30 dezembro 2009

NCIS

Gosto muito da série NCIS (ainda estou avaliando o spin-off NCIS: Los Angeles). Vi os dois episódios mencionados neste texto e tive exatamente a mesma percepção.

I regard these viewing practices of mine as harmless and insouciant, brief timeouts from the serious business of life and the exigencies of writing. They constitute a separate zone of artless indulgence on which reality does not impinge or, alternatively, in which reality is not mutilated. That is, until recently, when the awaited Tuesday arrived and I settled in to watch an episode of NCIS called “Faith.” I soon found myself growing increasingly uneasy as the plot developed. A Marine who had converted to Islam had been murdered at prayer; in the course of the investigation, it turned out the culprit was his younger brother, who committed the crime in order to salvage the family honor, for the father, a former military officer, was now a Christian minister. A curious inversion seemed to be occurring in which Muslim honor killing, usually targeting a daughter who is deemed to have violated the tenets of the faith, was now chiastically transposed into a Christian honor killing, targeting a son who had embarrassed his observant family.

Troubled in mind, I proceeded to watch NCIS: Los Angeles, which occupied the next hour slot. This episode was called “Brimstone” and, sure enough, a strangely similar story unfolded. A group of wounded soldiers recently returned from Iraq were being systematically eliminated by a mysterious serial killer. Suspicion fell on a Muslim soldier, a member of the unit who had been disfigured by a roadside bomb and who had gone into hiding. But as the investigation continued, it ultimately became clear that our suspect had been falsely accused and that the killer was a crazed Christian evangelist and fellow soldier, seeking redemption for an imagined battlefield atrocity by blowing up his comrades.

Tomara que os autores tenham apenas exagerado no eggnog.

27 dezembro 2009

Ser brasileiro...

É assistir a este vídeo de ponta a ponta sem sentir engulhos.

Se você consegue, e até mesmo se emociona mais quando a voz do narrador fica mais contundente, este país - ou, pelo menos, este governo - definitivamente foi feito para você.

23 dezembro 2009

Multis

Trabalhar em empresa multinacional tem um lado bom: escapamos - um pouco - da muquiranice do empresariado bananense. Por outro lado, ficamos expostos a certas babaquices politicamente corretas, algumas sinais claros de como o homem-médio do Ocidente está cada vez mais pusilânime. Durante o ano todo, recebo mensagens saudando feriados religiosos judeus:

"Happy Hanukkah!"

Muçulmanos:

"Happy Ramadan!"

Mas quando chega o feriado cristão...

"Happy Holidays!"

Happy Holidays, my ass! It's

MERRY CHRISTMAS!

21 dezembro 2009

Mais um do Olavão

Gostei de mais este texto do Olavão:

Notem bem: moralidade não é uma lista de condutas louváveis e condenáveis, pronta para que o cidadão a obedeça com o automatismo de um rato de Pavlov.

Moralidade é consciência, é discernimento pessoal, é busca de uma meta de perfeição que só aos poucos vai se esclarecendo e encontrando seus meios de realização entre as contradições e ambigüidades da vida.

20 dezembro 2009

Dias divertidos

Estas últimas semanas têm sido divertidas. No mesmo período no qual se realizou o encontro mundial de salvadores do mundo em Copenhagen, vários pontos do hemisfério norte foram castigados com nevascas e temperaturas baixíssimas. Até mesmo a sede do encontro pode vir a ter seu primeiro white christmas em 14 anos. Se você é um ateu, vai achar engraçada a coincidência; se você é um crente pode achar que é uma traquinagem divina. Não importa qual seja seu caso, se tico e teco estiverem operando com capacidade normal, é impossível não perceber a ironia da situação.

Mas venhamos e convenhamos: somente dias divertidos como os de hoje podem nos propiciar uma página de jornal - fictícia - assim:

Extra! Extra!


O pior é saber que uma página dessas não causa nenhum estranhamento nos seus leitores. Dá-lhe Pavlov!

Você sabe que vive num buraco...

... Quando o chefe do executivo diz (por volta de 5:27) que não consultou ninguém - "não disse ainda no meu país, não disse à minha bancada e não disse ao meu Congresso" - mas o Brasil vai fazer isso, aquilo e aquilo outro e o fato não escandaliza ninguém, muito pelo contrário: é visto como um gesto de ousadia. Caiamos na real: enquanto este tipo de regime personalista imperar por aqui continuaremos sendo a caricatura de democracia que somos hoje.

Praias particulares

Uma das coisas que mais escandalizam o bananense é uma praia particular. Isso vai contra nossa idéia selvagem de que o que a "Mãe-natureza" cria é de todos. Lembro até hoje do meu primeiro contato com uma praia de acesso particular nos EUA. Logo estranhei: "Que absurdo! Praias deveriam ser abertas ao público como no Brasil!"

Bem, as coisas não são bem assim. Sabemos que esse "público" pode ser contornado de diversas maneiras. Tudo feito de uma forma a permitir que os freqüentadores de locais "exclusivos" continuem achando que, no Brasil, a praia é um espaço democrático.

Vejamos estas medidas tomadas por várias prefeituras de cidades litorâneas de São Paulo (onde mais? Onde mais?):

Os turistas de um dia têm tido cada vez mais dificuldade para aproveitar as praias do litoral de São Paulo. Acostumados a se amontoar em ônibus com isopores lotados de bebida e comida para passar algumas horas ao sol, eles estão longe de receber tratamento VIP.

A maioria das cidades tem ao menos uma receita para coibir a ‘farofa’ na areia. Algumas cobram caro dos que pretendem entrar na cidade sem gerar renda alguma e ainda despejar sujeira. Outras ‘isolam’ os turistas em praias menos badaladas, dando em troca um terminal todo equipado com banheiros e estacionamento.

Ora, essas medidas nada mais são que tornar as prais privativas dos moradores ou freqüentadores VIP da região. Só que de um modo pilantra: através do poder público. Se fosse uma praia explicitamente privativa, o proprietário teria que gastar grana dele, e somente dele, para ter o privilégio de freqüentá-la. Mas nestes casos, em São Paulo, um pequeno grupo conta com dinheiro de todos os moradores da cidade, mesmo aqueles que moram a quilômetros do mar, para limitar o acesso dos "farofeiros" (*) ao seu reduto exclusivo.

Trata-se de um belo exemplo de como usar o poder público para gerar benefícios privados.

(*) Obviamente a tal farofa é um mero pretexto ecologicamente correto para, na verdade, afastar os pobres do convívio dos VIPs. Todos os recursos usados para montar a estrutura que mantém os farofeiros longe das praias badaladas poderiam ter sido usados para fiscalizar e punir aqueles que efetivamente emporcalham as praias. O problema é que, com isso, os VIPs ainda teriam que conviver com os Uélintons, Uóxintons e Suelens da vida, coisa inadmissível.

13 dezembro 2009

Um texto muito bom

Este do Sergio de Biasi:

Eu, pessoalmente, acredito que levar qualquer uma das duas posições [liberdade negativa e liberdade positiva] ao extremo NÃO maximiza a liberdade de ação do ser humano individual, que é o que eu realmente gostaria que se buscasse. Segundo o liberalismo clássico (mas note, não segundo por exemplo o anarco-capitalismo), pode ser perfeitamente legítimo por exemplo coercitivamente cobrar impostos para financiar um sistema de polícia que impeça que você seja assassinado ao sair na rua. Estamos falando aqui de destruir certas liberdade para proteger outras liberdades, e até aí estou de acordo. Adicionalmente, concordo plenamente com o liberalismo clássico na posição de que não é aceitável confiscar 50% do salário de todos para prover a todo e cada ser humano o direito, digamos, de viajar para qualquer lugar do mundo que desejar (que seria o caso de destruir certas liberdades para criar outras liberdades).

Fluxograma

Podemos agilizar o processo de punição (ou não) de muitos crimes adotando este revolucionário fluxograma politicamente correto, com alguns ajustes para se adequar à nossa realidade:



Basta entrar com os dados da vítima e do agressor e depois apertar a tecla "Enter"!

Elogios, elogios

O mais novo elogio vazio que enche de orgulho o peito do bananense é dizer que o Brasil é o país da moda, o país que reúne todas as condições para se tornar um big player no cenário mundial, desde que - sempre tem um "desde que" - saiba aproveitar as oportunidades que lhe estão sendo oferecidas. Ora bolas, se soubéssemos aproveitar uma única oportunidadezinha que fosse para nos desenvolvermos, já seríamos um big player. Esse elogio equivale a colocar um fusquinha na cabeceira de uma pista de decolagem e dizer "aí estão todas as condições para você realizar uma decolagem perfeita. Vai que é tua, fusquinha!"

12 dezembro 2009

Verão chegando

Está divertido ver os (inúteis) esforços das "otoridadis" no sentido de criar uma praia à prova de carioca.

Todos sabemos que o único jeito de um carioca sair em público sem depredar, defecar ou urinar em algo é este:

Tá curtindo a praia Uélinton?
- Tá curtindo a praia, Uélinton?

Incrível

Nem dá para ver a boca do ventríloquo se mexendo!

Aí, o portugês chegou no bar e disse...


I face the world as it is, and cannot stand idle in the face of threats to the American people. For make no mistake: Evil does exist in the world. A non-violent movement could not have halted Hitler's armies. Negotiations cannot convince al Qaeda's leaders to lay down their arms. To say that force may sometimes be necessary is not a call to cynicism -- it is a recognition of history; the imperfections of man and the limits of reason.

I raise this point, I begin with this point because in many countries there is a deep ambivalence about military action today, no matter what the cause. And at times, this is joined by a reflexive suspicion of America, the world's sole military superpower.

But the world must remember that it was not simply international institutions -- not just treaties and declarations -- that brought stability to a post-World War II world.

A solução

A solução pro Bananão é a recolonização.

09 dezembro 2009

Dá-lhe Olavão

Falou e disse!

O Brasil, no momento, não precisa de boas idéias. Precisa é de uma ação vigorosa, implacável, contra o império da maldade, da mentira e da estupidez. Esse império foi instaurado pela geração que, nos bancos da universidade, se deixou seduzir pela crença de que era "a parcela mais esclarecida da população" e de que todos os problemas estariam resolvidos quando ela chegasse ao poder. Ela chegou -- e fez do povo brasileiro o mais ignorante, o mais assassino e provavelmente o mais desonesto do mundo.

Não importa o "ismo" que se implante neste país. Enquanto não se der um jeito na matéria-prima, isso vai continuar sendo a pocilga que é. E piorando...

07 dezembro 2009

O bom e velho "faça o que eu digo..."

Cúpula do clima terá 1,2 mil limusines e 140 jatos particulares

Mas, ao que parece, tem muita gente preocupada com o meio ambiente apenas no discurso. De acordo com o jornal inglês Telegraph, os mais de 30 mil participantes da cúpula vão produzir cerca de 41 mil toneladas de CO2 durante os 11 dias de duração do evento. É o equivalente à produção de uma cidade de 140 mil habitantes.

Parte desses poluentes serão emitidos nas viagens dos participantes para Copenhague. Estima-se que 140 jatos particulares pousarão no aeroporto da cidade durante o período. O número é tão grande que não haverá lugar para eles estacionarem. Muitos terão de seguir para outros aeroportos da região e só voltar à Dinamarca para buscar seus passageiros VIP.

As limusines que vão circular pelas ruas da capital dinamarquesa também são apontadas como vilãs do meio ambiente. De acordo com o jornal inglês, mais de 1,2 mil delas vão transportar os participantes. Apenas 5 dessas limusines são híbridas - ou seja, têm dois motores, um elétrico e um a combustão, o que ajuda a reduzir as emissões.

O jornal inglês lembra ainda que muitos dos mais de 30 mil participantes da cúpula não têm muito a fazer na cidade. Entre os convidados estão os atores Leonardo DiCaprio, Daryl Hannah, a modelo Helena Chritensen etc.

06 dezembro 2009

Aprenda neném

Noventa e nove não é cem:

O Flu, que teve 99% de chance de ser rebaixado, consegue um feito quase impossível.

Quem precisa de Robin Williams?

Muito grato pela sua ajuda, mas nós podemos nos ridicularizar sozinhos:

RIO - Cinco bandidos armados de pistolas e fuzis, que dirigiam um carrro prata, fecharam Avenida Brigadeiro Trompowski, no acesso à ponte nova, na Ilha do Govenador, e promoveram um arrastão por volta das 7h deste domingo.

05 dezembro 2009

Essa aprendeu

Como diria o Nelson: "Ha! Ha!"

Se tivesse agido de acordo com o que situação exige (ou seja: se tivesse faltado às aulas, deixado a escola cair aos pedaços e fingido que ensinava) não teria sido processada.

PORTO ALEGRE - A professora Maria Denise Bandeira - que ficou conhecida por ter obrigado um aluno de 14 anos a pintar as paredes da escola pichadas por ele em Viamão, no Rio Grande do Sul - vai pagar à Justiça meio salário mínimo, o equivalente a R$ 232,50. O valor será pago a título de transação penal.

Em setembro, a promotora Daniela Lucca da Silva encaminhou ação por uma possível infração do Estatuto da Criança e do Adolescente, a de submeter criança ou adolescente a vexame ou a constrangimento.

Vê se aprende!

04 dezembro 2009

Faça-me o favor

Dizer que a Costa do Marfim é uma grande ameaça é o fim da picada. Tudo bem querer valorizar uma provável classificação em primeiro do grupo, mas chamá-lo de "Grupo da Morte" é piada.

01 dezembro 2009

Depois não reclama

Depois a direita reclama que perde espaço pra esquerda e bal-bla-bla. Dois blogues conceituados no universo direitista (sorry, no Jabá) afirmaram mais ou menos que "educação não é a solução."
Espero que eles tenham apenas confundido os termos "educação" e "escolaridade". Sim, porque eu até consigo imaginar sociedades de merda (Olha nóis aí, gente!) com a população tendo algum nível de escolaridade, mas não conheço uma sociedade minimamente evoluída onde sua população não é educada no sentido estrito do termo.

Já passou da hora de parar com essa histrória de que do livre mercado surgirá o nirvana.

And finally the day has come

Alunos são proibidos de se formar em universidade de Lincoln, nos EUA, por estarem obesos

RIO - A Lincoln University, a primeira instituição de ensino para a comunidade negra na História dos EUA, envolveu-se em uma grande polêmica: está se recusando a entregar o diploma de graduação para alunos obesos.

A universidade, situada em Oxford, no estado da Pensilvânia, iniciou em 2006 um programa obrigatório chamado "Fitness for Life" (Educação Física pela Vida), a fim de fazer com que estudantes com índice de massa corpórea (IMC) acima de 30 entrassem em forma com três horas semanais de atividades físicas, além de acompanhamento nutricional e psicológico, de acordo com informações publicadas no site "Daily Beast".

Diria o antropólogo

Após longo período de estudo dos nativos da cidade do Rio de Janeiro, podemos observar que, depois de tanto tempo fazendo da bunda a principal - senão a única - fonte de rendimentos, o carioca alcançou um novo patamar evolucionário, transferindo para esta parte do corpo humano até mesmo as funções cognitivas.

Aqui não há nada que não se consiga estragar

Sei que nada vai acontecer e que nenhuma discussão mais profunda surgirá a partir disso, mas tem algo muito errado num campeonato onde clubes perdem de propósito ou, na melhor das hipóteses, não se esforçam para ganhar.

Como bom brasileiro, o futebol corria em meu sangue, mas, pouco a pouco, o interesse foi se esvaindo... Hoje mal tenho saco para acompanhar os jogos do meu time.