia-se ver uma moedinha jogada em seu leito. Lá pelas tantas, alguém desceu a rampa e passou uma boa hora nadando. Nadar em um rio que atravessa o centro de uma cidade, para mim, egresso de Porto Alegre e São Paulo, pareceu-me utopia. Não era.

Para que vocês não pensem que Cristaldo de alguma forma exagerava, eis duas fotos do Rio Limmat que eu tirei, uma no ano passado e outra há poucos dias:


Rio Limmat
Foto tirada onde o Limmat encontra o Lago Zurique (Setembro 2008)

Rio Limmat
Rio Limmat (Setembro 2009)


E aqui a foto de um riacho que cruza o centro de Zurique:

Rio Limmat