Ótimo texto do Igor Taam.
"Um dos maiores sinais de decadência de um país não é a fuga de cérebros para o exterior, mas a atual e quase despercebida corrida aos concursos públicos, a criação de uma geração ainda maior da classe média advinda do funcionalismo. As boas inteligências deveriam estar incentivadas a buscar recompensas na própria sociedade. Ao invés disso, os brasileiros acreditam menos e menos que seu trabalho, seu talento e criatividade serão bem pagos, recebidos, notados, úteis, importantes. A vida de iniciativa está desvalorizada, e os concursos são a forma em que as pessoas reagem a esse declínio: as melhores expectativas de ganhos, antiga atração do mercado, foram incorporadas ao serviço público."
Não precisa ser nenhum antropólogo para perceber que estamos diante de uma nova versão, tropicalizada, do eternizado homo sovieticus: o homo bananus.