31 março 2008

Passou em branco

Perdi uma polêmica que foi gerada pela declaração do Marcelo Madureira. O humorista do Casseta & Planete disse, num evento desses aí, que "Glauber Rocha é uma merda."

Pra quê? Rapidamente a turba se reuniu para praticar o linchamento do autor deste crime hediondo contra a cultura nacional. Preparam um desagravo (?!) e tudo mais. Não sei qual o teor do tal desagravo mas não estará completo se não tiver o trecho:

"Graças ao cineasta Glauber Rocha podemos ganhar vida falando abobrinhas para platéias de miolo mole e podemos receber verbas polpudas para escrever páginas e mais páginas de material completamente sem sentido e inútil."

No Brasil, o debate intelectual foi substituído por atos de desagravo e coisas do gênero. Ganha, não quem tem o melhor argumento, mas as melhores cheer leaders.

Gimmie a G! Gimmie an L! Gimmie an A! Gimmie an U! Gimmie a B! Gimmie an E! Gimmie an R!

Glauber! Glauber! Glauber!

O moderno mente aberta

- Você é de esquerda ou de direita?
- Nem um, nem outro. Eu acho que o ser humano é complexo demais para ser enquadrado num esquema único.
- É verdade. E o que pensa das eleoções americanas? Quem você gostaria que ganhasse?
- Ah, meu apoio é sempre para os Democratas. Acho que Republicanos não se importam com as questões verdadeiramente importantes e só estão atrás de lucro.
- Ué, mas o "ser humano não é algo complexo demais para ser enquadrado num esquema único?"
- ...

O diálogo acima só é fictício porque não ouvi diretamente de ninguém, mas isso não tira dele nem um pouquinho de plausibilidade. Muita gente que votava de olhos fechados no PT (afinal, este era o representante legítimo do povo e o guradião da ética na política) hoje quebrou a cara. Os sinceros se mostram arrependidos; os cínicos fazem de conta que nunca apoiaram o partido. Ambos, porém, quando o assunto é eleições americanas, declaram apoio "de olhos fechados" aos Democratas. Ou seja, não aprenderam nada!

30 março 2008

Eleições americanas

Como bons paus-mandados, não poderíamos deixar de copiar a cobertura que a mídia mainstream americana está dando para as eleições nos Estados Unidos.

Hoje não consegui assistir a dez minutos do Globonews Painel, cujo tema teoricamente seria as eleições americanas mas acabou se transformando praticamente em:

- Obama é lindo!

- Obama é demais!

- Obama é fantástico!

- Obama é espetacular!

- Obama é estupendo!

- Go Obama, go!

Lá há gente que percebe isso e faz piada com a Obamania.

Já aqui... Xiiiiii

Faça o que eu faço...

Aproveitei uma queima de estoque (US$2.99!) da Borders e comprei este livro que estava na minha wish list há um tempão.

Degradação

A gente sabe que está ficando velho quando acha uma foto como essa aí embaixo uma coisa degradante para as mulheres.

Preços, preços, preços...

Sabem aquela velha conversa de que as coisas no Brasil são caras por causa dos impostos?

Pois é, eu não acho que os impostos sejam o verdadeiro culpado da situação. Um bom exemplo disso é o iPhone da Apple que é vendido por US$499.00 nos EUA (versão de 16Gb) e por cerca de R$1700,00, em média, aqui no Bananão.

Usando a taxa de câmbio 1,7, o preço original do iPhone, em Reais, é R$848,30. Ou seja, o preço de venda no mercado brasileiro deste produto é aproximadamente 100% mais caro que o preço original. Considerando que o 'importador" teve custos extras (passagem, hospedagem, alimentação e propina) na ordem de 50% do valor original do produto (o que não é verdade, já que o custo por unidade fica muito abaixo disso), vamos assumir que o custo do iPhone para o importador ficou em cerca de R$1300,00.

Agora vem a questão crucial para o "importador": quanto ele pode pedir por um iPhone no Brasil? Quanto as pessoas estarão dispostas a pagar por "aquele telefone da Apple que é de toque"? Se o "importador", após uma breve "pesquisa de mercado", descobre que o brasileiro é um consumidor muito sensível ao preço e, portanto, não pagaria mais que R$1000,00 pelo brinquedinho, então o iPhone não será vendido e o "empreendimento" é abortado. Mas, se o "importador" percebe que o brasileiro é um consumidor compulsivo que venderia até a mãe para ter o telefone da moda, pagando por ele a bagatela de R$1700,00, o que resultaria num lucro de R$400,00 por unidade vendida (à vista, diga-se de passagem), então o "empreendimento" decola como podemos ver nas ofertas do Mercado Livre.

Este trecho de um excelente artigo indicado pelo xará, explica muito claramente o que ocorre:


One of the most important virtues of supply and demand is that it forces you to remember what Alfred Marshall called both blades of the scissors. With few exceptions, both buyers and sellers play a role in determining prices. That's surprisingly easy to forget. When my son asked why convertibles are so expensive, his brother explained that people really like them, the demand side of the equation. But that can't be the whole story or even most of it. Surely there are many people in colder rainier climates or even too-hot climates where driving a convertible is unpleasant. So why are they expensive? They're more costly to make because of the mechanism that allows the convertible to retract the roof. Convertibles only exist if their price is greater than non-convertibles. If people liked cars without any kind of roof, they'd be cheaper, not more expensive, than cars with roofs.

A similar logic applies to red and green peppers. Why are red peppers consistently more expensive than green peppers? Why should there be any relationship between the two prices? Green peppers are used in a lot of industrial cooking for their intense flavor. Shouldn't they be more expensive? It turns out that a red pepper is a ripe green pepper. A seller always prefers money today to money tomorrow because money today can be invested in the meanwhile to earn interest. So if green peppers and red peppers sell for the same price, no seller would be willing to supply a red pepper. So red peppers must sell for more. They only exist in the marketplace because some people prefer them to green ones. But if they're going to be available, if sellers are going to be willing to provide them, they're going to have sell for a higher price.

Este caso do iPhone é bom porque não impostos envolvidos. Portanto, não importa quanto seja o custo de produção de um bem, ele somente estará disponível no mercado se houver compradores dispostos a pagar o preço que o vendedor julgue ser interessante.

Ah, e quando o custo diminuir, o vendedor não baixará o preço enquanto houver consumidores dispostos a pagar alto pelo produto. Antes de jogar pragas no vendedor responda essa pergunta: se você for morar num apartamento mais barato e se seus filhos mudarem para uma escola mais barata, você vai chegar pro seu chefe e dizer "Chefe, meus custos baixaram R$500,00. O senhor pode, a partir do mês que vem, diminuir este mesmo valor do meu salário, ok?"

I don't think so.

27 março 2008

GOGÓvernado

É o que o Bananão é. Governado na base do gogó.

Lula contou ter telefonado duas vezes para George W. Bush, porque soube, por meio do primeiro-ministro britânico, que o presidente norte-americano estava chateado com o discurso duro em relação aos EUA.

- Eu disse para o Bush: o problema é o seguinte meu filho, nós ficamos 26 anos sem crescer, agora você vem atrapalhar? Resolve a sua crise - disse o presidente brasileiro, ao relatar a conversa com Bush.

Às vezes é até engraçado...

26 março 2008

Culpa da Igreja, claro!

Somente quando vencermos o obscurantismo este cenário será alterado!


BRASÍLIA E RIO - O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira que houve um aumento da incidência da Aids entre jovens gays nos últimos anos. Em 1996, 24% dos jovens entre 13 a 24 anos com Aids eram homossexuais e bissexuais. Em 2006, esse percentual saltou para 41%. A estimativa do Ministério da Saúde é que 1,5 milhão de brasileiros, com idade entre 15 a 49 anos, praticam sexo com outro homem.

Só resta ao governo federal, ONGs e tutti quanti insistirem com o excelente trabalho pois, como bem disse Benjamin Franklin (também creditado a Albert Einstein), "The definition of insanity is doing the same thing over and over and expecting different results."


Uia!

25 março 2008

Estados Bananenses da América do Norte

Acabo de voltar dos EUA e pude assistir em primeira mão toda a babaquice envolvendo as declarações do pastor do Obama, as do próprio Obama (segundo ele sua avó era uma "typical white person") e todo o malabarismo que os adoradores do Obama estão fazendo para convencer as pessoas de que ele não tem nada a ver com o [cão] pastor. Um gaiato chegou até a interpretar as palavras do Obama dizendo que este na verdade quis dizer "typical white person of that time".

Apesar de ainda estar no estágio bem inicial, creio que os EUA se encontram numa fase pré-Bananão.

16 março 2008

Questão de ponto de vista

Exibir sinais da sua religião é visto pelo o beautiful people como algo indesejával para pessoas públicas. Vários intelequituais se escandalizam quando Buxi se refere a Deus. Agora se o cara for um devasso tudo bem, é sua vida privada e devemos separar as coisas. Quanto ao Estado, gostaria de saber por que um político religioso periga transformá-lo numa teocracia e o devasso não iria transformá-lo num bordelzão.

Ai como eu sou moderno

Cientista: moralismo protestante derrubou Spitzer

Para o cientista político americano David Fleischer, o fato de casos como esse terminarem numa espécie de "apedrejamento" da vida pública está ligado a elementos do protestantismo, religião seguida pela maioria dos americanos.

"O problema é da ética protestante de moralismo. É uma herança. O adultério é um tabu. Assim como foi um tabu não se eleger um presidente católico por medo que ele fosse subserviente ao Vaticano", explica Fleischer, que é professor emérito da Universidade de Brasília e professor visitante das universidades de Washington e de Nova York.

Isso é mais uma questão de pragmatismo: se o cara sacaneia a mulher com quem vive sob o mesmo o teto, imagina o que ele não faria com a população. Eh! Eh! Eh!

14 março 2008

Além de pobre...

... Tem que morrer feio!

O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou nesta sexta-feira (14) no Diário Oficial da União resolução que proíbe a associação de médicos com empresas que financiam e parcelam cirurgias plásticas. O médico que aceitar cartas de crédito para realizar procedimentos estéticos pode ter o registro profissional cassado.

Segundo o CFM, a intermediação de empresas para o financiamento de procedimentos médicos configura “mercantilização da medicina”. Segundo o conselho, na maior parte das vezes o paciente é atraído pelas facilidades oferecidas, como o pagamento de cirurgias plásticas em até 36 vezes, sem sequer passar por uma consulta para saber se pode ser submetido a um procedimento médico.

Gostei da parte da "mercantilização da medicina". Até parece que se alguém chegar em um hospital particular sem um puto no bolso será atendido prontamente pelos médicos altruístas.

Parece com rent-seeking e cheira a rent-seeking, só não sei exatamente qual é a jogada.

Como agradar um bananense

É fácil. Muitos políticos e celebridades já pegaram a manha. Basta chegar, fazer um elogio qualquer e será tratado como rei durante sua estada no Bananão.


Rice elogiou a atuação brasileira para solucionar a crise diplomática entre Equador e Colômbia. “O Brasil é claramente um líder na região e, cada vez mais, um líder global, não apenas regional”, afirma a secretária de Estado. Ela apoiou a criação de um Conselho Regional Sul-americano para resolver problemas relativos aos países da América do Sul. Para ela, o Brasil tem sido efetivo em “ajudar a melhorar a vida do seu povo”.

(...)

Para finalizar a entrevista, Condoleeza explica que foi um desejo pessoal a viagem para a Bahia: “é lindo aqui, eu sinto ter demorado tanto a conhecer a Bahia”.



13 março 2008

Reaças unidos...

Fazendo minha última varredura antes de dormir encontrei este post no Ordem Livre:

No entanto, um problema cognitivo e moral do establishment esquerdista não muda o facto de que a identificação com policiais truculentos e eficientes por uma população maltratada e cercada é perfeitamente previsível.

Bate com o que escrevi no post anterior!

Não que duas pessoas pensando o mesmo faça disso um acerto, mas é bom saber que não estou nessa sozinho. :-)

Pária

[Este post não é mas pode soar como uma defesa da defesa da tortura. F***-se!]

Uma premissa presente em 9 entre 10 posts nos blogs "esquerdista eu?" (aquele cara que odeia a direita reacionária, é simpático à agenda esquerdista mas jura de pé junto que não é nem de esquerda nem de direita, muito pelo contrário) é a de que, na selva que se tornou o Bananão, a classes média e alta têm que aturar tudo caladinhas, caladinhas.

Quando um pobrinho age de forma pouco ética, sem ética nenhuma ou ainda e forma completamente vil, logo surgem as explicações socio-econômicas, as justificativas e tudo mais.

Quando alguém da classe média defende a selvageria que é a tortura, nínguém tenta elaborar teorias mirabolantes para entender o fenômeno. O diagnóstico é previamente conhecido: o infeliz da classe média defende a tortura pelo simples fato de ser um feladaputa.

Não que isso justifique, mas se o assunto é classe média, ninguém se dá o trabalho de pensar no pai de família de classe média que é extorquido sistematicamente pelo governo, que tem que rebolar para dar um mínimo de conforto para a sua família e ainda rezar para que ela não seja vítima de algum excluído. Já pararam para pensar na sensação de abandono, de desespero, que alguém sente ao ver sua casa invadida, sua família violentada e a polícia nada podendo ou querendo fazer?

A classe média se tornou um verdadeiro pária nesta sociedade de modernosos. Ela deve aturar sua condição de vítima, de caça, resignadamente e, nunca, jamais, se deixar contaminar pela selvageria que a rodeia. Este direito só é concedido aos pobres.

Quero entrar para a patota

Deve ser a melhor coisa do mundo ser um esquerdista nos EUA.

Se um cineasta de esquerda faz um filme porcaria pelo qual ninguém se interessa, ele está sendo perseguido pela "grande mídia" e ele é endeusado.

Se um cineasta de esquerda faz um filme bom e todo mundo vai ver, seu talento terá superado as barreiras da perseguição ideológica da "grande mídia". E ele é endeusado.

É o que os gringos chamam de win-win situation.

12 março 2008

6 Meses

O Adolfo e o Paulo comentaram o assunto.

Eu prefiro fazer de conta que não aconteceu.

Ah tá

Agora está tudo explicado:

O diretor do Departamento de Brasileiros no Exterior do Itamaraty, Eduardo Gradilone, disse nesta quarta-feira que as autoridades migratórias brasileiras ainda não estão utilizando uma política de reciprocidade em relação a turistas que vêm ao Brasil.

Gradilone admitiu que possa ter havido um endurecimento nas regras por conta da indignação dos policiais federais em relação ao tratamento dos brasileiros nos aeroportos espanhóis, mas explicou que a reciprocidade implicaria na adoção das mesmas exigências feitas no país europeu, como exigências de cartas convite e de seguro de viagem no valor de US$ 30 mil (R$ 50.490) e uma determinada quantia em euros.

Mal posso expressar meu alívio por saber que não estamos aplicando nenhuma política de retaliação. É gratificante saber que, em vez de ser um país de políticas mesquinhas, somos apenas uma republiqueta onde qualquer um, devidamente munido de "puder", faz o que bem quer e entende.

Ufa!

11 março 2008

Mais uma vez, o óbvio

Nelson Rodrigues dizia que gênio é aquele capaz de enxergar o óbvio.

Estado laico não é o que abole as convicções religiosas para consagrar o ateísmo como opção única. Estado laico, porque democrático e plural, é o que garante a convivência pacífica e respeitosa dos que professam os mais variados credos, inclusive os que credo não têm.

09 março 2008

Defendendo o Bananão daqueles que querem "ajudar"

A moda entre os descolados é dizer que o Brasil é mais racista que do que um dia foram os Estados Unidos e a África do Sul. Devido a isso temos que ler coisas como:


Após fazer dois gols no time de Bauru, o tricolor cede o empate. Vexame. Torcida irritada. Torcedor troglodita xinga o juiz de todos os nomes. Depois, urra um "macaco!" para defensor negro do Noroeste. Alguns se constrangem, mas ninguém protesta, até porque só tem branco nas cadeiras numeradas. O Brasil é racista.

Aposto meu salário do mês que, entre os torcedores que zoaram o defensor do Noroeste, havia negros e mulatos. A afirmação de que "só tem branco nas cadeiras numeradas" é típica de quem acha que lugar de negro é na cozinha. O cara nem se dá o trabalho de ir conferir: negro para ele é sinônimo de pobre e ponto final.

E ainda quer me dar lição de moral.

Certas coisas são tão elementares que me impressiona termos que discutir certos conceitos em pleno Século XXI. Um país não é racista porque tem pessoas racistas no meio da sua população. Um país é racista quando adota a raça como critério para favorecer ou prejudicar determinados grupos. E até um passado recente, o Brasil não era assim. Lembro que no meu vestibular, no final dos anos 80, não precisei indicar minha raça e tive que disputar minha vaga na UERJ aos tapas com brancos, asiáticos, negros e mulatos como eu.

Mas uma certa colunista de economia de um certo jornal diz que eu tive sorte apenas. Claro, claro. Como eu poderia imaginar que negros e mulatos podem conseguir algo por esforço próprio, sem a ajuda dos brancos? Tolinho!

Pois então eu desafio a qualquer um dos descolados a me apontar uma única lei federal, estadual ou municipal vedando a um negro o acesso a qualquer serviço público.

Desafio ainda a apontar qualquer caso de vestibular onde o critério "raça" tenha sido utilizado para excluir um negro de uma universidade.

Desafio também a me mostrar qualquer concurso público onde a raça fosse um critério para seleção ou classificação.

07 março 2008

Intrigante

Por que será que os blogs mantidos por jornalistas são tão fraquinhos?

06 março 2008

Fluminense 6 x 0 Arsenal

Algumas partidas - seja de futebol, basquete, futebol americano, não importa - entram para a história de um time e da dos seus rivais.

Há partidas em que um time atua de forma tão magnífica que até mesmo o mais ferrenho torcedor do time rival se vê tomado pela empolgação. Assim foi a partida realizada pela equipe do Fluminense na noite de ontem contra o time argentino do Arsenal.

Desde o início da partida o Flu buscou incansavelmente o gol, descansando somente após o apito final do árbitro. Com tamanha voracidade, era natural que os muitos gols fossem acontecendo, cada um mais belo que o outro.

Até mesmo os adversários, os tradicionais catimbeiros argentinos, pareciam resignados e aceitaram a inevitável derrota pouco antes da metade do primeiro tempo. E a aceitaram com elegância incomum.

Hoje, dia seguinte à partida, parece o dia seguinte a um fantástico milagre. Todos - tricolores, flamenguistas, botafoguenses, vascaínos - temos aquela perplexidade de quem presenciou um evento transcendental.

A vitória de ontem foi uma catarse coletiva. Para todos os amantes do futebol.

Obrigado Flu.

02 março 2008

Jabá

Gringos idiotas

É assim que gringos idiotas adquirem consciência social:

A idéia inicial da londrinda Olivia Perry, de 30 anos, era conhecer as praias cariocas. Em vez de fazer a típica caminhada no calçadão de Copacabana ou subir no bondinho do Pão de Açúcar, escolheu descobrir os verdadeiros costumes da maioria dos brasileiros.

- Resolvi fazer este passeio porque, ao entrar na favela, nós entendemos o que realmente se passa numa cidade como o Rio - disse Olívia, enquanto observava sobre uma laje os milhares de barracos da comunidade. - É uma dura realidade que nos faz repensar a vida - analisou a turista.

A infeliz ainda acha que está conhecendo a realidade... Tinha que pegar uma infeliz dessas e jogar dentro do Complexo do Alemão naqueles dias em que o bicho está pegando geral. Iria voltar pra Londres - se tivesse sorte - em dois tempos.

Esse tipo de turismo, para mim, é uma zombaria com a miséria alheia.

01 março 2008

Era uma vez no Bananão...

Ambulantes atuavam irregularmente na praia de Copacabana.

Quando tiveram sua mercadoria apreendida, jogaram gasolina nos guardas e tentaram atear fogo.

Até aí tudo bem. A coisa pegou mesmo quando:

Em seguida, Rodolfo Chiarini, que é italiano e também trabalha na praia, se aproximou com xingamentos, chamando o GM Carlos Augusto Pereira de "negão", "crioulo", "safado" e "macaco prego".

Aí não, pô! Aqui no Bananão é assim: tudo no seu devido lugar!