Enquanto não concedemos às idéias que nos repugnam a mesma chance que concedemos àquelas que nos agradam, estamos em plena fé cega, ainda que essa fé seja em algo a que chamamos “razão”.
31 outubro 2008
26 outubro 2008
Ignorance is a bliss
Para manter o pouco que me resta de sanidade mental, tenho evitado noticiários de todo o tipo. Pela manhã, troquei o Bom dia Brasil pelas reprises de Law and Order: Criminal Intent (thank you, cable TV!). Na Web, minhas visitas aos sites jornalísticos são curtas, limitando-me a ver como está o trânsito e resultados do meu tricolor. Só fui saber do caso do seqüestro em São Paulo após o seu desfecho trágico. Trágico, mas não surpreendente. Quando as coisas fogem completamente de qualquer senso de proporção, a ocorrência de casos como este é mera questão de tempo.
Fácil, muito fácil, acusar a polícia paulista até porque ela fez mesmo uma cagada de proporções cósmicas. Mas resta pergunta: o que estaria sendo noticiado se a polícia tivesse matado o infeliz? Já vimos este filme antes e sempre tem gente esperando uma tragédia como esta para exibi-lo novamente.
O chato é que tem platéia.
Infelizmente, nessa mistura de incompetência, politicagem, covardia, hipocrisia, descaso, canalhice, enfim, nesse lamaçal todo, sobrou para as duas meninas.
E o infeliz saiu caminhando todo serelepe.
E vida que segue...
Fácil, muito fácil, acusar a polícia paulista até porque ela fez mesmo uma cagada de proporções cósmicas. Mas resta pergunta: o que estaria sendo noticiado se a polícia tivesse matado o infeliz? Já vimos este filme antes e sempre tem gente esperando uma tragédia como esta para exibi-lo novamente.
O chato é que tem platéia.
Infelizmente, nessa mistura de incompetência, politicagem, covardia, hipocrisia, descaso, canalhice, enfim, nesse lamaçal todo, sobrou para as duas meninas.
E o infeliz saiu caminhando todo serelepe.
E vida que segue...
17 outubro 2008
Incrível
Esta eu vi no FYI:
Acho incrível a "surpresa" do administrador do programa ao constatar que as pessoas não pagam por algo quando podem obtê-lo gratuitamente. Lembra-me daqueles que juram que se as músicas fossem disponibilizadas gratuitamente, ainda assim as pessoas pagariam para que seus artistas prediletos continuassem criando.
É neste tipo de mundo que eu queria viver.
HONOLULU — Hawaii is dropping the only state universal child health care program in the country just seven months after it launched.
Gov. Linda Lingle's administration cited budget shortfalls and other available health care options for eliminating funding for the program. A state official said families were dropping private coverage so their children would be eligible for the subsidized plan.
"People who were already able to afford health care began to stop paying for it so they could get it for free," said Dr. Kenny Fink, the administrator for Med-QUEST at the Department of Human Services. "I don't believe that was the intent of the program."
Acho incrível a "surpresa" do administrador do programa ao constatar que as pessoas não pagam por algo quando podem obtê-lo gratuitamente. Lembra-me daqueles que juram que se as músicas fossem disponibilizadas gratuitamente, ainda assim as pessoas pagariam para que seus artistas prediletos continuassem criando.
É neste tipo de mundo que eu queria viver.
Modus operandi
É um fato (grigos meus): estamos diante de um modus operandi.
O pior é que cola.
SÃO PAULO - A candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, afirmou nesta terça-feira, 14, que não sabia da existência de um panfleto que ataca seu adversário do DEM, Gilberto Kassab. O documento afirma que o prefeito quer "derrubar o presidente da República". "Deus me livre! Eu não sabia disso, não", exclamou, antes de se encontrar com o bispo d. Pedro Luiz Stringhini. "Como é que você pode acompanhar milhares de panfletos que são feitos pela campanha?", questionou a petista.
Não foi a primeira vez que Marta disse não ter conhecimento sobre peças de sua campanha. Há poucos dias, a candidata disse desconhecer a inserção na TV que questionava se Kassab é casado ou tem filhos.
O pior é que cola.
Pai e filho
- Papai, o que é ditadura?
- Ditadura, meu filho, é quando o povo não pode escolher seus governantes.
- Ah, certo... E o que é demoracia?
- Democracia é quando o povo escolhe seus governantes.
- Hmm, isso quer dizer...
- Sim, meu filho, isso quer dizer que estamos ferrados.
- Ditadura, meu filho, é quando o povo não pode escolher seus governantes.
- Ah, certo... E o que é demoracia?
- Democracia é quando o povo escolhe seus governantes.
- Hmm, isso quer dizer...
- Sim, meu filho, isso quer dizer que estamos ferrados.
15 outubro 2008
Sem comentários
Faltam-me palavras para comentar uma notícia dessas:
Justiça determina que colarinho deve ser considerado parte do chope
Sem querer ofender
Parece que, sem querer, acabei incomodando alguém por causa de um comentário que deixei no Blog do meu xará. O comentário era sobre a escolha do Paulo Krugman para o Nobel de Economia. Meu xará resumiu a parte relevante:
Uma coisa que os adoradores da ciência fazem com uma certa freqüência é achar, assim como o católico em relação ao clero, assim como o evangélico em relação ao pastor, que cientistas só têm uma única agenda: a busca pela verdade. Ora, meus caros. Cientista é antes de tudo um ser humano e, como tal, está sujeito às mesmas tentações que todos os outros mortais. Até onde eu sei a banca que determina a escolha do ganhador é formada por seres humanos.
Krugman mereceu o prêmio? Creio que sim. Mas outras pessoas mereciam também e, se você der um rolé pelos sites dedicados à Economia, verá que ele era um nome forte mas não era um nome certo. Isso porque o ganhador é escolhido de acordo com a vontade da banca e ninguém pode afirmar com 100% de certeza (daí minha pergunta no comentário) que a atuação política de Krugman não foi um fator de desempate.
A sombra da sua posição anti-Bush vai pairar para sempre sobre sua cabeça. E isso não quer dizer que ele não merecesse o prêmio.
Claro que o argumento de dizer que sua atuação política não foi o motivo porque assim está escrito no site fundação não merece nem resposta. Imagine se alguém colocaria isso:
Agora fica uma pergunta: no passado e no presente outros grandes nomes deixaram de ganhar o prêmio. Dá para afirmar com 100% de certeza que, apesar do provável merecimento, suas posições políticas não afetaram em nada a escolha? Essa é uma sombra com a qual Krugman terá que viver para o resto de sua vida.
Uma coisa que os adoradores da ciência fazem com uma certa freqüência é achar, assim como o católico em relação ao clero, assim como o evangélico em relação ao pastor, que cientistas só têm uma única agenda: a busca pela verdade. Ora, meus caros. Cientista é antes de tudo um ser humano e, como tal, está sujeito às mesmas tentações que todos os outros mortais. Até onde eu sei a banca que determina a escolha do ganhador é formada por seres humanos.
Krugman mereceu o prêmio? Creio que sim. Mas outras pessoas mereciam também e, se você der um rolé pelos sites dedicados à Economia, verá que ele era um nome forte mas não era um nome certo. Isso porque o ganhador é escolhido de acordo com a vontade da banca e ninguém pode afirmar com 100% de certeza (daí minha pergunta no comentário) que a atuação política de Krugman não foi um fator de desempate.
A sombra da sua posição anti-Bush vai pairar para sempre sobre sua cabeça. E isso não quer dizer que ele não merecesse o prêmio.
Claro que o argumento de dizer que sua atuação política não foi o motivo porque assim está escrito no site fundação não merece nem resposta. Imagine se alguém colocaria isso:
Paul Krugman foi escolhido por sua valorosa batalha contra o governo Bush e o partido Republicano e por seus tendenciosos artigos no New York Times. Ah, e pela sua pesquisa na área de comércio internacional.
14 outubro 2008
Bananão rumo ao neoliberalismo
Ultrajante! Absurdo! Onde vamos parar?
BRASÍLIA - Um polêmico projeto de lei aprovado nesta terça-feira pelo Senado permite que os lojistas fixem preços diferentes para o mesmo produto, dependendo da forma de seu pagamento.
06 outubro 2008
Votar? Não, obrigado
Pelo meu post anterior, é óbvio que concordo com Janer:
Marta Suplicy, apesar de uma péssima gestão anterior, continua liderando nas intenções de voto. O povão parece ter esquecido seu governo. E também seus laivos olímpico-aristocráticos por ocasião da crise dos aeroportos: “relaxa e goza”. Desde há muito passei a aceitar o mundo em que vivo. Se o maioria dos brasileiros vota em Lula, se a maioria dos paulistanos vota em Marta, é porque os merecem. Não participo dessa farsa. Como Cândido, vou cuidar de meu jardim. É o que me resta.
05 outubro 2008
02 outubro 2008
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