Um levantamento divulgado nesta sexta-feira (4) pelo Ministério da Saúde, com base em dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), mostra que o Brasil registrou no ano passado 40.610 vítimas fatais no trânsito, um aumento de quase 25% em relação ao registrado nove anos antes, em 2002, quando 32.753 morreram.
Mas somos brasileiros e não desisitmos nunca. Uma vez adotada uma solução, não importa o resultado, vamos fundo com ela até o final.
“Os estados que conseguiram apertar a fiscalização e impedir que qualquer pessoa alcoolizada pudesse dirigir conseguiram reduzir os acidentes”, destacou o ministro Alexandre Padilha em entrevista ao G1.
De quais estatísticas ele dispõe para dizer que um estado consegue apertar a fiscalização melhor que outro. Apenas dois estados apresentaram redução no período, Rio de Janeiro e Santa Catarina, sendo que em abmos a diminuição foi marginal. Na melhor das hipóteses podemos dizer que a Lei Seca não causou melhora nenhuma nos índices destes estados. Mas tudo bem, podemos dizer que a tendência seria de aumento e a Lei Seca estabilizou os indicadores o que seria realmente um ganho. Mas será que dá para afirmar que apenas estes dois estados apertam a fiscalização?
Mas o próprio Padilha diz depois:
“O primeiro motivo das causas dos acidentes tem sido a alta velocidade. É fundamental termos mecanismos de combate à alta velocidade", disse Padilha.
Hmm, então o primeiro motivo é alta velocidade? A lógica elementar diz que motocicleta é um veículo mas nem todo veículo é uma motocicleta. Se mesmo com a Lei Seca, há elevação de acidentes por causa da alta velocidade, então é válida a hipótese de que uma boa parcela dos que estão correndo muito não estão alcoolizados. Não seria o caso de avalaiar o direcionamento de esforços e recursos para atacar outras causas?
Claro que não! Afinal, somos brasileiros e não desistimos nunca!
