O jornal alemão Sueddeutsche Zeitung afirma, em sua edição desta terça-feira, que "o Brasil negro ensaia um levante no Carnaval de Salvador". Em um artigo intitulado "A luta contra o racismo cordial", dedicado ao Carnaval da cidade - descrito como "uma demonstração de beleza e auto-confiança negras" - o jornal diz que "atrás dos sons eufóricos do samba está um claro posicionamento político; o da exigência do fim do racismo".
Hmm... Sério? Bunch of german crap!
Desde os meus tempos de "folião" e mais ainda hoje em dia, o que eu vejo é o contrário: brancos e mais brancos se refestelando nos blocos de carnaval, devidamente protegidos dos "braus" (*) pelas cordas e por seguranças... Negros.
Alguns blocos pedem foto para conceder o cobiçado abadá. O motivo eu deixo por conta da criatividade de cada um...
Por outro lado, há casos de blocos que se recusam a aceitar brancos mas, de acordo com a ex-ministra do Roubocard, isso não é racismo não.
Salvador democracia racial, my brown ass!
(*) Brau, como se deve imaginar, é uma variação de brown. É assim que os brancos da Bahia se referem aos negros de lá. Claro que em tempos politicamente corretos admitir isso é impensável e o termo acabou virando sinônimo de "brega". Tenho conhecidos de Salvador que, quando queriam dizer que determinado evento não fora bom, diziam "Tava muito cheio de brau", esfregando o indicador no braço, em referência à cor da pele. Mas, como estamos no Brasil, é bom lembrar que fama e dinheiro dão uma boa clareada nas pessoas.