Feriados religiosos são o seguinte: ou você aproveita o "day off" e fica na sua ou você, religioso, segue os rituais e coisa e tal. Mas sempre tem um muderno querendo avaliar milênios com a sua perspectiva de "Revista Atrevida."
Vejamos trechos desta pérola de modernidade expelida por um intelequitual para o... Terra Magazine (que surpresa!):
"Mas, o que eu acho que seria uma excelente ideia é apenas remover do nosso calendário emocional uma data baseada no pior do catolicismo: a ideia de compartilhar do sofrimento de algo ou alguém que estava lá de propósito e para isso mesmo."
"Na paixão de Cristo, o coitado é sovado sem dó por romanos e por quem mais estiver assistindo, e a gente é convidado a compartilhar da pancadaria na condição de quem a sofre. No grande final, o sujeito que veio até aqui para salvar todo mundo dos seus pecados é solenemente crucificado. Essa não é a minha ideia de divertimento, estimados leitores."
"Eu gostaria muito, muito mais se a gente passasse a comemorar um feriado onde se praticasse o Mitgefühl, e a gente se dedicasse a sentir o outro, e, eventualmente, compreendê-lo, do que passar dias pensando no coitadinho do outro e o quanto ele se sacrificou por nós, sem que a gente pedisse."
"Para que celebrarmos hoje em dia o que existe de pior em uma religião tão preocupada com o sofrimento nesse mundo? Vamos para o outro lado, vamos curtir o feriado imersos em pensamentos mais felizes."
Esses foram os "pontos altos," mas o texto todo é da profundidade de uma poça d'água.
Acho que nem mesmo nos meus quinze anos eu fui ou convivi com gente tão tosca assim. Enfim, mais uma "pessoa maravilhosa".