Vejamos:
Bill Watterson, oposto aos estragos que o capitalismo e o merchandising provocam em qualquer criação original, apresenta um sentimento anti-merchandising [6] proibiu expressamente a sua editora de vender os direitos para lançar no mercado uma panóplia de artigos baseados na BD. Por este motivo, Watterson passou vários anos em guerra aberta com a Universal Press e existem mesmo algumas tiras que fazem referência a esse conflito de forma muito pouco dissimulada.
No final, Watterson levou a melhor e não permitiu o lançamento de qualquer merchandising excepto alguns artigos únicos de edição limitada como postais e posters originais que se tornaram itém de colecionador.[10]. Apesar desta proibição, hoje em dia não é nada difícil encontrar T-shirts estampadas, porta-chaves ou autocolantes para carros pirateados, com imagens de Calvin a dizer e a fazer coisas que nunca disse nem fez na banda desenhada.
Deixando de lado os produtos piratas, o que a postura anti-capitalista de Bill Watterson fez foi tornar os produtos com a marca Calvin & Hobbes acessíveis somente a uma pequena elite econômica. Se ele quisesse realmente ser um rebelde contra o sistema, deveria dar os direitos de exploração de imagem a todas as empresas que se interessassem.
Tudo que o "anti-capitalista" conseguiu foi que um box de livros de tirinhas custe a bagatela de US$100.00 nos EUA e R$395,00 aqui no Bananão.
Claro que seu coraçãozinho "anti-capitalista" deve sofrer de amargura ao receber sua parte na venda dos escassos produtos que estão disponíveis no mercado.
Que belo negócio, não?