24 fevereiro 2008

Um sopro de esperança?

Quando uma notícia não envolve os atores que foram programados nas nossas cabeças desde quando éramos crianças pelos professores e desde sempre pelos nossos formadores de opinião, até que as pessoas conseguem estabelecer um raciocício lógico coerente.

Vejamos esta notícia sobre o fim da proibição do uso do véu islâmico nas universidades turcas:


Generais, juízes e outras personalidades laicas temem que o fim da proibição afete a separação entre religião e Estado na Turquia. O CHP, maior partido da oposição, prometeu recorrer à Corte Constitucional para barrar a reforma.

O primeiro-ministro Tayyip Erdogan e seu partido, o centro-direitista AK, consideravam que derrubar a proibição era essencial para assegurar a liberdade religiosa na Turquia, que deseja aderir à União Européia.

Foram enormes minhas surpresa e satisfação ao ver alguns comentários fazendo o básico, mas importantíssimo, questionamento:

"Se o Estado se pretende laico como interferir no modo como as pessoas manifestam sua religiosidade?"

Como isso pode ser considerado afastamento entre Estado e Regiligião?

Nos dias de hoje as palavras possuem significados diferentes de acordo com o contexto: "laico" agora deve significar intrometer-se na religião para sufocá-la e, se possível, suprimi-la por completo da sociedade. Mais ou menos o que aconteceu com a expressão "racista". Atualmente "racista" é quem acha que negros e brancos devem ser tratados como iguais e devem ser igualmente responsabilizados pelos seus atos. Já "igualitário" e "tolerante" é aquele que acha que os negros, por serem naturalmente incapazes, precisam de uma forcinha para arrumar um subemprego qualquer.

Go figure!