28 setembro 2008

Opinião

Outro dia, almoçando com colegas de trabalho, surgiu uma pequena polêmica em torno do nome do Ayrton Senna. Ele era isso, ele era aquilo. Minha impressão sobre ele não é das melhores, mas não passa disso: impressão. Uma impressão é resultado menos de análise que dos nossos preconceitos. Falei que era impossível ter qualquer opinião a respeito da pessoa Ayrton Senna apenas levando em consideração sua habilidade para dirigir. Se alguém poderia dizer algo sobre ele, somente poderia se alguém do seu convívio. Notei que algumas pessoas ouviram essa obviedade como se fosse uma revelação divina.

É interessante como uma grande parte das nossas opiniões é formada sem nenhuma base concreta. Em quantas ocasiões não passamos de uma caixa de reverberação, propagando a opinião de alguém sobre determinado assunto, sem nunca parar para examiná-la?

Quantas pessoas acham o americano idiota, o francês arrogante, o suíço frio, o caribenho alegre, etc. sem nunca ter tido um contato sequer, em toda sua vida, com um deles para corroborar ou questionar sua opinião? Quantas pessoas se acham liberais, socialistas, nazistas, etc. sem nunca terem avaliado o que essas coisas realmente significam?

Há algum tempo procuro fazer uma constante reavaliação das minhas opiniões para me certificar de que elas são realmente minhas ou se peguei emprestada de alguém. Se for minha mesmo, não me incomodo que seja estúpida pois temos mais chances de consertar uma opinião quando ela é verdadeiramente nossa. Se não for uma opinião originalmente minha, tento analisá-la o máximo possível. Caso eu tenha instrumentos - inclusive intelectuais - para validá-la, ela passa a fazer parte do meu repertório. Caso contrário, procuro me manter o mais neutro possível sobre o assunto, o que não me impede ter ter impressões sobre ele.

Empreendedorismo

Igor faz uma dura crítica ao empresariado brasileiro. Até concordo, mas é importante lembrar que até a bancarrota em outros países é menos danosa que aqui. O ambiente é fundamental para que aqueles que desejam correr algum risco não paguem por ele pelo resto de suas vidas. Senti isso até um pouco na pele. Meu velho era um empreendedor nato. E pagou por isso morrendo em situação precaríssima.

Resumindo: sim, temos carência de empreendedores. Mas o Brasil não é um solo fértil para esse tipo de coisa.

27 setembro 2008

Ayaan Hirsi Ali kicking a liberal ass!

O que acontece quando um estúpido jornalista esquerdinha, típico exemplar do Homem-massa de Ortega y Gasset, entrevista alguém que é a prova viva de sua imbecilidade?

Isso:



Não deixem de ver os últimos segundos da entrevista.

Dumb asses!

Distorting History.

Sem comentários... Começo a concordar com o Refém do Estado: os americanos, que vão eleger Obaminha Paz e Amor, de um modo geral são tão imbecis quanto os bananenses que elegeram Lulinha Paz e Amor. Acho que só temos maior quantidade de idiotas, mas os yankees estão correndo atrás do prejuízo e com muita determinação.

Recordar é viver

Palavras "interessantes" de alguns representants após a adminstração Bush ter sugerido uma maior fiscalização da agência Freddie Mac and Fannie Mae em 2003 (grifos meus):

'These two entities -- Fannie Mae and Freddie Mac -- are not facing any kind of financial crisis,'' said Representative Barney Frank of Massachusetts, the ranking Democrat on the Financial Services Committee. ''The more people exaggerate these problems, the more pressure there is on these companies, the less we will see in terms of affordable housing.''

Representative Melvin L. Watt, Democrat of North Carolina, agreed.

''I don't see much other than a shell game going on here, moving something from one agency to another and in the process weakening the bargaining power of poorer families and their ability to get affordable housing,'' Mr. Watt said.

Via Greg Mankiw, que deve ter participado da elaboração desta proposta.

24 setembro 2008

Malvado

Se um super-herói gay fizer sucesso no cinema, todos os executivos de Roliúdi, esses exemplos de coragem, empreendimento e criatividade, vão querer dar uma abordagem gay aos super-heróis. Teremos um Batman que na verdade queria ser a Mulher-Gato, um Super-Homem que sente um desejo incontido de usar a roupa da Mulher-Maravilha, Lanterna-Verde pensando em mudar a cor do seu uniforme para Rosa-choque e assim vai.

Agora a bola da vez é o Super-Homem. Querem trazer à tona seu lado sombrio. Um dia ainda escrevo sobre essa mania de querer "explorar o lado malvado dos heróis." Para adiantar, lembro uma frase que não sei quem disse e nem mesmo o teor exato (*). Ela dizia, mais ou menos, que nada alegra mais um canalha que ver um justo cometer pecados.

(*) Quem souber o autor e a frase correta, favor dar um toque.

Update: um leitor me deu pistas que me levaram ao post do Reinaldão. Nos comentários, um leitor colocou a frase original, de André Gide:

"O grande prazer do devasso é arrastar à devassidão"

É por aí.

23 setembro 2008

Mais uma

E mais uma mulher brasileira chega ao ápice de sua carreira:

A velejadora Isabel Swan, ganhadora da medalha de bronze em Pequim na classe 470, ao lado de Fernanda Oliveira, divulgou que estampará a capa da revista 'Vip', especializada em ensaios sensuais.

- Não sei ainda quando vai sair. Fiz o ensaio para amadurecer a idéia de posar nua. Antes, quero ver a reação das pessoas para não prejudicar a minha imagem. Eu quero agregar saúde e beleza ao que faço como atleta - afirmou Isabel, que nesta terça-feira ganhou 125g de ouro (R$ 6.375) da BM&FBovespa, por sua medalha.

É assim: seja lá qual for a carreira, o sucesso verdadeiro só vem quando uma revista masculina convida a mulher para posar nua.

22 setembro 2008

De acordo

Nem sou muito chegado a heavy metal, mas concordo 100% com o baterista da banda Mettalica:

Vou dar músicas de graça, mas eu escolho quando, onde e como.

Indignação!

Estou profundamente indignado com o teor deste curso de reciclagem da polícia civil:

O estereótipo do traficante de drogas negro e o usuário branco, dentro de um curso para a reciclagem de policiais civis. Parece estranho, mas foi o que flagramos durante a produção de uma matéria para a edição de domingo. Especialistas e advogados criticaram, o subchefe Ricardo Martins disse que vai tentar descobrir o que aconteceu e prometeu mudanças.

Inadmissível! Intolerável!

Quero deixar aqui minha sugestão para que isso não se repita: usem uma única cor para representar traficante e usuário! O verde, por exemplo.

Mas não esqueçam: o traficante é verde escuro e o usuário, verde claro.

E não é?

Sobre Sarah Palin e seus críticos:

Os critérios utilizados pelos nossos comentadores para desqualificá-la, por sua vez, embora muito elevados, embora muito justos, embora muito isentos, se fossem minimamente considerados pelos americanos, haveriam de desqualificar, além dela e em primeiro lugar, o próprio Obama. De onde concluímos que...

Daqui.

Medindo a inteligência

Uma boa régua para medir a inteligência de uma pessoa é observar sua capacidade de absorver novas informações e transformar isso em conhecimento verdadeiro. As pessoas com baixa capacidade cognitiva, não importando quão eruditas elas sejam, sempre tentam enquadrar os dados que recebem no padrão pré-existente em suas cacholinhas, em vez de criar novos padrões que transformem esses novos dados em informação.

Um exemplo clássico: quando uma pessoa inteligente lê alguém metendo pau no Brasil ou nos nos brasileiros ou em ambos, ela será capaz de apreender o conteúdo da crítica, avaliar se a crítica procede ou não e estabeler uma opinião própria a respeito do assunto. Quando uma pessoa intellectually challenged (eu juro que preferiria ser chamado de burro a ser chamado disso!) lê alguém metendo pau no Brasil, independente do conteúdo da crítica, a reação é uma só:

- Tá querendo imitar Diogo Mainardi!

Veja bem: não é que o crítico não esteja querendo imitar o Diogo Mainardi. O que a pessoa intellectually challenged não percebe é que as críticas ao Brasil ou aos brasileiros podem ter várias motivações e podem ser até mesmo conflitantes entre si. Ainda que a críticas de uma pessoa sejam mais ou menos coincidentes com as do colunista, não podemos esquecer que pessoas diferentes podem chegar às mesmas conclusões sobre determinado assunto. Se George W. Bush diz lá nos EUA que o Sol é quente e eu depois digo aqui no Bananão que o Sol é quente, não quer dizer que eu estou imitando ele. Apenas as evidências nos levaram à mesma conclusão.

Uma outra coisa é concordar com a opinião de alguém. Quando uso o verbo concordar estou assumindo que a pessoa leu, entendeu, ponderou e finalmente aceitou a opinião de alguém sobre determinado assunto. Se Olavo de Carvalho (para citar outro "polemista") faz uma afirmação, cabe à pessoa que não é intellectually challenged, ler ou ouvir o que ele expõs, entender o que ele está querendo dizer, ponderar e, finalmente, com base nas informações de que o leitor ou ouvinte já dispõe e também usando a lógica, aceitar, rejeitar o se manter neutra diante da posição exposta. Isso, ao meu ver, significa concordar ou discordar. Aceitar uma opinião sem a menor análise é tão grotesco quanto rejeitá-la do mesmo jeito.

A crise

Esqueça tudo o que você já leu sobre a crise nos EUA, principalmente a tal morte do liberalismo que nossos especialistas aqui estão anunciando. Vai no blog do Alexandre Schwartsman e lê o que ele escreveu sobre o assunto.

18 setembro 2008

A cabecinha de um iluminado

Thomas Sowell costuma chamar a patota da esquerda-chique de anointed ou, em português, ungidos. Eles se acham os iluminados e tudo que fazem é, por isso mesmo, justificado.

Mais um belo exemplo de como essas cabecinhas funcionam: a fotógrafa foi contratada pela revista Atlantico para fotografar o candidato McCain. Como ela é uma cidadã consciente, claro que:


But she didn’t bother to do much retouching on her McCain images. “I left his eyes red and his skin looking bad,” she says.

After getting that shot, Greenberg asked McCain to “please come over here” for one more set-up before the 15-minute shoot was over. There, she had a beauty dish with a modeling light set up. “That’s what he thought he was being lit by,” Greenberg says. “But that wasn’t firing.”

What was firing was a strobe positioned below him, which cast the horror movie shadows across his face and on the wall right behind him. “He had no idea he was being lit from below,” Greenberg says. And his handlers didn’t seem to notice it either. “I guess they’re not very sophisticated,” she adds.

A fotógrafa é uma dedicada democrata e odeeeeeeeia o Jorgibuxi (todo mundo que é uma pessoa maravilhosa deve odiar o Jorgibuxi). Vocês acham que ela pensou em recusar a oferta de fotografar o McCain?


Given her strong feelings about John McCain, we asked whether she had any reservations about taking the assignment in the first place.

“I didn’t,” she says. “It’s definitely exciting to shoot someone who is in the limelight like that. I am a pretty hard core Democrat. Some of my artwork has been pretty anti-Bush, so maybe it was somewhat irresponsible for them [The Atlantic] to hire me.”

Interessante o ponto de vista da anointed, não? Quase um blame-the-victm! Se a revista supôs que ela seria profissional na hora de contratá-la o problema é da revista. Um anointed nunca está errado! Nunca! Ainda mais se tiver muito dinheiro envolvido na jogada.

Aí a baranga começa a perder trabalhos por causa dessa atitude antiética e antiprofissional e depois vem choramingar que está sendo perseguida e boicotada pelos malvados republicanos.

14 setembro 2008

Sowell

Thomas Sowell, para variar, mandando ver:

Conservatives, as well as liberals, would undoubtedly be happier living in the kind of world envisioned by the left.

Very few people have either a vested interest or an ideological preference for a world in which there are many inequalities.

Even fewer would prefer a world in which vast sums of money have to be devoted to military defense, when so much benefit could be produced if those resources were directed into medical research instead.

It is hardly surprising that young people prefer the political left. The only reason for rejecting the left's vision is that the real world in which we live is very different from the world that the left perceives today or envisions for tomorrow.

Most of us learn that from experience-- but experience is precisely what the young are lacking.

"Experience" is often just a fancy word for the mistakes that we belatedly realized we were making, only after the realities of the world made us pay a painful price for being wrong.

Those who are insulated from that pain-- whether by being born into affluence or wealth, or shielded by the welfare state, or insulated by tenure in academia or in the federal judiciary-- can remain in a state of perpetual immaturity.

Leia tudo!

Não falei?

Tinha que ser a Tina!

Update:

Jogando o jogo

Muita gente por aí está desiludida com a escolha de Sarah Palin para vice do McCain. Sem contar que muitos ficaram desapontados com a escolha do próprio McCain para candidato republicano, em primeiro lugar.

Ora, meus caros, será que vocês querem vencer a retórica democrata com argumentos puramente racionais? Caiamos na real: numa democracia, se você anseia pelo poder você precisa conquistar votos. Alguém conhece um eleitor que analise detalhadamente o programa de governo de cada candidato para depois decidir em qual votar? Mesmo que haja o interesse de fazer isso, quantos eleitores têm bagagem para analisar todos os aspectos envolvidos (economia, política externa, saúde, etc.)? Por isso a esmagadora maioria dos eleitores se guia por elementos menos racionais.

Acabo de ver um programa na CNN onde um partidário democrata atacou a candidatura McCain, afirmando que ela vai continuar com os tax-cuts para as corporações. A resposta - certa - que meus caros desapontados dariam ao democrata seria:

- Mas todos sabemos que cortes de impostos para corporações geram muito mais benefícios para a sociedade como um todo do que cortes para pessoas físicas.

Uma resposta dessas seria massacrada por qualquer estagiário do comitê do Obama. Claro que o partidário do McCain tentou ressaltar os benefícios que este pretende trazer diretamente para as working families.

Particularmente, estou c... e andando para quem vai ser eleito. Claro que seria divertido ver esquerdistas tristinhos e montando sites www.iamsorryagain.org. Em termos de princípios, ver um cara escancaradamente falso como Obama ganhar eleição até para síndico me deixaria um pouco mais desesperançoso em relação ao futuro da humanidade. De qualquer forma, a mera candidatura de um cara como ele já é sinal de que algo muito errado está acontecendo com os EUA. Se não for agora, um dia essa retórica messiânica vai colar.

Não, meus caros. Não torcerei contra os Republicanos nessa.

Se eu lá morasse, diria:

Go McCain! Go Palin!

Cria corvos...

... E arrancar-te-ão os olhos:

RIO - Um grupo de radicais islâmicos pediu que casais muçulmanos façam mais filhos para que, pela explosão demográfica, eles possam tomar o Reino Unido, de acordo com reportagem do site do jornal "Daily Mail".

Pelo raciocínio de seus defensores, a população muçulmana inchada seria bastante para "ocupar" o Reino Unido sem a necessidade de uma ação de fora. Essas revelações foram feitas durante encontro de novos muçulmanos no aniversário do 11 de Setembro. De acordo com o que foi exposto à platéia no evento, informa o site citando informação divulgada pelo jornal "The Sun", seria fácil impor a lei da Sharia à população.

Discursando em uma reunião em Londres, Anjem Choudary, braço direito do religioso exilado Omar Bakri Mohammed, disse: "Pode ser pela pura conversão que o Reino Unido vai se transformar em um Estado islâmico. Nós não precisaremos conquistá-lo (o país) de fora."

13 setembro 2008

Aviso aos compatriotas - Parte II

Continuando de onde parei no post anterior, acreditem no senso comum: a Suíça é um porre sem tamanho. Não tem absolutamente nada para fazer. Não sei por que diabos eles estão sempre de bom humor e solícitos. Deve ser algum retardamento.

E os caras não falam português!

Tá, é relativamente fácil encontrar pessoas que pelo menos arranham no inglês, mas e o português? Aí nós, brazucas, temos que ficar vivendo uma vida fechada em guetos, freqüentando restaurantes de brasileiros, lojas de brasileiros, etc. Se eles se preocupassem mais em aprender a nossa língua, nós poderíamos voltar para o Bananão sem aquela sensação de que aqui na Suíça não há nada para fazer.

Aqui neste buraco gelado, como eles não gozam dos mesmos privilégios que nós, afortunados brasileiros, eles têm que se contentar em viajar, pedalar, caminhar, esquiar, remar, velejar, ir a restaurantes, ir a clubes noturnos, ir a shows, ir a concertos, ler, passear, nadar, etc. Enfim, não há nada que um ser humano normal possa fazer neste buraco!

Caros companheiros de horda, fiquem por aí. Não caiam nessa armadilha da reportagem e prestem atenção nos comentários sensatos de alguns pobres brasileiros que tiveram que morar aqui em algum momento doloroso de suas vidas.

Eu só estou aqui neste inferno por motivos alheios à minha vontade, quase em cárcere privado, mas graças ao Todo Poderoso, retorno em uma semana para minha terra adorada! Não deixem que meu sacrifício seja em vão: voem para Miami!

12 setembro 2008

Aviso aos compatriotas

Hoje o jornal O Globo publicou mais uma daquelas matérias pagas de turismo. Desta vez sobre a Suíça:


ZURIQUE - O senso comum liga a Suíça a relógios, bancos e neutralidade política. E portanto, a um lugar ordeiro, rico e pacífico. Mas chato como o funcionamento dos relógios, o trabalho dos bancos e a vida de quem não toma partido nunca, certo? Não. A Suíça é sim rica, ordeira, e a vida corre sem sustos. Mas exatamente por isso ela é o oposto da chatice.

Meus companheiros de horda, caríssimos "brasileiroooos, com muito orgulhoooo, com muito amoooooooor", isso não passa de mentira deslavada! Todos nós brasileiros sabemos que não existe alegria na ordem, não existe felicidade na organização. Não troquem o calor humano do Nordeste deste "Brasilzão de Meu Deus" por este povo frio que é o suíço. Se querem mesmo aproveitar ares de primeiro mundo vão para Miami. Vocês matarão dois coelhos com uma paulada: curtem o primeiro mundo e ainda fazem umas comprinhas básicas.

Aqui na Suiça não tem nada para vocês!

11 setembro 2008

Zurich

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Belo dia em Zurich. O rio Limmat, com suas águas límpidas, compõe um belo postal com a majestosa Grossmunster ao fundo.

Que surpresa!

Um libertário relativamente satisfeito com a escolha de Sarah Palin?

But of all the aspiring politicians McCain could have boosted into the national spotlight of a presidential campaign, he could have done a lot worse than Palin. If she manages to hold on to her more individualist, limited-government instincts, she'd be a welcome force in a party that has generally abandoned its "leave-us-alone" constituency—thanks in no small part to the man at the top of the ticket. She's certainly a world away from Joe Lieberman, McCain's reported favored pick.

In short, John McCain may have actually made a good pick this month—in spite of himself.

O fim do mundo vem mesmo aí!

Not Tupy is coming back

Not Tupy, retornando aos poucos e em grande estilo:

Dito isto, a única razão porque o Brasil talvez merecesse existir é que foi "o mais perto que a humanidade chegou de concretizar a idéia de que pessoas são só pessoas" - palavras de John McWorther, afro-pessoa, não minhas, latino-pessoa. A única bandeira que este país chegou perto de representar, a única causa da nação, o nosso "freedom", o nosso "egalité", o nosso "vamos oprimir a Geórgia" foi essa: gente é gente.

(...)

Mesmo assim, radicalizar essa idéia, "pessoas são pessoas", isso é possivelmente a única instância em que eu realmente defenderia a cultura do Brasil. A única coisa em que eu realmente seria nacionalista. Nossa visão tradicional sobre raças pode ser imperfeita, mas parte de um princípio correto, e com certeza é melhor que a dos Estados Unidos. Sem isto, este país pode sumir da face da terra e ninguém sentirá falta.

Onde eu assino?

Ponto a ser elaborado

Distinguir um verdadeiro liberal de um mero rebelde que tem problemas com autoridade.

Melhor ler certas coisas que ser cego

Antigamente os pensadores esquerdistas (oxímoro, eu sei) pelo menos ainda tinham algum talento para enganar aos outros ou a si próprios. Suas incongruências e seus deslizes não apareciam juntos de uma forma que expusesse os autores ao desmascaramento ou a uma epifânia ("Caraca, o que eu disse agora foi a maior estupidez que eu ja ouvi!").

Mas agora eles estão menos sagazes ou mais caras-de-pau. Este tal de Sergio Augusto (o "tal" não é para conferir-lhe irrelevância. Eu não o conheço mesmo) faz tudo num parágrafo só (via Resistência):

Foi assustador. Aquele mar de caucasianos, caipiras, plutocratas, mal-amados, ressentidos, órfãos do macarthismo, peruas botocadas e lábios finos, vociferando ódio, zombarias, calúnias e slogans chauvinistas, é bem o retrato de uma América que não gostaríamos que existisse, mas que, lamentavelmente, existe e é poderosa.

Peraí! É ele quem está sendo preconceituoso, é ele quem está zombando, é ele quem está ofendendo e, finalmente, é ele quem até gostaria que essa América não existisse ou fosse menos poderosa. Enfim, é ele quem vomita ódio nas páginas do Estadão e, no mesmo parágrafo, diz que isso é uma característica da tal América republicana?

Ou ele é muito cara-de-pau tipo "Ah! Os leitores são idiotas mesmo e nunca perceberão isso!" ou ele próprio é um dos idiotas, incapaz de perceber o ridículo do seu - vá lá - pensamento.

10 setembro 2008

Believe me, I'm a scientist - Parte 2

Eu já tinha visto essa notícia aqui.

Não sei se vocês conhecem a piada do cientista português que inventou a pílula para matar a sede:

- Basta tomar a pílula com dois copos d'água bem gelados, ó pá!

Pois é, agora temos a nova versão:

- Existe o gene da obesidade, mas se você malhar seu efeito é anulado.

Believe me, I'm a scientist

Buracos negros podem devorar a Terra

O professor Otto E. Rössler, nascido em 1940, é acadêmico de longa trajetória e membro do Instituto de Química Física e Teórica da Universidade de Tübingen. Ele é um dos que advertem contra eventuais efeitos destrutivos do LHC (Large Hadron Collider), o maior acelerador de partículas do mundo, a ser posto em atividade nesta quarta-feira (10/09).

Cientista pode falar qualquer merda que tá liberado.

Só nos resta dizer amém...

09 setembro 2008

Cara de uma...

A pessoa mais satisfeita com a escolha de Sarah Palin para vice-presidente certamente é a comediante Tina Fey. Seu cachê deve ter disparado.

Também não é para menos:



Sarah


Tina


Bastam uma maquiagem, um penteado e copiar o sorriso da Palin...

07 setembro 2008

The screwtape letters

Este delicioso livro do magistral C.S. Lewis me ajudou a suportar a desagradável experiência que foi a viagem Rio-Paris pela Air France hoje. Sério, me fez sentir saudades de voar American Airlines. Mas isso é outro papo.

Minha idéia era postar bons trechos das cartas que Screwtape enviou a seu adorado sobrinho Wormwood, mas a cada uma que eu lia percebia que a tarefa de escolher alguns poucos trechos era impossível de ser realizada.

Separei dois trechos relevantes para mim:

Above all, do not attempt to use science (I mean, the real sciences) as a defense against Christianity. They will positively encourage him to think about realities he can't touch and see. There have been sad cases among the modern physicists. If he must dabble in science, keep him on economics and sociology; don't let him get away from that invaluable 'real life'. But the best of all is to let him read no science but to give him a grand general idea that he knows it all and that everything he happens to have picked up in casual talk and reading is 'the results of modern investigation'.


All you then have to do is to keep out of his mind the question 'If I, being what I am, can consider that I am in some sense a Christian, why should the different vices of those people in the pew prove that their religion is mere hypocrisy and convention?' You may ask whether it is possible to keep such an obvious thought from occurring even to a human mind. It is, Wormwood, it is!

04 setembro 2008

Já valeu

Só mesmo uma republicana na chapa do McCain para fazer progressistas acharem que uma gravidez na adolescência e antes do casamento é algo reprovável!

Daqui a pouco vão dizer que ela não é apta a ser vice-presidente por ser mulher!

Eu juro que fico constrangido pelos eleitores e simpatizantes dos Democratas. A mídia mainstream não hesita, por um segundo sequer, em apostar na estupidez deles.

01 setembro 2008

Se o capeta desse uma entrevista...

Não seria tão gosmenta quanto essa do ministro do STF:

O senhor acredita que a maior flexibilização do STF abre a possibilidadepara a discussão do aborto em geral?

Sem dúvida. O debate atual é um passo importante para que nós, os ministros do Supremo, selecionemos elementos que, no futuro, possam respaldar o julgamento do aborto de forma mais ampla. O sistema atual está capenga. Porque a prática de aborto de fetos potencialmente saudáveis no caso de estupro é permitida? Esse tema é cercado por incongruências. Temos 1 milhão deabortos clandestinos por ano no Brasil. Isso implica um risco enorme de vida para a mulher. Na maioria das vezes, o aborto é feito em condições inexistentes de assepsia, sem um apoio médico de primeira grandeza. Há uma hipocrisia aí. O aborto é punido por normas penais, mas é feito de forma escamoteada. Nosso sistema é laico. Não somos regidos pelo sistema canônico, mas por leis. A sociedade precisa deixar em segundo plano as paixõ escondenáveis.

O senhor pensava em ampliar a discussão sobre o aborto ao convocar o debateatual?

O tema anencefalia é um gancho para discutir situações mais abrangentes e fronteiriças. Em minha opinião, os casos de interrupção de gestação de anencéfalo e os de aborto de forma mais abrangente, quando a gravidez não é desejada, possuem um ponto importante em comum: o direito de a mulher decidir sobre a própria vida. O princípio que está em jogo nessas situações é o do direito à liberdade.

Quanta desonestidade em tão poucas palavras...