29 dezembro 2008

Minha manchete

Lei Seca aumenta número de acidentes nas estradas federais do estado do Rio de Janeiro

Rio - A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou nesta segunda-feira balanço que mostra o aumento de aproximadamente 200% no número de vítimas fatais nas rodovias federais no Estado do Rio de Janeiro, em comparação com 2007.

Quem discordar que prove o contrário, né?

27 dezembro 2008

Ficção mesmo!

Leio o roteiro do filme Push no Omelete:

No roteiro escrito por David Bourla, também produtor-executivo do filme, alguns agentes estadunidenses com poderes de clarividência e telecinesia se refugiam em Pequim para escapar das garras da inteligência dos EUA. Para se verem livres para sempre, porém, eles precisam aceitar uma última missão.

Antes de mais nada: estadunidense? Estadunidense? Quem, em posse de suas faculdades mentais, usa este termo a sério? Quem? Quem?

É difícil saber qual a parte mais fantasiosa do filme: a existência de agentes com poderes de clarividência e telecinésia ou o fato deles fugirem dos EUA para buscar a liberdade na... China!

26 dezembro 2008

Estagiário

Acho que, neste feriado de Natal, deixaram um estagiário como responsável pela digitação das legendas na Globonews:


A não ser que o rapaz tenha sido levado por um montão de churros.

24 dezembro 2008

20 dezembro 2008

Por que gostamos de cachorro?

Por que queimar a mufa tentando esse fenômeno?

A teoria da evolução explica tudo.

Claro (grifos meus).

A ligação com os animais já foi explicada de várias maneiras por estudos científicos, mas uma das teorias mais aceitas é que a evolução favorece os homens que gostam de bichos. Registros arqueológicos de 10 a 15 mil anos atrás sugerem que, de lá para cá, homens e animais dividiam espaços semelhantes. Acredita-se que os homens tenham iniciado o processo de domesticação depois de perceber a utilidade do olfato apurado dos cães e de suas habilidades para a caça e para a defesa. As vilas protegidas pelos cachorros acabavam sobrevivendo aos ataques de predadores e rivais. Isso deu mais um motivo para o homem se manter próximo dos cães, traço preservado ao longo dos séculos.

19 dezembro 2008

Sofisticação é

Acreditar que há alguma chance da maior e mais corrupta repartição pública do mundo - a.k.a. ONU - trazer a paz mundial, mas debochar de qualquer um que cite uma passagem da Bíblia.

Pfuii

Ao longo do ano minha empresa manda e-mails felicitando os funcionários por todo tipo de feriado religioso.

Hoje recebo um com uma mensagem de "Happy Holidays".

16 dezembro 2008

Blogueiro mainstream

Post banal, embora emblemático.

Antes eu considerava que a mais baixa forma de vida dentro de uma redação de jornal eram os jornalistas esportivos, os colunistas sociais e aqueles que cobriam a TV.

Não mais.

De um tempo pra cá, a mais baixa forma de vida em uma redação de jornal são os blogueiros.

Blogueiros vinculados a grandes veículos não são blogueiros, em minha opinião. São jornalistas que escrevem em formato diferente do usado pelos seus colegas. E como tais, cometem invariavelmente os mesmos erros que afugentam o leitores: erros de grafia, preguiça de pesquisar minimamente sobre os assuntos, visão de mundo rasteira e estereotipada, padronização de opiniões, correção política, etc.

Tenho aqui algo que eu julgo ser um exemplo (banal, como eu disse):

Como não sou profundo conhecedor do universo dos quadrinhos, creio que posso estar enganado, mas este post me deixou intrigado: que motivos teriam levado o seu autor a usar o nome Wolferine, quando o próprio vídeo postado indicava a grafia que eu penso (ou pensava) ser a correta, Wolverine? Algum conhecedor de quadrinhos saberia explicar? Talvez seja uma grafia aceitável, sei lá...

Wolferine??

Nova aquisição

Click to see it bigger

Como fui um bom menino este ano, Papai Noel me trouxe este presentinho antecipadamente: lente Sigma Macro 105mm.

O cachorro não gostou muito de ser cobaia.

Estados não tiranizam pessoas...

... Pessoas tiranizam pessoas.

A minha principal discordância em relação ao ponto de vista de alguns libertários é a idéa de que o Estado, por ser um poderoso mecanismo de coerção, gera fatalmente a tirania. Para mim, esta afirmativa se compara à afirmação de que as armas matam por si só. Entendo que o Estado é uma ferramenta e, portanto, será tão tirânico quanto a sociedade que o maneja.

Tem também aquela teoria, mais praticada pelos libertários economicistas, de que a liberdade econômica resulta nas demais liberdades, mas isso é assunto para outra hora.

Grandes momentos

Sobre o tumulto grego, JP:

O problema está numa geração que nasceu e cresceu à sombra do Estado de Bem Estar Social, essa herança da Grande Depressão que o fim da Segunda Guerra tornou praticamente universal. Um Estado que vela pelos seus cidadãos do berço até à cova e que, precisamente por isso, os infantiliza durante uma vida inteira.

Quando vejo os pequenos selvagens da Grécia, é impossível não perceber o drama central desses meninos: habituados ao conforto e à segurança de um Estado que os trata como menores, eles continuam a esperar da entidade paternal o manto protetor das suas existências: no ensino, na saúde, no trabalho, na habitação, no consumo, na educação dos filhos e até, quem sabe, no fabrico deles. Inevitável: educados na dependência, eles não se distinguem dos mais básicos dependentes.

Infelizmente para eles, para a Grécia e para a Europa, o pai dá sinais de falência e os filhos terão que procurar a sopa noutras panelas. A violência de Atenas, que a prazo se espalhará pelas restantes cidades do continente, faz parte do processo. Crescer dói.

Sobre a tentativa de acertar Jorgibuxi:

(...) graças à ocupação promovida por Bush, o jornalista iraquiano não irá para a forca. A segunda, e bem mais pragmática, é que esta sapatada não não vai impedir a redemocratização do Iraque. Porque, a despeito de toda a inegável tragédia da guerra, esta sapatada carece de uma unanimidade que possa lhe conferir alguma força. Ao contrário daquele discurso de 14 de setembro de 2001, esta sapatada não tem o poder de aglutinar uma nação - seja ela os EUA ou o Iraque - em torno de uma causa.

07 dezembro 2008

Progressismo legal

Viver de acordo com as normas ditadas pelos "pogreçistas" requer, no mínimo, que a pessoa desative sua capacidade de raciocinar logicamente. Como as decisões raramente se baseiam numa escala de valores, é possivel vermos leis entrando em conflitanto com o comportamento do Estado.

Vejamos a pedofilia.

É de comum acordo que a pedofilia é algo abominável. Por quê?

O princípio que fundamenta a lei que pune a pedofilia - com o qual concordo plenamente - é que uma criança não tem maturidade para escapar da sedução de um adulto. Em alguns estados americanos o sexo entre um adulto e um menor é considerado estupro.

Mas como conciliar essa premissa com a política de educação sexual adotada pelas escolas onde as mesmas crianças que não têm maturidade para decidir em relação ao ato sexual aprendem a colocar camisinha, a tomar pílula, etc.?

Ora, a mensagem passada pelas leis é confiltante: por um lado abomina-se a prática de sexo envolvendo crianças mas por outro, prepara-se as crianças para a prática do sexo.

Isso é o que acontece quando o sistema legal é tomado pelo progressismo. Perde-se a perspectiva e as leis não seguem uma escala hierárquica de valores. Ficamos com um conjunto de retalhos ridículo que parece com um sistema legal, mas não passa de palhaçada.

06 dezembro 2008

Vicky Christina Barcelona

Woody Allen é uma vaca sagrada. Logo, ao dizer isso serei acusado de ignorantão que só gosta de filme porcaria de Roliúdi, mas vá lá: ô filmezinho chato para dedéu. Um clichê após o outro. Não aguento mais esse tema "mulher comprometida com homem certinho viaja para a Europa (ou um lugar exótico) e conhece um artista com o qual vive uma intensa paixão que a fará questionar sua vida."

Boooring!

04 dezembro 2008

Cadê eles?

Ontem tive em minhas mãos um DVD com aquele filme onde os mexicanos misteriosamente desaparecem nos EUA e tudo vira um caos porque ninguém sabe o que fazer.

Não consegui alugar. Achei a proposta idiota demais em todos os sentidos.

Além de tudo a premissa é falsa. Quem conhece minimamente os EUA e outros países desenvolvidos onde a mão de obra não é barata, sabe que lá as famílias de classe média não podem bancar servicos de porteiro, empregadas e babás tão facilmente como a classe média de países de terceiro mundo. Se por aqui é comum ver uma casa onde vivem um casal e duas crianças com um time de serviçais à disposição quase que diariamente, nos EUA, por exemplo, ter uma faxineira que vai na sua casa uma vez por semana é considerado um pequeno luxo. Mesmo que ela seja mexicana. Ou Brasileira.

Curiosamente o filme faz sucesso por aqui justamente na classe média, cujos pimpolhos hoje se orgulham de não saber nem mesmo trocar uma lâmpada ou fritar um ovo: "Ah, eu chamo logo alguém para fazer."

Não é à toa que o filme é de um mexicano. Somente alguém da classe média de terceiro mundo pode considerar um caos ficar alguns dias sem serviçais.

03 dezembro 2008

02 dezembro 2008

He is back

Alceu Garcia dando as caras de novo na - com o perdão da palavra - blogosfera.

E chega chutando uma vaca sagrada:

É difícil escolher o pior entre eles, mas é fácil escolher o mais influente. Não pode ser outro senão o grande, o primeiro e único, Paul Krugman. Esse homem me vem à mente quando lembro daquele poema do Yeats, que fala da falta de convicção dos melhores e da apaixonada intensidade dos piores. Ele é o pior intenso e apaixonado por excelência, chefe de uma legião de piores como ele.

Krugman se acha um economista. Ele é graduado e pós-graduado nas melhores universidades dos Estados Unidos. É professor em Princeton, publicou livros de sucesso e tem uma coluna no New York Times, o jornal mais importante do mundo. Ganhou o prêmio Nobel de economia. É o guru econômico do Barack Obama. Enfim, Krugman “se acha”. Reconheço que ele tem todos os motivos para “se achar”. Está no topo do mundo. É um sucesso absoluto. Mas de economia Krugman não entende nada. Na verdade, entende tanto do assunto quanto Lula domina a física das partículas. Só que ninguém levaria Lula a sério se ele desse palestras sobre física das partículas. Mas todo mundo leva Krugman a sério em economia, inclusive o novo presidente dos Estados Unidos.

01 dezembro 2008

Estréia

Mr. X.

Complementando...

Um reforço na idéia por trás do post anterior: a questão não é se religiosos estão certos ou não em relação à formação do seu sistema moral. A questão principal do post é como formar um sistema moral a partir da premissa de que a existência de um indivíduo se resume ao indeterminado - que pode ser curtíssimo - período de sua existência física. Como racionalizar qualquer obrigação moral - qualquer! - com outro ser humano usando essa premissa?